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ANO XXIII - EDIÇÃO 240 25 SETEMBRO a 25 OUTUBRO 2018 T'Rio Moraes Moreira Getúlio Côrtes Fantastic Negrito Bebe Rexha Florence + The Machine Saulo Duarte Falamansa Lobão Nenhum de Nós Amy Shark Roger Daltrey Banda Víruz Robert Plant Fernando Seixas (1942/ 2018) JG NEWS, ANO XXIII, ED. 240, 25 SETEMBRO A 25 OUTUBRO 2018 1

ANO XXIII - EDIÇÃO 240<br />

25 SETEMBRO a 25 OUTUBRO 2018<br />

T'Rio<br />

Moraes Moreira<br />

Getúlio Côrtes<br />

Fantastic Negrito<br />

Bebe Rexha<br />

Florence + The Machine<br />

Saulo Duarte<br />

Falamansa<br />

Lobão<br />

Nenhum de Nós<br />

Amy Shark<br />

Roger Daltrey<br />

Banda Víruz<br />

Robert Plant<br />

Fernando Seixas<br />

(1942/ 2018)<br />

JG NEWS, ANO XXIII, ED. 240, 25 SETEMBRO A 25 OUTUBRO 2018 1


MATRIZ:<br />

PRAÇA MAHATMA GANDHI, 2,<br />

GRUPOS 709 E 710<br />

CENTRO, RIO DE JANEIRO, RJ<br />

CEP 20.031-100<br />

TELEFONE<br />

ONE: (21) 2220-3635<br />

E-MAIL: sbacem@sbacem.org.br<br />

2<br />

JG NEWS, ANO XXIII, ED. 240, 25 SETEMBRO a 25 OUTUBRO 2018


Sempre gostei de andar de motocicleta e o<br />

faço há décadas. Escrevi, inclusive, um livro<br />

contando os meus acidentes, enfim, se<br />

tenho um vício, é esse. E, aqui em casa,<br />

cada um tem a sua<br />

motocicleta e compartilhamos<br />

um<br />

único carro (que<br />

vive mais parado<br />

que andando, salvo<br />

em dias de chuva).<br />

Quando estou<br />

de carro costumo<br />

levar meus CDs favoritos<br />

- momento<br />

bom pra se ouvir<br />

Antonio Braga - Editor<br />

Eu,<br />

vivendo<br />

do passado<br />

Fernado Seixas<br />

música, sem interferências externas - vidro<br />

fechado, no sossego do reduto automotivo.<br />

Meu filho, semanas atrás pegou o carro e<br />

voltou com uma novidade para mim - trocou<br />

o CD player do carro (original) por um<br />

outro objeto que liga no celular e você pode<br />

ouvir as músicas do seu celular ou de um<br />

pen drive. A minha decepção foi imensa.<br />

Mas o argumento dele foi o seguinte: ninguém<br />

mais ouve esse negócio de CD. Isso é<br />

coisa do seu tempo. Me senti com 90 anos.<br />

Tenho 61, sou do tempo do LP, da fitinha<br />

K7, vi chegar o CD, o DVD, o blu ray (que<br />

nem chegou a vingar), e agora é o mundo<br />

do celular. Tudo se faz com o celular. A vida<br />

de todos depende do celular. Cada vez mais<br />

coisas cabem dentro desse aparelho que<br />

parece ser ilimitado. Enfim, fiquei restrito<br />

ao Lap Top para ouvir meus CDs, de preferência<br />

com headphone, para não incomodar<br />

ninguém. O novo aparelho colocado no<br />

veículo possui um rádio também. Embora<br />

me esforce para encontrar alguma estação<br />

que toque música boa, acabo por desligálo,<br />

pois em nenhuma estação de rádio consigo<br />

ouvir Toquinho, Yamandu, instrumentais<br />

refinados ou até música popular nova<br />

de boa qualidade.<br />

Nas rádios de<br />

maior audiência,<br />

ou toca funk, ou<br />

toca sertanejo.<br />

Nas estações<br />

saudosistas, tocam<br />

as mesmas<br />

músicas que tocavam há 20, 30 anos. O<br />

novo talento, a renovação não aconteceu<br />

ou se aconteceu não deixou endereço. Não<br />

dá pra dirigir ouvindo Youtube. Essa fase<br />

de adaptação aos novos formatos está difícil<br />

de engolir. Os jovens baixam da internet<br />

suas faixas favoritas e as ouvem repetidamente<br />

até terem paciência de fazer novamente<br />

nova pesquisa.<br />

Nessa de futucar internet acabei achando<br />

um colega dos anos 90 que, ao que me lembre,<br />

foi o primeiro<br />

artista<br />

residente no<br />

exterior a gravar<br />

uma música<br />

minha.<br />

Gravou em Israel<br />

e fez sucesso<br />

por lá.<br />

Fez não, continua<br />

fazendo.<br />

Seu nome<br />

é Fernando Seixas, brasileiro, baiano de Salvador<br />

que mudou-se para Tel Aviv na década<br />

de 90 e nos conhecemos na praia de<br />

Ipanema assistindo a uma apresentação da<br />

banda Sunggae, que já havia gravado músicas<br />

de minha autoria. No ano seguinte<br />

convidei-o a se hospedar em minha casa e<br />

tocamos muito violão juntos. Mostrei-lhe algumas<br />

coisas novas que havia composto e<br />

ele pediu para gravar. Gravou. Ficou ótimo.<br />

Mas o destino apronta com a gente. A mesma<br />

música que ele escolheu para gravar em<br />

Israel a banda Chiclete com Banana gravou<br />

aqui no Brasil, e pela mesma gravadora.<br />

Na convenção anual da gravadora deu<br />

‘chabu’. No final ficou tudo resolvido e ficaram<br />

valendo as duas gravações. Particularmente<br />

gostei mais da gravação do Fernando<br />

do que a do Chiclete com Banana. A música<br />

estourou no Brasil inteiro com a banda<br />

baiana e virou hit, até hoje, do carnaval da<br />

Bahia. Direitos autorais do estrangeiro nunca<br />

recebi, mas daqui, da nossa terrinha<br />

tupiniquim, com toda a inadimplência das<br />

rádios, essa musiquinha encheu por várias<br />

vezes minha<br />

geladeira e<br />

até pagou<br />

contas de luz,<br />

água etc. Ainda<br />

hoje, entra<br />

pouco na conta<br />

bancária,<br />

mas entra.<br />

Salve o Ecad.<br />

EDITORIAL<br />

EXPEDIENTE<br />

Editores<br />

Antonio Braga<br />

e Jorge Piloto<br />

Colaboradores<br />

Elias Nogueira, Alberto<br />

Guimarães, Márcio Paschoal,<br />

Robson Candêo,<br />

Patrícia Rodrigues, Nido<br />

Pedrosa, Fábio Cezane e<br />

Marcelo Seródio.<br />

Comercial<br />

Rio de Janeiro<br />

Antonio Braga<br />

Whatsapp:<br />

22 98828-0041<br />

CEL: 21 98105-4941<br />

bragaa@gmail.com<br />

Bahia<br />

Jorge PIloto<br />

(71) 98647-7625<br />

(71) 9922-1828<br />

jorge.piloto@yahoo.com.br<br />

Redação:<br />

Rua Cristóvão Barcellos,<br />

11/103, Laranjeiras/<br />

Rio de Janeiro, RJ<br />

CEP 22.245-110<br />

Os artigos assinados<br />

são única e exclusivamente<br />

de responsabilidade<br />

de seus autores.<br />

A revista JG News é a<br />

continuação, em formato<br />

revista, do Jornal das<br />

Gravadoras, fundado<br />

em novembro de 1996<br />

pelo jornalista Antonio<br />

Sergio de Farias Braga,<br />

Registro Profissional<br />

18.851 L87 fl8v, emitido<br />

em de 16/09/1986.<br />

JG NEWS, ANO XXIII, ED. 240, 25 SETEMBRO A 25 OUTUBRO 2018 3


Aos 78 anos, o senhor<br />

Sérgio Bavini, ex-corretor<br />

de seguros, ex-estoquista<br />

e dono de pousada, pode<br />

se orgulhar de uma linda<br />

e longeva carreira artística.<br />

Mais conhecido como<br />

Sérgio Reis, o simpático<br />

cantor sertanejo de sucessos<br />

como "Menino da Porteira"<br />

(Teddy Vieira, Luizinho),<br />

"Pinga ni mim" (Elias<br />

Filho) e "Panela Velha"<br />

(Moraezinho, Auri Silvestre),<br />

já foi também Johnny<br />

Johnson, cantor de rock<br />

nos áureos tempos da Jovem<br />

Guarda.<br />

Na atribulada e multifacetada<br />

vida desse artista<br />

peregrino, ele foi ator de<br />

novelas, como "Pantanal"<br />

e "O Rei do Gado", quando<br />

formou dupla com<br />

Almir Sater (Pirilampo e<br />

Saracura), e cinema "O<br />

Menino da Porteira" (sucesso<br />

nacional com mais<br />

de dois milhões de espectadores)<br />

e "Mágoa de<br />

Boiadeiro", além de trabalhar<br />

na rádio, divulgando<br />

a música do interior (Siga<br />

Bem, Caminhoneiro".<br />

Em 2015, recebeu o<br />

Grammy Latino de Melhor<br />

Álbum de Música Sertaneja<br />

pelo CD/DVD Amizade<br />

Sincera II, em parceria<br />

com Renato Teixeira.<br />

De uma família de italianos<br />

(avós paternos), da<br />

região de Pompeia, deles<br />

herdou a incrível disposição<br />

para o trabalho e para<br />

a vida. Desde o AVC dentro<br />

de um avião ao aciden-<br />

4<br />

Márcio Paschoal<br />

MATÉRIA DE CAPA<br />

CORAÇÃO DE PAPEL VALENTE<br />

Sérgio Reis - 60 anos de carreira<br />

JG NEWS, ANO XXIII, ED. 240, 25 SETEMBRO a 25 OUTUBRO 2018


Klaus Kinski<br />

MATÉRIA DE CAPA<br />

está em fim de mandato<br />

como deputado federal, e<br />

garante que não prosseguirá<br />

na política.<br />

Comemorando este ano<br />

60 anos de carreira e com<br />

diversos shows agendados<br />

pelo país, Serjão,<br />

como é chamado pelos<br />

amigos, vê sua vida contada<br />

em livro, "Sergio<br />

Reis, uma vida, um talento",<br />

escrito por Murilo Carvalho<br />

e recém-lançado<br />

pela editora Tinta Negra.<br />

(*) escritor, autor das biografias<br />

de João do Vale<br />

e Rogéria.<br />

te sério, quando caiu de um palco<br />

num show em Três Marias, Minas<br />

Gerais, Sérgio Reis não parou quieto.<br />

Com uma extensa discografia, o<br />

intérprete e autor de "Coração de<br />

Papel", com um marca-passo desde<br />

2015, vem com um trabalho<br />

novo, "Alma Gêmea", em parceria<br />

com a mulher, a cantora Ângela<br />

Reis. Não se trata de disco com sonoridade<br />

caipira, mas só com clássicos.<br />

Em uma das faixas, o dueto<br />

com Guilherme Arantes, em "Planeta<br />

Água".<br />

Para quem não sabe, Sérgio Reis<br />

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LANÇAMENTOS DE CDs FÍSICOS<br />

LANÇAMENTOS<br />

EDU LOBO<br />

Meia-noite<br />

BISCOITO FINO<br />

NIDO PEDROSA<br />

Sucateando A Música Sustentável<br />

INDEPENDENTE<br />

DUO GISBRANCO<br />

Pássaros<br />

MILLS RECORDS<br />

VIRUZ<br />

Contaminando Responsabilidade Social<br />

INDEPENDENTE<br />

TATÁ AEROPLANO<br />

Alma De Gato<br />

INDEPENDENTE<br />

FERNANDO SEIXAS<br />

O Animal<br />

SPOTLIGTH<br />

6<br />

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Fábio Cezanne<br />

cezannedivulgacao@gmail.com<br />

LANÇAMENTO<br />

T'Rio lança seu CD de estreia<br />

reunindo compositores<br />

consagrados da cena erudita<br />

Formado por Cristiano Alves (clarinete),<br />

Fernando Thebaldi (viola)<br />

e Yuka Shimizu (piano), grupo interpreta,<br />

no disco "Trios Brasileiros",<br />

peças de João Guilherme<br />

Ripper, Liduino Pitombeira,<br />

Ricardo Tacuchian e Nestor de<br />

Hollanda Cavalcanti<br />

Formação que inspirou compositores<br />

como Mozart com seu inusitado<br />

"Trio Boliche", o clarinete, a viola<br />

e o piano instigaram da mesma<br />

maneira os ilustres compositores<br />

brasileiros contemporâneos João<br />

Guilherme Ripper, Ricardo Tacuchian,<br />

Liduino Pitombeira e Nestor<br />

de Hollanda Cavalcanti. Foi a partir<br />

desta admiração em comum que o<br />

clarinetista Cristiano Alves e o<br />

violista Fernando Thebaldi, ambos<br />

cameristas entusiastas integrantes<br />

da Petrobras Sinfônica, juntaram-se<br />

à pianista japonesa radicada no<br />

Brasil, Yuka Shimizu, registrando<br />

em seu CD de estreia, "Trios Brasileiros"<br />

(gravadora<br />

A CASA Discos),<br />

essas joias<br />

da música de câmara<br />

nacional.<br />

Assim como Cristiano,<br />

que soma<br />

em sua trajetória<br />

artística um<br />

grande número<br />

de prêmios e títulos<br />

pelo Brasil<br />

e no exterior, Fernando<br />

e Yuka,<br />

enquanto o recém criado "Duo<br />

Burajiru" - que já conquista os palcos<br />

nacionais e estrangeiros - têm<br />

8<br />

"Yuka, Cristiano e Fernando,<br />

através de sua música, nos<br />

redimem de um mundo áspero<br />

e nos conduzem a um<br />

universo intangível. E a vida<br />

musical brasileira se enriquece<br />

com um novo grupo<br />

camerístico de categoria internacional".<br />

Ricardo Tacuchian<br />

em comum, obras<br />

dedicadas aos três<br />

artistas pelos compositores<br />

que participam<br />

do disco.<br />

O compositor<br />

cearense Liduino<br />

Pitombeira participa<br />

do disco com<br />

três obras distintas.<br />

A peça Fantasia sobre<br />

a Muié Rendêra<br />

traz uma melodia<br />

original vai se desconstruindo<br />

até em um dado momento<br />

se transformar em um tema<br />

de doze notas em ambiente de harmonia<br />

quartal. A peça foi originalmente<br />

escrita para conjunto de flautas<br />

doce (soprano, contralto, tenor<br />

e baixo), viola da gamba baixo e cravo,<br />

e foi gravada nessa formação<br />

em 1997, no primeiro CD do Syntagma,<br />

o mais antigo grupo de câmara<br />

de Fortaleza, que trabalha a conexão<br />

entre a música antiga e a<br />

música nordestina. Existem atualmente<br />

oito versões dessa obra,<br />

para diversas formações de câmara.<br />

Sua segunda composição,<br />

Japan, é dividida em três movimentos<br />

e foi inspirada por três haikus<br />

de Judith Ann Gorgone. A peça em-<br />

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LANÇAMENTO<br />

prega harmonia modal e<br />

"pintura de palavras" para<br />

expressar as imagens<br />

poéticas dos haikus. O<br />

esquema lento-rápidolento<br />

foi escolhido para<br />

evocar a tranquilidade<br />

meditativa do zen-budismo.<br />

Já Brasiliana foi<br />

composta para o primeiro<br />

concerto do Trio<br />

Brasilianas (Felícia Coelho<br />

- flauta, Aynara Silva<br />

- clarineta, e Maria Di Cavalcanti -<br />

piano). Os títulos dos movimentos -<br />

Flor anônima, Ao acaso e O relógio<br />

de ouro - são oriundos de três textos<br />

de Machado de Assis. A obra emprega<br />

ato-nalismo livre, notação gráfica,<br />

técnicas estendidas e harmonia<br />

cromática. Esta versão foi especialmente<br />

escrita para o T'Rio.<br />

Credenciado pela qualidade técnica e musical<br />

de seus integrantes, o T'Rio registra, neste<br />

primeiro CD, sua vocação como valioso<br />

instrumento a serviço da música brasileira,<br />

estimulando a criação de novas obras para<br />

esse conjunto de sonoridades distintas<br />

como a da viola, do clarinete e do piano, que<br />

tão bem se conjugam e se harmonizam nas<br />

mãos privilegiadas de seus integrantes.<br />

Edino Krieger (junho, 2018)<br />

O carioca Nestor de Hollanda Cavalcanti<br />

participa com O Sábio em Sol,<br />

para trio e um narrador. A obra tem<br />

por base a "canção sem palavras"<br />

do 4º movimento, criada sobre os<br />

versos de Luiz Guilherme de Beaurepaire,<br />

edificada sobre um único<br />

som e harmonizada com acordes<br />

onde o "sol" é por vezes a funda-<br />

mental, ou a terça, a quinta<br />

etc. do acorde. A partir da estrutura<br />

desta canção, foram<br />

compostos os demais movimentos.<br />

No primeiro movimento,<br />

o piano apresenta o "sol",<br />

seguido da clarineta e viola<br />

que expõem elementos da<br />

canção final. O segundo apresenta<br />

um diálogo (clarineta e<br />

viola) construído sobre uma<br />

série de doze sons, feita sobre<br />

a relação acústica de sons<br />

com a nota sol. Há intervenções do<br />

piano com os diversos acordes da<br />

canção. O terceiro é rítmico e o piano<br />

é quem mais trabalha. Na seção<br />

central os outros entram, se alternando<br />

em arpejos e fragmentos melódicos.<br />

E na seção final, depois de<br />

um "descanso", volta o piano ao<br />

solo, até uma breve coda, onde to-<br />

10<br />

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LANÇAMENTO<br />

dos estão juntos. A obra representa<br />

o "sábio" descrito no poema de<br />

Beaurepaire, cuja "sabedoria" não<br />

sai de uma mesma nota. O Trio para<br />

clarineta, viola e piano, de João<br />

Guilherme Ripper, remete à forma<br />

sonata com dois temas de características<br />

diversas que se contrapõem<br />

no decorrer de todo a obra. O primeiro,<br />

de contornos líricos, culmina<br />

numa longa transição que prepara<br />

a entrada do segundo tema rítmico<br />

e sincopado, apresentado na viola<br />

acompanhada pelo piano, logo respondidos<br />

pela clarineta. O extenso<br />

desenvolvimento traz episódios de<br />

12<br />

atmosferas diversas, com melodias<br />

baseadas no material apresentado<br />

na exposição. Outros temas são derivados<br />

dos principais e integram-se<br />

à seção. Segue-se a reexpo-sição,<br />

onde a harmonia tonal é levada aos<br />

extremos do cromatismo e a unidade<br />

da obra é garantida apenas pelos<br />

motivos dos temas principais<br />

presentes nas diversas passagens.<br />

Por fim, o compositor Ricardo Tacuchian<br />

participa com seu Trio das<br />

Águas, escrita em 2012, uma de<br />

suas muitas obras com inspiração<br />

ecológica. Sua abordagem, predominantemente<br />

poética, ainda que com<br />

viés ecológico, traz no primeiro movimento,<br />

"Águas Do Mar", alternâncias<br />

entre o mar revolto e calmo.<br />

"Águas Dos Rios", o segundo, não<br />

retrata rios caudalosos, mas rios<br />

sensuais e, às vezes, misteriosos,<br />

correndo no meio das florestas. Por<br />

fim, "Águas Da Chuva" representa<br />

a grande dívida de nossa sobrevivência<br />

com a Natureza. A obra, estreada<br />

pelo Terra Brasilis Trio, em<br />

2013, no Mosteiro de São Bento de<br />

Vinhedo, SP, foi baseada no Sistema-T,<br />

uma ferramenta de controle<br />

de alturas criada pelo compositor<br />

no final dos anos 1980.<br />

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Elias Nogueira<br />

SHOWS E LANÇAMENTOS<br />

Moraes Moreira<br />

"Ser Tão" novo disco do cantor e compositor baiano<br />

eliassnogueira@gmail.com<br />

Se a Música Popular Brasileira fosse<br />

uma cidade, Moraes Moreira seria<br />

aquele caminhante que passa<br />

por todos os bairros, cruza todas as<br />

ruas, vira em todas as esquinas e,<br />

por onde anda se sente em casa,<br />

isso ele mostra em "Ser Tão", seu<br />

novo álbum.<br />

Todas as músicas foram assinadas<br />

por Moraes e, a única em parceria<br />

foi "Nas paradas", a qual dividiu com<br />

o amigo Armandinho, do emblemático<br />

grupo A Cor do Som (grupo brasileiro<br />

de músicos que o acompanhava<br />

após a sua saída dos Novos<br />

Baianos - no inicio de sua carreira<br />

solo. A Cor do Som, posteriormente,<br />

independente, fez grande sucesso<br />

e está em plena atividade até<br />

14<br />

hoje).<br />

O disco "Ser Tão", lançado pelo Selo<br />

Discobertas, foi produzido pelo próprio<br />

Moraes Moreira em parceria<br />

com o guitarrista Alexandre Meu Rei<br />

- integrante de sua banda.<br />

Nas nove faixas do CD o cantor dá<br />

pista que sua principal influência<br />

vem do cordel, mas fica à vontade<br />

para passear, e não se importa o<br />

caminho for de afoxé carnavalesco<br />

ou de um arrasta-pé junino numa<br />

cadência de samba ou na divisão<br />

de uma balada urbana, blues rock.<br />

O importante é que todas, absolutamente<br />

todas, vêm com a marca<br />

registrada de um compositor que<br />

sempre foi certeiro em suas colocações.<br />

A música de abertura, "Sambadô",<br />

traz a energia do Recôncavo Baiano.<br />

Na segunda faixa desse trabalho de<br />

Moraes Moreira, o artista afirma<br />

que se transformou "De cantor pra<br />

cantador"; "O nordestino do século"<br />

declamação - faz uma homenagem<br />

a Luiz Gonzaga, "Rei do Baião"; "I'm<br />

the captain of my soul", single lançado<br />

antes do CD completo, me<br />

deixou impressionado por ser uma<br />

canção bem ao estilo do ex-Beatle<br />

George Harrison. Não sei se foi inspiração<br />

para ele, mas que é uma linda<br />

canção não há dúvidas.<br />

"Ser Tão" é a essência de tudo que<br />

o disco propõe em sua versatilidade<br />

sonora, e ainda mostra um<br />

Moraes, cantor ou cantador, em<br />

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ambos os casos,<br />

onde ele<br />

é mestre.<br />

O resultado<br />

pode ser conferido<br />

nas plataformas<br />

digitais<br />

ou em todas<br />

as lojas<br />

do ramo de<br />

CDs físicos.<br />

Fotos e texto Elias Nogueira<br />

SHOWS E LANÇAMENTOS<br />

O show de lançamento<br />

de "Ser Tão" aconteceu<br />

em 23 de agosto no SESC Ginástico,<br />

Rio, com casa cheia. Nele,<br />

Moraes Mo-reira apresentou músicas<br />

do disco novo, na primeira parte<br />

do evento e na segunda metade<br />

tocou vários sucessos e levou o<br />

público ao delírio.<br />

Segundo informações, Moraes<br />

Moreira está fazendo, com o amigo<br />

e parceiro Luiz Galvão, músicas<br />

para o CD comemorativo dos 50<br />

anos de carreira dos Novos<br />

Baianos, sem data definida, e nesse<br />

hiato cuida da carreira solo.<br />

"Ser Tão" - as faixas<br />

1. Sambadô / Deixa o pé no chão<br />

2. De cantor pra cantador<br />

3. Origens<br />

4. I'm the captain of my soul<br />

5. Amor e arte<br />

6. Evolução<br />

7. O nordestino do século (declamação)<br />

8. Nas paradas (c/ Armandinho)<br />

9. Alvorada dos setenta (declamação)<br />

Getúlio Côrtes (80 anos), com Roberto Frejat, Teatro Rival, RJ (04/09/18) lançando seu primeiro disco "As Histórias de<br />

Getúlio Côrtes" (Discobertas/Super Discos).<br />

16<br />

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Alberto Guimarães<br />

DIRETO DE PORTUGAL<br />

OS DISCOS PARA ALÉM DA MÚSICA<br />

O assunto das linhas<br />

que se seguem referese<br />

às capas de discos<br />

e à relação discos-outras<br />

artes. A música<br />

gravada está num processo<br />

de desmaterialização<br />

já avançado e<br />

hoje em dia a música serve-se dos<br />

computadores e smartphones<br />

como meios privilegiados para fazer-se<br />

chegar até nós. De alguma<br />

forma a música permanece, nas<br />

suas novas formas de difusão,<br />

numa intensa analogia<br />

simbiótica com<br />

a componente visual,<br />

designadamente<br />

através do vídeo,<br />

este hoje de acessível<br />

produção. Mas a<br />

indústria discográfica<br />

legou-nos um histórico<br />

rico de conexão e diálogo<br />

entre o design e as artes enquanto<br />

as capas embalavam discos de vinil,<br />

CD’s ou cassetes. Uma história<br />

que apesar de tudo teima em continuar,<br />

ainda que de modos quase<br />

residuais.<br />

O ponto de partida para esta matéria<br />

foi a exposição itinerante "Música<br />

e Palavras - Obras da<br />

Coleção de Serralves",<br />

que vimos no Museu<br />

Municipal de Espinho,<br />

no norte de Portugal. A<br />

exposição está ainda<br />

patente até dia 6 de outubro,<br />

e "apresenta trabalhos<br />

que testemunham<br />

o interesse de artistas<br />

visuais nas últimas<br />

cinco décadas pelos universos<br />

da música, do som, da palavra dita",<br />

como escreve no catálogo Ricardo<br />

Nicolau, Adjunto do Diretor<br />

do Museu de Arte<br />

Contemporânea de<br />

Serralves, no Porto.<br />

Aponta ainda Ricardo<br />

Nicolau: "A aproximação<br />

a estes mundos<br />

serviu-lhes para saírem<br />

do contexto estrito da<br />

história das artes visuais<br />

e de produzirem obras que se<br />

inspiram na vitalidade da música,<br />

nomeadamente na música rock.<br />

Evidência desta relação entre música<br />

e artes visuais são as capas<br />

de discos de vinil também apresentadas<br />

nesta exposição. Criadas<br />

por artistas visuais, foram<br />

responsáveis pela circulação<br />

massiva<br />

de imagens produzidas<br />

por nomes<br />

tão famosos<br />

como Andy<br />

Warhol, Robert<br />

Rauschenberg, Barbara<br />

Kruger, Keith Hering ou<br />

Mike Kelley".<br />

Afinal, "Música e Palavras:<br />

Obras da Coleção de Serralves"<br />

define-se como uma exposição<br />

que exibe "um percurso dentro da<br />

Coleção de Serralves por peças criadas<br />

em diferentes contextos históricos<br />

e geográficos, mas que se<br />

relacionam entre si,<br />

pela incorporação da<br />

experiencia do som no<br />

seu discurso visual e<br />

conceitual". Para isso<br />

são mostradas obras<br />

de Vasco Araújo, Dara<br />

Birnbaum, Luís Paulo<br />

Costa, Luisa Cunha,<br />

João Paulo Feliciano,<br />

Dan Graham, Ricardo<br />

Jacinto, Tony Oursler, Tone Scientists,<br />

Rui Toscano, Pedro Tudela.<br />

Para cumprir o seu intento, "Músi-<br />

ca e Palavras" mostra então incursões<br />

de artistas plásticos nos domínios<br />

das capas de discos. De<br />

Andy Warhol é exibida uma das capas<br />

mais icónicas dos Rolling<br />

Stones, a do álbum "Sticky Fingers"<br />

(1971). Uma capa bem adequada<br />

ao cariz da banda. Sexualmente<br />

mais explícita não poderia ser a<br />

peça, vendo-se uns jeans justos,<br />

desde o cinto até acima dos joelhos.<br />

As primeiras edições do disco<br />

incluíam um ziper que o ouvinte ou<br />

a ouvinte podiam abrir. O verso do<br />

disco mostrava a parte correspondente<br />

traseira. As fotografias, em<br />

alto-contraste, eram também de<br />

Andy, uma das figuras de proa da<br />

Pop Art.<br />

Sexo, drogas e outros<br />

excessos estavam já<br />

presentes noutro disco<br />

com capa de Andy<br />

Warhol: o álbum de<br />

estreia dos Velvet<br />

Undergound. Os VU<br />

foram lançados sob a<br />

égide de Andy, que<br />

produziu o disco e impôs<br />

a participação, como vocalista<br />

em algumas faixas, de Nico, amiga<br />

do artista. O disco, que incluía<br />

"Sunday Morning" e "Heroin", passou<br />

a ser conhecido como "álbum<br />

da banana", pois mostrava diagonalmente<br />

um desenho de uma banana.<br />

E a assinatura de Andy.<br />

As rodelas de 78 rotações por minuto<br />

que circulavam no alvor da indústria<br />

discográfica, durante as primeiras<br />

décadas do século 20, eram<br />

embaladas em papel com tons próximos<br />

do cinzento, incluindo mensagens<br />

escritas e gráficas da gravadora<br />

sem aludir ao artista ou<br />

músicas do disco. Esses envelopes<br />

apresentavam uma abertura que<br />

mostrava o selo do disco, identificando<br />

assim as obras e os artistas<br />

18<br />

JG NEWS, ANO XXIII, ED. 240, 25 SETEMBRO a 25 OUTUBRO 2018


JG NEWS, ANO XXIII, ED. 240, 25 SETEMBRO A 25 OUTUBRO 2018 19


DIRETO DE PORTUGAL<br />

gravados. As capas<br />

dedicadas especificamente<br />

ao artista<br />

registado, já circulavam<br />

na década de<br />

40. Mas foi nos a-<br />

nos 50, pode-se a-<br />

firmar, que as capas<br />

começaram a<br />

ter forte importância<br />

num relacionamento<br />

assimilador entre som e visual,<br />

dentro de um projeto conceitual.<br />

Nesses anos 50, uma gravadora<br />

desenvolveu uma marca de design<br />

com um entendimento da capa<br />

como manifesta abordagem artística<br />

e integrada no processo ousado,<br />

inovador, prospetivo, dos músicos<br />

de jazz de então. Foi a estadunidense<br />

Blue Note Records. Vários<br />

designers cooperaram para tal,<br />

mas grande e contínuo contribuidor<br />

foi o fotógrafo Francis Wolff. Exemplos<br />

disso são as capas do álbum<br />

"Round About Mid-night", de Kenny<br />

Dorham (1956) e "Star-Bright", de<br />

Dizzy Reece (1959). Note-se que<br />

Andy Warhol chegou a trabalhar<br />

como freelance para a Blue Note<br />

Records.<br />

Em termos de congruência artística,<br />

arrojo e inovação, pode ser traçado<br />

uma linha paralela entre a<br />

Blue Note Records e o trabalho desenvolvido<br />

nos anos 80 pela britânica<br />

Factory Records, de Manchester.<br />

Não olhando para os orçamentos,<br />

criadores individuais ou coletivos<br />

como Peter Saville, Central<br />

Station Design ou 8vo, tiveram ali<br />

oportunidade de pesquisar processos<br />

e materiais novos na aplicação<br />

de capas de discos. A maneira de<br />

conceber da Factory Records, com<br />

as suas capas de grande depuração<br />

visual, sem ornatos, pode ser<br />

encontrada em "Movement", dos<br />

New Order (1981), álbum de estreia<br />

da banda criada por anteriores elementos<br />

dos Joy Division, após a<br />

morte do vocalista<br />

Ian Curtis.<br />

O universo das capas<br />

de discos está<br />

abarrotado de citações<br />

de outras capas<br />

(por vezes plágios)<br />

e de referências<br />

(ou inclusão) a o-<br />

bras de arte. Algo de<br />

inevitável quando,<br />

de algum modo se faz o encontro<br />

de arte, design e marketing.<br />

As capas de discos<br />

são elementos, sinais<br />

aos quais precisa<br />

estar atento quem quer<br />

verdadeiramente conhecer<br />

a música e os<br />

processos nela envolvidos.<br />

Um exercício: comparar<br />

as capas do icónico<br />

"Songs For Young Lovers", de<br />

Frank Sinatra (1954) e o brasileiro<br />

"O Tango na Voz de Nelson Gonçalves"<br />

(1956).<br />

No Brasil há um exemplo notável de<br />

inovação e nexo no<br />

domínio das capas<br />

de discos. Trata-se<br />

do trabalho de Cesar<br />

Vilela. A bossa nova,<br />

no final dos anos<br />

50, início dos anos<br />

60, reformulou esteticamente<br />

a música<br />

popular, no culminar de todo um<br />

processo criativo que vinha a acontecer<br />

na música brasileira e<br />

associável claramente a vivências<br />

sociais, políticas e de outras modalidades<br />

artísticas coevas.<br />

As capas dos discos<br />

pediam também<br />

novas harmonias visuais<br />

que Cesar Vilela<br />

bem soube desenhar<br />

nos invólucros do vinil<br />

da gravadora Elenco.<br />

Abandonando a Odeon<br />

em 1962, Aloysio de Oliveira<br />

coloca um banquinho<br />

e um violão prontos para o selo<br />

Elenco. Aloysio leva da Odeon para<br />

a Elenco Cesar Vilela que ali produzirá<br />

capas adequadamente bossanovísticas,<br />

numa economia cromática,<br />

numa dissonância na composição<br />

gráfica. Num ritmo de modernidade.<br />

Veja-se a capa de "Vinicius<br />

& Odette Lara (1963).<br />

Em Portugal os discos de vinil começaram<br />

a ser fabricados em meados<br />

da década de 50. A indústria<br />

discográfica portuguesa<br />

querendo estabelecer<br />

uma relação visual<br />

com a música, também<br />

soube criar excelentes<br />

capas, utilizando<br />

igualmente nessa<br />

comunicação a colaboração<br />

de fotógrafos e<br />

outros artistas. Amália<br />

Rodrigues lançou em 1962 um disco<br />

excepcional entre todos os seus<br />

excepcionais discos. Trata-se da<br />

obra em que Amália fez sair a público<br />

um novo e diferente compositor:<br />

Alain Oulman. O disco<br />

não tem título mas é conhecido<br />

por "Busto" pois expõe<br />

na capa um busto de Amália,<br />

esculpido por Joaquim<br />

Valente e fotografado por<br />

Nuno Calvet. A imagem esculpida<br />

de Amália, compenetrada<br />

no seu cantar, é tão<br />

forte, o poder de transmissão da<br />

imagem tão grande, que o nome da<br />

cantora aparece em dimensões pequenas.<br />

Voltaremos a este tema da conformidade<br />

músicaoutras<br />

artes, assunto<br />

inesgotável<br />

e que, no tempo<br />

atual, além do interesse<br />

historicista,<br />

pode dar<br />

bons contributos<br />

de reflexão a<br />

quem se envolve<br />

com música.<br />

20<br />

JG NEWS, ANO XXIII, ED. 240, 25 SETEMBRO a 25 OUTUBRO 2018


Patrícia Rodrigues


Robson Candêo<br />

robson.candeo@uol.com.br<br />

LANÇAMENTOS<br />

MUSICANDO<br />

Fantastic Negrito é um<br />

cantor norte-americano<br />

que lançou o álbum<br />

Please Don't Be Dead,<br />

com um blues/rock que<br />

me surpreendeu pelas<br />

grandes músicas.<br />

Vendo o sucesso de<br />

Bebe Rexha, tem-se a<br />

impressão que é mais<br />

mídia do que talento,<br />

mas ouvindo o álbum<br />

Expectations, dá para<br />

entender que o sucesso<br />

tem motivo, pois tem<br />

ótimas canções para a<br />

cena pop.<br />

EP Raw da jovem norueguesa<br />

Sigrid vem com<br />

somente 5 canções, suficientes<br />

para mostrar<br />

que seu caminho pode<br />

ser brilhante?<br />

de lançamento vem agora<br />

com People to People<br />

com a mesma fórmula<br />

pop para alegria do<br />

fãs.<br />

Com um ritmo dançante<br />

muito bom, a dupla<br />

Chromeo, lançou o álbum<br />

Head Over Heels,<br />

no melhor do (como eles<br />

mesmo chamam) electrofunk,<br />

que me fez relembrar<br />

muito a cena<br />

disco dos anos 70.<br />

Love Monster é o primeiro<br />

álbum da cantora<br />

australiana Amy Shark<br />

que traz um ótimo som<br />

indie e vale a pena conferir<br />

mesmo.<br />

Já os roqueiros da banda<br />

Panic at The Disco,<br />

lançaram Pray For the<br />

Wicked, um álbum muito<br />

bom, com grandes<br />

canções e com boas<br />

chances de futuros hits<br />

de sucesso.<br />

E a banda DNCE que fez<br />

muito sucesso no álbum<br />

Florence + The Machine<br />

é daquelas bandas<br />

alternativas que se<br />

destacam das demais e<br />

um dos motivos é a grande<br />

voz de sua vocalista<br />

e as belas melodias das<br />

canções, que podem ser<br />

conferidas no CD High<br />

as Hope.<br />

O vocalista do The Who,


Roger Daltrey está com<br />

seu novo trabalho solo -<br />

As Long As I Have You -<br />

que é bem legal para fãs<br />

da banda e do cantor e<br />

também de um ótimo<br />

rock.<br />

E que legal esta o álbum<br />

Wildness da banda<br />

Snow Patrol, com um<br />

rock alternativo que vale<br />

a pena conhecer.<br />

Já o novo álbum do grupo<br />

Own City - Cinematic,<br />

é digno de elogios<br />

com um synthpop de primeira,<br />

ótima musicalidade<br />

com canções que<br />

podem virar grandes<br />

hits.<br />

Com grande influência<br />

das bandas new wave e<br />

eletrônicas dos anos 80,<br />

a banda CHVRCHES lançou<br />

Love is Dead, com<br />

músicas bem legais e<br />

que hoje classificamos<br />

como synthpop.<br />

Já a britânica Lily Allen,<br />

dona de grandes hits<br />

pop, lançou No Shame<br />

que vale muito a pena<br />

conhecer com um pop<br />

romântico de primeira.<br />

Confesso que sou fã da<br />

banda gaúcha Nenhum<br />

de Nós, mas não é só<br />

por isso que recomendo<br />

o EP Doble Chapa que<br />

traz 5 músicas com<br />

boas participações e algumas<br />

em espanhol.<br />

Recomendo.<br />

LANÇAMENTOS<br />

O Tempo Não Pára e Eu<br />

Sei.<br />

Fãs da nossa banda de<br />

forró mais famosa podem<br />

comemorar o lançamento<br />

do álbum Falamansa<br />

20 Anos: Ao Vivo,<br />

Entre Amigos, Na<br />

Vila de Itaúnas com todos<br />

os seus sucessos e<br />

muito mais.<br />

E um dos nossos roqueiros<br />

mais antigos, o eter-<br />

Avante Delírio", conten-<br />

Saulo Duarte, lança<br />

no rebelde Lobão, lançou<br />

um EP intitulado Lo-<br />

executado nas rádios e<br />

do o single (já sendo<br />

bão e os Eremitas Da plataformas dig.) "Flor<br />

Montanha com 5 clássicas<br />

do nosso rock como<br />

do Sonho". Gravadora<br />

YB Music.<br />

Robson Candêo escreve para o blog<br />

www.blurayedvdmusical.blogspot.com/, siga sua<br />

playlist na Apple Music no perfil @rcandeo<br />

TRADIÇÃO E MODERNIDADE<br />

72 ANOS DEDICADOS AO DIREITO AUTORAL


Nido Pedrosa<br />

MERCADO MUSICAL<br />

Banda Víruz<br />

Contaminando Responsabilidade Social<br />

A Banda Víruz lança no mercado<br />

seu primeiro trabalho, o CD Contaminando<br />

Responsabilidade Social.<br />

O grupo foi criado há 15 anos e é<br />

formado pelo cantor de Hip Hop<br />

Dom Pablo, o guitarrista Riva Le<br />

Boss e o baixista Márcio Lemos. O<br />

som tem como base o Hip Hop e a<br />

Soul Music com elementos de outras<br />

sonoridades da música brasileira<br />

e americana, como o Coco,<br />

Maracatu, Rock, Pop, Música Eletrônica,<br />

entre outros. Com este contexto<br />

musical, os artistas apresentam<br />

letras com mensagens focadas<br />

na nossa realidade social e desta<br />

forma, mergulham na possibilidade<br />

de uma renovação do Hip Hop, porque<br />

seguem experimentando uma<br />

Marcio Lemos<br />

Dom Pablo<br />

e Riva Le Boss<br />

fusão de sons com elementos de<br />

várias tradições musicais. O projeto<br />

ainda contempla uma releitura<br />

dessas sonoridades mantendo os<br />

traços primordiais da cultura urbana<br />

da música de rua e da tradicional<br />

cultura musical pernambucana,<br />

mostrando também o perfil de novos<br />

intérpretes e compositores que<br />

compõem esse cenário artístico!<br />

Nos anos de 2008 e 2009 a Banda<br />

Víruz foi premiada no Festival<br />

Black Mix e no Festival RPB - Rap<br />

Popular Brasileiro, sendo este último<br />

um festival promovido no Rio de<br />

Janeiro pela CUFA - Central Única<br />

das Favelas em parceria com a<br />

Rede Globo, onde a Banda foi representando<br />

o Estado de Pernambuco.<br />

Perguntamos ao<br />

vocalista da banda Dom<br />

Pablo, qual a responsabilidade<br />

da Viruz diante do<br />

atual cenário musical, político<br />

e social brasileiro, ele<br />

nos responde:<br />

"A Banda Viruz tem como<br />

responsabilidade de expressão<br />

seguir uma linha<br />

altruísta que revela as falhas<br />

que o sistema apresenta<br />

às classes. Cumpre<br />

ainda seu papel social de<br />

forma coerente com seus<br />

princípios ideológicos, u-<br />

sando a sua música como<br />

instrumento maior de comunicação<br />

para atingir todas<br />

as camadas sociais,<br />

com uma abordagem diferenciada<br />

para as questões<br />

Político-sociais da atualidade,<br />

promovendo uma<br />

releitura de todas as relações<br />

conflituosas que violam<br />

o pleno direito à cidadania. Nós<br />

da Banda Viruz, promovemos através<br />

das nossas músicas e deste<br />

Participação<br />

Especial<br />

de Isabela<br />

de Holanda


(11) 3326 3809


MERCADO MUSICAL<br />

Nira Santos, Felipe Maia, Riva Le<br />

Boss, Dom Pablo, Márcio Lemos<br />

novo trabalho, um movimento de<br />

protesto para conscientização social."<br />

finaliza o cantor. A Banda Víruz<br />

além de ser formada pelo vocalista<br />

Dom Pablo, o guitarrista Riva Le<br />

Boss e o baixista Márcio Lemos,<br />

ainda tem as participações de Nira<br />

Santos na Bateria, Felipe Maia nos<br />

Teclados e Isabela de Holanda nos<br />

vocais. Em 2017 a Banda fez o lançamento<br />

do primeiro CD oficial<br />

"Contaminando Responsabilidade<br />

Social" com selo independente, distribuído<br />

pela TRATORE. Recentemente<br />

também lançou nas redes<br />

sociais o Clipe: Na Cara (É Como<br />

Bala) produzido e dirigido por Edson<br />

Alves. O CD da Banda Víruz tem<br />

a seguinte ficha técnica:<br />

Produção executiva: Dom Pablo (A<br />

Cara Daqui Produções); Produção<br />

fonográfica: Riva Le Boss; Designer<br />

Cd: Rodrigo Souza; Técnicos de gravação<br />

e Mixagem: Marcílio Moura;<br />

Masterização: Pablo Lopes;<br />

Fotos: Alexandro Abbadie Auler,<br />

Michelle Souza e Sérgio Boi; Arregimentação:<br />

Riva Le Boss; Direção<br />

musical: Riva Le Boss; Arranjos:<br />

Banda Víruz; Arranjo de metais na<br />

música "Aumentando Tudo" -<br />

Henrique Albino (sax).<br />

O CD Contaminando Responsabilidade<br />

Social - Banda Víruz está disponível<br />

para download e Streaming<br />

em várias Plataformas Digitais, entre<br />

elas: Submarino, Spotify, Google<br />

Play, Deezer, Americanas.com<br />

Acessem!<br />

Contatos para shows:<br />

E-mail: bandaviruz@gmail.com -<br />

Tel.: (81) 99608-0078 (Whatsapp)<br />

Show Banda Víruz no FIG 2018


Robert<br />

Plant<br />

70tão<br />

CLIQUE E VEJA<br />

NOSSAS<br />

EDIÇÕES<br />

Nascido em 20 de agosto de 1948,<br />

em West Bromwich, Staffordshire,<br />

Reino Unido, Robert Anthony Plant<br />

, o lendário vocalista da banda Led<br />

Zeppelin, completou seus 70<br />

aninhos. O artista que já foi considerado<br />

como um dos maiores cantores<br />

da história do rock and roll<br />

teve sua inspiração inicial (quando<br />

garoto) em Elvis Presley. Mais tarde,<br />

na fase da adolescência, o blue<br />

de Willie Dixon e Robert Johnson<br />

fizeram-lhe a cabeça e o garoto<br />

partiu para os palcos com apenas<br />

16 anos de idade. Deu no que deu,<br />

né? O Led Zeppelin se eternizou.<br />

Parabéns vovô!<br />

ACESSE: issuu.com/jgnews e<br />

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fevereiro-de-2017/<br />

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