O ANHANGUERA ED_19_SETEMBRO_2018

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2 Cenário SETEMBRO DE 2018 | O ANHANGUERA ELEIÇÕES 2018 Campanhas mais limpas nas ruas e intensas nas redes sociais Por Veridiano Peixoto O período eleitoral desde 2016 tem sido caracterizado pela ausência de placas e cavaletes nas vias públicas, os quais tomavam ruas e avenidas das cidades causando uma verdadeira “poluição” visual. Após as restrições da Justiça Eleitoral, parte do aparato utilizado pelos candidatos na tentativa de convencer o eleitorado ficou apenas no imaginário. Durante décadas à prática foi exaustivamente explorada, e acabou se tornando a principal referência das eleições. Contudo, é notório que mesmo sendo um enorme transtorno a exposição foi a maior simbologia Monumento aos Bandeirantes em 2013 durante campanha da eleição suplementar foto: Veridiano Peixoto dos pleitos, já que em qualquer lugar durante os dias que antecediam as votações, a população era “forçosamente” lembrada. Em 2013, durante a campanha da eleição suplementar, um dos principais símbolos de Parnaíba, o Monumento aos Bandeirantes foi literalmente tomado pelas placas dos então candidatos. E agora, a qual Santana de Parnaíba possui postulantes a Deputado Estadual, com chances reais em ter seu representante na Alesp, as ações e até mesmo embates, têm sido direcionadas principalmente às redes sociais onde Cezar (PSDB) Pastor Ebenezé (PSC) e Telma Christiansen (PSL) registram suas propostas e suas agendas de candidatos. O tucano tem percorrido cidades da região e participado de reuniões ao lado de lideranças locais, além de distribuir material nos bairros. Já o Pastor Ebenezé tem mantido suas atribuições parlamentares, e realizado “Lives” em sua página semanalmente. A candidata Telma Cristiansen tem se dedicado a caminhadas e adesivagem de veículos na região, além de defender propostas. O empenho de cada um deles, dentro de suas possibilidades e recursos, tem demonstrado o quanto ser um representante no legislativo estadual entrou na mira das forças política parnaibanas. Skaf cresce e empata com Dória na corrida pelo Governo de São Paulo fotos: Divulgação Alckmin faz campanha e reúne autoridades políticas em Osasco foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil O candidato Paulo Skaf (MDB) cresceu 4 pontos percentuais e está tecnicamente empatado com João Dória (PSDB) segundo pesquisa do Ibope, divulgada na última segunda-feira (10). No levantamento feito entre os dias 7 e 9 de setembro, Skaf aparece com 22%, enquanto Dória fica com 21%. O governador e candidato, Márcio França (PSB) está com 8% e Luiz Marinho (PT) com 5%. Quando comparado ao levantamento anterior realizado em agosto, todos os candidatos tiveram crescimento. Na ocasião Dória estava com 20%, Skaf com 18%, França com 5% e Marinho com 4%. Foram ouvidos 1.512 eleitores em todas as regiões do estado, com o registro no TRE: SP-09401/ 2018, e no TSE: BR07387/ 2018. A pesquisa foi encomendada pela TV Globo e pelo jornal O Estado de S.Paulo. (VP) Depois de Ciro Gomes (PDT) e Álvaro Dias (Pode), agora foi Geraldo Alckmin (PSDB) que esteve em Osasco para compromissos de campanha. O evento realizado na noite de terça-feira (11) no Metalclube, bairro do Rochdale, reuniu lideranças regionais e partidárias. O candidato lembrou o nome do ex-prefeito e deputado estadual Celso Giglio, morto em 2017. “Tem alguém que fisicamente não está aqui, mas tenho certeza que em espírito está nesse encontro cívico, Celso Giglio”. Ao seu lado estava também João Dória (PSDB) candidato ao governo de São Paulo, e do seu vice, Rodrigo Garcia (DEM), além da cúpula tucuna de São Paulo. Alckmin agradeceu as lideranças regionais na figura dos prefeitos Elvis Cezar de Santana de Parnaíba, Rubens Furlan de Barueri, ambos do PSDB, e Paulo Baruffi (PTB) de Jandira, além dos postulantes à Câmara dos Deputados e à Assembleia Legislativa do Estado. O candidato disse que agora começou a campanha, e que as próximas semanas serão decisivas. “Nós vamos decidir o futuro do Brasil pelos próximos 4 anos”, e ressaltou a dificuldade enfrentada nos últimos anos destacando a questão do desemprego, principalmente entre os jovens, justamente o segmento que o candidato obteve maior crescimento de acordo com a última pesquisa IBOPE, que mostrou que Alckmin saltou de 5% para 11% entre eleitores de 16 a 24 anos. Entretanto, o candidato ainda não conseguiu chegar aos dois dígitos no geral e figura com 9%, tecnicamente empatado com Ciro Gomes ,11%, Marina Silva (Rede), 9%, e Fernando Haddad (PT) com 8%. Ao final concedeu entrevista e destacou como pretende retomar obras públicas que estão paradas. “Há casos que será necessário relicitar, e outros o governo terá que colocar recursos para poder avançar e tem uma grande possibilidades de PPPs (parcerias público privadas) hoje o mundo tem muita liquidez, dinheiro, e o Brasil tem demanda forte, e se haver segurança jurídica e bons projetos dá para trazer muito investimento” afirmou o candidato. (VP) LIGUE E ANUNCIE: FONE: 9-9465-0392 EXPEDIENTE Os colaboradores e colunistas não possuem qualquer vínculo empregatício com a empresa. O jornal O Anhanguera não se responsabiliza por conceitos emitidos em artigos assinados, e pelo conteúdo dos anúncios que são de total responsabilidade de seus autores. Impressão e Gráfica Atlântica O Anhanguera é uma publicação da Anhanguera Comunicações. CNPJ: 26.818.796/0001-88 Editor Responsável: Veridiano Peixoto (MTB 45018) Marketing: Leandro Daher Diagramação: R.M.M - Artes Gráficas & Editoração Telefone: 9-9465-0392 E-mail: contato@oanhanguera.com.br
SETEMBRO DE 2018 | O ANHANGUERA Cenário 3 Tietê: Ainda poluído, mas com soluções prometidas pelos candidatos Por Veridiano Peixoto Entra governo, sai governo e a situação do Rio Tietê parece não ter uma solução breve. O maior rio do estado, com uma extensão de 1.136 quilômetros entre sua nascente em Salesopólis, e sua foz em Itapura, divisa com o estado do Mato Grosso, ainda apresenta índices de poluição muito acentuados. De acordo com o relatório da SOS Mata Atlântica de 2017, (a entidade divulga anualmente os dados) a mancha de poluição do Tietê foi de 130 quilômetros, considerado praticamente morto entre o trecho de Itaquaquecetuba, zona leste da capital até Cabreúva. Por dia são despejadas mais de 500 toneladas de poluição no rio. O número é quase o dobro de 2013, quando foram identificados 71 quilômetros de poluição, que posteriormente foi agravada pela crise hídrica de 2014, a qual reduziu drasticamente os investimentos de R$ 516 milhões para R$ 378 milhões na despoluição do rio, além da baixa vazão das águas que contribuiu significativamente para o aumento da poluição. Projeto Tietê Em 1992 uma grande mobilização idealizada pela SOS Mata Atlântica e Rádio Eldorado colheram mais 1,2 milhões de assinaturas em prol da limpeza das águas do Tietê. A iniciativa resul- tou no chamado “Projeto Tietê”, que foi lançado com financiamento do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) e do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) sob a gestão do então governador, Antônio Fleury Filho (na ocasião do antigo PMDB), o qual afirmou que beberia água do Tietê ao fim da iniciativa prevista para 2005. Passados mais de 25 anos e investimentos na ordem de US$ 2,7 bilhões, a situação do Tietê está longe daquela prometida pelo ex-governador Fleury. Mas por que não deu certo? Em um levantamento realizado pela BBC Brasil, a solução recai em maiores investimentos na captação e tratamento de esgoto de uma população que ultrapassa 22 milhões de pessoas. “Muitas pessoas têm uma ideia equivocada de que limpar o rio é pegar a água ali que está suja e trata-la. Recentemente teve um projeto de flotação para tirar a sujeira que estava na água, e isso não funciona” diz José Carlos Mierzwa, professor do Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), que ainda explicou que a limpeza de um rio passa pela interrupção de poluentes nele “Se você manejar corretamente o esgoto, o que está ali vai embora e o rio se limpa “sozinho”, afirma. Ações A maior parte dos detritos despejados no rio Tietê é de origem doméstica, o que exigiu prioridade de obras na captação e tratamento desse esgoto. A primeira etapa foi idealizada e implantada pela Sabesp entre 1995 e 1998, com a inauguração de três Estações de Tratamento de Esgotos (ETE’s) e a ampliação da ETE de Barueri com custo de US$ 1,1 bilhão. Na segunda etapa, iniciada em 2002 e concluída em 2008, foram investidos US$ 400 milhões com a implantação de 36 quilômetros de interceptadores, 110 quilômetros de coletores troncos, 1,2 mil quilômetros de redes coletoras e 290 mil ligações O que dizem os candidatos? fotos: Divulgação Rio Tietê em Pirapora do Bom Jesus domiciliares. Somadas as duas etapas, os resultados segundo a Sabesp aumentou a coleta de esgoto na RMSP de 70% para 84% e o tratamento de 24% para 70%, beneficiando 8,5 milhões de pessoas. A terceira etapa, iniciada em 2010 e com término previsto para 2020, tem foco na ampliação do sistema de coleta e tratamento de esgoto na Bacia do Alto Tietê (RMSP), com investimento estimado de US$ 2 bilhões. Com as três etapas concluídas serão alcançadas 87% de cobertura de captação de esgoto e 84% no tratamento de foto: Leandro Crudo – AO águas residuais. Desta forma, se alcançarão as condições para preparar a quarta etapa do Programa (Tietê IV) que ampliará a capacidade de tratamento de águas residuais em 3m³/seg, abrangendo as ETEs Parque Novo Mundo e São Miguel Paulista, bem como a ampliação da fase sólida da ETE Barueri para 16m³/seg, além da construção de 200 quilômetros de redes coletoras e 160 quilômetros de Interceptadores e Coletores tronco, abrangendo também os municípios da Região Oeste (Barueri, Carapicuíba, Itapevi, Jandira, Osasco e Santana de Parnaíba). foto: Veridiano Peixoto - AO Trecho do Rio em Cabreúva: Mancha de poluição chega a 130 km A menos de um mês para o primeiro turno das eleições que escolherá os deputados e o próximo governador do estado, o Anhanguera encaminhou a seguinte pergunta. “Caso eleito, qual sua ação prioritária para a despoluição total do Rio Tietê?” para os principais candidatos. O atual governador e candidato, Márcio França (PSB) destacou o que já foi feito (afirmou que o tratamento do rio Tietê está em 85% concluído) e declarou a necessidade de adesão dos municípios à rede da Sabesp “As ações estão focadas em não poluir e não no despolir”, contudo, não explicou como se dará a integração, ressaltando apenas que a buscará, “Nossa grande tarefa é fazer com que todos esses municípios integrem o sistema Sabesp e, no nos- so governo, queremos fazer esta integração. ”Já o candidato Paulo Skaf (MDB) também considerou um processo de integração entre estado e municípios primordial, “Minha ação prioritária para despoluir o rio será o aumento da coleta e tratamento de esgoto, além do combate ao despejo irregular. Enquanto não se universalizar o tratamento de esgoto da SABESP e das outras concessionárias de saneamento, o Tietê continuará poluído. Não adianta limpar o rio, se as empresas de saneamento continuarem (sic) jogando esgoto, é como passar aspirador na sala e alguém ir jogando pó de serragem logo atrás. Vamos investir em coleta e tratamento, tendo como alvo a universalização dos serviços”. João Dória (PSDB) enfatizou parcerias junto à iniciativa privada para realizar grandes intervenções de reurbanização nas áreas contíguas do rio. “ O objetivo é reinseri-lo no cotidiano da sociedade. Vamos dar continuidade ao projeto de despoluição realizado pela Sabesp, dando ênfase principalmente à região metropolitana de São Paulo, que é onde se concentra o trecho mais poluído. Fazendo parcerias com a iniciativa privada e também com grandes municípios como Guarulhos, segunda maior cidade de Estado em termos populacionais, que tem empresa de saneamento própria e índice de tratamento de esgoto muito aquém do necessário”, afirmou Dória. A pergunta também foi enviada à assessoria do Partido dos Trabalhadores (PT), mas até o fechamento desta edição não houve uma resposta do candidato Luiz Marinho.
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