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Arte que inventa afetos - ebook

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Estudos da Pós-Graduação<br />

gica dos <strong>afetos</strong> mais do <strong>que</strong> de uma lógica de conjuntos circunscritos<br />

(GUATTARI, 1992, p. 20).<br />

E, nesse sentido, pensamos em um fazer coletivo inventivo como<br />

prática de fazer rizoma, encontrar aliados, transitórios ou permanentes,<br />

<strong>que</strong> emergem na convivência.<br />

O coletivo compreendido como plano de co-engendramento do<br />

indivíduo e da sociedade, conexão entre o plano das formas (contornos<br />

estáveis, objetos) e o plano das forças (dimensão processual) – planos<br />

<strong>que</strong> se conectam, agenciando sentidos e modos de conviver com as diferenças<br />

(ESCÓSSIA, 2012; ESCÓSSIA; TEDESCO, 2010). É importante<br />

considerar <strong>que</strong> o uso desse termo “implica também entrada de<br />

diversas coleções de objetos técnicos, de fluxos materiais e energéticos,<br />

de entidades incorporais, de idealidades estéticas etc.” (GUATTARI;<br />

ROLNIK, 1996, p. 319).<br />

No percurso da pesquisa, conhecemos diferentes formas de viver-habitar-circular<br />

nos espaços da cidade e em seus territórios geográficos,<br />

políticos e existenciais, aproximando-nos ainda mais de Fortaleza<br />

e Porto Alegre. Convivendo com jovens artistas e comunicadores, e<br />

com alguns coletivos <strong>que</strong> pensam o urbano enquanto plano das intervenções,<br />

realizamos rodas de conversa e encontros entre pesquisas,<br />

bem como oficinas, intervenções urbanas e visuais, criações e produções<br />

de zines, vídeos e mostras audiovisuais.<br />

Nesse processo, <strong>que</strong>stões como as relações entre arte e política; espaço<br />

público, privado, urbano e espaço comum; produção de subjetividade,<br />

processos de singularização; práticas coletivas e colaborativas; afeto e amizade;<br />

micropolíticas e resistência, entre outras, foram pautando nossos encontros<br />

de pesquisa e intervenção de tal modo <strong>que</strong> fomos tomados pelo<br />

desejo de <strong>inventa</strong>r um projeto de escrita-livro em artes e, nesse momento,<br />

apresentamos esse exercício de escrita coletiva e transdisciplinar.<br />

A composição da escrita-livro emerge do encontro de pesquisadores,<br />

estudantes e artistas envolvidos, diretamente na pesquisa In(ter)-<br />

venções e pesquisadores e artistas convidados <strong>que</strong>, ao aceitarem a provocação<br />

– um convite ao encontro com as artes –, oferecem suas escritas<br />

inventivas apresentando experiências de pesquisar e intervir com.

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