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Grimorio para o Aprendiz de Feiticeiro - Oberon

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G5G Cittimóttio patta o lIpttendiz <strong>de</strong> 'F' eiti.:dtto -----<br />

savam que ele, e não Jesus, era o verda<strong>de</strong>iro<br />

Messias. Tendo sido supostamente<br />

aprendiz <strong>de</strong> um feiticeiro chamado<br />

Dositeso, Simão tomou-se o centro<br />

daquele que, provavelmente, foi o primeiro<br />

culto religioso gnóstico (da palavra<br />

grega gnosis, "conhecimento"), uma<br />

busca espiritual pela sabedoria divina.<br />

Escritores da igreja primitiva o consi<strong>de</strong>ravam<br />

o primeiro herege, o "pai das heresias".<br />

Seus seguidores, porém, se referiam<br />

a ele alternadamente como O Primeiro<br />

Éon, A Emanação, A Primeira<br />

Manifestação da Divinda<strong>de</strong> Primordial,<br />

A Palavra, O Paracleto e O Todo-Po<strong>de</strong>roso.<br />

Simão foi batizado na comunida<strong>de</strong><br />

dos primeiros cristãos, esperando obter<br />

maior po<strong>de</strong>r mágico e assim aumentar<br />

sua influência. Mais tar<strong>de</strong>, teve frequentes<br />

"com<strong>para</strong>ções <strong>de</strong> milagres" com Pedro,<br />

<strong>para</strong> <strong>de</strong>terminar quem tinha mais<br />

po<strong>de</strong>r. Nos Atos <strong>de</strong> Pedro e Paulo está<br />

escrito que Simão fez com que uma serpente<br />

<strong>de</strong> bronze se movesse, estátuas<br />

<strong>de</strong> pedra rissem e ele próprio se elevasse<br />

no ar, mas não podia reviver os mortos.<br />

Em uma <strong>de</strong>monstração diante do imperador<br />

Nero, ele levitou no fórum romano,<br />

mas as orações <strong>de</strong> Pedro e Paulo<br />

(assim dizem eles) fizeram com que caísse;<br />

ele machucou-se severamente e morreu<br />

logo <strong>de</strong>pois. Seus inimigos citaram<br />

esse efeito como prova <strong>de</strong> sua associação<br />

aos <strong>de</strong>mônios. Suas artes mágicas<br />

foram continuadas por seus discípulos,<br />

os simonianos. Mais tar<strong>de</strong> os gnósticoas<br />

também praticaram a Magia e a Feitiçaria.<br />

Hipácia <strong>de</strong> Alexandria (370-415<br />

d.C.)<br />

Hipácia era filha <strong>de</strong> Teonte, o último<br />

curador do Museu <strong>de</strong> Alexandria.<br />

Ela era bibliotecária da Gran<strong>de</strong> Biblio-<br />

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,.,.<br />

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teca e renomada por sua sabedoria, especialmente<br />

<strong>de</strong> Astronomia. Ela escreveu<br />

o Cânone Astronômico e um comentário<br />

sobre a Secção Cônica <strong>de</strong><br />

Apolônio. Hipácia era tão articulada e<br />

eloquente no discurso quanto pru<strong>de</strong>nte<br />

e civilizada no agir. Com seu capuz <strong>de</strong><br />

filósofo, ela andava pelo meio da cida<strong>de</strong>,<br />

on<strong>de</strong> interpretava publicamente Platão,<br />

Aristóteles ou os trabalhos <strong>de</strong> qualquer<br />

outro filósofo àqueles que <strong>de</strong>sejassem<br />

ouvir.<br />

Hipácia era bela e bem-feita, mas<br />

também casta, e permaneceu virgem. A<br />

cida<strong>de</strong> inteira a adorava, mas Hipácia<br />

era, a um tempo, mulher e pagã em um<br />

mundo cristão cada vez mais misógino<br />

("antimulheres"). Cirilo, o novo bispo, tinha<br />

tanta inveja <strong>de</strong> sua beleza, intelecto,<br />

sabedoria e fama que planejou sua odiosa<br />

morte. Na primavera <strong>de</strong> 415, uma<br />

turma <strong>de</strong> monges cristãos apanhou Hipácia<br />

na rua, espancou-a até a morte e<br />

arrastou seu corpo até uma igreja, on<strong>de</strong><br />

esfolaram sua carne até os ossos com<br />

conchas e espalharam os restos por toda<br />

a cida<strong>de</strong>. Em seguida, incendiaram a<br />

Gran<strong>de</strong> Biblioteca - uma perda trágica<br />

<strong>para</strong> a civilização.

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