Grimorio para o Aprendiz de Feiticeiro - Oberon

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G52 ---- Gltimóltio palta o lIplt~ndiz d~ i' ~itic~ilto lápio. De acordo com os escritos mais antigos conhecidos (c.l500 a.C.), Asclépio era filho do deus Apolo e da ninfa Coronis. Quíron, o centauro sábio, ensinou a Asclépio o conheci- ' mento da cirurgia, o uso de drogas, de poções do amor e de encantamentos. A deusa Atena lhe deu uma poção mágica feita de sangue da górgona Medusa. Com esses presentes, Asclépio excedeu os limites do conhecimento humano. Asclépio vivia em Trica, na Tessália (uma região famosa por suas bruxas). Quando os Tricanos foram assolados p~r uma peste, Asclépio aconselhou-os a ir aos campos, apanhar todas as cobras que pudessem encontrar e soltá-las nas casas e celeiros. As cobras comeram todos os ratos cujas pulgas eram hospedeiras da peste. O costume de encorajar cobras a viver com as pessoas estabeleceu-se por toda a Grécia, Creta e, mais tarde, em Roma. Asc1épio ultrapassou os limites, porém, quando devolveu ao caçador Orion a vida, depois de ele ter sido morto por um escorpião. Esse ato ofendeu a Hades o deus dos Mortos, que fez apelo a seu' irmão, Zeus. Zeus fulminou os dois homens com um raio. Mas em reconhecimento ao bem que Asc1épio fizera à humanidade, Zeus o pôs entre as estrelas como a constelação do Ofioco (o portador da serpente). Asc1épio tomou-se o símbolo do curandeiro tanto na antiga sociedade grega quanto, mais tarde, no Império Romano. Os médicos eram chamados de seguidores de Asc1épio. Seu símbolo, o caduceu - um cajado com uma cobra asc1epiana enrolada - continua a ser até hoje o emblema da profissão médica. Salomão (970-928 a.C.) Salomão era rei de Israel e construtor do Grande Templo. Renomado por sua sabedoria, riquezas e seu longo e próspero reinado, Salomão ~~tr~u para a lenda como um mestre feitIceiro que controlava todos os demônios com o poder de seu anel mágico. Dizia-se que ele empregou esses demônios na construção do Templo. A Chave de Salomão e outros textos mágicos foram atribuídos a ele. Os diversos casamentos políticos de Salomão com estrangeiras o aproximaram da cultura e práticas religiosas das outras terras. As visitas de dignitários estrangeiros - sendo a mais famosa a rainha de Sabá - também tiveram uma profunda influência em Jerusalém e no palácio real. De acordo com os estudiosos judeus do Talmude, Salomão dominava os mistérios da Cabala. Era também alquimista e necromante (previa o futuro por meio da comunicação com os mortos). As lendas talmúdicas dizem que ele tinha o poder sobre os animais da terra, os pássaros do ar e diversos demônios e espíritos, dos quais obteve grande parte de sua sabedoria. Salomão se chamava Sulaiman para os árabes, que o consideravam o maior feiticeiro de todos os tempos. O Qur 'an islâmico relata que o domínio do rei Sulaiman das línguas de todas as criaturas permitiram que arregimentasse exércitos de humanos, pássaros e cijinn ("Gênios") em seu cOJ?~ndo - pa~ticularmente para seus ambiCiOSOS e eXigentes projetos de construção.

quinta lIula: Os Y ~itk~ittos da Históttia ----- 653 Lao Tsé (c. 600-300 a.c.) O ano do nascimento de Lao Tsé é desconhecido. As lendas variam, mas os estudiosos localizam seu nascimento entre 600 e 300 a.c. Atribui-se a Lao Tsé a autoria do Tao-Te Ching (tao significa "o caminho de toda a vida"; te, "o uso adequado da vida pelos homens"; e ching, "texto" ou "clássico"). Lao Tsé não era o seu nome verdadeiro, mas um título honorífico que significa "antigo mestre". Lao Tsé acreditava que a vida humana, como tudo o mais no Universo, é constantemente influenciada pelas forças externas. Ele acreditava que a "simplicidade" era a chave da verdade e da liberdade. Lao Tsé encorajava seus seguidores a observarem e buscarem a compreensão nas leis da natureza, a desenvolverem a intuição e aumentarem o poder pessoal e a usarem esse poder para levar a vida com amor, sem força. A sábia opinião de Lao Tsé atraiu seguidores, mas ele se recusou a deixar suas ideias por escrito. Acreditava que as palavras escritas poderiam se solidificar em dogma formal. Lao Tsé queria que sua filosofia permanecesse um modo natural de viver a vida com bondade, serenidade e respeito. Lao Tsé não deixou nenhum código rígido de comportamento. Ele acreditava que a conduta de uma pessoa devia ser governada pelo instinto e pela consciência. A lenda conta que Lao Tsé, entristecido, no final, pela maldade dos homens, partiu para o deserto montado em um búfalo e deixou a civilização para trás. Quando chegou no último portão da Grande Muralha que protegia o reino, o guardião finalmente o persuadiu a registrar os princípios de sua filosofia para a posteridade. O resultado são as 81 frases do Tao- Te Ching - o clássico mais traduzido do mundo após a Bíblia. Zaratustra (628-551 a.C.) Chamado de Zoroastro, em grego, Zaratustra nasceu no Irã e se tornou um grande profeta, professor, sacerdote e feiticeiro. Fundou a religião que leva seu nome e sobrevive atualmente, sobretudo, entre os Parsis da Índia. Freddy Mercury, do Queen, era zoroastriano. De acordo com a lenda, ele foi treinado por um esconjurador chamado Agonaces. Zaratustra ensinava que havia duas divindades principais: Ahura-Mazda, que representava a luz e o bem (simbolizada pelo fogo) e Ahriman, que representava a escuridão e o mal. Essas duas forças estão em perpétuo conflito - tanto no universo quanto na alma humana. Mas os humanos têm o livre-arbítrio e, portanto, o bem acabará por triunfar. Zaratustra proclamava uma mensagem universal de igualdade para todos, indiferentemente de raça, sexo, classe social ou nacionalidade. Ele insistia em que os líderes deveriam ser "escolhidos", semeando, assim, as semen-

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lápio. De acordo com os<br />

escritos mais antigos conhecidos<br />

(c.l500 a.C.),<br />

Asclépio era filho do<br />

<strong>de</strong>us Apolo e da ninfa<br />

Coronis. Quíron, o centauro<br />

sábio, ensinou a<br />

Asclépio o conheci- '<br />

mento da cirurgia, o<br />

uso <strong>de</strong> drogas, <strong>de</strong> poções<br />

do amor e <strong>de</strong><br />

encantamentos. A<br />

<strong>de</strong>usa Atena lhe <strong>de</strong>u<br />

uma poção mágica feita <strong>de</strong> sangue da<br />

górgona Medusa. Com esses presentes,<br />

Asclépio exce<strong>de</strong>u os limites do conhecimento<br />

humano.<br />

Asclépio vivia em Trica, na Tessália<br />

(uma região famosa por suas bruxas).<br />

Quando os Tricanos foram assolados p~r<br />

uma peste, Asclépio aconselhou-os a ir<br />

aos campos, apanhar todas as cobras que<br />

pu<strong>de</strong>ssem encontrar e soltá-las nas casas<br />

e celeiros. As cobras comeram todos<br />

os ratos cujas pulgas eram hospe<strong>de</strong>iras<br />

da peste. O costume <strong>de</strong> encorajar<br />

cobras a viver com as pessoas estabeleceu-se<br />

por toda a Grécia, Creta e,<br />

mais tar<strong>de</strong>, em Roma.<br />

Asc1épio ultrapassou os limites, porém,<br />

quando <strong>de</strong>volveu ao caçador Orion<br />

a vida, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ele ter sido morto por<br />

um escorpião. Esse ato ofen<strong>de</strong>u a Ha<strong>de</strong>s<br />

o <strong>de</strong>us dos Mortos, que fez apelo a<br />

seu' irmão, Zeus. Zeus fulminou os dois<br />

homens com um raio. Mas em reconhecimento<br />

ao bem que Asc1épio fizera à<br />

humanida<strong>de</strong>, Zeus o pôs entre as estrelas<br />

como a constelação do Ofioco (o portador<br />

da serpente).<br />

Asc1épio tomou-se o símbolo do curan<strong>de</strong>iro<br />

tanto na antiga socieda<strong>de</strong> grega<br />

quanto, mais tar<strong>de</strong>, no Império Romano.<br />

Os médicos eram chamados <strong>de</strong><br />

seguidores <strong>de</strong> Asc1épio. Seu símbolo, o<br />

caduceu - um cajado com uma cobra<br />

asc1epiana enrolada - continua a ser até<br />

hoje o emblema da profissão médica.<br />

Salomão (970-928 a.C.)<br />

Salomão era rei <strong>de</strong> Israel e construtor<br />

do Gran<strong>de</strong> Templo. Renomado por<br />

sua sabedoria, riquezas e seu longo e<br />

próspero reinado, Salomão ~~tr~u <strong>para</strong><br />

a lenda como um mestre feitIceiro que<br />

controlava todos os <strong>de</strong>mônios com o<br />

po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> seu anel mágico. Dizia-se que<br />

ele empregou esses <strong>de</strong>mônios na construção<br />

do Templo.<br />

A Chave <strong>de</strong> Salomão e outros textos<br />

mágicos foram atribuídos a ele. Os<br />

diversos casamentos políticos <strong>de</strong> Salomão<br />

com estrangeiras o aproximaram da<br />

cultura e práticas religiosas das outras<br />

terras. As visitas <strong>de</strong> dignitários estrangeiros<br />

- sendo a mais famosa a rainha<br />

<strong>de</strong> Sabá - também tiveram uma profunda<br />

influência em Jerusalém e no palácio<br />

real.<br />

De acordo com os estudiosos ju<strong>de</strong>us<br />

do Talmu<strong>de</strong>, Salomão dominava os<br />

mistérios da Cabala. Era também alquimista<br />

e necromante (previa o futuro por<br />

meio da comunicação com os mortos).<br />

As lendas talmúdicas dizem que ele tinha<br />

o po<strong>de</strong>r sobre os animais da terra,<br />

os pássaros do ar e diversos <strong>de</strong>mônios e<br />

espíritos, dos quais obteve gran<strong>de</strong> parte<br />

<strong>de</strong> sua sabedoria.<br />

Salomão se chamava Sulaiman<br />

<strong>para</strong> os árabes, que o consi<strong>de</strong>ravam o<br />

maior feiticeiro <strong>de</strong> todos os tempos. O<br />

Qur 'an islâmico relata que o domínio<br />

do rei Sulaiman das línguas <strong>de</strong> todas as<br />

criaturas permitiram que arregimentasse<br />

exércitos <strong>de</strong> humanos, pássaros e<br />

cijinn ("Gênios") em seu cOJ?~ndo - pa~ticularmente<br />

<strong>para</strong> seus ambiCiOSOS e eXigentes<br />

projetos <strong>de</strong> construção.

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