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#Química - Volume 1 (2016) - Martha Reis

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Compreendendo<br />

o Mundo<br />

O tema central desta Unidade foi “mudanças climáticas”.<br />

Vários cientistas do IPCC (Intergovernmental Panel on<br />

Climate Change, ou Painel Intergovernamental para a Mudança<br />

de Clima) afirmam que as atividades humanas, como<br />

a queima de combustíveis fósseis para movimentar veículos,<br />

maquinários industriais e usinas termelétricas, assim como<br />

a criação de grandes rebanhos bovinos e caprinos para a<br />

exploração comercial e o abate, estão liberando uma quantidade<br />

imensa de gases na atmosfera, entre eles o gás carbônico,<br />

o metano e o monóxido de dinitrogênio, que possuem<br />

a propriedade de reter na atmosfera terrestre parte<br />

do calor emitido pelo Sol, atuando como o vidro de uma<br />

estufa, daí serem chamados de gases de efeito estufa (o<br />

certo seria dizer: gases responsáveis pelo efeito estufa).<br />

Segundo esses cientistas, o efeito estufa seria responsável<br />

por uma série de alterações no clima da Terra, como<br />

o aumento da temperatura média do planeta, o derretimento<br />

das calotas polares, o aumento do nível dos oceanos, do<br />

número de furacões, tufões e ciclones, o surgimento de<br />

áreas de deserto e de ondas de calor ou de frio intensos<br />

fora de época.<br />

Em contrapartida, conhecemos o ponto de vista de um<br />

cientista brasileiro que afirma que o “aquecimento global<br />

é mentira” e que o “efeito estufa não existe”. De acordo com<br />

esse e outros cientistas denominados céticos do aquecimento<br />

global, as emissões de gases decorrentes das atividades<br />

humanas não têm impacto sobre o clima da Terra, e<br />

os países desenvolvidos têm interesses políticos em propagar<br />

a ideia de que as atividades humanas estão causando<br />

as mudanças climáticas para desacelerar o desenvolvimento<br />

dos países de terceiro mundo. Se você pesquisar mais a<br />

respeito verá que essas afirmações têm o respaldo de muitos<br />

outros cientistas do mundo inteiro.<br />

E em quem devemos acreditar? De que lado devemos<br />

ficar? Você ficou em dúvida?<br />

Ótimo. Duvidar é o primeiro passo para crescer e aprender.<br />

Os passos seguintes são a curiosidade, a busca pela<br />

informação e a leitura.<br />

A verdade é que não existe uma verdade única.<br />

A poluição e a degradação ambiental são reais, mas<br />

interesses políticos sempre vão existir.<br />

O importante é não ficarmos passivos diante de fenômenos<br />

e fatos que atingem nossa vida. Mas para mudar<br />

qualquer coisa precisamos nos armar de conhecimentos,<br />

como os apresentados nesta Unidade, que nos permitem<br />

entender e conhecer um pouco melhor o mundo em que<br />

vivemos, e assim tomar uma posição em relação aos assuntos<br />

que nos atingem, defendendo nossos interesses com<br />

base em conhecimentos reais e específicos.<br />

E será que conseguimos esgotar o assunto “mudanças<br />

climáticas”? É claro que não. Entre os muitos tópicos que<br />

deixamos de abordar, no caso, propositadamente, encontra-<br />

-se o do gás ozônio, o tema central da próxima Unidade.<br />

Segundo os cientistas do IPCC, o ozônio é o terceiro gás<br />

de maior potencial estufa, atrás somente do gás carbônico<br />

e do metano. Na troposfera (zona que abrange do nível do<br />

mar até cerca de 15 km de altitude), o ozônio tem ação poluente,<br />

é tóxico e bastante prejudicial ao desenvolvimento<br />

das plantas e à saúde dos animais. Já na estratosfera (entre<br />

20 km e 35 km de altitude), o ozônio forma uma camada<br />

que protege a Terra dos raios ultravioleta do Sol, considerados<br />

atualmente a principal causa do aumento estatístico<br />

de câncer de pele na população.<br />

O irônico é que na troposfera a quantidade de ozônio<br />

está aumentando, e na estratosfera, diminuindo.<br />

Vamos estudar mais a respeito?<br />

Peshkova/Shutterstock<br />

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