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Revista São Francisco - Edição 04

Produzida pela equipe de Comunicação e Marketing do Grupo São Francisco, a Revista São Francisco traz assuntos que interessam todos os tipos de público. Nela você vai ter acesso a notícias, dicas e muito entretenimento.

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FAMÍLIA: SEU PORTO SEGURO<br />

Carolina encontrou na família e nos amigos<br />

mais próximos a força de que precisava<br />

para lidar com algo tão novo. Buscou<br />

acolher o filho mais velho, Marcelo, de 20<br />

anos, tanto quanto acolhia a caçula. Desta<br />

forma, a publicitária conseguiu criar um<br />

laço e uma forte conexão com os filhos,<br />

onde todos se ajudam e participam da<br />

vida um do outro.<br />

“Temos um pacto de amor que foi<br />

construído em bases sólidas. O Marcelo<br />

é o porto seguro da Jujuba e ela não é<br />

um peso para ele, mas apenas sua irmã”,<br />

afirma.<br />

AUTISMO: O QUE É<br />

O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA)<br />

é um distúrbio do desenvolvimento humano<br />

que pode se manifestar de maneira<br />

leve ou grave durante toda a vida.<br />

A síndrome é considerada incapacitante<br />

e os sintomas costumam aparecer nos<br />

três primeiros anos, sendo mais comum<br />

entre meninos do que em meninas. Em<br />

todo o mundo, atinge 70 milhões de pessoas<br />

e, no Brasil, cerca de 2 milhões.<br />

De acordo com a neuropediatra<br />

do Grupo <strong>São</strong> <strong>Francisco</strong>, Adriana<br />

Lovalho, as principais características<br />

são respostas anormais<br />

a estímulos auditivos<br />

e visuais, atraso na comunicação,<br />

déficit cognitivo, incapacidade<br />

na interação social, dificuldade<br />

de desenvolver contato visual, comportamento<br />

agregado a rotinas, resistência a<br />

mudanças e ações repetitivas.<br />

Além disso, existem diversas formas<br />

e graus de manifestação, podendo afetar<br />

cada pessoa de<br />

maneira diferente, variando<br />

de moderado a<br />

incapacitante.<br />

“Isso significa que<br />

as pessoas precisam<br />

de diferentes níveis de<br />

apoio. Todas as pessoas<br />

no espectro do autismo<br />

aprendem e se desenvolvem.<br />

Com o tipo<br />

certo de suporte, todos<br />

podem ser ajudados<br />

a viver uma vida com<br />

mais qualidade”, diz.<br />

Adriana Lovalho - Neuropediatra<br />

DIAGNÓSTICO E QUEM PROCURAR:<br />

Na maioria dos casos, os professores são os primeiros<br />

que percebem o quadro de TEA na criança. A orientação é<br />

que, ao notar os primeiros sinais, a família procure o pediatra,<br />

seguido por um neurologista e psiquiatra. O diagnóstico<br />

formal costuma ser alcançado após a análise de<br />

diversos profissionais, entre os já citados e também fonoaudiólogo,<br />

psicólogo e outros.<br />

“Quando a intervenção é realizada em crianças menores<br />

de três anos, a melhora é de 80%. Aos cinco, cai<br />

para 70% e, acima disso, fica muito prejudicada. Com o<br />

diagnóstico precoce, o autista consegue entender porque<br />

enfrenta certas dificuldades e os responsáveis<br />

passam a ser orientados ao que fazer em relação<br />

a isso, permitindo também que tenham acesso<br />

a serviços e suporte”, diz.<br />

A demora na confirmação do TEA pode resultar<br />

em déficits cognitivos mais acentuados, agravando<br />

a dificuldade de comunicação e socialização, assim<br />

como de aprendizagem. “Às vezes, o quadro do autismo<br />

se torna altamente incapacitante, com perda funcional<br />

significativa. Quanto mais cedo se confirma, mais cedo<br />

os responsáveis conseguem buscar ajuda para a criança<br />

e para si mesmos”, acrescenta.<br />

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