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Grimorio para o Aprendiz de Feiticeiro - Oberon

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480 ---- (iJtimóJtio paJta o JlpJt~ndiz d~ r ~itic~iJto -----<br />

AAlquimia dizia que tudo na natureza<br />

era vivo e continha uma centelha<br />

divina ou força vital (chamada pneuma<br />

- "sopro") <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> si. A alma <strong>de</strong> toda<br />

a natureza era chamada <strong>de</strong> Anima<br />

Mundi ("Espírito da Terra"). O pneuma<br />

era a mesma coisa que a alma <strong>de</strong> qualquer<br />

criatura viva. Se um pedaço <strong>de</strong><br />

ma<strong>de</strong>ira fosse queimado, por exemplo,<br />

as cinzas eram consi<strong>de</strong>radas o cadáver<br />

(ou nigredo) e a fumaça era a "alma"<br />

liberada <strong>para</strong> o céu.<br />

o sal- chamados <strong>de</strong> Tria Prima, ou três<br />

princípios. Eles representavam a Alma,<br />

o Espírito e o Corpo. Os diversos processos<br />

fisicos e metafisicos da Alquimia<br />

se concentravam na i<strong>de</strong>ntificação e purificação<br />

das substâncias, em ambos os<br />

sentidos. O principal solvente usado na<br />

purificação do Tria Prima era o orvalho,<br />

consi<strong>de</strong>rado a precipitação do fogo cósmico<br />

e a essência <strong>de</strong>stilada do Céu acima<br />

e da Terra abaixo.<br />

O propósito esotérico (secreto) da<br />

Alquimia era místico e relacionado à regeneração<br />

espiritual e à evolução do<br />

homem - o refinamento e a perfeição<br />

do espírito humano e a união com o Divino.<br />

Portanto, todos os processos <strong>de</strong><br />

laboratório também simbolizavam os processos<br />

que o próprio alquimista atravessava<br />

e seu próprio trabalho íntimo e pessoal.<br />

Assim, o alquimista tentava se <strong>de</strong>spojar<br />

e se reduzir à "primeira matéria"<br />

e, em seguida, restaurar e <strong>de</strong>senvolver<br />

sua alma por intermédio <strong>de</strong> diversos es-<br />

A árvore da vida alquímica<br />

(<strong>de</strong> Glória Mundi)<br />

Os metais também eram "vivos" e<br />

tinham o <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> evoluir até seu estado<br />

mais elevado. Os alquimistas viam<br />

as correspondências planetárias como<br />

uma ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> evolução, que ia <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o<br />

chumbo (Saturno), passando pelo estanho<br />

(Júpiter), ferro (Marte), cobre<br />

(Vênus), azougue (Mercúrio), prata<br />

(Lua) e, finalmente, ouro (Sol). Em seus<br />

laboratórios, tentavam ajudar os metais<br />

vis a "amadurecer" <strong>de</strong> um estágio <strong>para</strong><br />

o próximo, até atingirem o mais elevado<br />

e mais puro, que era o ouro.<br />

As três principais substâncias da<br />

Alquimia eram o enxofre, o mercúrio e<br />

Correspondências do corpo humano com<br />

os signos do Zodíaco (Martyrologium <strong>de</strong>r<br />

Heiligen nach <strong>de</strong>m Kalen<strong>de</strong>r; 1484)

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