ABEGAS - Uma industria do GN competitiva para o Brasil

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Oferta de gás natural em 2030
Considerando a atividade de E&P
(pós e pré-sal) nos próximos anos a
produção nacional poderá atingir entre
94,8–108,8 MM m³/dia. Particularmente
no pré-sal, dada a natureza de gás
associado, há expectativas de oferta
competitiva assim como a possibilidade
de importar gás da Bolívia adicionaria
cerca de 20-30 MM m³/dia. Além
disso, a capacidade de importação de
GNL poderia viabilizar mais 41-55 MM
m³/dia de gás natural.
A Produção interna e a importação
competitivas resultariam em capacidade
potencial de oferta em 2030 de
171-214 MM m³/dia (2-2,5 vezes a demanda
atual).
Para que o cenário agressivo se concretize
será fundamental implementar
as propostas que apresentaremos na
próxima seção deste documento.
Apesar do programa recente de desinvestimento
da Petrobras, incluindo
em ativos de exploração e produção
de petróleo e gás natural, a empresa
é, ainda hoje, responsável por grande
parte da produção de gás natural no
Brasil. Tal cenário tende a mudar nos
próximos anos com o início da produção
de algumas áreas importantes
operadas por outras empresas.
Esse processo, no entanto, deve ser
lento e gradativo, e a tendência é que
a Petrobras permaneça ainda como
principal supridora de gás natural por
muitos anos. Em particular, a pouca diversidade
de oferta também está intimamente
relacionada com o limitado
acesso das demais produtoras de gás
offshore à infraestrutura de escoamento
– o que será discutido na seção de
desafios ligados à infraestrutura (página
34). Além disso, a Petrobras tem
grande participação nos demais elos da
cadeia de suprimento de gás natural, incluindo
a importação e comercialização,
o que limita a competição na oferta e
restringe a atração de investimentos.