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Revista São Francisco - Edição 04

Produzida pela equipe de Comunicação e Marketing do Grupo São Francisco, a Revista São Francisco traz assuntos que interessam todos os tipos de público. Nela você vai ter acesso a notícias, dicas e muito entretenimento.

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Uma pesquisa da Escola de<br />

Economia e Finanças da<br />

Fundação Getúlio Vargas,<br />

envolvendo em torno de 250<br />

mil mulheres brasileiras, mostrou<br />

que metade delas não estava mais<br />

empregada um ano após o início da<br />

licença-maternidade.<br />

O estudo é baseado em informações<br />

do Ministério do Trabalho e<br />

intitulado “Licença-maternidade e<br />

suas consequências no mercado<br />

de trabalho do Brasil”.<br />

Foram analisadas as situações<br />

de 247.455 mulheres, entre 25 e 35<br />

anos no momento em que se afastavam<br />

do trabalho através da licença,<br />

entre 2009 e 2012. O desempenho<br />

delas no mercado de trabalho<br />

foi acompanhado pelos pesquisadores<br />

até 2016.<br />

Os resultados do estudo apontam<br />

que o índice de desligamento<br />

do emprego após a licença-maternidade<br />

varia de acordo com o nível<br />

de formação de cada uma. Quanto<br />

mais instruída, maiores suas chances<br />

de permanência no cargo, enquanto<br />

as funções de menor qualificação<br />

apresentam os índices mais<br />

altos de desligamento.<br />

SEIS MESES PARA<br />

CONSEGUIR EMPREGO<br />

A supervisora administrativa Tammy<br />

Paes Leme Evangelista, 37, conta que<br />

decidiu engravidar após seis anos de<br />

casada e bem estabelecida em uma<br />

“Acredito que não existe<br />

decisão certa ou errada, isso<br />

depende muito do conjunto<br />

“emocional e financeiro” de<br />

cada família”.<br />

Tammy Evangelista<br />

grande empresa, onde trabalhava há<br />

oito anos na área de Marketing.<br />

Tammy conta que resolveu dedicar<br />

um tempo só para a filha logo<br />

após o seu nascimento, há cinco<br />

anos. Quando quis voltar a trabalhar,<br />

percebia a resistência dos recrutadores<br />

ao saberem da filha em cada<br />

entrevista que fazia. Até surgir uma<br />

oportunidade, ela distribuiu currículos<br />

nas mais diversas empresas por<br />

quase seis meses.<br />

“Algumas pessoas nem me<br />

chamavam para entrevista pessoalmente.<br />

Ligavam e, quando eu falava<br />

que era mãe e estava há quase dois<br />

anos fora do mercado, elas desistiam.<br />

Não podemos generalizar, mas<br />

existe sim o preconceito”, afirma.<br />

Apesar das dificuldades enfrentadas,<br />

Tammy diz que não se arrepende<br />

um só momento da decisão<br />

que tomou ao lado do marido. Pequenas<br />

coisas do cotidiano, como<br />

preparar as papinhas, viver cada<br />

descoberta e estar ao lado para ouvir<br />

as primeiras palavras ditas são momentos<br />

que ela não troca por nada.<br />

“Com certeza foi a melhor fase<br />

da minha vida. A Clara tinha quase<br />

cinco meses, eu ia voltar da licença-maternidade<br />

e tentei colocá-la<br />

em uma escolinha. Mas, nós duas<br />

não conseguimos nos adaptar. Era<br />

uma fase em que eu estava focada<br />

na maternidade e sabia que era<br />

temporário, pois sempre gostei de<br />

trabalhar fora. Quando retornei, era<br />

o momento certo para voltar a ser<br />

profissional, além de mãe”, frisa.<br />

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