JGNEWSREIS240
MAGAZINE DE MÚSICA MAGAZINE DE MÚSICA
ANO XXIII - EDIÇÃO 240 25 SETEMBRO a 25 OUTUBRO 2018 T'Rio Moraes Moreira Getúlio Côrtes Fantastic Negrito Bebe Rexha Florence + The Machine Saulo Duarte Falamansa Lobão Nenhum de Nós Amy Shark Roger Daltrey Banda Víruz Robert Plant Fernando Seixas (1942/ 2018) JG NEWS, ANO XXIII, ED. 240, 25 SETEMBRO A 25 OUTUBRO 2018 1
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- Page 26 and 27: MERCADO MUSICAL Nira Santos, Felipe
ANO XXIII - EDIÇÃO 240<br />
25 SETEMBRO a 25 OUTUBRO 2018<br />
T'Rio<br />
Moraes Moreira<br />
Getúlio Côrtes<br />
Fantastic Negrito<br />
Bebe Rexha<br />
Florence + The Machine<br />
Saulo Duarte<br />
Falamansa<br />
Lobão<br />
Nenhum de Nós<br />
Amy Shark<br />
Roger Daltrey<br />
Banda Víruz<br />
Robert Plant<br />
Fernando Seixas<br />
(1942/ 2018)<br />
JG NEWS, ANO XXIII, ED. 240, 25 SETEMBRO A 25 OUTUBRO 2018 1
MATRIZ:<br />
PRAÇA MAHATMA GANDHI, 2,<br />
GRUPOS 709 E 710<br />
CENTRO, RIO DE JANEIRO, RJ<br />
CEP 20.031-100<br />
TELEFONE<br />
ONE: (21) 2220-3635<br />
E-MAIL: sbacem@sbacem.org.br<br />
2<br />
JG NEWS, ANO XXIII, ED. 240, 25 SETEMBRO a 25 OUTUBRO 2018
Sempre gostei de andar de motocicleta e o<br />
faço há décadas. Escrevi, inclusive, um livro<br />
contando os meus acidentes, enfim, se<br />
tenho um vício, é esse. E, aqui em casa,<br />
cada um tem a sua<br />
motocicleta e compartilhamos<br />
um<br />
único carro (que<br />
vive mais parado<br />
que andando, salvo<br />
em dias de chuva).<br />
Quando estou<br />
de carro costumo<br />
levar meus CDs favoritos<br />
- momento<br />
bom pra se ouvir<br />
Antonio Braga - Editor<br />
Eu,<br />
vivendo<br />
do passado<br />
Fernado Seixas<br />
música, sem interferências externas - vidro<br />
fechado, no sossego do reduto automotivo.<br />
Meu filho, semanas atrás pegou o carro e<br />
voltou com uma novidade para mim - trocou<br />
o CD player do carro (original) por um<br />
outro objeto que liga no celular e você pode<br />
ouvir as músicas do seu celular ou de um<br />
pen drive. A minha decepção foi imensa.<br />
Mas o argumento dele foi o seguinte: ninguém<br />
mais ouve esse negócio de CD. Isso é<br />
coisa do seu tempo. Me senti com 90 anos.<br />
Tenho 61, sou do tempo do LP, da fitinha<br />
K7, vi chegar o CD, o DVD, o blu ray (que<br />
nem chegou a vingar), e agora é o mundo<br />
do celular. Tudo se faz com o celular. A vida<br />
de todos depende do celular. Cada vez mais<br />
coisas cabem dentro desse aparelho que<br />
parece ser ilimitado. Enfim, fiquei restrito<br />
ao Lap Top para ouvir meus CDs, de preferência<br />
com headphone, para não incomodar<br />
ninguém. O novo aparelho colocado no<br />
veículo possui um rádio também. Embora<br />
me esforce para encontrar alguma estação<br />
que toque música boa, acabo por desligálo,<br />
pois em nenhuma estação de rádio consigo<br />
ouvir Toquinho, Yamandu, instrumentais<br />
refinados ou até música popular nova<br />
de boa qualidade.<br />
Nas rádios de<br />
maior audiência,<br />
ou toca funk, ou<br />
toca sertanejo.<br />
Nas estações<br />
saudosistas, tocam<br />
as mesmas<br />
músicas que tocavam há 20, 30 anos. O<br />
novo talento, a renovação não aconteceu<br />
ou se aconteceu não deixou endereço. Não<br />
dá pra dirigir ouvindo Youtube. Essa fase<br />
de adaptação aos novos formatos está difícil<br />
de engolir. Os jovens baixam da internet<br />
suas faixas favoritas e as ouvem repetidamente<br />
até terem paciência de fazer novamente<br />
nova pesquisa.<br />
Nessa de futucar internet acabei achando<br />
um colega dos anos 90 que, ao que me lembre,<br />
foi o primeiro<br />
artista<br />
residente no<br />
exterior a gravar<br />
uma música<br />
minha.<br />
Gravou em Israel<br />
e fez sucesso<br />
por lá.<br />
Fez não, continua<br />
fazendo.<br />
Seu nome<br />
é Fernando Seixas, brasileiro, baiano de Salvador<br />
que mudou-se para Tel Aviv na década<br />
de 90 e nos conhecemos na praia de<br />
Ipanema assistindo a uma apresentação da<br />
banda Sunggae, que já havia gravado músicas<br />
de minha autoria. No ano seguinte<br />
convidei-o a se hospedar em minha casa e<br />
tocamos muito violão juntos. Mostrei-lhe algumas<br />
coisas novas que havia composto e<br />
ele pediu para gravar. Gravou. Ficou ótimo.<br />
Mas o destino apronta com a gente. A mesma<br />
música que ele escolheu para gravar em<br />
Israel a banda Chiclete com Banana gravou<br />
aqui no Brasil, e pela mesma gravadora.<br />
Na convenção anual da gravadora deu<br />
‘chabu’. No final ficou tudo resolvido e ficaram<br />
valendo as duas gravações. Particularmente<br />
gostei mais da gravação do Fernando<br />
do que a do Chiclete com Banana. A música<br />
estourou no Brasil inteiro com a banda<br />
baiana e virou hit, até hoje, do carnaval da<br />
Bahia. Direitos autorais do estrangeiro nunca<br />
recebi, mas daqui, da nossa terrinha<br />
tupiniquim, com toda a inadimplência das<br />
rádios, essa musiquinha encheu por várias<br />
vezes minha<br />
geladeira e<br />
até pagou<br />
contas de luz,<br />
água etc. Ainda<br />
hoje, entra<br />
pouco na conta<br />
bancária,<br />
mas entra.<br />
Salve o Ecad.<br />
EDITORIAL<br />
EXPEDIENTE<br />
Editores<br />
Antonio Braga<br />
e Jorge Piloto<br />
Colaboradores<br />
Elias Nogueira, Alberto<br />
Guimarães, Márcio Paschoal,<br />
Robson Candêo,<br />
Patrícia Rodrigues, Nido<br />
Pedrosa, Fábio Cezane e<br />
Marcelo Seródio.<br />
Comercial<br />
Rio de Janeiro<br />
Antonio Braga<br />
Whatsapp:<br />
22 98828-0041<br />
CEL: 21 98105-4941<br />
bragaa@gmail.com<br />
Bahia<br />
Jorge PIloto<br />
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(71) 9922-1828<br />
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Redação:<br />
Rua Cristóvão Barcellos,<br />
11/103, Laranjeiras/<br />
Rio de Janeiro, RJ<br />
CEP 22.245-110<br />
Os artigos assinados<br />
são única e exclusivamente<br />
de responsabilidade<br />
de seus autores.<br />
A revista JG News é a<br />
continuação, em formato<br />
revista, do Jornal das<br />
Gravadoras, fundado<br />
em novembro de 1996<br />
pelo jornalista Antonio<br />
Sergio de Farias Braga,<br />
Registro Profissional<br />
18.851 L87 fl8v, emitido<br />
em de 16/09/1986.<br />
JG NEWS, ANO XXIII, ED. 240, 25 SETEMBRO A 25 OUTUBRO 2018 3
Aos 78 anos, o senhor<br />
Sérgio Bavini, ex-corretor<br />
de seguros, ex-estoquista<br />
e dono de pousada, pode<br />
se orgulhar de uma linda<br />
e longeva carreira artística.<br />
Mais conhecido como<br />
Sérgio Reis, o simpático<br />
cantor sertanejo de sucessos<br />
como "Menino da Porteira"<br />
(Teddy Vieira, Luizinho),<br />
"Pinga ni mim" (Elias<br />
Filho) e "Panela Velha"<br />
(Moraezinho, Auri Silvestre),<br />
já foi também Johnny<br />
Johnson, cantor de rock<br />
nos áureos tempos da Jovem<br />
Guarda.<br />
Na atribulada e multifacetada<br />
vida desse artista<br />
peregrino, ele foi ator de<br />
novelas, como "Pantanal"<br />
e "O Rei do Gado", quando<br />
formou dupla com<br />
Almir Sater (Pirilampo e<br />
Saracura), e cinema "O<br />
Menino da Porteira" (sucesso<br />
nacional com mais<br />
de dois milhões de espectadores)<br />
e "Mágoa de<br />
Boiadeiro", além de trabalhar<br />
na rádio, divulgando<br />
a música do interior (Siga<br />
Bem, Caminhoneiro".<br />
Em 2015, recebeu o<br />
Grammy Latino de Melhor<br />
Álbum de Música Sertaneja<br />
pelo CD/DVD Amizade<br />
Sincera II, em parceria<br />
com Renato Teixeira.<br />
De uma família de italianos<br />
(avós paternos), da<br />
região de Pompeia, deles<br />
herdou a incrível disposição<br />
para o trabalho e para<br />
a vida. Desde o AVC dentro<br />
de um avião ao aciden-<br />
4<br />
Márcio Paschoal<br />
MATÉRIA DE CAPA<br />
CORAÇÃO DE PAPEL VALENTE<br />
Sérgio Reis - 60 anos de carreira<br />
JG NEWS, ANO XXIII, ED. 240, 25 SETEMBRO a 25 OUTUBRO 2018
Klaus Kinski<br />
MATÉRIA DE CAPA<br />
está em fim de mandato<br />
como deputado federal, e<br />
garante que não prosseguirá<br />
na política.<br />
Comemorando este ano<br />
60 anos de carreira e com<br />
diversos shows agendados<br />
pelo país, Serjão,<br />
como é chamado pelos<br />
amigos, vê sua vida contada<br />
em livro, "Sergio<br />
Reis, uma vida, um talento",<br />
escrito por Murilo Carvalho<br />
e recém-lançado<br />
pela editora Tinta Negra.<br />
(*) escritor, autor das biografias<br />
de João do Vale<br />
e Rogéria.<br />
te sério, quando caiu de um palco<br />
num show em Três Marias, Minas<br />
Gerais, Sérgio Reis não parou quieto.<br />
Com uma extensa discografia, o<br />
intérprete e autor de "Coração de<br />
Papel", com um marca-passo desde<br />
2015, vem com um trabalho<br />
novo, "Alma Gêmea", em parceria<br />
com a mulher, a cantora Ângela<br />
Reis. Não se trata de disco com sonoridade<br />
caipira, mas só com clássicos.<br />
Em uma das faixas, o dueto<br />
com Guilherme Arantes, em "Planeta<br />
Água".<br />
Para quem não sabe, Sérgio Reis<br />
JG NEWS, ANO XXIII, ED. 240, 25 SETEMBRO A 25 OUTUBRO 2018 5
LANÇAMENTOS DE CDs FÍSICOS<br />
LANÇAMENTOS<br />
EDU LOBO<br />
Meia-noite<br />
BISCOITO FINO<br />
NIDO PEDROSA<br />
Sucateando A Música Sustentável<br />
INDEPENDENTE<br />
DUO GISBRANCO<br />
Pássaros<br />
MILLS RECORDS<br />
VIRUZ<br />
Contaminando Responsabilidade Social<br />
INDEPENDENTE<br />
TATÁ AEROPLANO<br />
Alma De Gato<br />
INDEPENDENTE<br />
FERNANDO SEIXAS<br />
O Animal<br />
SPOTLIGTH<br />
6<br />
JG NEWS, ANO XXIII, ED. 240, 25 SETEMBRO a 25 OUTUBRO 2018
JG NEWS, ANO XXIII, ED. 240, 25 SETEMBRO A 25 OUTUBRO 2018 7
Fábio Cezanne<br />
cezannedivulgacao@gmail.com<br />
LANÇAMENTO<br />
T'Rio lança seu CD de estreia<br />
reunindo compositores<br />
consagrados da cena erudita<br />
Formado por Cristiano Alves (clarinete),<br />
Fernando Thebaldi (viola)<br />
e Yuka Shimizu (piano), grupo interpreta,<br />
no disco "Trios Brasileiros",<br />
peças de João Guilherme<br />
Ripper, Liduino Pitombeira,<br />
Ricardo Tacuchian e Nestor de<br />
Hollanda Cavalcanti<br />
Formação que inspirou compositores<br />
como Mozart com seu inusitado<br />
"Trio Boliche", o clarinete, a viola<br />
e o piano instigaram da mesma<br />
maneira os ilustres compositores<br />
brasileiros contemporâneos João<br />
Guilherme Ripper, Ricardo Tacuchian,<br />
Liduino Pitombeira e Nestor<br />
de Hollanda Cavalcanti. Foi a partir<br />
desta admiração em comum que o<br />
clarinetista Cristiano Alves e o<br />
violista Fernando Thebaldi, ambos<br />
cameristas entusiastas integrantes<br />
da Petrobras Sinfônica, juntaram-se<br />
à pianista japonesa radicada no<br />
Brasil, Yuka Shimizu, registrando<br />
em seu CD de estreia, "Trios Brasileiros"<br />
(gravadora<br />
A CASA Discos),<br />
essas joias<br />
da música de câmara<br />
nacional.<br />
Assim como Cristiano,<br />
que soma<br />
em sua trajetória<br />
artística um<br />
grande número<br />
de prêmios e títulos<br />
pelo Brasil<br />
e no exterior, Fernando<br />
e Yuka,<br />
enquanto o recém criado "Duo<br />
Burajiru" - que já conquista os palcos<br />
nacionais e estrangeiros - têm<br />
8<br />
"Yuka, Cristiano e Fernando,<br />
através de sua música, nos<br />
redimem de um mundo áspero<br />
e nos conduzem a um<br />
universo intangível. E a vida<br />
musical brasileira se enriquece<br />
com um novo grupo<br />
camerístico de categoria internacional".<br />
Ricardo Tacuchian<br />
em comum, obras<br />
dedicadas aos três<br />
artistas pelos compositores<br />
que participam<br />
do disco.<br />
O compositor<br />
cearense Liduino<br />
Pitombeira participa<br />
do disco com<br />
três obras distintas.<br />
A peça Fantasia sobre<br />
a Muié Rendêra<br />
traz uma melodia<br />
original vai se desconstruindo<br />
até em um dado momento<br />
se transformar em um tema<br />
de doze notas em ambiente de harmonia<br />
quartal. A peça foi originalmente<br />
escrita para conjunto de flautas<br />
doce (soprano, contralto, tenor<br />
e baixo), viola da gamba baixo e cravo,<br />
e foi gravada nessa formação<br />
em 1997, no primeiro CD do Syntagma,<br />
o mais antigo grupo de câmara<br />
de Fortaleza, que trabalha a conexão<br />
entre a música antiga e a<br />
música nordestina. Existem atualmente<br />
oito versões dessa obra,<br />
para diversas formações de câmara.<br />
Sua segunda composição,<br />
Japan, é dividida em três movimentos<br />
e foi inspirada por três haikus<br />
de Judith Ann Gorgone. A peça em-<br />
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JG NEWS, ANO XXIII, ED. 240, 25 SETEMBRO A 25 OUTUBRO 2018 9
LANÇAMENTO<br />
prega harmonia modal e<br />
"pintura de palavras" para<br />
expressar as imagens<br />
poéticas dos haikus. O<br />
esquema lento-rápidolento<br />
foi escolhido para<br />
evocar a tranquilidade<br />
meditativa do zen-budismo.<br />
Já Brasiliana foi<br />
composta para o primeiro<br />
concerto do Trio<br />
Brasilianas (Felícia Coelho<br />
- flauta, Aynara Silva<br />
- clarineta, e Maria Di Cavalcanti -<br />
piano). Os títulos dos movimentos -<br />
Flor anônima, Ao acaso e O relógio<br />
de ouro - são oriundos de três textos<br />
de Machado de Assis. A obra emprega<br />
ato-nalismo livre, notação gráfica,<br />
técnicas estendidas e harmonia<br />
cromática. Esta versão foi especialmente<br />
escrita para o T'Rio.<br />
Credenciado pela qualidade técnica e musical<br />
de seus integrantes, o T'Rio registra, neste<br />
primeiro CD, sua vocação como valioso<br />
instrumento a serviço da música brasileira,<br />
estimulando a criação de novas obras para<br />
esse conjunto de sonoridades distintas<br />
como a da viola, do clarinete e do piano, que<br />
tão bem se conjugam e se harmonizam nas<br />
mãos privilegiadas de seus integrantes.<br />
Edino Krieger (junho, 2018)<br />
O carioca Nestor de Hollanda Cavalcanti<br />
participa com O Sábio em Sol,<br />
para trio e um narrador. A obra tem<br />
por base a "canção sem palavras"<br />
do 4º movimento, criada sobre os<br />
versos de Luiz Guilherme de Beaurepaire,<br />
edificada sobre um único<br />
som e harmonizada com acordes<br />
onde o "sol" é por vezes a funda-<br />
mental, ou a terça, a quinta<br />
etc. do acorde. A partir da estrutura<br />
desta canção, foram<br />
compostos os demais movimentos.<br />
No primeiro movimento,<br />
o piano apresenta o "sol",<br />
seguido da clarineta e viola<br />
que expõem elementos da<br />
canção final. O segundo apresenta<br />
um diálogo (clarineta e<br />
viola) construído sobre uma<br />
série de doze sons, feita sobre<br />
a relação acústica de sons<br />
com a nota sol. Há intervenções do<br />
piano com os diversos acordes da<br />
canção. O terceiro é rítmico e o piano<br />
é quem mais trabalha. Na seção<br />
central os outros entram, se alternando<br />
em arpejos e fragmentos melódicos.<br />
E na seção final, depois de<br />
um "descanso", volta o piano ao<br />
solo, até uma breve coda, onde to-<br />
10<br />
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LANÇAMENTO<br />
dos estão juntos. A obra representa<br />
o "sábio" descrito no poema de<br />
Beaurepaire, cuja "sabedoria" não<br />
sai de uma mesma nota. O Trio para<br />
clarineta, viola e piano, de João<br />
Guilherme Ripper, remete à forma<br />
sonata com dois temas de características<br />
diversas que se contrapõem<br />
no decorrer de todo a obra. O primeiro,<br />
de contornos líricos, culmina<br />
numa longa transição que prepara<br />
a entrada do segundo tema rítmico<br />
e sincopado, apresentado na viola<br />
acompanhada pelo piano, logo respondidos<br />
pela clarineta. O extenso<br />
desenvolvimento traz episódios de<br />
12<br />
atmosferas diversas, com melodias<br />
baseadas no material apresentado<br />
na exposição. Outros temas são derivados<br />
dos principais e integram-se<br />
à seção. Segue-se a reexpo-sição,<br />
onde a harmonia tonal é levada aos<br />
extremos do cromatismo e a unidade<br />
da obra é garantida apenas pelos<br />
motivos dos temas principais<br />
presentes nas diversas passagens.<br />
Por fim, o compositor Ricardo Tacuchian<br />
participa com seu Trio das<br />
Águas, escrita em 2012, uma de<br />
suas muitas obras com inspiração<br />
ecológica. Sua abordagem, predominantemente<br />
poética, ainda que com<br />
viés ecológico, traz no primeiro movimento,<br />
"Águas Do Mar", alternâncias<br />
entre o mar revolto e calmo.<br />
"Águas Dos Rios", o segundo, não<br />
retrata rios caudalosos, mas rios<br />
sensuais e, às vezes, misteriosos,<br />
correndo no meio das florestas. Por<br />
fim, "Águas Da Chuva" representa<br />
a grande dívida de nossa sobrevivência<br />
com a Natureza. A obra, estreada<br />
pelo Terra Brasilis Trio, em<br />
2013, no Mosteiro de São Bento de<br />
Vinhedo, SP, foi baseada no Sistema-T,<br />
uma ferramenta de controle<br />
de alturas criada pelo compositor<br />
no final dos anos 1980.<br />
JG NEWS, ANO XXIII, ED. 240, 25 SETEMBRO a 25 OUTUBRO 2018
JG NEWS, ANO XXIII, ED. 240, 25 SETEMBRO A 25 OUTUBRO 2018 13
Elias Nogueira<br />
SHOWS E LANÇAMENTOS<br />
Moraes Moreira<br />
"Ser Tão" novo disco do cantor e compositor baiano<br />
eliassnogueira@gmail.com<br />
Se a Música Popular Brasileira fosse<br />
uma cidade, Moraes Moreira seria<br />
aquele caminhante que passa<br />
por todos os bairros, cruza todas as<br />
ruas, vira em todas as esquinas e,<br />
por onde anda se sente em casa,<br />
isso ele mostra em "Ser Tão", seu<br />
novo álbum.<br />
Todas as músicas foram assinadas<br />
por Moraes e, a única em parceria<br />
foi "Nas paradas", a qual dividiu com<br />
o amigo Armandinho, do emblemático<br />
grupo A Cor do Som (grupo brasileiro<br />
de músicos que o acompanhava<br />
após a sua saída dos Novos<br />
Baianos - no inicio de sua carreira<br />
solo. A Cor do Som, posteriormente,<br />
independente, fez grande sucesso<br />
e está em plena atividade até<br />
14<br />
hoje).<br />
O disco "Ser Tão", lançado pelo Selo<br />
Discobertas, foi produzido pelo próprio<br />
Moraes Moreira em parceria<br />
com o guitarrista Alexandre Meu Rei<br />
- integrante de sua banda.<br />
Nas nove faixas do CD o cantor dá<br />
pista que sua principal influência<br />
vem do cordel, mas fica à vontade<br />
para passear, e não se importa o<br />
caminho for de afoxé carnavalesco<br />
ou de um arrasta-pé junino numa<br />
cadência de samba ou na divisão<br />
de uma balada urbana, blues rock.<br />
O importante é que todas, absolutamente<br />
todas, vêm com a marca<br />
registrada de um compositor que<br />
sempre foi certeiro em suas colocações.<br />
A música de abertura, "Sambadô",<br />
traz a energia do Recôncavo Baiano.<br />
Na segunda faixa desse trabalho de<br />
Moraes Moreira, o artista afirma<br />
que se transformou "De cantor pra<br />
cantador"; "O nordestino do século"<br />
declamação - faz uma homenagem<br />
a Luiz Gonzaga, "Rei do Baião"; "I'm<br />
the captain of my soul", single lançado<br />
antes do CD completo, me<br />
deixou impressionado por ser uma<br />
canção bem ao estilo do ex-Beatle<br />
George Harrison. Não sei se foi inspiração<br />
para ele, mas que é uma linda<br />
canção não há dúvidas.<br />
"Ser Tão" é a essência de tudo que<br />
o disco propõe em sua versatilidade<br />
sonora, e ainda mostra um<br />
Moraes, cantor ou cantador, em<br />
JG NEWS, ANO XXIII, ED. 240, 25 SETEMBRO a 25 OUTUBRO 2018
JG NEWS, ANO XXIII, ED. 240, 25 SETEMBRO A 25 OUTUBRO 2018 15
ambos os casos,<br />
onde ele<br />
é mestre.<br />
O resultado<br />
pode ser conferido<br />
nas plataformas<br />
digitais<br />
ou em todas<br />
as lojas<br />
do ramo de<br />
CDs físicos.<br />
Fotos e texto Elias Nogueira<br />
SHOWS E LANÇAMENTOS<br />
O show de lançamento<br />
de "Ser Tão" aconteceu<br />
em 23 de agosto no SESC Ginástico,<br />
Rio, com casa cheia. Nele,<br />
Moraes Mo-reira apresentou músicas<br />
do disco novo, na primeira parte<br />
do evento e na segunda metade<br />
tocou vários sucessos e levou o<br />
público ao delírio.<br />
Segundo informações, Moraes<br />
Moreira está fazendo, com o amigo<br />
e parceiro Luiz Galvão, músicas<br />
para o CD comemorativo dos 50<br />
anos de carreira dos Novos<br />
Baianos, sem data definida, e nesse<br />
hiato cuida da carreira solo.<br />
"Ser Tão" - as faixas<br />
1. Sambadô / Deixa o pé no chão<br />
2. De cantor pra cantador<br />
3. Origens<br />
4. I'm the captain of my soul<br />
5. Amor e arte<br />
6. Evolução<br />
7. O nordestino do século (declamação)<br />
8. Nas paradas (c/ Armandinho)<br />
9. Alvorada dos setenta (declamação)<br />
Getúlio Côrtes (80 anos), com Roberto Frejat, Teatro Rival, RJ (04/09/18) lançando seu primeiro disco "As Histórias de<br />
Getúlio Côrtes" (Discobertas/Super Discos).<br />
16<br />
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Alberto Guimarães<br />
DIRETO DE PORTUGAL<br />
OS DISCOS PARA ALÉM DA MÚSICA<br />
O assunto das linhas<br />
que se seguem referese<br />
às capas de discos<br />
e à relação discos-outras<br />
artes. A música<br />
gravada está num processo<br />
de desmaterialização<br />
já avançado e<br />
hoje em dia a música serve-se dos<br />
computadores e smartphones<br />
como meios privilegiados para fazer-se<br />
chegar até nós. De alguma<br />
forma a música permanece, nas<br />
suas novas formas de difusão,<br />
numa intensa analogia<br />
simbiótica com<br />
a componente visual,<br />
designadamente<br />
através do vídeo,<br />
este hoje de acessível<br />
produção. Mas a<br />
indústria discográfica<br />
legou-nos um histórico<br />
rico de conexão e diálogo<br />
entre o design e as artes enquanto<br />
as capas embalavam discos de vinil,<br />
CD’s ou cassetes. Uma história<br />
que apesar de tudo teima em continuar,<br />
ainda que de modos quase<br />
residuais.<br />
O ponto de partida para esta matéria<br />
foi a exposição itinerante "Música<br />
e Palavras - Obras da<br />
Coleção de Serralves",<br />
que vimos no Museu<br />
Municipal de Espinho,<br />
no norte de Portugal. A<br />
exposição está ainda<br />
patente até dia 6 de outubro,<br />
e "apresenta trabalhos<br />
que testemunham<br />
o interesse de artistas<br />
visuais nas últimas<br />
cinco décadas pelos universos<br />
da música, do som, da palavra dita",<br />
como escreve no catálogo Ricardo<br />
Nicolau, Adjunto do Diretor<br />
do Museu de Arte<br />
Contemporânea de<br />
Serralves, no Porto.<br />
Aponta ainda Ricardo<br />
Nicolau: "A aproximação<br />
a estes mundos<br />
serviu-lhes para saírem<br />
do contexto estrito da<br />
história das artes visuais<br />
e de produzirem obras que se<br />
inspiram na vitalidade da música,<br />
nomeadamente na música rock.<br />
Evidência desta relação entre música<br />
e artes visuais são as capas<br />
de discos de vinil também apresentadas<br />
nesta exposição. Criadas<br />
por artistas visuais, foram<br />
responsáveis pela circulação<br />
massiva<br />
de imagens produzidas<br />
por nomes<br />
tão famosos<br />
como Andy<br />
Warhol, Robert<br />
Rauschenberg, Barbara<br />
Kruger, Keith Hering ou<br />
Mike Kelley".<br />
Afinal, "Música e Palavras:<br />
Obras da Coleção de Serralves"<br />
define-se como uma exposição<br />
que exibe "um percurso dentro da<br />
Coleção de Serralves por peças criadas<br />
em diferentes contextos históricos<br />
e geográficos, mas que se<br />
relacionam entre si,<br />
pela incorporação da<br />
experiencia do som no<br />
seu discurso visual e<br />
conceitual". Para isso<br />
são mostradas obras<br />
de Vasco Araújo, Dara<br />
Birnbaum, Luís Paulo<br />
Costa, Luisa Cunha,<br />
João Paulo Feliciano,<br />
Dan Graham, Ricardo<br />
Jacinto, Tony Oursler, Tone Scientists,<br />
Rui Toscano, Pedro Tudela.<br />
Para cumprir o seu intento, "Músi-<br />
ca e Palavras" mostra então incursões<br />
de artistas plásticos nos domínios<br />
das capas de discos. De<br />
Andy Warhol é exibida uma das capas<br />
mais icónicas dos Rolling<br />
Stones, a do álbum "Sticky Fingers"<br />
(1971). Uma capa bem adequada<br />
ao cariz da banda. Sexualmente<br />
mais explícita não poderia ser a<br />
peça, vendo-se uns jeans justos,<br />
desde o cinto até acima dos joelhos.<br />
As primeiras edições do disco<br />
incluíam um ziper que o ouvinte ou<br />
a ouvinte podiam abrir. O verso do<br />
disco mostrava a parte correspondente<br />
traseira. As fotografias, em<br />
alto-contraste, eram também de<br />
Andy, uma das figuras de proa da<br />
Pop Art.<br />
Sexo, drogas e outros<br />
excessos estavam já<br />
presentes noutro disco<br />
com capa de Andy<br />
Warhol: o álbum de<br />
estreia dos Velvet<br />
Undergound. Os VU<br />
foram lançados sob a<br />
égide de Andy, que<br />
produziu o disco e impôs<br />
a participação, como vocalista<br />
em algumas faixas, de Nico, amiga<br />
do artista. O disco, que incluía<br />
"Sunday Morning" e "Heroin", passou<br />
a ser conhecido como "álbum<br />
da banana", pois mostrava diagonalmente<br />
um desenho de uma banana.<br />
E a assinatura de Andy.<br />
As rodelas de 78 rotações por minuto<br />
que circulavam no alvor da indústria<br />
discográfica, durante as primeiras<br />
décadas do século 20, eram<br />
embaladas em papel com tons próximos<br />
do cinzento, incluindo mensagens<br />
escritas e gráficas da gravadora<br />
sem aludir ao artista ou<br />
músicas do disco. Esses envelopes<br />
apresentavam uma abertura que<br />
mostrava o selo do disco, identificando<br />
assim as obras e os artistas<br />
18<br />
JG NEWS, ANO XXIII, ED. 240, 25 SETEMBRO a 25 OUTUBRO 2018
JG NEWS, ANO XXIII, ED. 240, 25 SETEMBRO A 25 OUTUBRO 2018 19
DIRETO DE PORTUGAL<br />
gravados. As capas<br />
dedicadas especificamente<br />
ao artista<br />
registado, já circulavam<br />
na década de<br />
40. Mas foi nos a-<br />
nos 50, pode-se a-<br />
firmar, que as capas<br />
começaram a<br />
ter forte importância<br />
num relacionamento<br />
assimilador entre som e visual,<br />
dentro de um projeto conceitual.<br />
Nesses anos 50, uma gravadora<br />
desenvolveu uma marca de design<br />
com um entendimento da capa<br />
como manifesta abordagem artística<br />
e integrada no processo ousado,<br />
inovador, prospetivo, dos músicos<br />
de jazz de então. Foi a estadunidense<br />
Blue Note Records. Vários<br />
designers cooperaram para tal,<br />
mas grande e contínuo contribuidor<br />
foi o fotógrafo Francis Wolff. Exemplos<br />
disso são as capas do álbum<br />
"Round About Mid-night", de Kenny<br />
Dorham (1956) e "Star-Bright", de<br />
Dizzy Reece (1959). Note-se que<br />
Andy Warhol chegou a trabalhar<br />
como freelance para a Blue Note<br />
Records.<br />
Em termos de congruência artística,<br />
arrojo e inovação, pode ser traçado<br />
uma linha paralela entre a<br />
Blue Note Records e o trabalho desenvolvido<br />
nos anos 80 pela britânica<br />
Factory Records, de Manchester.<br />
Não olhando para os orçamentos,<br />
criadores individuais ou coletivos<br />
como Peter Saville, Central<br />
Station Design ou 8vo, tiveram ali<br />
oportunidade de pesquisar processos<br />
e materiais novos na aplicação<br />
de capas de discos. A maneira de<br />
conceber da Factory Records, com<br />
as suas capas de grande depuração<br />
visual, sem ornatos, pode ser<br />
encontrada em "Movement", dos<br />
New Order (1981), álbum de estreia<br />
da banda criada por anteriores elementos<br />
dos Joy Division, após a<br />
morte do vocalista<br />
Ian Curtis.<br />
O universo das capas<br />
de discos está<br />
abarrotado de citações<br />
de outras capas<br />
(por vezes plágios)<br />
e de referências<br />
(ou inclusão) a o-<br />
bras de arte. Algo de<br />
inevitável quando,<br />
de algum modo se faz o encontro<br />
de arte, design e marketing.<br />
As capas de discos<br />
são elementos, sinais<br />
aos quais precisa<br />
estar atento quem quer<br />
verdadeiramente conhecer<br />
a música e os<br />
processos nela envolvidos.<br />
Um exercício: comparar<br />
as capas do icónico<br />
"Songs For Young Lovers", de<br />
Frank Sinatra (1954) e o brasileiro<br />
"O Tango na Voz de Nelson Gonçalves"<br />
(1956).<br />
No Brasil há um exemplo notável de<br />
inovação e nexo no<br />
domínio das capas<br />
de discos. Trata-se<br />
do trabalho de Cesar<br />
Vilela. A bossa nova,<br />
no final dos anos<br />
50, início dos anos<br />
60, reformulou esteticamente<br />
a música<br />
popular, no culminar de todo um<br />
processo criativo que vinha a acontecer<br />
na música brasileira e<br />
associável claramente a vivências<br />
sociais, políticas e de outras modalidades<br />
artísticas coevas.<br />
As capas dos discos<br />
pediam também<br />
novas harmonias visuais<br />
que Cesar Vilela<br />
bem soube desenhar<br />
nos invólucros do vinil<br />
da gravadora Elenco.<br />
Abandonando a Odeon<br />
em 1962, Aloysio de Oliveira<br />
coloca um banquinho<br />
e um violão prontos para o selo<br />
Elenco. Aloysio leva da Odeon para<br />
a Elenco Cesar Vilela que ali produzirá<br />
capas adequadamente bossanovísticas,<br />
numa economia cromática,<br />
numa dissonância na composição<br />
gráfica. Num ritmo de modernidade.<br />
Veja-se a capa de "Vinicius<br />
& Odette Lara (1963).<br />
Em Portugal os discos de vinil começaram<br />
a ser fabricados em meados<br />
da década de 50. A indústria<br />
discográfica portuguesa<br />
querendo estabelecer<br />
uma relação visual<br />
com a música, também<br />
soube criar excelentes<br />
capas, utilizando<br />
igualmente nessa<br />
comunicação a colaboração<br />
de fotógrafos e<br />
outros artistas. Amália<br />
Rodrigues lançou em 1962 um disco<br />
excepcional entre todos os seus<br />
excepcionais discos. Trata-se da<br />
obra em que Amália fez sair a público<br />
um novo e diferente compositor:<br />
Alain Oulman. O disco<br />
não tem título mas é conhecido<br />
por "Busto" pois expõe<br />
na capa um busto de Amália,<br />
esculpido por Joaquim<br />
Valente e fotografado por<br />
Nuno Calvet. A imagem esculpida<br />
de Amália, compenetrada<br />
no seu cantar, é tão<br />
forte, o poder de transmissão da<br />
imagem tão grande, que o nome da<br />
cantora aparece em dimensões pequenas.<br />
Voltaremos a este tema da conformidade<br />
músicaoutras<br />
artes, assunto<br />
inesgotável<br />
e que, no tempo<br />
atual, além do interesse<br />
historicista,<br />
pode dar<br />
bons contributos<br />
de reflexão a<br />
quem se envolve<br />
com música.<br />
20<br />
JG NEWS, ANO XXIII, ED. 240, 25 SETEMBRO a 25 OUTUBRO 2018
Patrícia Rodrigues
Robson Candêo<br />
robson.candeo@uol.com.br<br />
LANÇAMENTOS<br />
MUSICANDO<br />
Fantastic Negrito é um<br />
cantor norte-americano<br />
que lançou o álbum<br />
Please Don't Be Dead,<br />
com um blues/rock que<br />
me surpreendeu pelas<br />
grandes músicas.<br />
Vendo o sucesso de<br />
Bebe Rexha, tem-se a<br />
impressão que é mais<br />
mídia do que talento,<br />
mas ouvindo o álbum<br />
Expectations, dá para<br />
entender que o sucesso<br />
tem motivo, pois tem<br />
ótimas canções para a<br />
cena pop.<br />
EP Raw da jovem norueguesa<br />
Sigrid vem com<br />
somente 5 canções, suficientes<br />
para mostrar<br />
que seu caminho pode<br />
ser brilhante?<br />
de lançamento vem agora<br />
com People to People<br />
com a mesma fórmula<br />
pop para alegria do<br />
fãs.<br />
Com um ritmo dançante<br />
muito bom, a dupla<br />
Chromeo, lançou o álbum<br />
Head Over Heels,<br />
no melhor do (como eles<br />
mesmo chamam) electrofunk,<br />
que me fez relembrar<br />
muito a cena<br />
disco dos anos 70.<br />
Love Monster é o primeiro<br />
álbum da cantora<br />
australiana Amy Shark<br />
que traz um ótimo som<br />
indie e vale a pena conferir<br />
mesmo.<br />
Já os roqueiros da banda<br />
Panic at The Disco,<br />
lançaram Pray For the<br />
Wicked, um álbum muito<br />
bom, com grandes<br />
canções e com boas<br />
chances de futuros hits<br />
de sucesso.<br />
E a banda DNCE que fez<br />
muito sucesso no álbum<br />
Florence + The Machine<br />
é daquelas bandas<br />
alternativas que se<br />
destacam das demais e<br />
um dos motivos é a grande<br />
voz de sua vocalista<br />
e as belas melodias das<br />
canções, que podem ser<br />
conferidas no CD High<br />
as Hope.<br />
O vocalista do The Who,
Roger Daltrey está com<br />
seu novo trabalho solo -<br />
As Long As I Have You -<br />
que é bem legal para fãs<br />
da banda e do cantor e<br />
também de um ótimo<br />
rock.<br />
E que legal esta o álbum<br />
Wildness da banda<br />
Snow Patrol, com um<br />
rock alternativo que vale<br />
a pena conhecer.<br />
Já o novo álbum do grupo<br />
Own City - Cinematic,<br />
é digno de elogios<br />
com um synthpop de primeira,<br />
ótima musicalidade<br />
com canções que<br />
podem virar grandes<br />
hits.<br />
Com grande influência<br />
das bandas new wave e<br />
eletrônicas dos anos 80,<br />
a banda CHVRCHES lançou<br />
Love is Dead, com<br />
músicas bem legais e<br />
que hoje classificamos<br />
como synthpop.<br />
Já a britânica Lily Allen,<br />
dona de grandes hits<br />
pop, lançou No Shame<br />
que vale muito a pena<br />
conhecer com um pop<br />
romântico de primeira.<br />
Confesso que sou fã da<br />
banda gaúcha Nenhum<br />
de Nós, mas não é só<br />
por isso que recomendo<br />
o EP Doble Chapa que<br />
traz 5 músicas com<br />
boas participações e algumas<br />
em espanhol.<br />
Recomendo.<br />
LANÇAMENTOS<br />
O Tempo Não Pára e Eu<br />
Sei.<br />
Fãs da nossa banda de<br />
forró mais famosa podem<br />
comemorar o lançamento<br />
do álbum Falamansa<br />
20 Anos: Ao Vivo,<br />
Entre Amigos, Na<br />
Vila de Itaúnas com todos<br />
os seus sucessos e<br />
muito mais.<br />
E um dos nossos roqueiros<br />
mais antigos, o eter-<br />
Avante Delírio", conten-<br />
Saulo Duarte, lança<br />
no rebelde Lobão, lançou<br />
um EP intitulado Lo-<br />
executado nas rádios e<br />
do o single (já sendo<br />
bão e os Eremitas Da plataformas dig.) "Flor<br />
Montanha com 5 clássicas<br />
do nosso rock como<br />
do Sonho". Gravadora<br />
YB Music.<br />
Robson Candêo escreve para o blog<br />
www.blurayedvdmusical.blogspot.com/, siga sua<br />
playlist na Apple Music no perfil @rcandeo<br />
TRADIÇÃO E MODERNIDADE<br />
72 ANOS DEDICADOS AO DIREITO AUTORAL
Nido Pedrosa<br />
MERCADO MUSICAL<br />
Banda Víruz<br />
Contaminando Responsabilidade Social<br />
A Banda Víruz lança no mercado<br />
seu primeiro trabalho, o CD Contaminando<br />
Responsabilidade Social.<br />
O grupo foi criado há 15 anos e é<br />
formado pelo cantor de Hip Hop<br />
Dom Pablo, o guitarrista Riva Le<br />
Boss e o baixista Márcio Lemos. O<br />
som tem como base o Hip Hop e a<br />
Soul Music com elementos de outras<br />
sonoridades da música brasileira<br />
e americana, como o Coco,<br />
Maracatu, Rock, Pop, Música Eletrônica,<br />
entre outros. Com este contexto<br />
musical, os artistas apresentam<br />
letras com mensagens focadas<br />
na nossa realidade social e desta<br />
forma, mergulham na possibilidade<br />
de uma renovação do Hip Hop, porque<br />
seguem experimentando uma<br />
Marcio Lemos<br />
Dom Pablo<br />
e Riva Le Boss<br />
fusão de sons com elementos de<br />
várias tradições musicais. O projeto<br />
ainda contempla uma releitura<br />
dessas sonoridades mantendo os<br />
traços primordiais da cultura urbana<br />
da música de rua e da tradicional<br />
cultura musical pernambucana,<br />
mostrando também o perfil de novos<br />
intérpretes e compositores que<br />
compõem esse cenário artístico!<br />
Nos anos de 2008 e 2009 a Banda<br />
Víruz foi premiada no Festival<br />
Black Mix e no Festival RPB - Rap<br />
Popular Brasileiro, sendo este último<br />
um festival promovido no Rio de<br />
Janeiro pela CUFA - Central Única<br />
das Favelas em parceria com a<br />
Rede Globo, onde a Banda foi representando<br />
o Estado de Pernambuco.<br />
Perguntamos ao<br />
vocalista da banda Dom<br />
Pablo, qual a responsabilidade<br />
da Viruz diante do<br />
atual cenário musical, político<br />
e social brasileiro, ele<br />
nos responde:<br />
"A Banda Viruz tem como<br />
responsabilidade de expressão<br />
seguir uma linha<br />
altruísta que revela as falhas<br />
que o sistema apresenta<br />
às classes. Cumpre<br />
ainda seu papel social de<br />
forma coerente com seus<br />
princípios ideológicos, u-<br />
sando a sua música como<br />
instrumento maior de comunicação<br />
para atingir todas<br />
as camadas sociais,<br />
com uma abordagem diferenciada<br />
para as questões<br />
Político-sociais da atualidade,<br />
promovendo uma<br />
releitura de todas as relações<br />
conflituosas que violam<br />
o pleno direito à cidadania. Nós<br />
da Banda Viruz, promovemos através<br />
das nossas músicas e deste<br />
Participação<br />
Especial<br />
de Isabela<br />
de Holanda
(11) 3326 3809
MERCADO MUSICAL<br />
Nira Santos, Felipe Maia, Riva Le<br />
Boss, Dom Pablo, Márcio Lemos<br />
novo trabalho, um movimento de<br />
protesto para conscientização social."<br />
finaliza o cantor. A Banda Víruz<br />
além de ser formada pelo vocalista<br />
Dom Pablo, o guitarrista Riva Le<br />
Boss e o baixista Márcio Lemos,<br />
ainda tem as participações de Nira<br />
Santos na Bateria, Felipe Maia nos<br />
Teclados e Isabela de Holanda nos<br />
vocais. Em 2017 a Banda fez o lançamento<br />
do primeiro CD oficial<br />
"Contaminando Responsabilidade<br />
Social" com selo independente, distribuído<br />
pela TRATORE. Recentemente<br />
também lançou nas redes<br />
sociais o Clipe: Na Cara (É Como<br />
Bala) produzido e dirigido por Edson<br />
Alves. O CD da Banda Víruz tem<br />
a seguinte ficha técnica:<br />
Produção executiva: Dom Pablo (A<br />
Cara Daqui Produções); Produção<br />
fonográfica: Riva Le Boss; Designer<br />
Cd: Rodrigo Souza; Técnicos de gravação<br />
e Mixagem: Marcílio Moura;<br />
Masterização: Pablo Lopes;<br />
Fotos: Alexandro Abbadie Auler,<br />
Michelle Souza e Sérgio Boi; Arregimentação:<br />
Riva Le Boss; Direção<br />
musical: Riva Le Boss; Arranjos:<br />
Banda Víruz; Arranjo de metais na<br />
música "Aumentando Tudo" -<br />
Henrique Albino (sax).<br />
O CD Contaminando Responsabilidade<br />
Social - Banda Víruz está disponível<br />
para download e Streaming<br />
em várias Plataformas Digitais, entre<br />
elas: Submarino, Spotify, Google<br />
Play, Deezer, Americanas.com<br />
Acessem!<br />
Contatos para shows:<br />
E-mail: bandaviruz@gmail.com -<br />
Tel.: (81) 99608-0078 (Whatsapp)<br />
Show Banda Víruz no FIG 2018
Robert<br />
Plant<br />
70tão<br />
CLIQUE E VEJA<br />
NOSSAS<br />
EDIÇÕES<br />
Nascido em 20 de agosto de 1948,<br />
em West Bromwich, Staffordshire,<br />
Reino Unido, Robert Anthony Plant<br />
, o lendário vocalista da banda Led<br />
Zeppelin, completou seus 70<br />
aninhos. O artista que já foi considerado<br />
como um dos maiores cantores<br />
da história do rock and roll<br />
teve sua inspiração inicial (quando<br />
garoto) em Elvis Presley. Mais tarde,<br />
na fase da adolescência, o blue<br />
de Willie Dixon e Robert Johnson<br />
fizeram-lhe a cabeça e o garoto<br />
partiu para os palcos com apenas<br />
16 anos de idade. Deu no que deu,<br />
né? O Led Zeppelin se eternizou.<br />
Parabéns vovô!<br />
ACESSE: issuu.com/jgnews e<br />
veja as edições da nossa revista<br />
http://www.youblisher.com/p/1906186-JGNEWS-Cidade-Negra-231/<br />
http://www.youblisher.com/p/1735861-/<br />
http://www.youblisher.com/p/1895154-/<br />
http://www.youblisher.com/p/1820419-JG-NEWS/<br />
http://www.youblisher.com/p/1698761-JG-News-Tom-Jobim-edicao-220-<br />
fevereiro-de-2017/<br />
http://www.youblisher.com/p/1540115-JG-News-Ivete-Sangsalo-216/