Grimorio para o Aprendiz de Feiticeiro - Oberon

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342 ---- Gltimóltio palta o lIplt~ndiz d~ r ~itic~ilto ----- Somos todos innãs e innãos em um Círculo, mas é possível que trabalhemos de modo diferente. Seja sensível a diferentes necessidades e estilos durante um ritual. Respeite as diferenças entre todos os eus mágicos e inclua-os, pois todos são necessários para completar o Círculo. Li~ão G: Tipos d~ .ritual O Trabalho é o núcleo, coração e finalidade de um ritual mágico. Há muitos tipos de trabalhos que podem ser feitos - na verdade, essa fase do ritual pode ser tão variada quanto as suas próprias finalidades e a sua imaginação podem conceber. Eis uma breve explicação e alguns tipos básicos de trabalhos rituais. lIdotta~ão/c~l~btta~ão Adoração e celebração são finalidades perfeitamente boas para o ritual. Isso significa basicamente juntar algumas pessoas e convidar os deuses a comparecer! Esse rito costuma incluir muitos tambores, cantos, danças, música, comida e festividades de um modo geral. A maioria dos grandes Sabás Sazonais são dessa natureza (ver 4.VI: "A Roda do Ano"). Lembre-se, ao convidar os deuses para comparecer a seu Círculo, sua primeira resposta será: "É melhor que seja bom!". Um de nossos ritos favoritos desse tipo é a Convocação dos Deuses, em que todos vêm preparados para aspecta.r (assumir o personagem de) sua divmdade favorita, com trajes apropriados, máscaras e acessórios associados. É importante lembrar, porém, que se você convidar os deuses para uma festa realmente boa, eles muito provavelmente virão! Prepare-se! Anodea diz: "Quando você assume o papel de uma divindade em um ritual, é de suma importância que você conheça/se torne aquela divindade. É preciso ter amplos recursos e tempo disponível para mergulhar naquela energia. Sugiro construir e dedicar um altar à divindade e que todos os dias você dedique algum tempo a conhecer aquela personalidade" . Dd~sa/pttot~~ão Defesa e proteção podem ser feitas para um indivíduo, um grupo ou um local. Esses ritos tratam de construir um campo protetor em tomo do alvo para repelir as energias indesejadas. A defesa é feita tomando a barreira básica do próprio Círculo e fortalecendo-a em uma casca impenetrável, espelhada do lado de fora. Use a visualização, assim como verdadeiros espelhinhos redondos, e dê a volta na pessoa ou local a ser protegido, erguendo as mãos como se apalpasse uma parede invisível. Cutta/tttansfottJT1a~ão A cura pode ser operada para alguém presente no Círculo ou para alguém distante conhecido de um ou mais participantes, que podem se ligar a essa pessoa e trabalhar na energia. Um método comum é que a pessoa a ser curada (ou seus representantes) se sente ou deite no centro do Círculo enquanto os outros dirigem energia curativa para ela por meio das mãos, que podem ser pousadas no corpo da pessoa, particulannente nas regiões específicas que precisam ser curadas. Então todos respiram juntos, mais fundo e mais rápido, fazendo sons a cada respiração, até chegar a um crescente, simultaneamente bombeando "chi" combinado do grupo para a pesso~

Teltceilta lIula: Soblte os Rituais ------ 343 do centro, com a liberação da última expiração total. Outro método é deixar a pessoa a ser curada na roda de mão dadas com os outros, olhando para a direita. Uma corrente é criada e construída por cada um, que vira a cabeça de repente e olha nos olhos da pessoa à esquerda, ao mesmo tempo que expira pela boca com ruído e aperta a mão daquela pessoa. Ao mesmo tempo, aquela pessoa inspira e repete essas ações para a esquerda. Depois de fazer a volta algumas vezes, essa onda adquire uma energia tremenda. Quando a pessoa a ser curada sente que está forte o bastante, basta quebrar o elo com a pessoa à esquerda, recebendo assim toda a força da onda de energia sem passá-la adiante. Os rituais de transformação podem usar essas mesmas técnicas, embutidas em um psicodrama mais complexo. Constttu'tão d~ t~ia A construção de teia é um tipo particularmente gostoso de trabalho mágico, cuja finalidade é criar elos mágicos entre elementos anteriormente não associados ao mundo fisico ou espiritual. Eis um exemplo típico baseado nos rituais de que já participei: Uma bola de barbante é passada em tomo do Círculo e cada pessoa tira a sua própria "medida", esticando o barbante no comprimento de seus braços abertos e cortando aquele pedaço. Daí, todos seguram uma ponta de sua medida e as pontas livres são amarradas juntas, em um nó no centro, com a ponta da bola de barbante que restou. Depois de refazer o nó, todos puxam a sua ponta do barbante, erguendo tudo a uma altura tal que uma pessoa possa se sentar confortavelmente sob essa rede. Enquanto todos entoam um cântico de construção de teia (normalmente: Somos a correnteza e a maré; somos tecedeiras, somos a teia ... ), uma pessoa se senta sob a teia e forma, com o barbante da bola, uma espiral crescente, um fio por vez, ao longo das medidas. Conforme os nós são amarrados na medida de cada pessoa, essa pessoa pode falar em voz alta o nome de algo que deseje ligar àquela teia. Uma vez pronta, essa teia pode continuar a ser usada em rituais subsequentes. Eu tenho várias que ajudei a tecer: uma da Austrália, uma do Peru e outra do Texas. Sempre que essa teia é desdobrada, todos que seguram em uma ponta podem fazer outros nós para incluir o que desejarem no campo de energia reunida. Outros itens, como cristais, fitas, talismãs, e assim por diante, também podem ser atados na teia, conforme as pessoas queiram fazer suas conexões pessoais. Inicia'tõ~s/mist~ttios Durante os anos 1940 e 1950, os rituais wiccanos, assim como os rituais maçônicos, Rosa-Cruzes e de outras sociedades secretas (todas de estrutura similar), consistiam principalmente de Iniciações. A primeira entrada no Círculo, assim como a passagem para cada grau sucessivo, era e é realizada em forma de uma Iniciação, na qual o iniciado é vendado, muitas vezes despido e amarrado, trazido ao portal e desafiado abominavelmente. Senhas são necessárias e pode ser preciso passar por uma provação. As Iniciações podem incluir as boas-vindas de novos membros à comunidade, a dedicação a um caminho ou curso de estudo ou a ordenação de um sacerdote ou sacerdotisa em uma ordem ou tradição. Muitas vezes essas Iniciações são elaboradas em forma de mis-

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do centro, com a liberação da última<br />

expiração total.<br />

Outro método é <strong>de</strong>ixar a pessoa a<br />

ser curada na roda <strong>de</strong> mão dadas com<br />

os outros, olhando <strong>para</strong> a direita. Uma<br />

corrente é criada e construída por cada<br />

um, que vira a cabeça <strong>de</strong> repente e olha<br />

nos olhos da pessoa à esquerda, ao mesmo<br />

tempo que expira pela boca com ruído<br />

e aperta a mão daquela pessoa. Ao<br />

mesmo tempo, aquela pessoa inspira e<br />

repete essas ações <strong>para</strong> a esquerda.<br />

Depois <strong>de</strong> fazer a volta algumas vezes,<br />

essa onda adquire uma energia tremenda.<br />

Quando a pessoa a ser curada sente<br />

que está forte o bastante, basta quebrar<br />

o elo com a pessoa à esquerda, recebendo<br />

assim toda a força da onda <strong>de</strong><br />

energia sem passá-la adiante.<br />

Os rituais <strong>de</strong> transformação po<strong>de</strong>m<br />

usar essas mesmas técnicas, embutidas<br />

em um psicodrama mais complexo.<br />

Constttu'tão d~ t~ia<br />

A construção <strong>de</strong> teia é um tipo particularmente<br />

gostoso <strong>de</strong> trabalho mágico,<br />

cuja finalida<strong>de</strong> é criar elos mágicos<br />

entre elementos anteriormente não associados<br />

ao mundo fisico ou espiritual.<br />

Eis um exemplo típico baseado nos rituais<br />

<strong>de</strong> que já participei:<br />

Uma bola <strong>de</strong> barbante é passada<br />

em tomo do Círculo e cada pessoa tira<br />

a sua própria "medida", esticando o barbante<br />

no comprimento <strong>de</strong> seus braços<br />

abertos e cortando aquele pedaço. Daí,<br />

todos seguram uma ponta <strong>de</strong> sua medida<br />

e as pontas livres são amarradas juntas,<br />

em um nó no centro, com a ponta<br />

da bola <strong>de</strong> barbante que restou. Depois<br />

<strong>de</strong> refazer o nó, todos puxam a sua ponta<br />

do barbante, erguendo tudo a uma altura<br />

tal que uma pessoa possa se sentar<br />

confortavelmente sob essa re<strong>de</strong>. Enquanto<br />

todos entoam um cântico <strong>de</strong><br />

construção <strong>de</strong> teia (normalmente: Somos<br />

a correnteza e a maré; somos tece<strong>de</strong>iras,<br />

somos a teia ... ), uma pessoa se<br />

senta sob a teia e forma, com o barbante<br />

da bola, uma espiral crescente, um<br />

fio por vez, ao longo das medidas. Conforme<br />

os nós são amarrados na medida<br />

<strong>de</strong> cada pessoa, essa pessoa po<strong>de</strong> falar<br />

em voz alta o nome <strong>de</strong> algo que <strong>de</strong>seje<br />

ligar àquela teia.<br />

Uma vez pronta, essa teia po<strong>de</strong><br />

continuar a ser usada em rituais subsequentes.<br />

Eu tenho várias que aju<strong>de</strong>i a<br />

tecer: uma da Austrália, uma do Peru e<br />

outra do Texas. Sempre que essa teia é<br />

<strong>de</strong>sdobrada, todos que seguram em uma<br />

ponta po<strong>de</strong>m fazer outros nós <strong>para</strong> incluir<br />

o que <strong>de</strong>sejarem no campo <strong>de</strong> energia<br />

reunida. Outros itens, como cristais,<br />

fitas, talismãs, e assim por diante, também<br />

po<strong>de</strong>m ser atados na teia, conforme<br />

as pessoas queiram fazer suas conexões<br />

pessoais.<br />

Inicia'tõ~s/mist~ttios<br />

Durante os anos 1940 e 1950, os<br />

rituais wiccanos, assim como os rituais<br />

maçônicos, Rosa-Cruzes e <strong>de</strong> outras<br />

socieda<strong>de</strong>s secretas (todas <strong>de</strong> estrutura<br />

similar), consistiam principalmente <strong>de</strong><br />

Iniciações. A primeira entrada no Círculo,<br />

assim como a passagem <strong>para</strong> cada<br />

grau sucessivo, era e é realizada em forma<br />

<strong>de</strong> uma Iniciação, na qual o iniciado<br />

é vendado, muitas vezes <strong>de</strong>spido e amarrado,<br />

trazido ao portal e <strong>de</strong>safiado abominavelmente.<br />

Senhas são necessárias<br />

e po<strong>de</strong> ser preciso passar por uma provação.<br />

As Iniciações po<strong>de</strong>m incluir as<br />

boas-vindas <strong>de</strong> novos membros à comunida<strong>de</strong>,<br />

a <strong>de</strong>dicação a um caminho ou<br />

curso <strong>de</strong> estudo ou a or<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> um<br />

sacerdote ou sacerdotisa em uma or<strong>de</strong>m<br />

ou tradição. Muitas vezes essas Iniciações<br />

são elaboradas em forma <strong>de</strong> mis-

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