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008 - O FATO MARINGÁ - AGOSTO 2018 - NÚMERO 8 (MGÁ 01)

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Jornal Comunitário Metropolitano<br />

Ano 1 • Edição 8 • Agosto de <strong>2<strong>01</strong>8</strong><br />

Distribuição Gratuita<br />

PREFEITURA DE <strong>MARINGÁ</strong> “NÃO RECUARÁ”<br />

E GUARDA MUNICIPAL ATUARÁ COM ARMAS DE FOGO<br />

“TRABALHAREMOS PARA MINIMIZAR OS ERROS”, DIZ PADILHA - SECRETÁRIO DE SEGURANÇA<br />

(Página 5)<br />

Foto Montagem: O Fato Maringá + Arquivo Pessoal<br />

VICENTE PIMENTEL - UM CAMPEÃO DE OUTROS TEMPOS<br />

CORRIDA DO JARDIM ALVORADA LEVA O NOME DE UM DOS<br />

MAIORES CAMPEÕES DO ATLETISMO MARINGAENSE. O <strong>FATO</strong> CONTA SUA HISTÓRIA<br />

(Página 7)<br />

OS CRISTÃOS E AS ELEIÇÕES <strong>2<strong>01</strong>8</strong><br />

CNBB LANÇA CARTILHA DE ORIENTAÇÃO POLÍTICA - PADRE ISRAEL ZAGO<br />

(Página 2)


2 • Jornal Comunitário Metropolitano de Maringá Distribuição Gratuita • Agosto de <strong>2<strong>01</strong>8</strong> • Edição 8 • Ano 1<br />

ELEIÇÕES <strong>2<strong>01</strong>8</strong> - RESPONSABILIDADE DE TODOS<br />

Padre Israel Zago<br />

<strong>MARINGÁ</strong> - Terminamos de assistir<br />

à Copa do Mundo! Agora surge<br />

outro momento importante para nós<br />

brasileiros: são as eleições em nível<br />

Nacional e Estadual, para os cargos<br />

Executivo e Legislativo. É inegável<br />

que precisamos de mudanças, mas<br />

também é notório uma grande falta de<br />

motivação para este momento. E isso<br />

é muito preocupante, porque o grande<br />

protagonista das mudanças que o<br />

Brasil precisa é o povo, somos nós! A<br />

Igreja sempre procura orientar as pessoas<br />

para que participem de uma forma<br />

muito consciente deste momento.<br />

Neste sentido foi lançada uma Cartilha<br />

de Orientação Política chamada:<br />

Os Cristãos e as Eleições de <strong>2<strong>01</strong>8</strong>.<br />

Há quem pergunte: porque a Igreja<br />

deveria se “envolver em política”,<br />

publicando cartilhas por ocasião das<br />

eleições? A Igreja é comprometida<br />

com a política no sentido amplo do termo,<br />

pois a política tem a ver com a<br />

paz, a justiça e cuida da vida de uma cidade,<br />

de um povo e da humanidade.<br />

Portanto ao usar o termo “política”,<br />

não há identificação com nenhuma<br />

ideologia ou partido político. (C.F.<br />

Mensagem da Conferência Nacional<br />

dos Bispos do Brasil - CNBB - ao Povo<br />

de Deus, 56ª Assembleia Geral, Aparecida<br />

- SP, 19 de abril de <strong>2<strong>01</strong>8</strong>).<br />

Resumo neste espaço do jornal O<br />

<strong>FATO</strong> <strong>MARINGÁ</strong> algumas orientações<br />

que acho importantes para todo cidadão<br />

brasileiro, sobretudo no que diz<br />

respeito às preocupações que emergem<br />

em nossa sociedade (C.F. Cartilha<br />

de Orientação Política, Os cristãos<br />

e as Eleições <strong>2<strong>01</strong>8</strong>, CNBB, Regional<br />

Sul 2, parte 1).<br />

CRISE ÉTICA: A ética regula os relacionamentos<br />

entre as pessoas e as instituições<br />

e é a base da vida social. Para<br />

o bem da sociedade, é necessário que<br />

todos sejam justos, honestos e respeitosos<br />

com seus semelhantes. Mas, no<br />

Brasil, está se intensificando uma crise<br />

ética! Noticiários regionais e nacionais<br />

apresentam-se repletos de relatos<br />

de corrupção, particularmente no<br />

mundo político e empresarial. A corrupção<br />

é uma doença grave e contagiosa,<br />

que estimula práticas de transgressão<br />

na sociedade. A imunidade<br />

vem só acentuando essa doença.<br />

E isso é o oposto do que prescreve<br />

a Constituição Federal: “É dever de todo<br />

servidor público obedecer os princípios<br />

da legalidade, impessoalidade,<br />

moralidade, publicidade e eficiência”<br />

(Artigo 37). “A superação da grave crise<br />

vivida no Brasil exige o resgate da<br />

ética na política, que desempenha papel<br />

fundamental na sociedade democrática”.<br />

(Nota da CNBB sobre o momento<br />

nacional, 19 de maio de 2<strong>01</strong>7).<br />

AMEAÇAS À DEMOCRACIA: Democracia<br />

significa que o poder de governar<br />

pertence ao povo, conforme se lê<br />

na Constituição Federal: “Todo o poder<br />

emana do povo, que o exerce por<br />

meio de representantes ou diretamente”<br />

(Constituição Federal, Artigo<br />

1º, parágrafo único). Consequentemente,<br />

a democracia requer o exercício<br />

do governo em vista do povo, do<br />

bem comum. Deste modo, práticas ilícitas<br />

ou corruptas por parte de governantes<br />

no legislativo ou executivo<br />

constituem uma ameaça à democracia.<br />

É contraditório ser representante<br />

do povo, do bem comum e forjar leis<br />

ou governar em benefício próprio ou<br />

do seu grupo.<br />

Também a compra de votos é uma<br />

ameaça à democracia. Mais do que dinheiro<br />

vivo, muitas vezes, usa-se o poder<br />

de influência para gerar votos.<br />

Quem é corrupto e se elege comprando<br />

votos, provavelmente continuará<br />

praticando a corrupção para recuperar<br />

o q que gastou.<br />

CORRUPÇÃO: A política está a serviço<br />

do bem comum. A corrupção pública,<br />

ao invés, é roubo daquilo que é<br />

comum: os recursos públicos. “Vêm à<br />

tona escândalos sem precedentes na<br />

história do País. É verdade que escândalos<br />

dessa natureza não tiveram início<br />

agora; entretanto, o que se revela<br />

no quadro atual tem conotações próprias<br />

e impacto devastador. São cifras<br />

que fogem à compreensão da maioria<br />

da população”. (Nota da CNBB, 13 de<br />

abril de 2<strong>01</strong>6). Por conta disso, milhões<br />

de pessoas estão pagando a conta:<br />

aumento do desemprego, carência<br />

nos atendimentos públicos na área da<br />

saúde, educação, segurança, moradia<br />

etc. Quem mais sofre são os pobres, os<br />

mais necessitados dos serviços públicos.<br />

Nestas eleições não sejamos coniventes<br />

com a corrupção. Não votemos<br />

em candidatos que estejam envolvidos<br />

com atos de corrupção.<br />

DIANTE DESSE CENÁRIO, O QUE FAZER?<br />

Tenha interesse pela política. Ela influencia<br />

concretamente a nossa vida (salários,<br />

impostos, preço de mercadorias e<br />

serviços) e é essencial para a transformação<br />

da sociedade (educação, moradia,<br />

saúde, segurança). Isso nos desafia a<br />

pesquisar. Precisamos reconhecer que<br />

há candidatos bons e honestos. É preciso<br />

procurar informações, em fontes seguras,<br />

sobre o candidato de sua preferência,<br />

sobre sua vida, sua atuação na sociedade,<br />

sua família e seu trabalho social,<br />

seu compromisso com políticas públicas<br />

em favor de todos.<br />

Valorize o seu voto. Você é corresponsável<br />

pelo Brasil! E não esqueça:<br />

Voto nulo NÃO ANULA a eleição.■<br />

CERIMÔNIA DE OBON<br />

Dia 11 no Templo Budista da Rua Londrina<br />

Da Redação<br />

Segundo a crença popular japonesa,<br />

OBON é a época em que os ancestrais<br />

retornam para visitar o mundo dos vivos,<br />

devendo ser cumprimentados com grande respeito.<br />

As pessoas limpam os túmulos da família e fazem ofertas de frutas, flores,<br />

velas e incenso. Convidam monges e monjas às suas casas para fazerem a leitura<br />

de Sutras e serviços memoriais em frente aos tabletes (Ihais) dos falecidos.■<br />

Dia 11 de Agosto de <strong>2<strong>01</strong>8</strong> às 18h00<br />

Templo Budista Jodoshu Nippakuji<br />

EXPEDIENTE:<br />

Ano 1<br />

Edição 8<br />

Agosto <strong>2<strong>01</strong>8</strong><br />

R. Itamar Garcia Pereira, 55 • Vila Santa Izabel • Maringá/PR<br />

(44) 3246-1769 • (44) 99713-0030 • ofatomaringa@gmail.com<br />

Av. Londrina, 392 - Maringá - PR<br />

Mais Informações: (44) 3223-1195<br />

Direção Geral: J. C. Leonel<br />

Jornalista Responsável: Ligiane Ciola (MTB 30<strong>01</strong>4)<br />

Diagramação: Ricardo Rennó (ArtWork Com&Mkt)<br />

Impressão: O Diário - Maringá/PR<br />

Tiragem: 5.000 Exemplares<br />

Distribuição: Gratuita<br />

A opinião dos colunistas não representa necessariamente a posição editorial do JORNAL O <strong>FATO</strong> <strong>MARINGÁ</strong>. Os espaços<br />

publicitários contendo OFERTAS, PROMOÇÕES e/ou VALORES são de total responsabilidade dos anunciantes. As imagens dos<br />

anúncios são ilustrativas. Reservamo-nos no direito de corrigir informações incorretas de diagramação e/ou erros gráficos.


Ano 1 • Edição 8 • Agosto de <strong>2<strong>01</strong>8</strong> • Distribuição Gratuita<br />

Jornal Comunitário Metropolitano de Maringá • 3<br />

CURITIBA DE TODOS OS LOUVORES<br />

E DE TODOS OS HORRORES<br />

Laércio Souto Maior: Escritor, Historiador e Jornalista pernambucano, radicado em Curitiba-PR<br />

CURITIBA - Há várias maneiras<br />

de você opinar a respeito de<br />

Curitiba como cidade modelo na<br />

área de urbanismo.<br />

Calçadão da Rua XV e seu<br />

Bondinho - ao fundo o Palácio Avenida.<br />

Do discurso triunfalista de<br />

“uma das melhores cidades do planeta<br />

para se morar” pelas condições<br />

de vida oferecida aos seus “privilegiados”<br />

moradores; ao discurso<br />

pessimista e arrasador mostrando<br />

as mazelas da Vila Pinto<br />

que insistem em se multiplicar pelas<br />

periferias curitibanas com sua<br />

multidão de problemas que enrubesce<br />

de vergonha as faces dos seus<br />

orgulhosos burgueses e tornam<br />

insensíveis os ouvidos moucos dos<br />

tecnocratas de todos os escalões<br />

da prefeitura municipal “roucos”<br />

de tanto ouvir os clamores por trabalho,<br />

educação, paz e segurança,<br />

emitidos por milhares de famílias<br />

desamparadas. São duas faces de<br />

uma mesma moeda.<br />

De um lado da moeda, avista-se<br />

a Curitiba de primeiro mundo,<br />

laboratório mitológico de revolucionárias<br />

experiências urbanísticas<br />

que mexe e remexe de emoção<br />

o “Coração Curitibano” das orgulhosas<br />

hostes lernistas, mas que<br />

no fundo não passa de imitações<br />

bem sucedidas e adaptadas com<br />

competência a nossa realidade,<br />

que os olhos curiosos de nossos arquitetos<br />

nas suas andanças pelos<br />

quatro cantos do mundo transplantaram<br />

com tanto sucesso para<br />

Curitiba, enchendo os olhos de admiração<br />

dos ingênuos provincianos<br />

aqui residentes, e aplausos reconhecidos<br />

dos visitantes das outras<br />

regiões brasileiras e dos estrangeiros<br />

que por aqui aportam em viagens<br />

turísticas e de trabalho.<br />

Do outro lado da moeda, a Curitiba<br />

analisada pela ótica esquerdista<br />

e iconoclasta da visão do grupo<br />

requianista que tanto critica<br />

com razão a miséria periférica e o<br />

abandono do lado social pelos predestinados<br />

arquitetos do IPPUC, e<br />

os iluminados técnicos do modernoso<br />

"Chapéu Pensador", que são<br />

sistematicamente vencidos pela<br />

cruel realidade detonada pela era<br />

do neoliberalismo que arrasta com<br />

suas enchentes tenebrosas e a crueldade<br />

dos narcotraficantes a paz e<br />

o sossego do nosso lumpesinato<br />

que queda-se desamparado pela ausência<br />

de ações da prefeitura e dos<br />

seus alcaides e edis.<br />

Criança em meio ao lixo - Vila Pantanal,<br />

localizada no Alto Boqueirão.<br />

Mas, mesmo criticando, os<br />

requianistas elogiam e cantam<br />

louvores à “Curitiba, bela e justa”<br />

e demonstram explicitamente<br />

seu amor e admiração a sua fria,<br />

no sentido termográfico, e emocional,<br />

no sentido comportamental<br />

dos curitibanos, capital. Quem<br />

está com a razão? Não há como<br />

negar algumas características<br />

próprias de Curitiba que a coloca<br />

muitos pontos acima das inditosas<br />

capitais brasileiras.<br />

Com forte presença de imigrantes<br />

europeus, foi durante décadas<br />

do século XX mero e sortudo receptáculo<br />

das benesses, das riquezas<br />

que os ciclos econômicos gerados<br />

pela moderna agricultura paranaense<br />

direcionaram a capital enchendo<br />

as burras do governo aqui<br />

sediado, sem o ônus de suportar o<br />

atual processo de crescimento populacional<br />

galopante impelido pela<br />

implantação acelerada no final<br />

do século XX e começo do terceiro<br />

milênio do ciclo econômico da industrialização.<br />

Conclusão: a Curitiba, cidade<br />

modelo cantada em prosa e verso<br />

pelo seu moderno transporte coletivo,<br />

vias estruturais, estações tubo,<br />

parques maravilhosos, ruas e<br />

Fotos: Franklin Freitas (Bem Paraná)<br />

avenidas limpas e urbanizadas já<br />

encontra, mesmo entre apaixonados<br />

adeptos de seus encantos e méritos,<br />

reticências pessimistas como<br />

a emitida pelo seu mais apaixonado<br />

morador, o arquiteto e planejador<br />

urbano, Rafael Dely:<br />

“Não existe um amanhã para<br />

Curitiba se não houver uma nova<br />

revolução. A primeira, que<br />

lançou as luzes desta cidade para<br />

o mundo, está esgotada. Em<br />

seus estreitos limites, Curitiba<br />

está morta… é essencial que sejamos<br />

capazes de reinventarmos<br />

uma nova Curitiba”.■<br />

Vila Pinto (ou Vila Torres), que fica encravada na região central da Capital,<br />

às margens do Rio Belém.


4 • Jornal Comunitário Metropolitano de Maringá Distribuição Gratuita • Agosto de <strong>2<strong>01</strong>8</strong> • Edição 8 • Ano 1<br />

JUSTIÇA DETERMINA QUE PREFEITURA DE LONDRINA PAGUE<br />

PENSÃO ALIMENTÍCIA À FAMÍLIA DO JOVEM QUE MORREU<br />

APÓS SER BALEADO EM UMA AÇÃO DA GUARDA MUNICIPAL<br />

Guarda Municipal de Londrina recebeu autorização para usar armas de fogo letais no<br />

final de 2<strong>01</strong>5 e em menos de 3 anos, já se vê envolvida na morte de um cidadão<br />

Da Redação<br />

LONDRINA - O juiz Marcos José<br />

Viera da 1ª Vara da Fazenda Pública<br />

de Londrina, determinou no<br />

dia 18 de julho, que a Prefeitura de<br />

Londrina pague pensão alimentícia<br />

aos pais do jovem Matheus<br />

Evangelista, que morreu após ser<br />

baleado por um guarda municipal.<br />

O crime aconteceu no dia 11<br />

de março durante uma ação em<br />

que a Guarda Municipal foi chamada<br />

para apurar uma denúncia<br />

de perturbação de sossego no<br />

Conjunto Porto Seguro, zona norte<br />

de Londrina.<br />

O pedido de pensão partiu do<br />

advogado da família de Matheus,<br />

Mário Francisco Barbosa.<br />

Na decisão, o juiz reconheceu<br />

o direito a uma soma mensal equivalente<br />

a dois terços do salário mínimo,<br />

pois considerou que a morte<br />

do jovem de 18 anos, derivou de<br />

“disparo de arma de fogo portada<br />

por agente de segurança no uso de<br />

suas atribuições”, e disto advém o<br />

dever do Município de Londrina de<br />

indenizar seus familiares”.<br />

O juiz considerou que a renda<br />

produzida pelo trabalho de<br />

Matheus em uma marcenaria,<br />

ainda que sem registro trabalhista,<br />

era essencial para a subsistência<br />

da família.<br />

“A pensão por morte tem incontestável<br />

natureza alimentar,<br />

de modo que o aguardo da instrução<br />

e do trânsito em julgado da<br />

sentença trará aos requerentes<br />

grave dano capaz de comprometer<br />

a sua subsistência”, diz o juiz.<br />

Dois dos três guardas municipais<br />

que participaram da ação que<br />

terminou com a morte de Matheus,<br />

estão presos em Londrina foram<br />

indiciados por homicídio e fraude<br />

processual.<br />

Foto: reprodução do Facebook<br />

Matheus Evangelista,<br />

NOTA DA PREFEITURA DE<br />

LONDRINA:<br />

A prefeitura pode recorrer<br />

da decisão mas a assessoria<br />

de imprensa da Prefeitura de<br />

Londrina, informa que a municipalidade<br />

ainda não foi notificada<br />

mas que pretende “cumprir as decisões<br />

judiciais”.<br />

O QUE DISSE O PREFEITO<br />

DE LONDRINA APÓS O<br />

CRIME:<br />

Dez dias após o crime, o<br />

prefeito de Londrina Marcelo<br />

Belinati afirmou que “defende<br />

um amplo debate com a sociedade<br />

sobre o papel da Guarda<br />

Municipal”.<br />

Informações extraoficiais<br />

dão conta que se fala até no<br />

fim do policiamento armado<br />

realizado ostensivamente.■


Ano 1 • Edição 8 • Agosto de <strong>2<strong>01</strong>8</strong> • Distribuição Gratuita<br />

Jornal Comunitário Metropolitano de Maringá • 5<br />

PREFEITURA DE <strong>MARINGÁ</strong> “NÃO RECUARÁ”,<br />

E GUARDA MUNICIPAL ATUARÁ COM<br />

ARMAS DE FOGO, MAS NÃO SE SABE QUANDO<br />

Ligiane Ciola<br />

<strong>MARINGÁ</strong> - A Prefeitura de Maringá<br />

apresentou recentemente parte<br />

do arsenal de armas de fogo que<br />

será usado pela Guarda Municipal<br />

após a conclusão dos treinamentos<br />

que está prevista para o final desse<br />

ano. O custo do arsenal já comprado<br />

até agora é de 78 mil reais. São 10<br />

revólveres calibre 38 e 14 escopetas<br />

calibre 12. Outras 50 pistolas serão<br />

licitadas e compradas.<br />

Antônio Roberto dos Anjos Padilha,<br />

Coronel aposentado da Polícia<br />

Militar que durante 5 anos comandou<br />

a PM em Maringá, atualmente<br />

está à frente da Secretaria Extraordinária<br />

de Segurança Pública.<br />

O Secretário estima que as pistolas<br />

custarão aos cofres do município<br />

cerca de 200 mil reais. Cogitava-se<br />

a possibilidade de que a Guarda<br />

começasse a atuar armada (com<br />

armas de fogo letais) já a partir de<br />

outubro desse ano, mas o Secretário<br />

descarta essa possibilidade.<br />

“Quando assumi a Secretaria<br />

em fevereiro desse ano, era intenção<br />

armar a Guarda até outubro<br />

mas isso dependia dos processos<br />

licitatórios, porém um dos tipos<br />

de arma (pistola austríaca<br />

GLOCK 380) que queríamos comprar,<br />

dependia da autorização do<br />

exército que negou, e assim tivemos<br />

uma inelegibilidade de licitação.<br />

Nós abrimos outra licitação<br />

para aquisição das pistolas, o edital<br />

será através de pregão eletrônico<br />

e quem apresentar o menor<br />

preço será o vencedor.”<br />

Sobre a formação dos guardas<br />

municipais para a obtenção do porte<br />

de arma, o Secretário enfatiza<br />

que é a mesma que recebem policiais<br />

civis e militares.<br />

“Em 2<strong>01</strong>5 tivemos a primeira<br />

parte do treinamento que obedece<br />

a matriz curricular nacional, definida<br />

pela Secretaria Nacional de<br />

Segurança Pública. Da primeira<br />

turma, 50 dos 70 guardas municipais<br />

que participaram das 558 horas<br />

de treinamento teórico foram<br />

nivelados à formação de um PM.<br />

Do grupo que está em treinamento<br />

atualmente participam 41 guardas,<br />

e certamente nem todos serão<br />

nivelados, alguns reprovarão<br />

no processo. Só os que passam da<br />

primeira fase e superam também<br />

a avaliação psicológica, farão a segunda<br />

fase do treinamento que<br />

consiste em 254 horas de prática<br />

de tiro. Para que a Guarda Municipal<br />

possa trabalhar armada,<br />

nós enviaremos à Câmara Municipal<br />

um projeto de lei complementar<br />

sobre o Estatuto da Guarda<br />

Municipal, previsto na lei nacional<br />

número 13022 que entre outras<br />

coisas estabelece o plano de<br />

carreira, de cargos, ouvidoria e<br />

corregedoria.”<br />

Coronel Padilha:<br />

“Trabalhamos para minimizar os erros...<br />

Mas dizer que não haverá é impassível!”<br />

O <strong>FATO</strong> <strong>MARINGÁ</strong>: Depois<br />

da morte do jovem Matheus de<br />

Londrina que viu envolvida a Guarda<br />

Municipal, a Prefeitura de Maringá<br />

não pensa de recuar da decisão<br />

de armar seu contingente?<br />

CORONEL PADILHA: “Não,<br />

nunca nos passou pela cabeça, primeiro<br />

porque é promessa de campanha<br />

do Prefeito Ulisses. Eu estou<br />

empenhando o meu nome e<br />

não vou colocar ninguém armado<br />

nas ruas que não esteja apto. Agora,<br />

recuar não. Muita gente está<br />

criticando e dizendo que a Guarda<br />

Municipal não tem capacidade<br />

para trabalhar armada, mas eu digo<br />

que tem, basta seguir a preparação<br />

adequada, é isso que estamos<br />

fazendo. Eu não me preocupo<br />

com o prazo para o início do trabalho<br />

da Guarda armada, mas de<br />

como entregarei cada guarda para<br />

a sociedade, eles terão que estar<br />

qualificados para isso.”<br />

O <strong>FATO</strong> <strong>MARINGÁ</strong>: O senhor<br />

não teme que em Maringá aconteça<br />

a mesma coisa que aconteceu<br />

em Londrina?<br />

CORONEL PADILHA: “Não, a<br />

avaliação psicológica se dispõe a isso.<br />

Se você faz uma avaliação criteriosa,<br />

veja, alguns guardas reprovados<br />

vieram me questionar porque<br />

os reprovei; eu lhes disse que<br />

não sou eu que estou reprovando,<br />

existe um parâmetro na avaliação<br />

psicológica que avalia o nível de<br />

conduta adequado para aquela<br />

Fotos:<br />

Vivian Silva/PMM<br />

função. Aqui nós vamos armar<br />

quem devidamente for aprovado.”<br />

O <strong>FATO</strong> <strong>MARINGÁ</strong>: Então o<br />

senhor não teme?<br />

CORONEL PADILHA: “Não,<br />

absolutamente não temo.”<br />

O <strong>FATO</strong> <strong>MARINGÁ</strong>: O senhor<br />

descarta que possa acontecer um<br />

caso como o de Londrina?<br />

CORONEL PADILHA: “Olha,<br />

eu vou dar um exemplo: Comandei<br />

o quarto batalhão durante cinco<br />

anos. Durante esse tempo, tivemos<br />

mais de 400 confrontos armados.<br />

Cada confronto desse é aberto<br />

um procedimento e aqui não<br />

vai ser diferente. O procedimento<br />

verificará se o guarda agiu dentro<br />

da técnica, de acordo com a lei, se<br />

era condizente o uso da arma e<br />

muitas outras coisas. Se um policial<br />

ou guarda dispara, nós vamos<br />

querer saber porque ele disparou,<br />

se a vida dele ou de terceiros estava<br />

em risco, enfim, trabalhamos<br />

para minimizar o erro. Existe dentro<br />

do direito processual as excludentes<br />

de penalidades para quem<br />

atua no dever da atribuição, mas<br />

dizer que não haverá erro, é impossível.<br />

Repito, estamos trabalhando<br />

para minimizar o erro.”■


6 • Jornal Comunitário Metropolitano de Maringá Distribuição Gratuita • Agosto de <strong>2<strong>01</strong>8</strong> • Edição 8 • Ano 1<br />

PREFEITO HOMENAGEIA<br />

PIONEIRO MAIS ANTIGO DE <strong>MARINGÁ</strong><br />

<strong>MARINGÁ</strong> - O Pioneiro Antônio<br />

Manfrinato, de 96 anos, recebeu visita<br />

do prefeito de Maringá, Ulisses<br />

Maia, que lhe homenageou com brasão<br />

da prefeitura.<br />

A visita a Manfrinato e sua família<br />

foi na manhã desta quinta, 12, na Zona<br />

7, local que mora desde 1975. “É um prazer<br />

ter vocês aqui na minha casa”, disse<br />

Manfrinato, pai de seis filhos, avô de 19<br />

netos e bisavô de 13 bisnetos.<br />

“São muitas histórias”, reconheceu<br />

o prefeito Ulisses Maia, enquanto<br />

observava as antiguidades guardadas<br />

Foto:<br />

Márcio Naka<br />

Pioneiro Antonio Manfrinato e o<br />

Prefeito Ulisses Maia<br />

na casa de Manfrinato. Na parede, diversos certificados, homenagens e reportagens<br />

em quadros. No quintal, carroça que puxava café, casinha de madeira<br />

com objetos antigos e diversos pés de frutas. Muitos dos objetos de<br />

Manfrinato estão no Museu da Universidade Estadual de Maringá UEM.<br />

“Quando eu vim para cá, na década de 40, não tinha rua, nem casas”,<br />

lembra Manfrinato, dizendo que morava num sítio, onde hoje é a UEM.<br />

“Quando eu fui na inauguração da Capela<br />

Santa Cruz, em 1947, tive que passar pelo<br />

mato, de farolete”, contou. Cheio de<br />

histórias, saudades e lembranças, o pioneiro<br />

se recorda facilmente de diversas<br />

datas importantes e grandes conquistas<br />

da cidade. “Vi Maringá se desenvolver,<br />

cresci com ela”, se orgulha.■<br />

Fonte: Diretoria de Comunicação/PMM<br />

A DEMOCRACIA ACEITA TUDO,<br />

MENOS QUE CONSPIREM CONTRA ELA<br />

Teodoro Casanova<br />

Foto: Google Maps<br />

<strong>MARINGÁ</strong> - O semáforo fecha na Avenida Colombo com a Avenida<br />

Mandacaru, estamos indo para o Parque de Exposições, acompanhar o<br />

encontro com a princesa Mako do Japão.<br />

É horário de rush e o trânsito é caótico como sempre. Um homem<br />

segurando um caderno aberto com uma nota de Cinco Reais bem visível circula<br />

entre os carros: “Uma doação por favor.”, me diz o homem que não parece estar<br />

na pior. Respondo: “Estou tão duro, que 'tô' quase pegando os cincão que está em<br />

seu caderno...”<br />

Ele recua pois demora a entender que estou brincando. Depois, tenta me<br />

consolar dizendo: “Tá duro irmão, os 'homi robaro' tudo!”. Provoco: “Diziam que<br />

o problema era a Dilma e agora estão com vergonha do que disseram”. Ele não<br />

parece entender, mas lasca: “Tem que pôr os militar!”<br />

“Você tá louco...” (digo, mentalmente e concluo) “É lógico que tá.”, mas o<br />

impulso é mais forte e parto para o discurso: “Meu amigo, você quer ser eliminado,<br />

espancado, humilhado e perder os direitos de seus trocos aqui? Você lembra do<br />

militarismo, dos tempos em que eras menino?”<br />

Em choque o homem responde que “Os<br />

'homi' do Fusca preto batiam sempre em meu<br />

pai.” O semáforo se abre e ele diz: “Vai com<br />

Deus!”, e eu vou, sem saber o que fazer.<br />

Sabemos quem colocou na cabeça do<br />

povo que é democrático pedir o retorno à<br />

ditadura, e que são os mesmos que se<br />

dizem cristãos, mas que anunciam que<br />

votarão em um candidato que apoia a<br />

tortura. Desligue a TV!■<br />

ATLETAS DE PROJETO SOCIAL<br />

VISITAM MUSEU ESPORTIVO<br />

Eles integram o projeto “Arte Suave” da Associação<br />

para o Desenvolvimento do Jiu-Jitsu Paranaense.<br />

Marcelo Bulgarelli<br />

<strong>MARINGÁ</strong> - Uma viagem ao<br />

passado esportivo regional. Dezoito<br />

integrantes do projeto social<br />

“Arte Suave” da Associação para o<br />

Desenvolvimento do Jiu-Jitsu Paranaense<br />

(ADJJP) visitaram o Museu<br />

Esportivo de Maringá (MEM).<br />

Eles foram acompanhados pelo<br />

presidente da Concessionária de<br />

Rodovias Viapar, Guilherme Nogueira,<br />

patrocinadora da iniciativa histórica e também dos atletas.<br />

No museu estão expostas aproximadamente 2 mil peças, num espaço de<br />

200 metros quadrados. São fotografias, camisas, agasalhos, bolas, flâmulas, canecas,<br />

medalhas, troféus, recortes de jornal, além é claro de adereços das décadas<br />

de 40 aos dias atuais. O presidente da concessionária elogiou o projeto.<br />

“Trata-se de uma exposição maravilhosa. Vamos trabalhar para levar o acervo<br />

para um lugar maior, uma forma de valorizar ainda mais a bela história da cidade.<br />

Esse trabalho de preservação é muito importante para entender as origens, as<br />

raízes. O passado é importante para você saber uma direção a seguir no futuro”,<br />

avaliou Guilherme Nogueira. “Também é um prazer incentivar estes jovens e saber<br />

que estão trilhando um belo caminho no esporte”.<br />

O programa “Arte Suave” ensina jiu-jítsu gratuitamente a estudantes de escolas<br />

públicas. Para participar, além de competir<br />

os beneficiados precisam tirar boas<br />

notas e não faltar nos treinos realizados diariamente<br />

na Academia Dojo Figth Club<br />

(DFC), em Maringá.■<br />

SERVIÇO: A entrada no museu é gratuita. Ele fica<br />

na R. Domingos Salgueiro, 1415, esq. c/ Av. Carlos<br />

Borges no Jd. Guaporé. Aberto de Terça a Sexta das<br />

14h às 18h e aos Sábado, das 9h às 12h. + Informações,<br />

acesse: www.museuesportivo.com.br


Foto: Arquivo Pessoal<br />

Ano 1 • Edição 8 • Agosto de <strong>2<strong>01</strong>8</strong> • Distribuição Gratuita<br />

VICENTE PIMENTEL<br />

UM CAMPEÃO DE<br />

OUTROS TEMPOS<br />

Jornal Comunitário Metropolitano de Maringá • 7<br />

Vicente Pimentel nos<br />

Jogos Abertos do Paraná de 1973 em Maringá.<br />

Professor Vicente Pimentel Dias, na Pista de<br />

Atletismo do Estádio Regional Willie Davids<br />

J. C. Leonel<br />

<strong>MARINGÁ</strong> - Tenho certeza que<br />

todos os seus ex-atletas e alunos<br />

que terão acesso a um exemplar<br />

desta edição de O <strong>FATO</strong>, farão questão<br />

de guarda-lo como recordação<br />

de alguém que fez história como<br />

atleta nas pistas e como educador<br />

nas escolas.<br />

Campeão da primeira edição<br />

da prova rústica Tiradentes, venceu<br />

também a segunda. Nasceu em<br />

Marialva, mas mudou-se para Maringá<br />

ainda muito jovem e a paixão<br />

pelo atletismo nasceu tarde, só<br />

aos 18 anos.<br />

Eram outros tempos, e por isso<br />

são poucas as fotos e não há nenhum<br />

registro em vídeo das proezas<br />

que Pimentel produziu nas pistas<br />

do Paraná, do Brasil e também<br />

fora dele.<br />

Relatos de quem o viu competir<br />

nas pistas e nas ruas, atestam: “Foi<br />

um dos melhores atletas de fundo que<br />

Maringá já teve”. Muitos dizem que<br />

ele parou muito cedo, outros dizem<br />

que Pimentel teve azar de ter nascido<br />

em um período em que se competia<br />

Fotos: em pistas que não favoreciam<br />

Acervo do Museu Esportivo de Maringá<br />

a performance dos atletas.<br />

“Se tivesse nascido nos anos 80,<br />

com certeza teria chegado a uma<br />

Olimpíada”, diz um ex-atleta dos<br />

tempos de Pimentel.<br />

E Pimentel o que diz sobre esses<br />

comentários? Ele não concorda<br />

com nada. É só agradecimentos.<br />

Agradece pela saúde que tem e pelas<br />

pistas de pedrinhas e de terra<br />

que lhe doaram muitas vitórias.<br />

Hoje, a poucos meses de completar<br />

67 anos, agradece eternamente<br />

de ter ficado aqui em<br />

Maringá.<br />

Foto: Arquivo Pessoal<br />

Vicente na UNIVESÍADES - Campeonato<br />

Universitário Mundial, de 1975 em Roma, Itália.<br />

“Passei no vestibular da<br />

UEM, mas não tinha condições<br />

de pagar as mensalidades. Naquela<br />

época, a universidade pública<br />

era paga.<br />

Naquele ano, venci 4 provas<br />

nos Jogos Abertos do Paraná que<br />

foram disputados aqui em Maringá<br />

mesmo, e aí surgiu um boato<br />

que Londrina queria me levar para<br />

competir.<br />

Tentaram me levar embora<br />

mas eu não quis ir de jeito nenhum.<br />

Na época o Prefeito Silvio<br />

Barros me chamou para conversar<br />

e me disse: ‘Você vai ficar<br />

em Maringá’.<br />

Ganhei uma bolsa de estudos<br />

e um trabalho na prefeitura<br />

que garantiu o pagamento dos<br />

meus estudos.”<br />

As vitórias foram muitas, mas<br />

sua melhor performance do ponto<br />

de vista atlético, aconteceu em<br />

1976, durante a Competição<br />

Internacional de Atletismo em<br />

São Paulo.<br />

Pimentel registrou a excelente<br />

marca de 3:49,05 min (três minutos,<br />

quarenta e nove segundos e<br />

cinco décimos) e ficou em 3º lugar.<br />

“Não me lamento. Esse resultado<br />

permaneceu como recorde<br />

paranaense até 1987, 11<br />

anos após eu ter deixado as competições.”<br />

Campeão brasileiro universitário<br />

em 1975, ganhou o direito de<br />

participar da UNIVERSÍADES em<br />

Roma, a Olimpíada Universitária<br />

Mundial. É um grande evento. Ali<br />

conquistou o recorde brasileiro<br />

universitário.<br />

Quero dizer que temos tantos<br />

atletas valorosos na nossa história<br />

e que por isso serão sempre notícias<br />

que queremos repropor, porque<br />

provavelmente em épocas<br />

passadas, os feitos não encontravam<br />

tantos meios de comunicação<br />

como temos hoje, para render-lhes<br />

merecidos reconhecimentos,<br />

até de público.<br />

Suas medalhas, suas conquistas!<br />

Pimentel ganhou muitas outras<br />

coisas no esporte, como atleta<br />

e como treinador, mas a sua maior<br />

vitória é sem dúvida nenhuma,<br />

o fato de ser também um grande<br />

professor, um excelente amigo,<br />

um atleta com honra olímpica.<br />

Justa é a homenagem que a<br />

Corrida Pedestre do Jardim Alvorada<br />

faz a este digno representante<br />

do esporte puro.<br />

Aos competidores da próxima<br />

Corrida Rústica do Alvorada - Professor<br />

Vicente Pimentel <strong>2<strong>01</strong>8</strong>, desejo<br />

que percebam a presença deste<br />

atleta que é história nossa e vive<br />

entre nós.■<br />

Prof. Vicente na 17ª Corrida Rústica do Jd. Alvorada


8 • Jornal Comunitário Metropolitano de Maringá Distribuição Gratuita • Agosto de <strong>2<strong>01</strong>8</strong> • Edição 8 • Ano 1

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