ABEGAS - Uma industria do GN competitiva para o Brasil
Nacional 5% ção nacional de gás mente associada à ção de óleo A produção nacional de gás natural no Brasil é, majoritariamente, associada à produção de petróleo (77,5%). Em razão dessas características, a lógica da produção está voltada principalmente à maximização da produção do petróleo, não havendo, de modo geral, uma estratégia específica de produção para gás no que tange ao desenvolvimento dos campos. Ampliar a diversificação da oferta de gás natural, diante da ainda forte presença da Petrobras, é o principal desafio para aumentar a oferta nacional. E os programas Gas Release são um dos mecanismos de sucesso Para o futuro, há a perspectiva de aumento da produção nacional, oriunda do pré-sal, da qual não se tem certeza sobre o volume e o prazo em que este gás estará disponível para o mercado, o que dificulta a previsibilidade de investimento em infraestrutura para escoamento, transporte e comercialização. Nesse contexto, o principal desafio para a oferta nacional consiste em ampliar a diversificação da oferta de gás natural, estabelecendo mecanismos que possibilitem acelerar esse processo de diversificação, como programas de Gas Release. Embora existam outros produtores, a comercialização está concentrada na Petrobras, detentora de praticamente toda a infraestrutura de escoamento da produção no país, como veremos no item 2 (página 34). O QUE É GAS RELEASE Programas de venda obrigatória de gás natural (ou Gas Release) podem ser desenhados para superar o problema da ausência de acesso ao suprimento de gás ou capacidade de transporte, especialmente nas etapas iniciais de abertura do mercado e, portanto, podem desempenhar o papel de dinamizador do processo de introdução da concorrência na indústria do gás natural. Em mercados onde existem diversas fontes de suprimento e produtores, bem como rotas de transporte alternativas, tais programas não necessitariam ser aplicados. Este tipo de regulação foi implantado pela primeira vez no Reino Unido em 1992, com o objetivo de reduzir a participação de mercado de 60% detido pela British Gas no segmento industrial e comercial entre 1992 e 1995. Desde então, os programas de Gas Release têm sido usados para promover a concorrência em países e regiões onde existe um monopólio ou oligopólio bem estabelecido. Fonte: Nota Técnica ANP “Considerações sobre Alguns Aspectos do Desenvolvimento da Indústria do Gás Natural” – SCM|Maio/2017
31 CONCESSIONÁRIAS COM MAIOR PRODUÇÃO DE GÁS NATURAL MILHÕES DE m 3 /DIA 120 100 80 60 40 20 2,62 1,43 77,6 3,32 4,18 2,65 2,13 80,3 3,3 6,92 2,38 2,9 3,15 3,90 3,39 10,44 86,43 82,58 7,62 12,12 0 2014 2015 2016 2017 Petrobras BG Brasil Parnaíba GN Queiroz Galvão Petrogal Brasil Repsol Sinopec Shell Brasil BPMB Parnaíba Fonte: Elaboração própria com dados do Boletim de Acompanhamento da Indústria do Gás Natural – MME Bolívia A importação de gás natural da Bolívia hoje é feita exclusivamente pela Petrobras, que importa um volume médio de 27 milhões m³/dia 5 , através do gasoduto Bolívia- -Brasil (Gasbol). No entanto, o contrato de fornecimento de gás da Petrobras com a Bolívia deve se encerrar em 2019, com a possibilidade de extensão por apenas mais um ano. Após essa data, a Petrobras já deixou claro que não tem interesse em renovar o contrato e permanecer como agente importador exclusivo do gás da Bolívia. Com a saída da Petrobras da negociação, a alocação de risco ficará nas mãos de outros agentes, alguns com menor capacidade de assumir o risco comercial do contrato de importação. Adicionalmente, a Bolívia tem investido pouco em explo- 5 Fonte: Boletim de Acompanhamento da Indústria do Gás Natural – MME | Dez/17
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Nacional<br />
5%<br />
ção nacional de gás<br />
mente associada à<br />
ção de<br />
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A produção nacional de gás natural no <strong>Brasil</strong><br />
é, majoritariamente, associada à produção de<br />
petróleo (77,5%). Em razão dessas características,<br />
a lógica da produção está voltada principalmente<br />
à maximização da produção <strong>do</strong> petróleo,<br />
não haven<strong>do</strong>, de mo<strong>do</strong> geral, uma estratégia específica<br />
de produção <strong>para</strong> gás no que tange ao<br />
desenvolvimento <strong>do</strong>s campos.<br />
Ampliar a diversificação da oferta<br />
de gás natural, diante da ainda forte<br />
presença da Petrobras, é o principal<br />
desafio <strong>para</strong> aumentar a oferta<br />
nacional. E os programas Gas Release<br />
são um <strong>do</strong>s mecanismos de sucesso<br />
Para o futuro, há a perspectiva de aumento da<br />
produção nacional, oriunda <strong>do</strong> pré-sal, da qual<br />
não se tem certeza sobre o volume e o prazo em<br />
que este gás estará disponível <strong>para</strong> o merca<strong>do</strong>,<br />
o que dificulta a previsibilidade de investimento<br />
em infraestrutura <strong>para</strong> escoamento, transporte e<br />
comercialização.<br />
Nesse contexto, o principal desafio <strong>para</strong> a oferta<br />
nacional consiste em ampliar a diversificação<br />
da oferta de gás natural, estabelecen<strong>do</strong> mecanismos<br />
que possibilitem acelerar esse processo de<br />
diversificação, como programas de Gas Release.<br />
Embora existam outros produtores, a comercialização<br />
está concentrada na Petrobras, detentora<br />
de praticamente toda a infraestrutura<br />
de escoamento da produção no país, como veremos<br />
no item 2 (página 34).<br />
O QUE É<br />
GAS RELEASE<br />
Programas de venda obrigatória de<br />
gás natural (ou Gas Release) podem ser<br />
desenha<strong>do</strong>s <strong>para</strong> superar o problema<br />
da ausência de acesso ao suprimento<br />
de gás ou capacidade de transporte,<br />
especialmente nas etapas iniciais de<br />
abertura <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> e, portanto, podem<br />
desempenhar o papel de dinamiza<strong>do</strong>r <strong>do</strong><br />
processo de introdução da concorrência<br />
na indústria <strong>do</strong> gás natural. Em merca<strong>do</strong>s<br />
onde existem diversas fontes de suprimento<br />
e produtores, bem como rotas<br />
de transporte alternativas, tais programas<br />
não necessitariam ser aplica<strong>do</strong>s.<br />
Este tipo de regulação foi implanta<strong>do</strong><br />
pela primeira vez no Reino Uni<strong>do</strong><br />
em 1992, com o objetivo de reduzir a<br />
participação de merca<strong>do</strong> de 60% deti<strong>do</strong><br />
pela British Gas no segmento <strong>industria</strong>l<br />
e comercial entre 1992 e 1995. Desde<br />
então, os programas de Gas Release<br />
têm si<strong>do</strong> usa<strong>do</strong>s <strong>para</strong> promover a concorrência<br />
em países e regiões onde<br />
existe um monopólio ou oligopólio bem<br />
estabeleci<strong>do</strong>.<br />
Fonte: Nota Técnica ANP<br />
“Considerações sobre Alguns Aspectos<br />
<strong>do</strong> Desenvolvimento da Indústria <strong>do</strong> Gás<br />
Natural” – SCM|Maio/2017