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#Química - Volume 1 (2016) - Martha Reis

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• Quando um elétron passa de um estado de energia elevada para um estado de<br />

energia menor, ele emite certa quantidade de energia radiante, sob forma<br />

de um fóton de comprimento de onda específico, relacionado com uma das linhas<br />

do espectro desse elemento.<br />

O modelo atômico de Bohr explicava satisfatoriamente o átomo de hidrogênio,<br />

que possui apenas 1 elétron ao redor do núcleo, mas falhava ao explicar<br />

os átomos dos demais elementos.<br />

Espectroscópios de baixa resolução<br />

revelaram a existência<br />

dos níveis de energia.<br />

E 3<br />

E 2<br />

E 1<br />

Ao passar para níveis de<br />

energia inferiores, o elétron<br />

emite radiação de frequência<br />

distinta.<br />

O modelo atômico de Sommerfeld<br />

Quando um átomo possui mais de um elétron, esses elétrons passam a interagir<br />

uns com os outros (pela repulsão elétrica, por exemplo).<br />

Esse fato torna complexo determinar os níveis de energia em que os elétrons<br />

se movimentam e, também, o número de elétrons que podem se movimentar<br />

em cada nível de energia de modo a explicar corretamente o espectro<br />

de emissão dos elementos.<br />

Um primeiro passo para esclarecer essa questão foi o uso de espectroscópios<br />

de melhor resolução (mais potentes). Isso permitiu observar que as raias<br />

consideradas anteriormente constituídas por uma única linha eram, na realidade,<br />

um conjunto de linhas distintas muito próximas umas das outras. Estava<br />

descoberta a chamada estrutura fina dos espectros de emissão.<br />

O desdobramento das linhas do espectro indica que os níveis de energia (n)<br />

são constituídos por subníveis de energia (,) bastante próximos uns dos outros.<br />

O esquema ao lado mostra o desdobramento de níveis energéticos.<br />

Para explicar essa multiplicidade das raias espectrais verificadas experimentalmente,<br />

em 1915 o físico alemão Arnold Sommerfeld (1868-1951) deduziu algumas<br />

equações matemáticas, que indicavam:<br />

Cada nível de energia n está dividido em n subníveis, correspondentes<br />

a uma órbita circular, e a n – 1 órbitas elípticas de diferentes excentricidades.<br />

O núcleo do átomo ocupa um dos focos da elipse.<br />

• O primeiro nível (n 5 1) possui apenas uma órbita circular (possui 1 subnível);<br />

• o segundo nível (n 5 2) possui uma órbita circular e uma órbita elíptica (possui<br />

dois subníveis);<br />

• o terceiro nível (n 5 3) possui uma órbita circular e duas órbitas elípticas (possui<br />

três subníveis), e assim por diante.<br />

Espectroscópios de alta<br />

resolução revelaram a existência<br />

dos subníveis.<br />

Subníveis de energia<br />

}q E 3<br />

}q E 2<br />

E 1<br />

Ao passar de subníveis de<br />

energia diferentes para níveis<br />

de energia inferiores, o elétron<br />

emite radiação de frequências<br />

próximas (f ’ e f ”).<br />

f ’<br />

f ”<br />

f ’ próxima de f ”<br />

Ilustrações desta página: Banco de imagens/Arquivo da editora<br />

Para o nível 4: 1 órbita circular e<br />

3 órbitas elípticas. O núcleo do átomo ocupa<br />

um dos focos da elipse, cujo plano pode tomar<br />

uma orientação qualquer no espaço.<br />

Modelo atômico<br />

de Sommerfeld<br />

As ilustrações<br />

estão fora de<br />

escala. Cores<br />

fantasia.<br />

158<br />

Capítulo 6

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