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o_edificio_ate_sua_cobertura_-_helio_alves_de_azeredo

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se possa, ou não se <strong>de</strong>seje, fazer o travamento, este po<strong>de</strong>rá ser evitado mediante o<br />

emprego <strong>de</strong> peças duplas ou <strong>de</strong> bitolas especiais. O emprego <strong>de</strong> paus roliços <strong>de</strong><br />

eucaliptos, <strong>de</strong> 8 a 10 cm <strong>de</strong> diâmetro é, nesses casos, um recurso <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> vantagem<br />

não somente no preço do m<strong>ate</strong>rial, como na mão-<strong>de</strong>-obra. Os pés-direitos<br />

e pontaletes <strong>de</strong>vem apoiar-se sobre o solo ou sobre as lajes, por intermédio <strong>de</strong> calços<br />

<strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira, não somente para permitir o emprego <strong>de</strong> cunhas, mas também <strong>de</strong> outros<br />

dispositivos <strong>de</strong>stinados a facilitar-Ihes a retirada. O escoramento <strong>de</strong> peças muito<br />

carregadas, quando apoiado no solo, o que ocorre freqüentemente nas lajes e pavimentos<br />

térreos sem porão, <strong>de</strong>ve merecer cuidado especial; o apoio, nesse caso,<br />

<strong>de</strong>ve ser feito por intermédio <strong>de</strong> vigas <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira ou blocos <strong>de</strong> concreto, que reduzam<br />

a pressão sobre o solo, a um limite compatível com a <strong>sua</strong> resistência, evitando-se<br />

assim o <strong>de</strong>slocamento vertical do escoramento.<br />

Para o mesmo fim, po<strong>de</strong>m ser utilizados pedaços <strong>de</strong> caibros <strong>de</strong> 60 a 80 cm, em<br />

geral abundantes nas obras <strong>de</strong> concreto armado, dispostos em forma <strong>de</strong> gra<strong>de</strong>s, as<br />

quais proporcionam convenientes distribuição das cargas. De acordo com a NB-1<br />

artigo 55, cada pontalete, ou pé-direito, só po<strong>de</strong> ter uma emenda fora do terço médio<br />

do seu comprimento, com talas pregadas nas quatro faces, <strong>de</strong>vendo os topos das<br />

peças, na emenda, ser planos e normais ao eixo comum. O número <strong>de</strong> peças emendadas<br />

não <strong>de</strong>ve ser maior do que a quarta parte do total. Os pés-direitos, nos andares<br />

sucessivos, <strong>de</strong>vem ser colocados em verticais, em conseqüência da rapi<strong>de</strong>z da construção<br />

da estrutura, que po<strong>de</strong> atingir cinco andares por mês, não se transmita a<br />

pontos não-escorados da laje imediatamente inferior, <strong>de</strong> resistência ainda insuficiente.<br />

Quando, em conseqüência <strong>de</strong> diferença <strong>de</strong> espaçamentos, não possam ser<br />

colocados em verticais correspon<strong>de</strong>ntes, os pés-direitos <strong>de</strong>vem apoiar-se por meio<br />

<strong>de</strong> caibro <strong>de</strong> pinho ou <strong>de</strong> peroba, suficientemente resistentes, <strong>de</strong> modo que as cargas<br />

que suportam se transmitam aos pés-direitos inferiores aliviando os pontos não<br />

escorados das lajes <strong>de</strong> apoio. Quando se executa o enchimento <strong>de</strong> uma laje apoiada<br />

sobre outra anteriormente executada, a qual, por <strong>sua</strong> vez, se apóia sobre outra laje<br />

executada ainda mais anteriormente, cada escoramento suporta a carga da laje respectiva<br />

(75% da consi<strong>de</strong>rada no ato do seu lançamento), mais a carga transmitida<br />

à laje pelo escoramento que sobre ela se apóia, <strong>de</strong>duzida da parte <strong>de</strong>ssa carga que a<br />

laje, <strong>de</strong>vido à <strong>sua</strong> ida<strong>de</strong>, já seja capaz <strong>de</strong> absorver. Conforme, pois, a velocida<strong>de</strong><br />

.<strong>de</strong> concretagem dos pavimentos sucessivos, as cargas que atuam sobre os pés-direitos<br />

do escoramento <strong>de</strong> uma laje, quando outras já lhe estão sendo construídas<br />

por cima, po<strong>de</strong>m ser sensivelmente superiores às que vigoraram por ocasião do<br />

lançamento da laje consi<strong>de</strong>rada.<br />

Então, se as lajes são diferentes, torna-se necessário estabelecer o programa <strong>de</strong><br />

datas <strong>de</strong> execução das diversas lajes, calcula'r as cargas sobre os pés-direitos dos<br />

escoramentos <strong>de</strong> séries sucessivas <strong>de</strong> três a seis lajes (conforme a velocida<strong>de</strong> da<br />

concretagem), no momento do lançamento da última, da penúltima, da antepenúltima<br />

laje superior, etc., e dimensionar os pés-direitos <strong>de</strong> cada escoramento, ou os<br />

seus comprimentos <strong>de</strong> flambagem, para as cargas máximas a que venham a ficar<br />

sujeitos. Essa operação, que em geral é trabalhosa, simplifica-se muito quando as<br />

lajes sucessivas são idênticas. Nessa hipótese, o efeito da superposição das lajes<br />

ficará <strong>ate</strong>ndido, calculando-se os pés-direitos <strong>de</strong> todos os escoramentos idênticos,

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