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Grimorio para o Aprendiz de Feiticeiro - Oberon

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quinta lIula: lI,,~ntuttas na natutt~za ----- 189<br />

consciente, das cerimônias e feitiços <strong>de</strong><br />

incontáveis gerações atenciosas. Quase<br />

todo mundo tem alguma intimida<strong>de</strong><br />

com os locais mais conhecidos, como<br />

Mesa Ver<strong>de</strong>, no Colorado; Stonehenge,<br />

na Grã-Bretanha e a antiga Petra - mas<br />

cada região, cada bacia hidrográfica tem<br />

seus próprios pontos especiais em que a<br />

vibração é mais intensa, em que nossas<br />

visões parecem mais claras, nossos sonhos<br />

mais urgentes e vivos.<br />

Quando jovem, aqueci-me nas<br />

emanações do Monte Shasta, an<strong>de</strong>i <strong>de</strong>scalço<br />

por uma floresta <strong>de</strong> pinheiros sussurrantes<br />

nas Colinas Negras do território<br />

Sioux e pulei os portões trancados<br />

do Park Service <strong>para</strong> passar uma noite<br />

nas kivas subterrâneas do Chaco. Cada<br />

um <strong>de</strong>sses locais me trouxe novas experiências<br />

e lições, e tentei servi-los<br />

igualmente bem; daí, em 1980, segui a<br />

mais po<strong>de</strong>rosa revelação <strong>de</strong> minha vida<br />

a uma <strong>de</strong>teminada curva <strong>de</strong> um rio particular<br />

do Novo México, nas encantadas<br />

terras bravias <strong>de</strong> Gila no sudoeste<br />

americano. Até a 900 anos atrás, nosso<br />

Santuário servia <strong>de</strong> centro cerimonial<br />

<strong>para</strong> os antigos índios que os arqueologistas<br />

e o vulgo chamam <strong>de</strong> "Mogollon",<br />

mas que conheciam como o Doce Povo<br />

da Medicina. Hoje em dia, quando estudantes<br />

e aprendizes vêm estudar conosco,<br />

estão ajudando a restabelecer uma<br />

linhagem sagrada <strong>de</strong> propósito e compromisso,<br />

magia e amor.<br />

Seja no mais selvagem <strong>de</strong>serto ou<br />

em um canto amado e escondido no parque<br />

da cida<strong>de</strong> - um dos modos como<br />

po<strong>de</strong>mos mensurar um local sagrado é<br />

pela profundida<strong>de</strong> como ele nos afeta.<br />

Muitas vezes, começa com o que parece<br />

um convite, seja um presságio ou uma<br />

sensação. Po<strong>de</strong>mos sentir que estamos<br />

sendo observados ou avaliados pelas entida<strong>de</strong>s<br />

resi<strong>de</strong>ntes, que provocam um temor<br />

momentâneo. Mas, com a mente<br />

quieta e o coração puro, logo não apenas<br />

somos aceitos como iniciados e instruídos,<br />

encorajados e equipados! Os locais<br />

sagrados afirmam nosso papel pessoal<br />

no propósito sagrado <strong>de</strong> revelação<br />

<strong>de</strong> Gaia ... e um local <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r será aquele<br />

em que nos sentirmos mais po<strong>de</strong>rosos<br />

também.<br />

D~sfilad~i)tos<br />

(por Jesse Wolf Hardin)<br />

Como a maioria dos meninos, eu<br />

era atraído pelo pico mais alto que houvesse,<br />

pelos locais em que eu podia olhar<br />

em todas as direções <strong>de</strong> uma só vez e<br />

sentir alguma distância das pessoas que<br />

se trombavam lá embaixo. Mas logo que<br />

cheguei à puberda<strong>de</strong>, comecei a me sentir<br />

atraído pelos escon<strong>de</strong>rijos secretos em<br />

valas secas e pela umida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um rio<br />

que escavava eternamente sua direção<br />

e intenção em rocha sólida. Um <strong>de</strong>sfila<strong>de</strong>iro<br />

incorpora o feminino, e nós, homens,<br />

buscamos o equilíbrio, assim como<br />

a beleza, no abraço <strong>de</strong> seu espírito e forma.<br />

É aqui que ambos os aspectos <strong>de</strong><br />

nosso ser, o yin e o yang, encontram-se<br />

e se combinam. A água feminina saco<strong>de</strong><br />

nossas pernas e pés enquanto reflete<br />

os picos masculinos que se erguem <strong>para</strong><br />

o céu como asas <strong>de</strong> granito.<br />

Mesmo aqueles que nunca os visitaram<br />

conhecem o nome <strong>de</strong> algumas gargantas<br />

da África, dos<br />

cânions <strong>de</strong> Utah e do<br />

Canon <strong>de</strong> Cobre mexicano,<br />

as voltas serpentinas<br />

da Cobra <strong>de</strong><br />

ldaho e o Cânion Negro<br />

do Gunnison. Já<br />

se falou que o visitante<br />

médio passa apenas<br />

cinco minutos nos<br />

parques a olhar o ma-

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