ABEGAS - Uma industria do GN competitiva para o Brasil
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Infraestrutura essencial<br />
A infraestrutura essencial de gás natural,<br />
que inclui os dutos de escoamento<br />
da produção, unidades de processamento<br />
de gás natural (UP<strong>GN</strong>s) e terminais de<br />
regaseificação, pertence em sua grande<br />
maioria à Petrobras.<br />
No caso <strong>do</strong> escoamento, a Petrobras<br />
é detentora de praticamente todas as<br />
rotas existentes (exceto a Rota 3, que<br />
conta com outros investi<strong>do</strong>res), o que<br />
acaba por obrigar as demais opera<strong>do</strong>ras<br />
de campos a venderem sua produção de<br />
gás <strong>para</strong> a companhia, tornan<strong>do</strong>-a a única<br />
comercializa<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> gás produzi<strong>do</strong> no<br />
país. Isso ocorre porque, sob a legislação<br />
atual, o acesso às rotas de escoamento<br />
da produção é limita<strong>do</strong> aos proprietários<br />
dessas instalações. Deve haver uma mudança<br />
legal <strong>para</strong> permitir o acesso obrigatório<br />
de terceiros à capacidade ociosa<br />
<strong>do</strong>s gasodutos de escoamento.<br />
Para as UP<strong>GN</strong>s e Terminais de <strong>GN</strong>L,<br />
a situação não é melhor. A Petrobras é<br />
<strong>do</strong>na <strong>do</strong>s três terminais de <strong>GN</strong>L existentes<br />
no país – Ceará, Bahia e Rio de Janeiro<br />
– e de todas as UP<strong>GN</strong>s, e a restrição<br />
<strong>do</strong> acesso de terceiros se repete, o que<br />
desestimula a produção e comercialização<br />
direta <strong>do</strong> gás por outros produtores.<br />
Da mesma forma, um <strong>do</strong>s principais<br />
obstáculos <strong>para</strong> a diversificação da oferta<br />
de gás, por meio da importação de<br />
<strong>GN</strong>L (Gás Natural Liquefeito), é a falta de<br />
uma legislação que garanta o acesso de<br />
terceiros aos terminais de regaseificação<br />
existentes. Não há obrigatoriedade na<br />
Lei <strong>do</strong> Gás <strong>para</strong> que o proprietário <strong>do</strong> terminal<br />
dê acesso a terceiros. Assim, ainda<br />
que haja capacidade ociosa, o acesso de<br />
terceiros pode não ocorrer.<br />
Um <strong>do</strong>s principais obstáculos <strong>para</strong> a diversificação<br />
da oferta de gás natural é a falta de uma legislação<br />
que garanta o acesso de terceiros à infraestrutura<br />
da Petrobras, hoje com capacidade ociosa