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Arte que inventa afetos - ebook

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ZINES, AREIA E SOL:<br />

uma porta de papel para o território<br />

Fernanda Meireles<br />

Joana Schroeder<br />

Introdução<br />

Neste capítulo trataremos das experiências de criação e circulação<br />

de zines como parte das ações do Projeto de Pesquisa In(ter)venções<br />

AudioVisuais de Juventudes em Fortaleza e Porto Alegre desenvolvidas<br />

no Titanzinho. Buscaremos refletir sobre seus significados seja<br />

como forma de aproximação e descoberta do território, seja na construção<br />

de um pesquisar atravessado por brincadeiras, pela construção de<br />

laços de amizade e de leveza em meio ao vento e à paisagem.<br />

Entre o vento <strong>que</strong> trazia a areia e a tentativa em vão de varrê-la<br />

para fora da sala, tirando a maresia das mesas e cadeiras a cada encontro,<br />

as oficinas de zine aconteceram dentro e junto da Associação de<br />

Moradores do Titanzinho. A Associação se abria para receber o coletivo,<br />

ao mesmo tempo em <strong>que</strong> o coletivo se formava e aprendia um<br />

pouco mais a olhar a<strong>que</strong>le território “de pertinho”, no exercício da “ativação<br />

de uma atenção à espreita – flutuante, concentrada e aberta”<br />

(KASTRUP; PASSOS; ESCÓSSIA, 2010, p. 48). Os zines foram mais<br />

um entre os fazeres-coletivos <strong>que</strong> corporificaram teoria na prática, registro<br />

no processo ao longo das experiências do coletivo, desenhando

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