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Arte que inventa afetos - ebook

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Estudos da Pós-Graduação<br />

do Titanzinho para <strong>que</strong> a comunidade tivesse acesso e, possivelmente,<br />

vivenciasse experiências semelhantes.<br />

A força da vontade de resistir, de <strong>inventa</strong>r imagens de si e viver<br />

de Lirete nos traz a esse momento. Quando ela <strong>que</strong>r <strong>inventa</strong>r imagens<br />

de seus figurinos, partilha com o outro o seu desejo, o outro <strong>que</strong>, generosamente,<br />

lança mão de sua câmera, seu afeto e, também, sua experiência<br />

em fotografar. A fotografia dessa vivência de Lirete comigo atravessa<br />

a minha memória, os <strong>afetos</strong> e as amizades, fazendo-me <strong>que</strong>stionar<br />

onde e como podem ser re<strong>inventa</strong>dos esses fragmentos de experiências<br />

singulares e coletivas.<br />

Considerações finais<br />

Minha implicação na pesquisa In(ter)venções possibilitou um<br />

olhar mais amadurecido sobre meu território existencial, o Titanzinho.<br />

Instigou revisitar um acontecimento de grande importância afetiva e<br />

<strong>que</strong> também diz respeito a meu envolvimento com o audiovisual, com<br />

a fotografia e com a minha comunidade. Já havia um desejo de trabalhar<br />

com audiovisual de minha parte, antes mesmo de ter sido criado o curso<br />

de Cinema em Fortaleza; e Lirete permitiu-me realizar um trabalho,<br />

oferecendo-se como protagonista, e o ensaio fotográfico, <strong>que</strong> antes foi<br />

amador já <strong>que</strong> eu nunca tinha estudado fotografia antes, agora provoca<br />

pensar nesses deslocamentos dos modos de ver e viver.<br />

Quando o Coletivo reafirma em encontro esses laços de afetividade,<br />

percebemos <strong>que</strong> são marcas com potencial para serem estudadas,<br />

partindo então para pensar maneiras de aproximação <strong>que</strong> nos permitiram<br />

conhecer pessoas importantes para esse trabalho e vivenciar experiências<br />

<strong>que</strong> tem a mesma força <strong>que</strong> teve o momento em <strong>que</strong> fotografei<br />

Dona Lirete. O fato de primeiro ter fotografado, depois encontrado o<br />

vídeo, exibido e vivenciado a <strong>que</strong>stão do neto de Seu Zuza, remete-me<br />

à primeira apresentação sobre o Titanzinho na pesquisa, quando vários<br />

integrantes manifestaram alguma experiência de afetividade nesse território.<br />

Assim aconteceu ali, em <strong>que</strong> se evidenciaram <strong>que</strong>stões emocionais<br />

muito importantes para um habitante do bairro vindo à tona com a<br />

exibição do vídeo Vestígio para mais moradores.

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