ABEGAS - Uma industria do GN competitiva para o Brasil
MENSAGEM DO PRESIDENTE EXECUTIVO DA ABEGÁS A indústria brasileira do gás natural vem passando por grandes transformações. Com o início da produção do pré-sal e os desinvestimentos da Petrobras no setor, abrem-se novas perspectivas de crescimento desta indústria e, consequentemente, de sua capacidade de atrair investimentos em infraestrutura para o País. O aumento da produção nacional de gás natural e o contexto internacional, de maior oferta e preços reduzidos, apontam para um futuro em que o gás tende a ganhar preponderância no mix energético no Brasil, como já vem acontecendo em outros países em virtude das exigências e acordos ambientais internacionais, uma vez que o gás é um combustível que contribui para a transição para uma matriz energética mais limpa. Hoje, a participação do gás natural na matriz energética brasileira é de apenas 10,7%. Com o pré-sal e os desinvestimentos da Petrobras, o gás natural ganha novas perspectivas de crescimento e tem mais possibilidades de atrair expressivos investimentos em infraestrutura para o País Na comparação com outros países sul-americanos também produtores – a Argentina, com participação de 49,9%, e a Venezuela, com 33,1% –, fica evidente o quanto a nossa indústria do gás natural pode crescer. Do ponto de vista ambiental, é importante olhar como a diversidade de aplicações do gás natural agrega soluções para a redução do uso de combustíveis com maior índice de emissões e para a segurança energética do País. Neste contexto, nos Estados Unidos e Europa o gás natural já vem contribuindo para a redução das emissões de poluentes ao substituir o carvão na geração elétrica. No Brasil o cenário é diferente, uma vez que já contamos
9 com uma matriz de geração elétrica baseada no sistema hídrico. Contudo, o gás natural é fundamental para dar segurança energética ao País em um contexto de aumento da participação das novas fontes renováveis intermitentes (eólica e fotovoltaica), para reduzir as perdas na transmissão de energia quando utilizado na geração distribuída e cogeração – que apresentam melhor custo-benefício –, além de colaborar para a preservação dos reservatórios hídricos com o despacho das térmicas a gás na base do sistema elétrico. O gás natural agrega soluções para a redução do uso de combustíveis com maior índice de emissões e para ampliar a segurança energética do País No transporte de cargas e passageiros, o gás natural contribui para a redução da emissão dos gases causadores do efeito estufa e para a melhora da qualidade do ar, reduzindo, consequentemente os gastos públicos com saúde e melhorando a qualidade de vida da população. Embora o potencial de contribuição da indústria de gás natural para o desenvolvimento socioeconômico do País seja real e significativo, o setor precisa vencer desafios importantes para efetivar esse potencial. Apresentaremos ao longo desse documento propostas estruturantes que permitirão ao Brasil vencer os desafios e colher benefícios como aumento da arrecadação e geração de empregos e renda, dos quais o País precisa para retomar seu crescimento. Augusto Salomon PRESIDENTE EXECUTIVO
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MENSAGEM DO PRESIDENTE<br />
EXECUTIVO DA ABEGÁS<br />
A indústria brasileira <strong>do</strong> gás natural vem passan<strong>do</strong> por grandes<br />
transformações. Com o início da produção <strong>do</strong> pré-sal e os desinvestimentos<br />
da Petrobras no setor, abrem-se novas perspectivas<br />
de crescimento desta indústria e, consequentemente, de sua capacidade<br />
de atrair investimentos em infraestrutura <strong>para</strong> o País.<br />
O aumento da produção nacional de gás natural e o contexto internacional,<br />
de maior oferta e preços reduzi<strong>do</strong>s, apontam <strong>para</strong> um futuro em que<br />
o gás tende a ganhar preponderância no mix energético no <strong>Brasil</strong>, como já<br />
vem acontecen<strong>do</strong> em outros países em virtude das exigências e acor<strong>do</strong>s ambientais<br />
internacionais, uma vez que o gás é um combustível que contribui<br />
<strong>para</strong> a transição <strong>para</strong> uma matriz energética mais limpa.<br />
Hoje, a participação <strong>do</strong> gás natural na matriz energética brasileira é de<br />
apenas 10,7%.<br />
Com o pré-sal e os desinvestimentos da Petrobras, o gás natural<br />
ganha novas perspectivas de crescimento e tem mais possibilidades<br />
de atrair expressivos investimentos em infraestrutura <strong>para</strong> o País<br />
Na com<strong>para</strong>ção com outros países sul-americanos também produtores –<br />
a Argentina, com participação de 49,9%, e a Venezuela, com 33,1% –, fica<br />
evidente o quanto a nossa indústria <strong>do</strong> gás natural pode crescer.<br />
Do ponto de vista ambiental, é importante olhar como a diversidade de aplicações<br />
<strong>do</strong> gás natural agrega soluções <strong>para</strong> a redução <strong>do</strong> uso de combustíveis<br />
com maior índice de emissões e <strong>para</strong> a segurança energética <strong>do</strong> País.<br />
Neste contexto, nos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s e Europa o gás natural já vem contribuin<strong>do</strong><br />
<strong>para</strong> a redução das emissões de poluentes ao substituir o carvão na<br />
geração elétrica. No <strong>Brasil</strong> o cenário é diferente, uma vez que já contamos