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Arte que inventa afetos - ebook

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Estudos da Pós-Graduação<br />

Figura 50 – Página “Um minuto sem ponteiros”.<br />

Fonte: Fernanda Meireles.<br />

Ao iniciar a criação de uma página, mesmo entre conversas com<br />

outros, <strong>que</strong>m o faz volta-se para dentro de si, investiga o universo de<br />

possibilidades e ao assim fazer, investiga-se. Através dos zines criados<br />

buscamos conhecer, mesclar e expandir nossos territórios existenciais,<br />

espaciais e temporais. Percebemos desterritorializações e a emergência<br />

de reterritorializações (GUATTARI; ROLNIK, 1996), o <strong>que</strong> podemos<br />

observar como reorganizações ou reinvenções de si, tanto em espaços<br />

físicos como em fluxos de pensamento <strong>que</strong> escapam à ordem linear<br />

aprendida na escola formal e esperada por outras instituições já estabelecidas,<br />

tais como grandes veículos de mídia, igreja e inclusive algumas<br />

organizações de terceiro setor cujas atuações buscam “equipar” o jovem<br />

para o mercado de trabalho. Inventávamos um novo território a cada<br />

encontro, lembrança e novo contato com o <strong>que</strong> se produzia junto, tornávamo-nos<br />

conterrâneos.<br />

A distribuição inicial da primeira tiragem foi feita por Pedro,<br />

também da Associação de Moradores. Agendado um encontro no centro<br />

da cidade para a entrega das cópias dos zines, onde conversamos sobre<br />

nossas impressões. A simbologia deste fato registra <strong>que</strong> mais uma vez<br />

os zines atravessavam territórios físicos e existenciais.<br />

Muitos dos encontros seguintes foram dedicados à criação e pintura<br />

de uma nova fachada para a Associação de Moradores. “Vamos

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