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Grimorio para o Aprendiz de Feiticeiro - Oberon

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2M ---- Gttimóttio patta o Jlpttendiz <strong>de</strong> 'F eiticdtto -----<br />

portanto, uma rival do Cristianismo. Mas<br />

a Magia, fosse cerimonial ou ritual, era<br />

apenas uma prática, como a Medicina,<br />

portanto não era causa <strong>de</strong> preocupação<br />

<strong>para</strong> a Igreja. Era também uma prática<br />

muito cara e que exigia estudo, e, consequentemente,<br />

disponível apenas <strong>para</strong><br />

alguns poucos escolhidos, que não apenas<br />

tinham a educação e o tempo <strong>para</strong><br />

se <strong>de</strong>dicar àquilo como também o acesso<br />

aos recursos necessários.<br />

Naquele tempo, os magos trabalhavam<br />

sozinhos e protegiam ciosamente<br />

seus métodos <strong>de</strong> operação - não apenas<br />

das autorida<strong>de</strong>s da Igreja, mas também<br />

dos outros magos, entre os quais<br />

havia, muitas vezes, uma gran<strong>de</strong> rivalida<strong>de</strong>.<br />

Para ocultar suas doutrinas e princípios<br />

dos profanos, muitos inventaram<br />

seus próprios criptogramas ("alfabetos<br />

secretos"). Alguns escritos foram transmitidos<br />

através dos séculos em Grimórios<br />

e registros <strong>de</strong> socieda<strong>de</strong>s mágicas<br />

e são usados ainda hoje por magos, bruxas<br />

e feiticeiros.<br />

Os magos usam escritos mágicos,<br />

glifos e sigilos <strong>para</strong> carregar (<strong>de</strong> energia)<br />

tudo o que necessitam. Você já fez<br />

isso se tiver inscrito as runas em sua<br />

varinha, athame e outras ferramentas.<br />

Ao apren<strong>de</strong>r um ou mais <strong>de</strong>sses alfabetos<br />

mágicos tradicionais e escrever certos<br />

feitiços, inscrições e mensagens com<br />

ele, você empresta um gran<strong>de</strong> po<strong>de</strong>r às<br />

suas palavras e trabalhos. O alfabeto comum<br />

<strong>de</strong> todos os dias não exige nenhuma<br />

atenção ou energia especial. Você<br />

está tão acostumado a escrever <strong>de</strong>sse<br />

modo que po<strong>de</strong> fazê-lo quase inconscientemente.<br />

No entanto, quando escreve em<br />

um alfabeto estranho, que não conhece<br />

bem, precisa realmente se concentrar e<br />

ter a mente presente naquilo que está<br />

fazendo.<br />

1I1fabetos bettm~ti~os:<br />

Caldai~o [=3XJ.1~];<br />

malaQuim [H+klMty Nl)H]<br />

Muitas vezes chamados <strong>de</strong> analfabetos<br />

sagrados ou herméticos, são<br />

usados quase exclusivamente por magos<br />

cerimoniais, embora se possa encontrar<br />

ocasionalmente uma bruxa ou<br />

feiticeiro individuais que os usem em<br />

um talismã. As escritas mais conhecidas<br />

são: Atravessando o Rio, Celestial<br />

e Malaquim. O Celestial é também<br />

conhecido como Angélico ou<br />

Enochiano e ainda é usado nos graus<br />

mais elevados da Maçonaria. Ele nasceu<br />

do trabalho do dr. John Dee com<br />

Edward Kelly, que em 1581 criaram<br />

uma série <strong>de</strong> 21 símbolos que diziam<br />

terem sido revelados a eles como o verda<strong>de</strong>iro<br />

alfabeto dos anjos, usado <strong>para</strong><br />

compor os nomes das hostes celestiais.<br />

Esses símbolos se tornaram a base do<br />

sistema Enochiano <strong>de</strong> Dee e Kelly,<br />

usado <strong>para</strong> invocar anjos e <strong>de</strong>mônios.<br />

As figuras do Malaquim <strong>de</strong>rivam supostamente<br />

das constelações - embora<br />

seja impossível dizer <strong>de</strong> quais. Algumas<br />

vezes o Malaquim é confundido<br />

com "A Escrita dos Reis magos".<br />

T~ban" [\ ':r"l1.2f'1nJ<br />

A escrita tebana também é chamada<br />

<strong>de</strong> honória, em homenagem ao seu<br />

criador, Honório 111 (papa <strong>de</strong> 1216 a<br />

1227). Sempre foi um alfabeto muito popular<br />

entre os <strong>Feiticeiro</strong>s e é usado também<br />

pelas bruxas mo<strong>de</strong>rnas - <strong>de</strong> tal forma<br />

que muitas vezes é chamado <strong>de</strong> Alfabeto<br />

das bruxas. Quando recebi o primeiro<br />

treinamento <strong>de</strong> Bruxaria, nos anos<br />

1970, minha professora, Deborah Letter,<br />

insistia <strong>para</strong> que aprendêssemos a ler e a

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