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#Química - Volume 1 (2016) - Martha Reis

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Comentários e sugestões<br />

Inicie o assunto listando com os alunos alguns materiais<br />

presentes no cotidiano e fazendo-os tentar diferenciá-los<br />

em misturas e substâncias. Se for possível, leve<br />

alguns materiais para classificar para a sala de aula. A<br />

partir dessa classificação inicial, defina esses dois conceitos<br />

de uma forma bem simples, sem se preocupar com<br />

fórmulas, somente verificando com seus alunos a composição,<br />

ou seja, se é formado por um único componente<br />

ou mais. É interessante, neste momento, mencionar que<br />

substâncias e misturas apresentam diferenças nas propriedades,<br />

tais como densidade, temperaturas de fusão<br />

e de ebulição, entre outras.<br />

Para diferenciar materiais homogêneos e heterogêneos<br />

dê exemplos bem simples, tais como água + óleo; água +<br />

açúcar dissolvido; água + areia + serragem; água + álcool<br />

etílico + cubos de gelo, para que os alunos utilizem como<br />

critério de diferenciação somente o aspecto visual.<br />

Compare e analise com seus alunos os gráficos da temperatura<br />

em função do tempo das misturas azeotrópicas e<br />

das misturas eutéticas presentes no boxe Curiosidade com<br />

misturas que não são desses tipos.<br />

A representação gráfica é um método muito utilizado<br />

em Química. Por isso é importante que os alunos resolvam<br />

os exercícios que envolvam construções de gráficos e saibam<br />

interpretá-los.<br />

Caso a escola apresente recursos digitais disponíveis, convide<br />

seus alunos para assistir ao vídeo Tratamento de água<br />

disponível em: <br />

(acesso em: 5 fev. <strong>2016</strong>). O vídeo tem duração de 9min8s e<br />

apresenta de uma maneira bem simples a forma com que o<br />

tratamento de água é realizado com técnicas de separação<br />

de misturas; além disso, informa sobre maneiras de economizar<br />

água. Depois de apresentado o vídeo, questione e inicie<br />

uma discussão sobre as possíveis técnicas que são utilizadas<br />

no tratamento de água e qual sua importância para a sociedade.<br />

No decorrer da conversa, outras técnicas podem ser<br />

mencionadas, tais como destilação simples e fracionada, separação<br />

magnética, entre outras. É importante enfatizar que<br />

cada técnica é utilizada para um tipo de mistura específica.<br />

Por exemplo: a destilação fracionada é utilizada para separar<br />

mistura homogênea de materiais líquidos. Na seção Cotidiano<br />

do Químico da página 63 há figuras dos materiais envolvidos<br />

na filtração comum e a vácuo. É interessante mostrar<br />

aos seus alunos e explicar a principal diferença entre as duas.<br />

Em uma próxima aula, peça aos alunos que resolvam<br />

numa folha alguns exercícios da página 64 e entreguem no<br />

final da aula como uma forma de avaliar o conhecimento<br />

sobre o assunto deste capítulo.<br />

Conversa com o professor<br />

Ultramicroscópio<br />

O ultramicroscópio difere do microscópio comum<br />

pela forma especial de iluminar a amostra, permitindo<br />

que ela seja observada sobre um fundo escuro. Nesse<br />

aparelho, a iluminação é feita lateralmente (quase perpendicularmente<br />

ao eixo óptico), de modo que só chegam<br />

ao observador os raios de luz difundidos pela amostra<br />

examinada, o que permite a observação de partículas<br />

extremamente pequenas. O princípio de funcionamento<br />

de um ultramicroscópio é baseado no denominado efeito<br />

Tyndall, o fenômeno que permite que se vejam, em<br />

um ambiente em penumbra, as partículas de poeira dispersas<br />

no ar, quando iluminadas por um feixe de raios<br />

solares que se propagam em um plano perpendicular ao<br />

eixo de visão do observador. Nesse caso, as partículas de<br />

poeira se tornam visíveis porque dispersam a luz que<br />

incide sobre elas em todos os sentidos. No ambiente em<br />

penumbra, o observador não recebe diretamente a luz<br />

solar, mas a luz dispersa pelas partículas, que passam a<br />

funcionar como “espelhos ou satélites microscópicos”.<br />

As partículas dispersas em gases ou em líquidos<br />

atuam da mesma forma e por isso podem ser observadas<br />

ao microscópio eletrônico com grande ampliação<br />

e perfeição de detalhes, permitindo, inclusive, a medição<br />

de suas dimensões.<br />

Ultracentrífuga<br />

A centrífuga comum, usada no cotidiano de um<br />

laboratório de Química ou de um laboratório de análises<br />

clínicas, consta de uma série de suportes onde são<br />

colocados tubos de ensaio contendo a mistura para ser<br />

submetida a uma rotação acelerada. A força centrífuga,<br />

obtida pela rotação acelerada dos tubos de ensaio, empurra<br />

a parte sólida (o disperso) para o fundo do tubo,<br />

enquanto a parte líquida (o dispergente) fica límpida,<br />

sobre o sólido depositado.<br />

Sistema metaestável<br />

Provavelmente o aluno já passou pela seguinte situação:<br />

foi retirar uma garrafa de refrigerante do congelador,<br />

e a bebida, que inicialmente estava líquida,<br />

começou a cristalizar bem diante de seus olhos. Por<br />

que isso acontece?<br />

Nas mudanças de fase de agregação em que há perda<br />

de energia térmica (condensação, solidificação),<br />

pode ocorrer eventualmente um retardamento no fenômeno,<br />

ou seja, a mudança de fase pode não acontecer<br />

na temperatura esperada. Por exemplo, a água pode<br />

ser resfriada até –10 °C (sob pressão de 1 atm) sem que<br />

ocorra a solidificação. É o que chamamos de sistema<br />

metaestável ou equilíbrio metaestável.<br />

Manual do Professor 315

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