o_edificio_ate_sua_cobertura_-_helio_alves_de_azeredo
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
tarmos in<strong>de</strong>finidamente a carga da estaca, esta se romperá, pois é constituída por<br />
um m<strong>ate</strong>rial mais fraco que a rocha. No segundo tipo, a estaca atravessa terrenos <strong>de</strong><br />
resistência e vai encontrar nega em solo resistente. A estaca transmite <strong>sua</strong> carga<br />
ao terreno pela base, e por isso é chamada <strong>de</strong> estaca <strong>de</strong> ponta. Finalmente, a estaca<br />
é cravada sem encontrar, em nenhuma profundida<strong>de</strong>, terreno <strong>de</strong> alta resistência.<br />
A resistência à penetração no solo é <strong>de</strong>vida ao atrito l<strong>ate</strong>ral, sendo <strong>de</strong>nominada<br />
estaca <strong>de</strong> atrito. Entre esses tipos citados, interessam à Mecânica dos Solos as estacas<br />
<strong>de</strong> ponta e <strong>de</strong> atrito, classificação esta teórica, uma vez que na realida<strong>de</strong> as estacas<br />
apresentam as duas resistências, a <strong>de</strong> ponta e a <strong>de</strong> atrito, prepon<strong>de</strong>rando, é claro,<br />
uma das parcelas, conforme a natureza do terreno.<br />
CAPACIDADE DE CARGA DE ESTACAS- Po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>terminar a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
carga' <strong>de</strong> uma estaca por fórmulas teóricas, por provas <strong>de</strong> carga, e por códigos <strong>de</strong><br />
obras (fundações).<br />
Fórmulas teóricas - Consistem na <strong>de</strong>terminação da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> carga, a<br />
partir da maior ou menor dificulda<strong>de</strong> na cravação. A mais simples <strong>de</strong>las é a <strong>de</strong> 5an<strong>de</strong>rs,<br />
Ph = R· s, on<strong>de</strong> R = Ph/s; P, peso do martelo; h, altura <strong>de</strong> queda; s, nega; R, resistência<br />
dinâmica à cravação. Essa fórmula, entretanto, não é verda<strong>de</strong>ira, em virtu<strong>de</strong><br />
da mesma não consi<strong>de</strong>rar a ocorrência <strong>de</strong> várias perdas, como o atrito do martelo<br />
nas guias, as <strong>de</strong>formações elásticas dos coxins, da estaca, do solo, etc.; foi modificada<br />
pela fórmula <strong>de</strong> Engineering News Record, tomando a forma seguinte:<br />
12Ph<br />
R=--,<br />
s + c<br />
sendo h dada em pés e s em polegadas. Para estacas <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira e martelo <strong>de</strong> gravida<strong>de</strong>,<br />
c = 1 pol.<br />
Outras fórmulas surgiram, como aplicação da teoria do choque <strong>de</strong> Newton.<br />
Entre elas temos<br />
p 2 . p. h<br />
R=---<br />
s(P + p)2'<br />
p 2 . h<br />
R=---<br />
s(P + p)<br />
Ocorre, entretanto, que a teoria do choque semi-elástico não se aplica ao caso do<br />
golpe do martelo sobre a estaca. Todas as fórmulas citadas fazem consi<strong>de</strong>rações<br />
sobre cargas dinâmicas o que evi<strong>de</strong>ntemente não se verifica com os prédios, pois<br />
que a carga do prédio é estática. As fórmulas dinâmicas são úteis para um estudo<br />
comparativo das diferentes estacas <strong>de</strong> uma obra, isto é, para exame da homogeneida<strong>de</strong><br />
do estaqueamento. Em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> ser estática, a carga a que estão sujeitas as<br />
estacas, surgiram as fórmulas ditas estáticas, cuja forma geral é R, = Pp + R a .<br />
Provas <strong>de</strong> carga - O processo mais indicado para a <strong>de</strong>terminação da capacida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> carga <strong>de</strong> uma estaca é a execução <strong>de</strong> uma prova <strong>de</strong> carga sobre a mesma. O<br />
andamento da prova <strong>de</strong> carga, nesse caso, é idêntico ao da prova <strong>de</strong> carga em fun-