Analytica 95
Destaque Obtenção do hidróxido de cobre (II) através de reação química Artigo científico Determinação e eficácia do teor de cloro em águas sanitárias comercializadas na cidade de Maceió/AL Análise de minerais Utilização da titulação potenciométrica para determinação do teor de ferro em amostras de minério de ferro Microbiologia Água na indústria farmacêutica do ponto de vista microbiológico Instrumentação e normalização Os ensaios em argamassas inorgânicas decorativas
Destaque
Obtenção do hidróxido de cobre (II) através de reação química
Artigo científico
Determinação e eficácia do teor de cloro em águas sanitárias comercializadas na cidade de Maceió/AL
Análise de minerais
Utilização da titulação potenciométrica para determinação do teor de ferro em amostras de minério de ferro
Microbiologia
Água na indústria farmacêutica do ponto de vista microbiológico
Instrumentação e normalização
Os ensaios em argamassas inorgânicas decorativas
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artigo 2<br />
Autores:<br />
João Paulo dos Santos1, Lílian Márcia<br />
Dias dos Santos2, Patrícia Miranda<br />
Lima3, Eliane Costa Souza4, Nely Targino<br />
Do Valle Cerqueira5, Waléria Dantas Pereira6,<br />
Yáskara Veruska Ribeiro Barros7.<br />
16<br />
REVISTA ANALYTICA - JUN/JUL 18<br />
Foi escolhido este hortifrúti por ser<br />
um alimento comumente utilizado<br />
pela população na elaboração de<br />
saladas cruas.<br />
Após a aquisição das amostras<br />
de águas sanitárias e dos pés da<br />
Alface, estes foram encaminhadas<br />
em temperatura ambiente e em<br />
caixas térmicas com gelo respectivamente,<br />
ao laboratório de microbiologia<br />
do Centro Universitário<br />
Cesmac para as devidas análises.<br />
A metodologia utilizada para<br />
análise do teor de cloro residual foi<br />
pela ABNT9. Para análise microbiológica<br />
foi utilizada a metodologia de<br />
Silva et. al10.<br />
3.Procedimentos<br />
Análise do cloro residual<br />
Após a preparação das soluções<br />
de ácido sulfúrico a 10% (p/p), de<br />
iodeto de potássio a 20% (p/p), de<br />
tiossulfato de sódio a 0,1M, foram<br />
pipetados 10 mL de cada amostra<br />
e transferidos para um balão volumétrico<br />
de 100 mL. Em seguida<br />
aferiu-se com água destilada e<br />
homogeneizou-se. Mediu-se 10<br />
mL em uma proveta, desta solução<br />
recém-preparada e transferiu-se<br />
para um erlenmeyer de 250 mL.<br />
Depois foram adicionados ao erlenmeyer<br />
10 mL da solução de ácido<br />
sulfúrico (H2SO4) a 10% (p/p),<br />
10 mL de KI a 20% (p/p) e 5 mL<br />
de água destilada com o auxílio de<br />
pipetas graduadas de 10mL com<br />
pêra de borracha. Utilizando uma<br />
bureta de 50 mL titulou-se com a<br />
solução de Na2S2O3 0,1 mol/L até<br />
a amostra apresentar a coloração<br />
amarelada. Em seguida, colocou-<br />
-se 5mL da solução de amido 5%<br />
(p/v) observando o surgimento de<br />
uma coloração azul escura. Continuou-se<br />
a titulação até que a cor<br />
azul escura desaparecesse. Ao final,<br />
anotou-se o volume gasto em<br />
mL. O procedimento foi realizado<br />
em duplicata.<br />
Após a análise foram realizados<br />
os cálculos da porcentagem de<br />
cloro ativo na amostra através da<br />
fórmula da ABNT9.<br />
% de cloro ativo = (V1 x N1 x<br />
Meq Cl2 x 100) / Valiq x Vdil<br />
Onde: V1 = volume de Na2S2O3<br />
gasto na titulação;<br />
N1 = Normalidade da solução de<br />
Na2S2O3;<br />
MeqCl2 = Miliequivalente-grama<br />
do Cl2 = 35,5.10-3 ;<br />
Valiq = volume da alíquota para<br />
a diluição utilizada na titulação;<br />
Vdil = volume final a diluição da<br />
solução após a diluição;<br />
% de cloro ativo = (V1 x N1 x<br />
Meq Cl2 x 100) / Valiq x Vdil<br />
Análise Microbiológica<br />
para coliformes<br />
termotolerantes<br />
De cada pé de alfacenão higienizada,<br />
foram pesadas 25g e colocadas<br />
em um erlenmayer com 225<br />
mL de solução salina a 0,8% esterilizada.<br />
Foram realizadas diluições<br />
decimais até 10-3, utilizando-se<br />
tubos contendo 9mL de solução<br />
salina a 0,8% estéreis. Após as diluições.<br />
Para determinação presuntiva<br />
de coliformes fecais inoculou-<br />
-se 1 mL de cada diluição em uma<br />
série de três tubos contendo 9 mL<br />
de caldo lauril sulfato triptose (LST).<br />
Os tubos foram homogeneizados e<br />
incubados a 35°C/48 horas. De<br />
cada tubo positivo, com crescimento<br />
e produção de gás no interior do<br />
tubo de Durham, foi transferida<br />
uma alçada para tubos contendo<br />
caldo E. coli(EC), e incubados em<br />
banho-maria a 44,5ºC/24-48h<br />
observando-se a existência de tubos<br />
positivos com crescimento e<br />
produção de gás no interior dos<br />
tubos de Durham, confirmativos<br />
da presença de coliformes fecais.<br />
Após a contagem de tubos positivos<br />
foi determinado o Número Mais<br />
Provável (NMP∕g).<br />
Das mesmas amostras de Alface,<br />
foram pesadas 25g lavadas<br />
em água corrente potável e individualmente<br />
foram sanitizadas de<br />
imersão em solução de água sanitária<br />
a 200 ppm de cloro ativo (5,0<br />
mL,/500 mL de água), por um tempo<br />
de 15 minutos conforme recomendado<br />
pela Anvisa11. Decorrido<br />
o tempo de contato estabelecido<br />
estas foram enxaguadas em água<br />
corrente potável e foi realizada a<br />
mesma análise microbiológica citada<br />
acima para coliformes termotolerantes.<br />
Resultados e Discussão<br />
A legislação (Portaria nº 89/94)5<br />
define que o teor de cloro ativo<br />
na água sanitária comercial deve<br />
atender o intervalo entre 2,0 a<br />
2,5% p/p para fins de registro. Entretanto,<br />
para fins de fiscalização, a<br />
ANVISA considera um intervalo de<br />
aceitação entre 1,75 e 2,75 % p/p<br />
(RDC nº 184/2001)12.<br />
Na Tabela 1 das 12 marcas comerciais<br />
de águas sanitárias analisadas,<br />
2 (a marca B e K) e 2 (marca<br />
C e F) apresentaram percentuais de<br />
cloro abaixo e acima do permitido<br />
pela legislação respectivamente.<br />
O controle microbiano é dependente<br />
da qualidade e da carga microbiana<br />
inicial da matéria-prima,<br />
portanto como podemos observar<br />
na Tabela 1, 75% (n=9) das alfaces,<br />
que não passaram pelo processo<br />
de higienização, apresentaram<br />
uma carga microbiana inicial<br />
elevada, e destas apenas a marca<br />
comercial K com o teor de cloro de<br />
1,21% não apresentou eficácia no<br />
processo de sanitização, pois o índice<br />
de contaminação para coliformes<br />
fecais da alface ficou acima do<br />
permitido pela legislação que é de<br />
100 NMP/g.<br />
Na marca comercial B apesar de<br />
possuir um teor de cloro de 1,47%<br />
e reduzir a carga microbiana da<br />
alface a níveis aceitáveis de contaminação<br />
por coliformes fecais, a<br />
contaminação inicial desta horta-