12.09.2018 Views

Revista São Francisco - Edição 04

Produzida pela equipe de Comunicação e Marketing do Grupo São Francisco, a Revista São Francisco traz assuntos que interessam todos os tipos de público. Nela você vai ter acesso a notícias, dicas e muito entretenimento.

Produzida pela equipe de Comunicação e Marketing do Grupo São Francisco, a Revista São Francisco traz assuntos que interessam todos os tipos de público. Nela você vai ter acesso a notícias, dicas e muito entretenimento.

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

abra a geladeira depois do<br />

banho, senão a boca fica torta!”.<br />

Quem nunca ouviu essa expressão<br />

da mãe ou da avó quando era “Não<br />

criança e, mesmo assim, arriscou pegar um<br />

refrigerante geladinho, não sabe o que é viver<br />

perigosamente.<br />

Apesar de exagerada, a orientação conta<br />

com um fundinho de verdade. De acordo com<br />

a fisioterapeuta do Grupo <strong>São</strong> <strong>Francisco</strong>, Lilian<br />

Mazzo, o choque térmico pode sim ocorrer durante<br />

variações bruscas de temperatura, causando<br />

uma Paralisia Facial Periférica (PFP).<br />

Mas, situações corriqueiras do dia a dia,<br />

como o caso do banho, ou mesmo ficar algum<br />

tempo em ambiente com ar condicionado e<br />

sair na rua em dia quente, não são suficientes<br />

para isso. No entanto, os casos são relativamente<br />

comuns na população, principalmente<br />

na transição das estações outono e inverno.<br />

“Quando o corpo sofre um choque térmico,<br />

como por exemplo, pular<br />

em uma piscina fria<br />

de repente em dia<br />

de extremo calor,<br />

o corpo interpreta<br />

como um estresse<br />

sofrido pelo organismo,<br />

com consequências<br />

em vários<br />

sistemas, tais como:<br />

cardíaco, respiratório<br />

e imunológico”, afirma.<br />

“Eventos que interfiram<br />

no sistema imunológico<br />

podem facilitar a reativação<br />

de possíveis vírus latentes,<br />

favorecendo o surgimento da<br />

paralisia.”<br />

Lilian Mazzo, fisioterapeuta<br />

A fisioterapeuta explica<br />

que a paralisia facial periférica<br />

consiste na paralisia total<br />

ou parcial do nervo facial (sétimo<br />

par dos nervos cranianos),<br />

responsável pelas expressões<br />

do rosto. Também conhecida por<br />

paralisia de Bell em homenagem<br />

a Charles Bell, médico-cirurgião e<br />

anatomista escocês que primeiro<br />

descreveu a doença, pode ocorrer<br />

em homens e mulheres de qualquer<br />

idade, mas, possui maior prevalência a partir<br />

dos 70 anos e em gestantes.<br />

Suas características clínicas são dificuldades,<br />

em maior ou menor grau, em realizar movimentos<br />

simples, como franzir a testa, erguer a<br />

sobrancelha, piscar ou fechar os olhos, sorrir e<br />

mostrar os dentes, pois a boca se move apenas<br />

no lado do rosto não paralisado.<br />

A paralisia costuma regredir sem tratamento,<br />

conforme o inchaço do nervo vai regredindo<br />

espontaneamente. O tratamento é sintomático<br />

e inclui uso de medicamentos, fisioterapia e fonoaudiologia.<br />

“Eventos que interfiram no sistema imunológico,<br />

tais como o estresse, exposição ao ar frio<br />

e seco, exposição solar prolongada, exercícios<br />

extenuantes, etc., podem facilitar a reativação<br />

de possíveis vírus latentes, presentes no gânglio<br />

do nervo facial, favorecendo o surgimento<br />

da paralisia”, acrescenta.<br />

| 25

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!