Grimorio para o Aprendiz de Feiticeiro - Oberon

----- Sétima nula: Signos e Símbolos ------ 293
A palavra runa significa "Mistério"
ou "Segredo" em inglês antigo e em
línguas relacionadas. Certamente tem
uma forte carga de nuanças, e isso por
uma boa razão. As runas nunca foram
um alfabeto estritamente mundano. Desde
a sua primeira adaptação para uso
germânico, elas foram usadas para funções
divinatórias e rituais. Há três tipos
principais de runas: germânicas, escandinavas
e anglo-saxônicas - cada uma
delas com diversas variações. Futhark,
como "alfa-beta", deve seu nome às primeiras
letras - F, U, Th, A, R, K. Esse é
o alfabeto rúnico mais popular e difundido
entre os Feiticeiros modernos.
Ogbam [di I I I I)]
OS primeiros celtas e seus sacerdotes,
os druidas, desenvolveram
sua própria forma de
alfabeto. É conhecido
como Ogham (OH-am)
Bethluisnon (ver 3.VI.7:
"Calendário das Árvores").
Como os outros, seu nome
deriva das primeiras letras:
B (beth), L (luis), N
(nion). Era uma forma extremam
ente simples
usada mais
para entalhar na
madeira e na pedra
do que para a
escrita em geral.
Com uma linha
central, prestava-se especialmente para
entalhes na borda de uma pedra ou de
um pedaço de madeira.
Ao passo que as correspondências
do Bethluisnon com as árvores foram conhecidas
pela interpretação que Robert
Graves fez do "Calendário da Árvore",
as letras do Ogham foram associadas
também às juntas dos dedos; mensagens
secretas podiam ser transmitidas pela indicação
das partes dos dedos, para soletrar
as palavras.
Picto [(é)~@:'-fi>~~@})
Os antigos pictos das Ilhas Britânicas
desenvolveram um elaborado estilo
"espiral" de escrever. Os símbolos,
porém, são muito semelhantes e é preciso
ter cuidado ao escrever para evitar
confusão. As letras, obras de arte e desenhos
ornamentais pictos foram, mais
tarde, adotados e elaborados pelos celtas,
especialmente na Irlanda.
Li~ão 3: Jllfabetos
mágicos
Da Idade Média até a Renascença,
quando milhares de pessoas eram torturadas
e queimadas na fogueira por bruxaria,
havia muitas pessoas (incluindo
padres, bispos, arcebispos e mesmo papas
da Igreja cristã) que praticavam
magia abertamente e sem restrições. A
razão para poderem trabalhar tão livremente
reside na palavra prática. A Bruxaria
era considerada uma religião e,