1999_Luzes-ApostoloPulchrum

LUZES DA CIVILIZAÇÃO CRISTÃ
Revista Dr Plinio 17, Agosto 1999
Esplendorosa e
sorridente majestade
C
erta vez, num passeio pela França, um menino
brasileiro de quatro anos desejou comprar, com
uma única moeda de libra esterlina, o Palácio de
Versalhes. Sua alma inocente e propensa ao maravilhoso se
encantara sobremaneira com as magnificências daquele
edifício dos antigos reis da França.
Transcorreram-se os anos, as décadas, e o enlevo
de Dr. Plinio — pois era ele o menino — explicitou-se,
enriquecendo-se com profundas análises e novas
admirações que se traduziram em numerosos comentários.
Vejamos em seguida alguns deles.
Ao considerarmos os belos
e variados aspectos de Versailles,
devemos ter em vista
que este grandioso palácio traz
consigo algo da formosura da Idade
Média, mesclado ao espírito excessivamente
voltado para as glórias e
prazeres terrenos, que esteve na origem
da decadência medieval. Don-
de ele representar, ao mesmo tempo,
um progresso do esplendor monárquico,
da cultura e da civilização,
e um declínio dos valores religiosos
e sobrenaturais que conheceram inigualável
florescimento no período
histórico anterior.
Feita esta ressalva, nada nos impede
de admirar algumas das mara-
Galeria dos Espelhos e busto de Luís XIV
vilhas que o palácio construído por
Luís XIV — o Rei Sol — faz cintilar
aos nossos olhos.
***
As grades e seu portão de entrada
são monumentais, à maneira de um
arco-do-triunfo em honra da realeza.
Com suas colunas e trave pretas,
folheadas a ouro, ornadas de figuras
mitológicas, o pórtico parece construído
para sustentar e reverenciar o
escudo de armas da França, no alto
do qual está uma reprodução da co-
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