#Química - Volume 1 (2016) - Martha Reis
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Comentários e sugestões<br />
Para iniciar esse capítulo, questione os alunos se sabem<br />
o que é um símbolo e solicite exemplos de símbolos que<br />
conheçam. Parta desse início para extrapolar sobre os símbolos<br />
químicos. O objetivo dessa forma de abordagem é<br />
verificar os conhecimentos prévios do aluno sobre simbologia<br />
química. Por meio das ideias resultantes dessa discussão<br />
o conhecimento da simbologia química pode ser construído.<br />
A partir daí, apresente os símbolos “aos poucos” dizendo<br />
por que alguns deles não têm relação com o nome em<br />
português. A simbologia é proveniente do nome original,<br />
geralmente do latim. Comente com seus alunos que a linguagem<br />
química é válida internacionalmente.<br />
Permita que seus alunos consultem sempre a tabela periódica.<br />
Nunca peça que memorizem os símbolos. Esse é um<br />
tipo de conhecimento que não acrescenta nada ao aluno.<br />
Na representação das fórmulas utilizando símbolos,<br />
enfatize a diferença entre índice e coeficiente, pois posteriormente<br />
esse conteúdo será necessário para fazer o balanceamento<br />
das reações químicas.<br />
Antes de falar da massa atômica propriamente dita, explique<br />
que, quando se refere à massa, se está fazendo comparações<br />
a um padrão estabelecido. Para cada situação relaciona-<br />
-se um padrão mais adequado. Por exemplo, miligramas não<br />
seriam um padrão adequado para determinar a massa de um<br />
avião ou gramas para determinar a massa de um átomo.<br />
Para facilitar os cálculos, adote o número 6,0 ∙ 10 23 ao<br />
se referir à constante de Avogadro.<br />
É importante ensinar seus alunos a consultar pela tabela<br />
periódica os dados de massas atômicas para que possam<br />
realizar cálculos. Utilize a tabela periódica que se encontra<br />
na página 288 do Livro do Aluno. Mostre a eles (na legenda)<br />
que, para todo elemento químico, há dois números e que a<br />
massa atômica corresponde ao número maior.<br />
O professor observará durante as aulas, referentes às<br />
quantidades de átomos e moléculas, que os alunos geralmente<br />
apresentam dificuldades na interpretação dos<br />
exercícios e na realização dos cálculos com o uso da notação<br />
científica com potência na base 10. É importante ajudá-los<br />
nesse momento, para que desenvolvam a habilidade em<br />
representar números muito pequenos ou muito grandes<br />
nessa base. Incentive os alunos que apresentam mais facilidade<br />
a auxiliar os colegas que apresentam mais dificuldade,<br />
com a sua supervisão e orientação.<br />
Experimento<br />
Rela•‹o de massas<br />
Este experimento é um bom instrumento para que os alunos<br />
compreendam a ideia de mol como quantidade de matéria.<br />
A unidade de massa atômica (u) é um padrão criado para<br />
determinar a massa de um átomo, utilizando-se o mesmo<br />
critério de comparação das outras unidades de massa conhecidas.<br />
Esclareça que a massa do átomo em questão também<br />
é um padrão estabelecido (nesse caso 1/12 da massa de um<br />
átomo de carbono 12). Quando se referir à massa de um átomo<br />
ou de uma molécula, frise que a unidade é expressa em u.<br />
Este experimento pode ser realizado em grupos de 5 alunos.<br />
Se disponibilizar uma balança para cada grupo for difícil,<br />
fique responsável pela balança e permita que todos os grupos<br />
usem a mesma, ou seja, um grupo por vez irá realizar a pesagem.<br />
Também é possível improvisar uma balança como a ilustrada<br />
na página 113, porém essa balança é menos “precisa”.<br />
À medida que os grupos vão realizando as pesagens,<br />
peça que respondam às questões do item Investigue. No<br />
final, solicite que os grupos apresentem os dados das questões<br />
respondidas e, assim, inicie uma discussão sobre o<br />
assunto. É interessante que todos os grupos utilizem o mesmo<br />
tipo de grampos, cotonetes e palitos de dente, para que<br />
não haja discrepância muito grande sobre os resultados.<br />
Investigue<br />
1. O resultado do experimento depende de uma série de fatores<br />
como a sensibilidade da balança construída, a uniformidade<br />
dos palitos de dente utilizados como padrão de<br />
massa e a própria uniformidade entre os objetos cuja massa<br />
está sendo medida (cotonete, clipe de papel, grampo). É<br />
importante para o aluno constatar as dificuldades que<br />
ocorrem na execução de um experimento. Guardadas as<br />
devidas proporções, ele pode imaginar as dificuldades pelas<br />
quais os cientistas passam para poder chegar a uma teoria.<br />
De qualquer forma, é possível concluir que a massa de dois<br />
objetos de mesmo tipo é o dobro da massa de um objeto<br />
e que a massa de três objetos é o triplo da massa de um.<br />
2. Em geral é o grampo, porque, como a massa desse objeto<br />
é maior, é necessário um número de palitos de dente<br />
maior para equilibrar o prato e, como os palitos de dente<br />
nunca são uniformes, as discrepâncias se multiplicam.<br />
3. Resposta pessoal. No nosso experimento medimos:<br />
N o de<br />
objetos<br />
1 objeto<br />
massa/pd<br />
4 objetos<br />
massa/pd<br />
5 objetos<br />
massa/pd<br />
Cotonete 2 4 ∙ 2 5 ∙ 2<br />
Clipe 7 4 ∙ 7 5 ∙ 7<br />
Grampo 12 4 ∙ 12 5 ∙ 12<br />
Cotonete 10 ∙ 2 100 ∙ 2 1000 ∙ 2<br />
Clipe 10 ∙ 7 100 ∙ 7 1000 ∙ 7<br />
Grampo 10 ∙ 12 100 ∙ 12 1000 ∙ 12<br />
Considerando que os objetos são iguais e de mesma<br />
massa, o cálculo da massa de um determinado número n<br />
de objetos é igual a esse número n multiplicado pela massa<br />
de um objeto.<br />
4. Sim. Cotonete: 2 pd/n; clipe de papel: 7 pd/n; e grampo:<br />
12 pd/n.<br />
Manual do Professor 329