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#Química - Volume 1 (2016) - Martha Reis

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E por que resolvemos introduzir a Química orgânica logo<br />

no primeiro ano?<br />

Fizemos isso por vários motivos:<br />

1. Para explicar as ligações covalentes e suas propriedades<br />

(os compostos orgânicos em sua maioria são<br />

covalentes).<br />

2. Para discutir o tema central da unidade: poluição de<br />

interiores.<br />

3. Para apresentar primeiro a química que é mais familiar<br />

ao aluno. Note que seus alunos conhecem etanol,<br />

éter, vinagre, gasolina, teflon, PVC, etc., mas provavelmente<br />

nunca ouviram falar em perclorato de<br />

chumbo II, sulfito de bário, carbonato de estrôncio,<br />

ácido nitroso, etc.<br />

4. Para que o ensino de Química seja integrado ao ensino<br />

de Biologia, pois é no primeiro ano que os alunos aprendem<br />

o conceito de estrutura celular, proteínas (ácidos,<br />

aminas), etc., e geralmente só vão ver esses conceitos<br />

em Química no 3º ano.<br />

Apesar de ser difícil inovar e fazer as coisas de maneira<br />

diferente daquela com a qual estamos habituados, se for<br />

para melhorar, não há dúvidas de que vale a pena, não é?<br />

Capítulo 8 – Ligações covalentes<br />

e forças intermoleculares<br />

Este capítulo apresenta a ligação covalente e alguns<br />

conceitos químicos que explicam o porquê de ser formada,<br />

tais como regra do octeto e cálculo de carga formal. Também<br />

aborda a polaridade das ligações covalentes e discute que<br />

o caráter parcial de determinado átomo varia conforme o(s)<br />

outro(s) átomo(s) ao(s) qual(is) está(ão) ligado(s). Além disso,<br />

introduz o conceito de geometria molecular pelo modelo<br />

RPECV e estabelece, a partir dessas informações, se a<br />

molécula é polar ou apolar.<br />

Vamos também estudar as forças que fazem as moléculas<br />

permanecerem juntas – também chamadas de<br />

ligações intermoleculares – que, na verdade, representam<br />

uma teoria utilizada para explicar as propriedades das<br />

substâncias.<br />

Objetivos<br />

• Compreender a formação das ligações covalentes.<br />

• Compreender que átomos de alta eletronegatividade<br />

estabelecem entre si ligações covalentes através de compartilhamento<br />

de pares de elétrons de valência provenientes<br />

um de cada átomo ou os dois do mesmo átomo.<br />

• Compreender a simbologia e os códigos das ligações.<br />

• Reconhecer aspectos químicos na interação do ser humano<br />

com o meio ambiente.<br />

• Reconhecer as relações entre desenvolvimento científico<br />

e tecnológico e saúde.<br />

• Reconhecer a diferença entre ligação covalente polar e<br />

ligação covalente apolar.<br />

• Determinar a geometria das moléculas.<br />

• Compreender e reconhecer a polaridade das substâncias<br />

para solucionar problemas químicos, melhorando a qualidade<br />

de vida.<br />

• Conhecer os tipos de forças intermoleculares e reconhecê-los.<br />

• Reconhecer a importância das interações intermoleculares<br />

para determinar propriedades dos materiais.<br />

Conteúdos específicos indispensáveis<br />

para a sequência dos estudos<br />

• Ligação covalente.<br />

• Regra do octeto.<br />

• Fórmulas: Lewis e estrutural.<br />

• Cálculo de carga formal.<br />

• Ligação covalente polar ligação covalente apolar.<br />

• Geometria molecular.<br />

• Polaridade das moléculas.<br />

• Forças intermoleculares.<br />

• Tipos de forças intermoleculares: dipolo induzido, dipolo<br />

permanente e ligação de hidrogênio.<br />

• Tipos de forças intermoleculares propriedades dos compostos<br />

covalentes.<br />

Comentários e sugestões<br />

Antes de tudo, note que preferimos falar em ligações<br />

covalentes antes de ligações iônicas (o inverso do que é feito<br />

comumente). Fizemos isso porque na Unidade 2 trabalhamos<br />

muito com moléculas (H 2<br />

O, H 2<br />

, O 2<br />

, CO 2<br />

, CH 4<br />

, NH 3<br />

,<br />

etc.) e formamos um conceito de molécula (página 95) que<br />

ainda precisa ser revisto. Entrar com ligações iônicas agora,<br />

antes de definir moléculas com mais profundidade, poderia<br />

induzir o aluno a confundir os conceitos.<br />

Observe que a representação de todos os elétrons da<br />

camada de valência do átomo, mesmo na fórmula estrutural,<br />

ajuda o aluno a visualizar melhor o que está ocorrendo<br />

na molécula. Quando representar exemplos na lousa, coloque<br />

esses elétrons de valência, de preferência, com outra<br />

cor de giz, como foi feito no livro. Lembre seus alunos de que<br />

elétron não tem cor, só foi feito isso como recurso didático.<br />

Perceba que não se fala em ligação coordenada (ligação<br />

dativa) por ser um termo desatualizado.<br />

Retome com os alunos o assunto ligações químicas.<br />

Peça que escrevam um texto curto sobre o que sabem a<br />

respeito do assunto. Dê aproximadamente uns cinco minutos<br />

para que eles respondam e recolha os textos sem<br />

identificação. Embaralhe e devolva os textos; a tendência<br />

é que o aluno receba o texto de outro colega. Peça a cada<br />

aluno que leia a resposta que pegou analisando o que<br />

achou do texto que leu. Corrigir o texto do outro é comum<br />

nas aulas de Redação e, dessa forma, contribui-se para a<br />

352<br />

Manual do Professor

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