Grimorio para o Aprendiz de Feiticeiro - Oberon

----- Pttimeilta Rula: Os OutttOS mundos ----- 597
Nem o Sol nem a Lua brilham no Reino
das Fadas, mas tudo é iluminado mesmo
assim. Os habitantes desse reino (o
povo encantado ou as fadas) vivem em
lindas salas e câmaras debaixo do chão,
sob a água ou no alto das árvores. Eles
também têm belos castelos de cristal e
cortes aéreas no alto das montanhas ou
em clareiras nas florestas. A única cidade
real do Reino das Fadas é chamada
Tyr na Nog.
Entretanto, em todos esses lugares,
um glamour de aparente magnificência
é apenas um verniz ilusório, pois
o Reino das Fadas tem as mesmas características
naturais e paisagens de
nosso mundo, mas sem as obras artificiais
da humanidade. Por exemplo, a ilha
encantada de Avalon corresponde a
Glastonbury no mundo terreno. Na verdade,
é mais fácil entender o Reino das
Fadas como uma espécie de "dimensão
paralela", ligada à nossa pelos portões
mencionados, que são iguais em ambos
os lados.
O Reino das Fadas é governado
por regras e fórmulas rígidas e é aconselhável
que aqueles que entram nesse
reino as aprendam. A regra mais importante
- que também se aplica ao Mundo
Subterrâneo - é nunca
comer nem beber nada
no Reino das Fadas a
não ser que você tenha
trazido consigo! As fadas
são repelidas pelo ferro
- especialmente se estiver
magnetizado - por
isso, nem pense em entrar
no Reino Encantado
levando esse metal! Segundo
o mesmo raciocínio,
se você tiver um ímã
em seu saquinho-talismã,
estará protegido contra a
abdução indesejada. E se você estivesse
no Reino das Fadas e desejasse sair,
bastaria tirar a camisa, virá-la do avesso
e vesti-la novamente - assim você
ficaria invisível para as fadas. Vire também
os bolsos para fora. Mas o que quer
que você faça no Reino Encantado, é
preciso ter cuidado para ser extremamente
cortês com as fadas o tempo
todo! Elas se ofendem facilmente e,
quando ofendidas, podem ser terríveis!
L.i~ão
4: Os tttês mundos
Existe um ditado que diz: "O bom
senso é aquele que nos diz que o mundo
é chato". Durante a maior parte da história
humana, a grande maioria das pessoas
acreditava que esse fosse o caso e
os antigos mapas mostravam a Terra não
como um globo, mas como um disco. Os
mapas cristãos medievais mostravam
Jerusalém, a "Cidade Santa", no centro
da panqueca, que incluía todo o mundo
conhecido dos cartógrafos ("desenhistas
de mapas") do tempo.
Acima do disco-mundo, o arco abobadado
do céu formava uma tigela invertida
que também podia ser claramente
vista e mapeada, de forma que o mundo
Mapa-múndi medieval por Beatus Df
Liebana, 776 de.