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Grimorio para o Aprendiz de Feiticeiro - Oberon

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Quinta Jlula: Jloentuttas na natutteza ----- 191<br />

que batem nas pedras e po<strong>de</strong>m trazer<br />

sabedoria e percepção, assim como<br />

reverberar com advertências.<br />

Patricia Te<strong>de</strong>sco<br />

Estive no vale Yosemite em Nor­<br />

Califia algumas vezes, na primavera,<br />

quando suas muitas cachoeiras estão<br />

cheias com as neves que se <strong>de</strong>rretem<br />

nas montanhas. Há trilhas que levam<br />

acima e abaixo <strong>de</strong>las. O som da água<br />

que cai <strong>de</strong> centenas <strong>de</strong> metros <strong>de</strong> altura<br />

é quase ensur<strong>de</strong>cedor e ficamos totalmente<br />

encharcados com o vapor, mas a<br />

excitação dos íons negativos formados<br />

nas brumas cheias <strong>de</strong> arco-íris é <strong>de</strong> tirar<br />

o fôlego!<br />

Pc~as mattinbas<br />

(Por Abby Willowroot)<br />

É nas poças marinhas que temos a<br />

chance <strong>de</strong> experimentar a vida marinha<br />

em microcosmo. Uma poça marinha<br />

po<strong>de</strong> ser bem pequena e rasinha, com<br />

apenas <strong>de</strong>z centímetros, mas mesmo<br />

assim conter uma enorme varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

formas <strong>de</strong> vida, algumas familiares e outras<br />

que, talvez, você nunca tenha visto.<br />

Olhe com atenção e lembre-se do que<br />

vir. Na próxima onda, muitos dos habitantes<br />

partirão e outros virão viver por<br />

algum tempo na poça, com as cracas e<br />

outros resi<strong>de</strong>ntes antigos <strong>de</strong>sses miraculosos<br />

reinos litorâneos. A poça marinha<br />

que você vê existe por apenas algumas<br />

horas e <strong>de</strong>pois se vai <strong>para</strong> sempre,<br />

substituída por uma nova poça e novas<br />

criaturas. Cada poça marinha é um lembrete<br />

vivo da fragilida<strong>de</strong>, inconstância e<br />

impermanência da vida.<br />

As poças marinhas são locais <strong>de</strong><br />

maravilhamento infinito. Devem ser experimentadas<br />

e exploradas, mas nunca<br />

saqueadas. Os dons do mar vêm à costa<br />

em cada onda alta. Os tesouros das<br />

poças marinhas são partes importantíssimas<br />

<strong>de</strong>ssas pequeninas biosferas animadas.<br />

Tirar algo <strong>de</strong> uma poça marinha<br />

é intrometer-se em outro reino e no lar<br />

<strong>de</strong> outras criaturas. Há muitas lições a<br />

apren<strong>de</strong>r com a observação <strong>de</strong>sses pequeninos<br />

ambientes mágicos sem interferir<br />

neles com nossa presença.<br />

CaO~ttnas<br />

Des<strong>de</strong> os tempos mais remotos, já<br />

se sentia que as cavernas eram o útero<br />

da Mãe-Terra. Logo que adquirimos suficiente<br />

domínio do fogo <strong>para</strong> po<strong>de</strong>r nos<br />

aventurar nas ondulantes passagens que<br />

nunca conheceram a luz do dia, entramos<br />

em um mundo cujos únicos habitantes<br />

eram insetos cegos, peixes e salamandras<br />

- e morcegos orientados por<br />

sonar. Na aurora da humanida<strong>de</strong>, as<br />

cavernas se tomaram nossos primeiros<br />

templos.

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