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#Química - Volume 1 (2016) - Martha Reis

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Cotidiano do<br />

Químico<br />

Decantação e filtração no laboratório de Química<br />

No laboratório de Química sempre trabalhamos<br />

em pequena escala, ou seja, com pequenas quantidades<br />

de substâncias ou misturas para testar determinados<br />

procedimentos que, uma vez aprovados,<br />

são adaptados para a indústria, que trabalha em<br />

larga escala (com grandes quantidades de matéria).<br />

Para separar os componentes de dispersões grosseiras<br />

do tipo líquido­líquido, como água e óleo, por<br />

exemplo, pode­se utilizar um aparelho denominado<br />

funil de bromo ou funil de decantação (1), no qual<br />

espontaneamente os líquidos se separam, de tal forma<br />

que o mais denso se acomoda por baixo e o menos<br />

denso, por cima.<br />

A torneira é aberta cuidadosamente, com o funil de<br />

decantação destampado, deixando­se o líquido mais<br />

denso escoar até ser totalmente recolhido em um erlenmeyer<br />

ou béquer posicionado logo abaixo da saída<br />

do funil, fechando­se a torneira antes que o líquido<br />

menos denso comece a escoar. Quando restar apenas<br />

um líquido no funil de de cantação, ele deve ser retirado<br />

pela parte superior do funil para evitar con tamina ção.<br />

Quando é necessário separar dois componentes de<br />

uma mistura por filtração, é possível, em laboratório,<br />

realizar uma filtração comum ou uma filtração a vácuo.<br />

A filtração comum (2) é semelhante àquela que<br />

utilizamos em casa para fazer café, ou seja, separa<br />

misturas de líquido com um sólido não dissolvido.<br />

Nesse caso, o tamanho das partí culas do sólido é<br />

relativamente grande e ele fica reti do pelo papel­filtro,<br />

que deixa passar o líquido. O líquido atravessa o<br />

papel­filtro (preguea do ou dobrado), que fica apoiado<br />

sobre um funil. O sólido fica retido no funil e o líquido<br />

é recolhido em um erlenmeyer.<br />

A filtração a vácuo (3) é utilizada para separar misturas<br />

de um líquido com um sólido não dissolvido quando<br />

o tamanho das partículas do sólido não é muito<br />

grande e elas for mam uma pasta, “entupindo” os poros<br />

do papel­filtro caso seja feita uma filtração comum.<br />

O kitasato é ligado a uma trompa de vácuo por<br />

onde circula água corrente. A água corrente arrasta<br />

o ar do interior do kitasato, provocando um vácuo<br />

parcial. Como a pressão atmosférica fora do kitasato<br />

passa a ser maior que a pressão no interior desse<br />

recipiente, o ar atmosférico entra pelos poros do<br />

papel­filtro, arrastando o líquido e tornando a filtração<br />

mais rápida.<br />

1<br />

2<br />

3<br />

suporte<br />

universal<br />

com anel<br />

de ferro<br />

tampa<br />

do funil<br />

trompa<br />

de vácuo<br />

bagueta<br />

anel de<br />

ferro<br />

bagueta<br />

béquer<br />

Filtração comum<br />

funil de<br />

Büchner<br />

Filtração a vácuo<br />

Decantação em funil<br />

As ilustrações estão fora<br />

de escala. Cores fantasia.<br />

funil de<br />

decantação<br />

béquer<br />

papel-filtro<br />

funil comum<br />

de vidro<br />

erlenmeyer<br />

kitasato<br />

béquer<br />

Ilustrações: Alex Argozino/Arquivo da editora<br />

Substâncias e misturas 63

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