Revista São Francisco - Edição 04
Produzida pela equipe de Comunicação e Marketing do Grupo São Francisco, a Revista São Francisco traz assuntos que interessam todos os tipos de público. Nela você vai ter acesso a notícias, dicas e muito entretenimento.
Produzida pela equipe de Comunicação e Marketing do Grupo São Francisco, a Revista São Francisco traz assuntos que interessam todos os tipos de público. Nela você vai ter acesso a notícias, dicas e muito entretenimento.
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
abra a geladeira depois do<br />
banho, senão a boca fica torta!”.<br />
Quem nunca ouviu essa expressão<br />
da mãe ou da avó quando era “Não<br />
criança e, mesmo assim, arriscou pegar um<br />
refrigerante geladinho, não sabe o que é viver<br />
perigosamente.<br />
Apesar de exagerada, a orientação conta<br />
com um fundinho de verdade. De acordo com<br />
a fisioterapeuta do Grupo <strong>São</strong> <strong>Francisco</strong>, Lilian<br />
Mazzo, o choque térmico pode sim ocorrer durante<br />
variações bruscas de temperatura, causando<br />
uma Paralisia Facial Periférica (PFP).<br />
Mas, situações corriqueiras do dia a dia,<br />
como o caso do banho, ou mesmo ficar algum<br />
tempo em ambiente com ar condicionado e<br />
sair na rua em dia quente, não são suficientes<br />
para isso. No entanto, os casos são relativamente<br />
comuns na população, principalmente<br />
na transição das estações outono e inverno.<br />
“Quando o corpo sofre um choque térmico,<br />
como por exemplo, pular<br />
em uma piscina fria<br />
de repente em dia<br />
de extremo calor,<br />
o corpo interpreta<br />
como um estresse<br />
sofrido pelo organismo,<br />
com consequências<br />
em vários<br />
sistemas, tais como:<br />
cardíaco, respiratório<br />
e imunológico”, afirma.<br />
“Eventos que interfiram<br />
no sistema imunológico<br />
podem facilitar a reativação<br />
de possíveis vírus latentes,<br />
favorecendo o surgimento da<br />
paralisia.”<br />
Lilian Mazzo, fisioterapeuta<br />
A fisioterapeuta explica<br />
que a paralisia facial periférica<br />
consiste na paralisia total<br />
ou parcial do nervo facial (sétimo<br />
par dos nervos cranianos),<br />
responsável pelas expressões<br />
do rosto. Também conhecida por<br />
paralisia de Bell em homenagem<br />
a Charles Bell, médico-cirurgião e<br />
anatomista escocês que primeiro<br />
descreveu a doença, pode ocorrer<br />
em homens e mulheres de qualquer<br />
idade, mas, possui maior prevalência a partir<br />
dos 70 anos e em gestantes.<br />
Suas características clínicas são dificuldades,<br />
em maior ou menor grau, em realizar movimentos<br />
simples, como franzir a testa, erguer a<br />
sobrancelha, piscar ou fechar os olhos, sorrir e<br />
mostrar os dentes, pois a boca se move apenas<br />
no lado do rosto não paralisado.<br />
A paralisia costuma regredir sem tratamento,<br />
conforme o inchaço do nervo vai regredindo<br />
espontaneamente. O tratamento é sintomático<br />
e inclui uso de medicamentos, fisioterapia e fonoaudiologia.<br />
“Eventos que interfiram no sistema imunológico,<br />
tais como o estresse, exposição ao ar frio<br />
e seco, exposição solar prolongada, exercícios<br />
extenuantes, etc., podem facilitar a reativação<br />
de possíveis vírus latentes, presentes no gânglio<br />
do nervo facial, favorecendo o surgimento<br />
da paralisia”, acrescenta.<br />
| 25