Grimorio para o Aprendiz de Feiticeiro - Oberon
----- Quattta lIula: D~ Volta à natutt~za ----- 177 Cascavel Tem uma coloração brilhante com faixas de vermelho, amarelo e preto e sua aparência é quase idêntica à da bela kingsnake. Há uma regra simples para distingui-la, baseada na ordem das cores de suas faixas: "Vermelho e trigueiro, abra o berreiro; vermelho e preto, veneno discreto". Kingsnake vermelha Cozinba d~ acampam~nto Todo campista deve conhecer algumas refeições básicas que possam ser preparadas no meio do mato e cozidas em uma fogueira. Uma fogueira para cozinhar é feita de forma bem diferente da fogueira de reunião, já que seu objetivo é maximizar o calor, não a luz. A maior parte das fogueiras para cozinhar usa uma vala estreita cavada no chão, na qual se deitam camadas de gravetos cada vez maiores na mesma direção, que são queimados até virar carvão. Um arranjo excelente é fazer uma vala em forma de X para que o ar possa circular pelo fogo. Panelas e frigideiras podem ficar na beira da vala ou sobre pedras. Ou faça sua fogueira entre dois troncos, desta maneira: Se não tiver certeza de que a cobra que encontrou é venenosa, não mexa com ela! Não tente apanhá-la, matá-la ou feri-la de nenhum modo. Apenas fique fora do caminho dela e ela ficará fora do seu. As cascavéis ainda avisam de sua proximidade com o chocalho, muito fácil de reconhecer! Faça bastante barulho ao andar pelo mato e leve um bastão comprido para remexer nos arbustos à frente. Cobra coral Fogueira para cozinhar Constltu~ão d~ um abltigo O mateiro experiente deve ser capaz de construir abrigos de sobrevivência a partir do nada. Os mais fáceis de fazer são os que aproveitam objetos naturais como cavernas, saliências, penhascos, faces de rochas, árvores grandes, árvores caídas ou raízes grandes. A partir de qualquer um desses, é possível construir uma espécie de alpendre encostando neles troncos compridos, galhos ou outras árvores caídas. Cubra o telhado com camadas de ramos folhosos e ga-
178 ---- Gltimóltio palta o lIplt~ndiz d~ 'F ~itic~ilto ----- lhos para proteger o abrigo contra a chuva. Algumas árvores grandes podem ter ocos que servem de abrigo (até mesmo ocos causados por queimadas). Abrigo em árvore caída Tattda: faz~tt um kit p~ssoal d~ sobtt~oio~nda Todo bom mateiro (e todo bom feiticeiro que vai à floresta) deve preparar um mini kit pessoal de sobrevivência. Fiz meu primeiro quando era criança e sempre o deixava com o equipamento de acampar, ou em meu bolso quando fazia caminhadas. Eis um plano básico, adaptado de The Boy Seou! Fieldbook: Primeiro, arranje um recipiente à prova d' água, pequeno o bastante para caber na bolsa, mas grande o suficiente para conter tudo. Nas boas lojas de departamentos, é possível encontrar recipientes perfeitos, com tampas de plástico transparente, na seção de pesca. Reúna os seguintes itens e arrume-os para que caibam direitinho na caixa: (1) mini isqueiro; (2) lanterna; (3) vela de emergência; (4) bússola; (5) lente de aumento; (6) apito; (7) lâminas de barbear ou estilete; (8) linha de pesca forte de náilon; (9) anzóis de diversos tamanhos, chumbada, isca artificial e carretilha; (10) cordão de dois a três metros, leve e flexível, para armadilhas; (11) fita adesiva, com 2 centímetros de largura e 50 centímetros de comprimento; (12) caderneta e caneta esferográfica; (13) 4 quadrados de 30 cm 2 de papel-alumínio, para fabricar utensílios para beber e cozinhar; (14) bandagens de diversos tamanhos; (15) tabletes de iodina para purificar a água; (16) agulhas e fio de náilon para consertos; (17) vários saquinhos do tipo zip-Iock para sanduíches. Se ainda tiver espaço, pode pôr mais coisas. Por exemplo, eu corto algumas latas de conserva para fazer pontas de flecha, vincadas ao meio para ficarem mais fortes. Elas quase não ocupam espaço e, se eu precisar (o que nunca aconteceu), posso fabricar um conjunto de arco e flecha com elas e a linha de pesca. Também levo um pouco de soro antiofidico e repelente, separados de meu kit de primeiros socorros. Finalmente, inclua uma lista de tudo no seu kit de sobrevivência para poder substituir o que já tiver usado. L.i~ão 8: 1IIim~nta~ão Nos lugares em que vivi pelos últimos 25 anos, havia amoras silvestres em profusão; elas amadureciam no outono. Adoro sair para apanhar amoras, o que considero uma profunda experiência de meditação. Dado o calor da estação, visto apenas bermuda e chinelos. Considero que dar às amoras uma chance leal de me ferir é minha pequena disciplina de artes marciais. Meu desafio é manobrar cuidadosamente, ter consciência de cada galho espinhudo à espera de um engano, atravessar a malha protetora de pontas agudas e arrancar os mais gordos e suculentos tesouros da bocarra cheia de dentes do dragão. Poucas vezes saio completamente ileso; vejo os inevitáveis arranhões como honrosas cicatrizes de batalha. São muito comuns os contos românticos da "Grande Caçada", em que bandos de antigos caçadores vão atrás de mamutes, ursos, focas, búfalos, java-
- Page 114 and 115: ----- Sétima Rula: Padttõ~s d~ ma
- Page 116 and 117: lIula: Pttim~itta mist~ttios natutt
- Page 118 and 119: -----Pttimeilta Rula: mist~ttios na
- Page 120 and 121: -----Pttimeitta .1Iula: mistéttios
- Page 122 and 123: ------ Pttim~itta .Aula: mistéttio
- Page 124 and 125: -----Pttimeitta lIula: mist~ttios O
- Page 126 and 127: -----Pttimeitta Rula: mistéttios n
- Page 128 and 129: -----Pttimeitta lIula: mist~ttios n
- Page 130 and 131: S~gunda lIula: 11 alma da natuJt~za
- Page 132 and 133: ----- Segunda lIula: 11 alma da Oat
- Page 134 and 135: ----- Segunda lIula: 11 alma da nat
- Page 136 and 137: ----- Segunda lIula: 11 alma da nat
- Page 138 and 139: ----- Segunda lIula: 11 alma da nat
- Page 140 and 141: ----- S~gunda lIula: 11 alma da nat
- Page 142 and 143: ----- S4tj;Sunda lIula: 11 alma da
- Page 144 and 145: T~ttc~itta Rula: Os Bkm~ntos ------
- Page 146 and 147: Tetteeitta lIula: Os Blementos ----
- Page 148 and 149: ------ T~ttc~itta lIula: Os BI~m~nt
- Page 150 and 151: T~Jtc~itta Rula: Os Bkm~ntos ------
- Page 152 and 153: T~ttc~itta lIula: Os EI~m~ntos ----
- Page 154 and 155: T~ttcdtta Rula: Os BI~m~ntos ------
- Page 156 and 157: ~uattta lIula: De Volta à natuttez
- Page 158 and 159: ----- Qualtta lIula: De Volta à na
- Page 160 and 161: ----- Quattta Rula: D~ Volta à nat
- Page 162 and 163: ----- quattta Jlula: O~ Volta à na
- Page 166 and 167: ----- Quattta 1Iula: DI! Volta à n
- Page 168 and 169: ----- quaJtta Jlula: D~ Volta à na
- Page 170 and 171: Quinta 1Iula: 1Ioentuttas na natutt
- Page 172 and 173: Quinta lIula: lIoentuttas na natUtt
- Page 174 and 175: Quinta Rula: Roentuttas na Oatuttez
- Page 176 and 177: quinta lIula: lI,,~ntuttas na natut
- Page 178 and 179: Quinta Jlula: Jloentuttas na natutt
- Page 180 and 181: quinta lIula: lI"~ntuttas na Oatutt
- Page 182 and 183: -----Sexta Rula: Seu Jaltdim mágic
- Page 184 and 185: ------ S~xta Rula: S~u Jattdim mág
- Page 186 and 187: -----Sexta lIula: Seu Jattdim mági
- Page 188 and 189: ----- Sexta lIula: Seu Jaltdim mág
- Page 190 and 191: ----- Sexta Rula: Seu Jattdim mági
- Page 192 and 193: ----- Sexta lIula: Seu Jattdim mág
- Page 194 and 195: ----- Sexta lIula: Seu Jattdim mág
- Page 196 and 197: ----- S~xta .Rula: S~u Jattdim mág
- Page 198 and 199: 211
- Page 200 and 201: 214 ---- GltimÓltio palta o .Aplt
- Page 202 and 203: 216 ---- Cittim6ttio "atta o 1Iptt~
- Page 204 and 205: 218 ---- Gltimóltio palta o lIpltl
- Page 206 and 207: 220 ---- Gttimóttio patta o Jlptte
- Page 208 and 209: S~gunda lIula: Instttum~ntos d~ mag
- Page 210 and 211: 224 ---- Gltimóltio palta o lIplt~
- Page 212 and 213: 226 ---- GltimÓltio palta o lIplt~
178 ---- Gltimóltio palta o lIplt~ndiz d~ 'F ~itic~ilto -----<br />
lhos <strong>para</strong> proteger o abrigo contra a chuva.<br />
Algumas árvores gran<strong>de</strong>s po<strong>de</strong>m ter<br />
ocos que servem <strong>de</strong> abrigo (até mesmo<br />
ocos causados por queimadas).<br />
Abrigo em árvore caída<br />
Tattda: faz~tt um kit p~ssoal<br />
d~ sobtt~oio~nda<br />
Todo bom mateiro (e todo bom feiticeiro<br />
que vai à floresta) <strong>de</strong>ve pre<strong>para</strong>r<br />
um mini kit pessoal <strong>de</strong> sobrevivência. Fiz<br />
meu primeiro quando era criança e sempre<br />
o <strong>de</strong>ixava com o equipamento <strong>de</strong><br />
acampar, ou em meu bolso quando fazia<br />
caminhadas. Eis um plano básico, adaptado<br />
<strong>de</strong> The Boy Seou! Fieldbook:<br />
Primeiro, arranje um recipiente à<br />
prova d' água, pequeno o bastante <strong>para</strong><br />
caber na bolsa, mas gran<strong>de</strong> o suficiente<br />
<strong>para</strong> conter tudo. Nas boas lojas <strong>de</strong> <strong>de</strong>partamentos,<br />
é possível encontrar recipientes<br />
perfeitos, com tampas <strong>de</strong> plástico<br />
transparente, na seção <strong>de</strong> pesca.<br />
Reúna os seguintes itens e arrume-os<br />
<strong>para</strong> que caibam direitinho na caixa: (1)<br />
mini isqueiro; (2) lanterna; (3) vela <strong>de</strong><br />
emergência; (4) bússola; (5) lente <strong>de</strong> aumento;<br />
(6) apito; (7) lâminas <strong>de</strong> barbear<br />
ou estilete; (8) linha <strong>de</strong> pesca forte <strong>de</strong><br />
náilon; (9) anzóis <strong>de</strong> diversos tamanhos,<br />
chumbada, isca artificial e carretilha;<br />
(10) cordão <strong>de</strong> dois a três metros, leve e<br />
flexível, <strong>para</strong> armadilhas; (11) fita a<strong>de</strong>siva,<br />
com 2 centímetros <strong>de</strong> largura e 50<br />
centímetros <strong>de</strong> comprimento; (12) ca<strong>de</strong>rneta<br />
e caneta esferográfica; (13) 4<br />
quadrados <strong>de</strong> 30 cm 2 <strong>de</strong> papel-alumínio,<br />
<strong>para</strong> fabricar utensílios <strong>para</strong> beber e cozinhar;<br />
(14) bandagens <strong>de</strong> diversos tamanhos;<br />
(15) tabletes <strong>de</strong> iodina <strong>para</strong> purificar<br />
a água; (16) agulhas e fio <strong>de</strong> náilon<br />
<strong>para</strong> consertos; (17) vários saquinhos<br />
do tipo zip-Iock <strong>para</strong> sanduíches.<br />
Se ainda tiver espaço, po<strong>de</strong> pôr<br />
mais coisas. Por exemplo, eu corto algumas<br />
latas <strong>de</strong> conserva <strong>para</strong> fazer pontas<br />
<strong>de</strong> flecha, vincadas ao meio <strong>para</strong> ficarem<br />
mais fortes. Elas quase não ocupam<br />
espaço e, se eu precisar (o que nunca<br />
aconteceu), posso fabricar um conjunto<br />
<strong>de</strong> arco e flecha com elas e a linha<br />
<strong>de</strong> pesca. Também levo um pouco <strong>de</strong><br />
soro antiofidico e repelente, se<strong>para</strong>dos<br />
<strong>de</strong> meu kit <strong>de</strong> primeiros socorros. Finalmente,<br />
inclua uma lista <strong>de</strong> tudo no seu<br />
kit <strong>de</strong> sobrevivência <strong>para</strong> po<strong>de</strong>r substituir<br />
o que já tiver usado.<br />
L.i~ão<br />
8: 1IIim~nta~ão<br />
Nos lugares em que vivi pelos últimos<br />
25 anos, havia amoras silvestres em<br />
profusão; elas amadureciam no outono.<br />
Adoro sair <strong>para</strong> apanhar amoras, o que<br />
consi<strong>de</strong>ro uma profunda experiência <strong>de</strong><br />
meditação. Dado o calor da estação, visto<br />
apenas bermuda e chinelos. Consi<strong>de</strong>ro<br />
que dar às amoras uma chance leal<br />
<strong>de</strong> me ferir é minha pequena disciplina<br />
<strong>de</strong> artes marciais. Meu <strong>de</strong>safio é manobrar<br />
cuidadosamente, ter consciência <strong>de</strong><br />
cada galho espinhudo à espera <strong>de</strong> um<br />
engano, atravessar a malha protetora <strong>de</strong><br />
pontas agudas e arrancar os mais gordos<br />
e suculentos tesouros da bocarra<br />
cheia <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntes do dragão. Poucas vezes<br />
saio completamente ileso; vejo os<br />
inevitáveis arranhões como honrosas cicatrizes<br />
<strong>de</strong> batalha.<br />
São muito comuns os contos românticos<br />
da "Gran<strong>de</strong> Caçada", em que<br />
bandos <strong>de</strong> antigos caçadores vão atrás<br />
<strong>de</strong> mamutes, ursos, focas, búfalos, java-