20.08.2018 Views

Arte que inventa afetos - ebook

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

ESCRITAS (IN)VISÍVEIS DE QUANDO O<br />

PESQUISADOR SE FAZ POR INTENSIDADES<br />

Wilma Farias<br />

“O verbo tem <strong>que</strong> pegar delírio”<br />

Manoel de Barros<br />

Um possível começo<br />

Este texto parte de inquietações da experiência de pesquisar<br />

em artes e transitar por entre os olhares da ciência e da filosofia. Assim<br />

como o artista toma a tela – ou qual<strong>que</strong>r <strong>que</strong> seja o seu suporte – o pesquisador,<br />

ao dar voz à sua experiência, tem a folha em branco para<br />

produzir e compartilhar seus pensamentos através de palavras. Ambos,<br />

pesquisador e artista, passam por processos de criação, em suas intensidades<br />

singulares.<br />

Partindo da perspectiva de Gilles Deleuze e Félix Guattari (1992)<br />

a respeito da arte, da ciência e da filosofia como formas de pensamento<br />

e criação, conversaremos sobre a escrita do pesquisador como um processo<br />

de criação, tomando como nota os fluxos <strong>que</strong> percorrem tal processo.<br />

Além disso, proponho, também, pensar as relações <strong>que</strong> se estabelecem<br />

com o caderno <strong>que</strong> acompanha alguns pesquisadores, aqui<br />

chamado de caderno de criação. Além de compreender o uso desse caderno<br />

como um importante procedimento para o processo de escrita do

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!