Revista São Francisco - Edição 04

tempo os escravos negros libertos não
podiam entrar em tais lugares. Hoje, sua
construção imponente e acolhedora
conta com peças detalhadas em ouros
e elementos da cultura afro.
Cachoeiras
Ao redor da cidade, o panorama revela
cachoeiras de águas claras e mirantes
de onde é possível contemplar o Pico
do Itacolomi, sede do parque estadual
de mesmo nome. Com 1.772 metros de
altitude, o pico era ponto de referência
para os antigos viajantes, que o chamavam
de ‘Farol dos Bandeirantes’.
A palavra ‘itacolomi’ vem da língua
tupi e significa ‘pedra menina’. Os
índios viam o pico como o ‘filhote’ da
montanha ou ‘pedra mãe’.
HISTÓRIA DA CIDADE
A antiga capital de Minas conservou grande parte de seus monumentos
coloniais e em 1933 foi elevada a Patrimônio Nacional, sendo,
cinco anos depois, tombada pela instituição que hoje é o IPHAN.
Em 5 de setembro de 1980, na quarta sessão do Comitê do Patrimônio
Mundial da UNESCO, realizada em Paris, Ouro Preto foi declarada
Patrimônio Cultural da Humanidade.
O auge da cidade ocorreu entre os séculos 17 e 18, quando era a
principal cidade do ciclo do ouro - só para Portugal, foram enviadas
800 toneladas de ouro, oficialmente. Mas, com o esgotamento das
minas, a influência da cidade diminuiu e a economia passou a ser
movida pelo turismo e pelas atividades das indústrias de metalurgia
e mineração. As repúblicas estudantis também são um ponto forte
da cidade: durante a semana, não faltam opções de festas.
O município foi fundado em 1698, foi reconhecida como Vila só em
1711 e elevada à cidade em 1823, após a independência do Brasil.
Atualmente, conta com menos de 70 mil habitantes.
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