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Os árabes adoravam o dragão com o nome <strong>de</strong> al Hayyah. E os mouros<br />
levaram essas crenças para Espanha e Portugal. Em Portugal, todos sabiam<br />
que Santa Margarida foi <strong>de</strong>vorada por um dragão malvado. Ela arrebentou<br />
o bichão que a engolira fazendo o sinal da cruz, e por isso é a padroeira dos<br />
<strong>de</strong>slumbramentos 25 .<br />
Para afastar dragões, geralmente seres do mal, havia a reza <strong>de</strong> Santo<br />
Columba. Santo Columba vivia na província <strong>de</strong> Pictos, perto da fortaleza<br />
do rei Bri<strong>de</strong>i. Ele viu o monstro do mar rosnando pelas fauces escancaradas.<br />
O santo fez o sinal da cruz e or<strong>de</strong>nou ao dragão que se<br />
retirasse; e ele o fez rapidamente, como que puxado por cordas. Esse<br />
notável feito se espalhou; era contado em Portugal, na Nortúmbria e no<br />
mosteiro Columbano <strong>de</strong> Lindisfarme.<br />
Beowulf, gran<strong>de</strong> matador <strong>de</strong> dragões, liquidou nove monstros; e no mar <strong>de</strong><br />
Gren<strong>de</strong>l matou mais um. Mas contava-se em Évora que a Bruxa possuía o<br />
dom <strong>de</strong> atrair e amansar dragões. Ela podia ver serpentes fantásticas com<br />
cornos andando na planura por ali afora. Lamias 26 e drakoi 27 voavam ao seu<br />
redor. Eles eram <strong>de</strong> todos os tamanhos e <strong>de</strong> várias e surpreen<strong>de</strong>ntes formas.<br />
Alguns tinham quatro olhos. Fafnir, o mais famoso <strong>de</strong>les na Ida<strong>de</strong> Média,<br />
vinha conversar com ela... e ela própria metamorfoseava-se em um dragão<br />
esver<strong>de</strong>ado.