#Química - Volume 1 (2016) - Martha Reis
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formação do senso crítico do aluno, quando for opinar.<br />
Lembre-os de tratar o texto do outro com respeito e seriedade.<br />
A partir do conceito de ligação química, aborde<br />
as ideias correlacionadas à ligação covalente. Introduza<br />
também o cálculo da carga formal para ajudar o aluno a<br />
entender as estruturas das moléculas que não seguem a<br />
regra do octeto.<br />
Inicie a aula com algumas questões sobre polaridade. A<br />
partir das respostas dos alunos, discuta e apresente a diferença<br />
entre ligação covalente polar e apolar.<br />
Apresente no quadro de giz moléculas que tenham no<br />
máximo cinco átomos. Os alunos geralmente apresentam<br />
dificuldades em prever o vetor momento dipolar das moléculas<br />
para classificá-las em polares ou apolares. Neste momento,<br />
é bem interessante a integração entre a Física e a<br />
Química. Veja a possibilidade dessa integração ocorrer com<br />
o professor de Física. Os conceitos sobre a soma vetorial<br />
poderiam ser abordados antecipadamente pelo professor<br />
de Física para que, quando solicitados em Química, já serem<br />
de conhecimento dos alunos.<br />
Conversa com o professor<br />
Ligação sigma<br />
O hidrogênio, 1 H, tem 1 elétron desemparelhado<br />
p x<br />
p y<br />
p z<br />
p x<br />
p y<br />
p z<br />
Para que ocorra a formação de uma molécula, os<br />
s s s s passa a ser entre os núcleos dos dois átomos.<br />
átomos devem interpenetrar seus orbitais atômicos<br />
semipreenchidos formando um único orbital molecular.<br />
É o que chamamos de overlap (região em que a<br />
probabilidade de encontrar o par de elétrons compartilhados<br />
entre dois átomos é máxima).<br />
Conforme a maneira que ocorre essa interpenetração<br />
de orbitais no espaço, teremos um tipo de ligação<br />
covalente diferente.<br />
Ligação covalente sigma () é aquela em que os orbitais<br />
atômicos se interpenetram segundo um mesmo eixo.<br />
É o caso, por exemplo, da molécula de hidrogênio,<br />
no seu orbital s e precisa de mais 1 elétron para completar<br />
esse orbital, e estabelece uma ligação covalente<br />
com o cloro.<br />
O cloro, 17<br />
Cl, tem 1 elétron desemparelhado no<br />
seu orbital p z<br />
e precisa de mais 1 elétron para completá-lo,<br />
e estabelece uma ligação covalente com o<br />
hidrogênio.<br />
Nesse caso, a ligação sigma () é feita entre um orbital<br />
s e um orbital p ( s–p<br />
). Por essa teoria, consideramos<br />
o modelo ilustrado a seguir para explicar a formação<br />
da molécula de HCl:<br />
H 2<br />
(g). A interpenetração dos orbitais s (esféricos) de<br />
y’<br />
cada átomo de hidrogênio ocorre frontalmente, segundo<br />
um mesmo eixo espacial (ligação sigma, ).<br />
orbital<br />
atômico p<br />
y<br />
orbital<br />
atômico s<br />
Como a ligação sigma () foi feita entre dois orbitais<br />
s, então é uma ligação sigma s–s: s–s<br />
.<br />
z<br />
z’<br />
y y y<br />
σ x<br />
s–s<br />
z z z<br />
x x x<br />
overlap<br />
x’<br />
y’<br />
Lembre-se de que, para ocorrer a ligação covalente orbital<br />
molecular σ<br />
entre dois átomos, os elétrons compartilhados devem<br />
s–p<br />
necessariamente possuir spins opostos.<br />
A ligação sigma () é uma ligação forte que necessita<br />
z’<br />
de muita energia para ser rompida durante uma<br />
reação química.<br />
Observe agora a formação da molécula de cloreto<br />
x’<br />
de hidrogênio, HCL(g).<br />
A partir das configurações eletrônicas do hidrogênio<br />
e do cloro, tiramos as conclusões abaixo:<br />
Perceba que a região oposta ao overlap, no eixo z,<br />
sofreu uma diminuição considerável. Isso ocorreu<br />
H: 1 1s1 e CL: 17 1s2 /2s 2 2p 6 / 3s 2 3p 5 porque, uma vez estabelecida a ligação covalente, a<br />
região de máxima probabilidade de encontrar o par<br />
de elétrons compartilhado, isto é, o orbital molecular,<br />
Ilustrações: Alex Argozino/Arquivo da editora<br />
Manual do Professor 353