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#Química - Volume 1 (2016) - Martha Reis

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4 Evolução dos modelos atômicos<br />

Quando novas descobertas são feitas e determinados fenômenos já não<br />

podem ser explicados pelo modelo vigente, novos modelos devem ser propostos.<br />

É importante entender, porém, que um modelo é uma imagem mental<br />

que o cientista utiliza para explicar uma teoria a respeito de um fenômeno que<br />

não pode ser observado diretamente. Os modelos ilustram a teoria, mas não<br />

possuem necessariamente uma existência física real. Um modelo de átomo<br />

não é o átomo.<br />

Modelo atômico de Thomson<br />

Como vimos, em 1897, o físico Joseph John Thomson, trabalhando com raios<br />

catódicos, concluiu que eles eram parte integrante de toda espécie de matéria<br />

e os denominou elétrons. Mas havia outros pontos a considerar:<br />

• As cargas positivas conhecidas, isto é, os raios canais e as partículas alfa, tinham<br />

uma massa muito grande em relação à massa dos elétrons. Essa observação<br />

experimental levava à conclusão de que a maior parte da massa do átomo era<br />

devida às partículas positivas.<br />

• A matéria é eletricamente neutra e os elétrons possuem carga negativa; logo,<br />

o átomo deve possuir o equivalente de elétrons em carga positiva para que a<br />

carga total seja nula.<br />

• A matéria eventualmente adquire carga elétrica. Isso significa que os elétrons<br />

não estão rigidamente presos no átomo e em certas condições podem<br />

ser transferidos de um átomo de uma substância para um átomo de outra<br />

substância.<br />

• Os átomos não são maciços e indivisíveis, conforme mostra o fenômeno da<br />

radioatividade.<br />

Com base nesse raciocínio, Thomson propôs seu modelo atômico:<br />

A matéria pode<br />

adquirir carga elétrica,<br />

como os bastões de<br />

borracha e de vidro ao<br />

serem friccionados com<br />

lã ou os eletrólitos de<br />

Arrhenius ao serem<br />

dissolvidos na água.<br />

A ilustração<br />

está fora de<br />

escala. Cores<br />

fantasia.<br />

O átomo é uma esfera de carga elétrica positiva,<br />

não maciça, incrustada de elétrons (negativos),<br />

de modo que sua carga elétrica total é nula.<br />

esfera positiva<br />

e não maciça<br />

cargas negativas<br />

incrustadas<br />

O modelo de Thomson explicou muitas propriedades<br />

da matéria que o modelo de Dalton não era capaz de explicar,<br />

como os fenômenos radioativos e os de natureza<br />

elétrica.<br />

O processo que explica a natureza elétrica da matéria<br />

pode ser conside rado uma propriedade dos elétrons<br />

que lhes permite se movimen tar para fora de<br />

certos átomos ou para dentro de outros. Átomos que<br />

perdem elétrons deixam de ser eletricamente neutros e<br />

passam a ter carga elétrica positiva. Por sua vez, átomos<br />

que tiveram elétrons incluídos em sua estrutura passam a<br />

ter carga elétrica negativa.<br />

Independentemente da carga elétrica da matéria (positiva ou negativa),<br />

o processo de perda da neutralidade era interpretado como uma transferência<br />

de elétrons entre átomos de uma substância para outra.<br />

Banco de imagens/Arquivo da editora<br />

Ilustração, sem escala e em<br />

cores fantasia, do modelo<br />

atômico de Thomson, conhecido<br />

como “pudim de passas”.<br />

Eletricidade e radioatividade 147

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