#Química - Volume 1 (2016) - Martha Reis
De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), “competências são as modalidades estruturais da inteligência, ou melhor, ações e operações que utilizamos para estabelecer relações com e entre objetos, situações, fenômenos e pessoas que desejamos conhecer. As habilidades decorrem das competências adquiridas e referem-se ao plano imediato do ‘saber fazer’. Por meio das ações e operações, as habilidades aperfeiçoam-se e articulam- -se, possibilitando nova reorganização das competências”. O papel do professor nessa etapa de construção de conhecimentos, por meio das competências e habilidades adquiridas e aperfeiçoadas pelo aluno, é de extrema importância. Ele será um articulador de estímulos à aprendizagem do aluno. Para que o aprendizado não seja segmentado e muitas vezes distante das outras áreas, um dos objetivos da proposta curricular é que se valorize o caráter interdisciplinar e contextualizado, estabelecendo conexões e inter-relações entre os diversos tipos de conhecimentos, proporcionando assim uma capacidade de resolver problemas e entender determinados fenômenos sobre vários pontos de vista. Assim, a proposta desta coleção é proporcionar um aprendizado com todos os conteúdos relevantes da Química. Para isso, são utilizadas ferramentas como textos jornalísticos, científicos, interdisciplinares, atividades contextualizadas, experimentos, curiosidades, visando que as contribuições geradas pelas discussões possam proporcionar ao aluno senso crítico, criativo e dinâmico. 6 Sugestão de planejamento Considerando no mínimo oito meses de aula (quatro bimestres) e duas aulas de Química por semana (o que se traduz na situação mais comum), teremos cerca de oito aulas de Química por mês. Como cada volume da coleção possui 11 capítulos, podemos propor uma distribuição de conteúdos ao longo do ano de, em média, um capítulo e meio por mês. Observe no quadro a seguir uma sugestão de distribuição de conteúdos. Sugestão de distribuição do conteúdo Volume 1 Volume 2 Volume 3 Março • O estudo de Química e grandezas físicas • Propriedades da matéria • Teoria cinética dos gases • Misturas gasosas • Conceitos básicos e nomenclatura • Hidrocarbonetos e haletos orgânicos Abril • Propriedades da matéria (continuação) • Substâncias e misturas • Cálculo estequiométrico • Soluções • Petróleo, hulha e madeira • Funções oxigenadas e nitrogenadas Maio • Reações química • Notações químicas • Soluções (continuação) • Propriedades coligativas • Funções oxigenadas e nitrogenadas (continuação) • Isomeria constitucional e estereoisomeria Junho • Notações químicas (continuação) • Eletricidade e radioatividade • Reações endotérmicas e exotérmicas • Cinética química • Reações de substituição • Reações de adição e outras reações orgânicas Agosto • Modelo básico do átomo e leis periódicas • Equilíbrios moleculares • Reações de adição e outras reações orgânicas (continuação) • Polímeros sintéticos Setembro • Ligações covalentes e forças intermoleculares • Equilíbrios iônicos, pH e K ps • Introdução à Bioquímica e lipídios Outubro • Compostos orgânicos • Ligação iônica e compostos iônicos • Pilhas e baterias • Carboidratos e proteínas Novembro • Ligação iônica e compostos iônicos (continuação) • Metais oxirredução • Eletrólise • Leis da radioatividade e energia nuclear Manual do Professor 295
As atividades experimentais, as atividades em grupo e os debates relacionados ao tema fazem parte do processo de aquisição do conteúdo e devem ser incorporados às aulas regulares. Observe que no livro do aluno são intercalados textos de curiosidades e indicações de sites, em que poderão ser obtidas mais informações sobre os assuntos. Isso foi feito para estimular o aluno a ler e a estudar sozinho por meio do livro e, dessa forma, adquirir autonomia – qualidade que deve ser sempre incentivada pelo professor por ser fundamental para o aluno que ingressa cedo no mercado de trabalho. Muitos só adquirem essa autonomia ao cursar uma faculdade, mas, se for considerado que boa parte dos alunos não vão ingressar no Ensino Superior, é preciso concordar que ela deve ser assimilada agora, no Ensino Médio, porque o mercado de trabalho exige isso. Outro recurso do qual se lança mão para atingir esse objetivo é a utilização de tamanho de letras e espaçamento proporcionais, imagens e ilustrações, evitando, dessa maneira, que o ato de ler se torne cansativo, principalmente para o aluno que não tem esse hábito regularmente. No decorrer deste Manual, no detalhamento de cada capítulo, há sugestões de conteúdos específicos indispensáveis para a sequência dos estudos no caso de não haver tempo suficiente para trabalhar todos os conteúdos do livro. Também são sugeridas atividades extras e formas de se trabalhar conteúdos. Note, porém, que são apenas sugestões, porque tão importante quanto desenvolver a autonomia do aluno é respeitar a autonomia do professor em sala de aula. 7 Avalia•‹o Avaliar o aluno não é verificar seu fracasso ou sucesso no ensino. De acordo com a educadora Maria Inês Fini: “Avaliar é melhorar o desempenho dos alunos, é verificar a atuação do professor e dar mais eficiência à instituição escolar para que alcance seus objetivos.” Segundo os PCN, avaliar significa verificar se o ensino cumpriu com sua finalidade: a de fazer aprender. Para aprimorar e verificar as aptidões dos alunos é fundamental a utilização de diferentes códigos, como o verbal, o escrito, o gráfico, o numérico. No ensino de Química é importante que sejam valorizadas a compreensão e a aplicação dos conteúdos estudados, e não a memorização de fórmulas, gráficos, “fila” de eletronegatividade, nome de compostos, entre outros. O professor pode realizar essa avaliação utilizando alguns critérios, como: • Os temas das unidades referentes aos volumes da coleção podem ser utilizados como objetos de pesquisa de forma individual ou coletiva. O professor pode dar um tema a cada grupo ou escolher um tema específico, dividindo-o por assuntos para os grupos que são formados. • A participação oral pode ser utilizada também como observação do aprendizado, por exemplo, nas discussões de algum tema ou na apresentação de seminários. É importante que, neste momento, o professor registre como preferir (no diário ou em uma tabela) a participação desse aluno, verificando se houve progressão em seu aprendizado ou se existem lacunas ou conceitos malformados. • A atividade experimental também pode ser utilizada como um meio de avaliação da aprendizagem dos alunos. A avaliação por meio da experimentação pode ser ricamente explorada nos aspectos conceituais (se os alunos compreenderam os conceitos ou conseguem resolver problemas por meio de experimentos), procedimentais (se os alunos são capazes de efetuar procedimentos) e atitudinais (como os alunos se relacionam nos grupos). • Na produção de textos sobre algum assunto que foi proposto e discutido em sala de aula, como pedir aos alunos que elaborem uma análise crítica sobre os impactos ambientais, sociais e econômicos que envolvem o uso da energia nuclear. O professor pode aplicar algumas perguntas ou fornecer aos alunos textos de caráter jornalístico ou científico como fonte de pesquisa para a produção escrita de seus alunos. • Na capacidade do aluno em responder questões sobre conteúdos que foram discutidos e trabalhados em sala de aula de forma individual ou em grupo. Essas questões podem ser sobre conteúdos abordados, interpretação de textos, atividades experimentais, leitura de tabelas e gráficos, etc. As questões sugeridas na coleção também podem ser utilizadas para essa finalidade. • Na mudança comportamental dos alunos mediante os conhecimentos adquiridos e incorporados em atitudes e valores. Feitas as avaliações, o professor pode verificar se o aluno: • adquiriu o conhecimento desejado sobre o assunto que foi desenvolvido; • participou ativamente dos procedimentos que foram propostos para a aquisição desse conteúdo; • assimilou o conhecimento de forma a influenciar positivamente suas atitudes no dia a dia, na sala de aula e na vida em sociedade. Dessa forma, as tradicionais provas escritas não devem ser o único objeto de avaliação, e sim mais uma das várias formas de avaliação, o que está de acordo com a versão mais recente dos Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio (PCNEM+). 296 Manual do Professor
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De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas<br />
Educacionais Anísio Teixeira (Inep), “competências são<br />
as modalidades estruturais da inteligência, ou melhor, ações<br />
e operações que utilizamos para estabelecer relações com<br />
e entre objetos, situações, fenômenos e pessoas que desejamos<br />
conhecer.<br />
As habilidades decorrem das competências adquiridas e<br />
referem-se ao plano imediato do ‘saber fazer’. Por meio das<br />
ações e operações, as habilidades aperfeiçoam-se e articulam-<br />
-se, possibilitando nova reorganização das competências”.<br />
O papel do professor nessa etapa de construção de conhecimentos,<br />
por meio das competências e habilidades adquiridas<br />
e aperfeiçoadas pelo aluno, é de extrema importância. Ele será<br />
um articulador de estímulos à aprendizagem do aluno.<br />
Para que o aprendizado não seja segmentado e muitas<br />
vezes distante das outras áreas, um dos objetivos da proposta<br />
curricular é que se valorize o caráter interdisciplinar<br />
e contextualizado, estabelecendo conexões e inter-relações<br />
entre os diversos tipos de conhecimentos, proporcionando<br />
assim uma capacidade de resolver problemas e entender<br />
determinados fenômenos sobre vários pontos de vista.<br />
Assim, a proposta desta coleção é proporcionar um<br />
aprendizado com todos os conteúdos relevantes da Química.<br />
Para isso, são utilizadas ferramentas como textos jornalísticos,<br />
científicos, interdisciplinares, atividades contextualizadas,<br />
experimentos, curiosidades, visando que as<br />
contribuições geradas pelas discussões possam proporcionar<br />
ao aluno senso crítico, criativo e dinâmico.<br />
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Sugestão de planejamento<br />
Considerando no mínimo oito meses de aula (quatro<br />
bimestres) e duas aulas de Química por semana (o que se<br />
traduz na situação mais comum), teremos cerca de oito<br />
aulas de Química por mês.<br />
Como cada volume da coleção possui 11 capítulos, podemos<br />
propor uma distribuição de conteúdos ao longo do<br />
ano de, em média, um capítulo e meio por mês.<br />
Observe no quadro a seguir uma sugestão de distribuição<br />
de conteúdos.<br />
Sugestão de distribuição do conteúdo<br />
<strong>Volume</strong> 1 <strong>Volume</strong> 2 <strong>Volume</strong> 3<br />
Março<br />
• O estudo de Química e<br />
grandezas físicas<br />
• Propriedades da matéria<br />
• Teoria cinética dos gases<br />
• Misturas gasosas<br />
• Conceitos básicos e<br />
nomenclatura<br />
• Hidrocarbonetos e haletos<br />
orgânicos<br />
Abril<br />
• Propriedades da matéria<br />
(continuação)<br />
• Substâncias e misturas<br />
• Cálculo estequiométrico<br />
• Soluções<br />
• Petróleo, hulha e madeira<br />
• Funções oxigenadas e<br />
nitrogenadas<br />
Maio<br />
• Reações química<br />
• Notações químicas<br />
• Soluções (continuação)<br />
• Propriedades coligativas<br />
• Funções oxigenadas e<br />
nitrogenadas (continuação)<br />
• Isomeria constitucional e<br />
estereoisomeria<br />
Junho<br />
• Notações químicas<br />
(continuação)<br />
• Eletricidade e radioatividade<br />
• Reações endotérmicas e<br />
exotérmicas<br />
• Cinética química<br />
• Reações de substituição<br />
• Reações de adição e outras<br />
reações orgânicas<br />
Agosto<br />
• Modelo básico do átomo e leis<br />
periódicas<br />
• Equilíbrios moleculares<br />
• Reações de adição e outras<br />
reações orgânicas (continuação)<br />
• Polímeros sintéticos<br />
Setembro<br />
• Ligações covalentes e forças<br />
intermoleculares<br />
• Equilíbrios iônicos, pH e K ps<br />
• Introdução à Bioquímica e<br />
lipídios<br />
Outubro<br />
• Compostos orgânicos<br />
• Ligação iônica e compostos<br />
iônicos<br />
• Pilhas e baterias<br />
• Carboidratos e proteínas<br />
Novembro<br />
• Ligação iônica e compostos<br />
iônicos (continuação)<br />
• Metais oxirredução<br />
• Eletrólise<br />
• Leis da radioatividade e energia<br />
nuclear<br />
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