O Escapulário de Nossa Senhora do Carmo
Escapulário um sinal seguro de salvação, proteção nos perigos e paz
Escapulário um sinal seguro de salvação, proteção nos perigos e paz
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
O <strong>Escapulário</strong> <strong>de</strong><br />
<strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong> <strong>do</strong> <strong>Carmo</strong>
Campanha "Vin<strong>de</strong> <strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong> <strong>de</strong> Fátima, não tar<strong>de</strong>is!"<br />
R. Martim Francisco, 665<br />
Santa Cecília<br />
01226-001 - São Paulo - SP<br />
Telefone: (11) 2206-4540 (11) 3777-5120<br />
O <strong>Escapulário</strong> <strong>de</strong> <strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong> <strong>do</strong> <strong>Carmo</strong><br />
Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r: João Sérgio Guimarães
Introdução<br />
Nas aparições <strong>de</strong> Fátima, estão presentes <strong>de</strong><br />
mo<strong>do</strong> privilegia<strong>do</strong> as duas principais <strong>de</strong>voções marianas<br />
que engalanaram <strong>de</strong> santos os altares: o Rosário<br />
e o <strong>Escapulário</strong>.<br />
No auge das aparições, no dia 13 <strong>de</strong> Outubro,<br />
enquanto acontecia o gran<strong>de</strong> milagre <strong>do</strong> Sol visto por<br />
mais <strong>de</strong> 70 mil pessoas, a Mãe <strong>de</strong> Deus mostrou-se<br />
aos pastorinhos sob a invocação <strong>de</strong> <strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong> <strong>do</strong><br />
<strong>Carmo</strong>, apresentan<strong>do</strong> nas mãos o <strong>Escapulário</strong>.<br />
Para aqueles que realmente <strong>de</strong>sejam a conversão<br />
<strong>do</strong> mun<strong>do</strong> o atendimento completo <strong>do</strong>s pedi<strong>do</strong>s<br />
feitos por <strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong> em 1917 impõe que se<br />
conheça a importância <strong>do</strong> <strong>do</strong>m <strong>do</strong> <strong>Escapulário</strong>, e que<br />
este seja difundi<strong>do</strong> o mais amplamente possível.
O <strong>Escapulário</strong> <strong>de</strong> <strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong> <strong>do</strong> <strong>Carmo</strong><br />
• 3 •
O <strong>Escapulário</strong> <strong>de</strong><br />
<strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong> <strong>do</strong> <strong>Carmo</strong><br />
“Não, não basta dizer que o <strong>Escapulário</strong> é um sinal <strong>de</strong><br />
salvação. Eu sustento que não há outro que faça nossa<br />
pre<strong>de</strong>stinação tão certa...”<br />
(São Cláudio la Colombière, S.J.)<br />
•<br />
• • •<br />
A família Espiritual <strong>de</strong><br />
Santo Elias<br />
No cenário exuberante e poético da Galiléia,<br />
num pequeno promontório sobre o Mar Mediterrâneo<br />
<strong>de</strong>staca-se o Monte Carmelo, refúgio <strong>de</strong> muitos varões<br />
santos que, no Antigo Testamento, se retiravam àquele<br />
lugar isola<strong>do</strong> para rezar pela vinda <strong>do</strong> Divino Salva<strong>do</strong>r.<br />
Mas nenhum <strong>de</strong>stes santos impregnou <strong>de</strong> tanta virtu<strong>de</strong><br />
aquelas rochas abençoadas quanto Santo Elias.<br />
• 4 •
O <strong>Escapulário</strong> <strong>de</strong> <strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong> <strong>do</strong> <strong>Carmo</strong><br />
• 5 •
Quan<strong>do</strong> este profeta <strong>de</strong> zelo ar<strong>de</strong>nte para aí se<br />
retirou, por volta <strong>do</strong> Século IX antes da Encarnação<br />
<strong>do</strong> Filho <strong>de</strong> Deus, havia três anos que uma implacável<br />
estiagem encerrava os céus da Palestina, punin<strong>do</strong> a<br />
infi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s hebreus para com Deus. Enquanto<br />
rezava com fervor, pedin<strong>do</strong> que o castigo fosse alivia<strong>do</strong><br />
pelos méritos dAquele Re<strong>de</strong>ntor que haveria<br />
<strong>de</strong> vir, Elias enviou o seu servo ao cume <strong>do</strong> monte,<br />
or<strong>de</strong>nan<strong>do</strong>-lhe: “Vai, e olha para o la<strong>do</strong> <strong>do</strong> mar”...<br />
Mas o servo nada viu. E, <strong>de</strong>scen<strong>do</strong>, disse: “Não há<br />
nada”. Confiante, o Profeta fê-lo retomar sete vezes a<br />
infrutuosa escalada. Por fim, o servo retornou, dizen<strong>do</strong>:<br />
“Vejo uma nuvenzinha <strong>do</strong> tamanho da pegada <strong>de</strong><br />
um homem”. De fato, a nuvem era tão pequena e diáfana<br />
que parecia <strong>de</strong>stinada a <strong>de</strong>saparecer ao primeiro<br />
sopro <strong>do</strong>s abrasa<strong>do</strong>s ventos <strong>do</strong> <strong>de</strong>serto. Mas não,<br />
pouco a pouco cresceu, alargou-se no céu até cobrir<br />
to<strong>do</strong> o horizonte e fez precipitar-se sobre a terra uma<br />
abundante chuva. Foi, naquele momento, a salvação<br />
<strong>do</strong> povo <strong>de</strong> Deus.<br />
Em sua contemplação, Elias enten<strong>de</strong>u que<br />
aquela pequena nuvem era uma figura da humil<strong>de</strong><br />
Maria, cujos méritos e virtu<strong>de</strong>s exce<strong>de</strong>riam os <strong>de</strong> to<strong>do</strong><br />
o gênero humano, atrain<strong>do</strong> para os peca<strong>do</strong>res o perdão<br />
e a Re<strong>de</strong>nção. Com 700 anos <strong>de</strong> antecedência, o<br />
Profeta havia vislumbra<strong>do</strong> o papel media<strong>do</strong>r da Mãe<br />
<strong>do</strong> Messias espera<strong>do</strong>. E tornou-se, por assim dizer, o<br />
seu primeiro <strong>de</strong>voto sobre a terra.<br />
• 6 •
O <strong>Escapulário</strong> <strong>de</strong> <strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong> <strong>do</strong> <strong>Carmo</strong><br />
O Monte Carmelo, que significa jardim, é uma<br />
elevação próxima à cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Haifa, em Israel<br />
O fervor mariano <strong>de</strong> Santo Elias não <strong>de</strong>sapareceu<br />
quan<strong>do</strong> este foi arrebata<strong>do</strong> ao céu por um carro<br />
<strong>de</strong> fogo. Uma bela tradição diz-nos que sempre houve<br />
no Monte Carmelo eremitas que ali viveram, rezan<strong>do</strong><br />
e pregan<strong>do</strong> aos peregrinos. Mas viviam isola<strong>do</strong>s, sem<br />
qualquer regra fixa.<br />
Por volta <strong>do</strong> Século IV houve uma transformação.<br />
Quan<strong>do</strong> começaram a aparecer os primeiros<br />
cenobitas, alguns acorreram para as encostas <strong>do</strong><br />
Monte Carmelo com o <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> viver em comunida<strong>de</strong>,<br />
buscan<strong>do</strong> conservar o espírito <strong>de</strong> Santo Elias<br />
e transmiti-lo <strong>de</strong> geração em geração até o fim <strong>do</strong><br />
• 7 •
mun<strong>do</strong>. Ainda hoje se vê nas encontas rochosas as<br />
ruínas <strong>de</strong> uma pequena ermida que ali edificaram.<br />
Por volta <strong>do</strong> Século XII, um grupo <strong>de</strong> novas<br />
vocações, <strong>de</strong>sta vez vindas <strong>do</strong> Oci<strong>de</strong>nte no gran<strong>de</strong><br />
movimento das Cruzadas, acrescentou renova<strong>do</strong> fervor<br />
à antiga família <strong>de</strong> almas. Logo se edificou uma<br />
pequena igreja on<strong>de</strong> a comunida<strong>de</strong> se entregava à<br />
vida <strong>de</strong> oração, e em torno <strong>de</strong>la viviam ten<strong>do</strong> tu<strong>do</strong> em<br />
comum. Po<strong>de</strong>-se dizer que simbolicamente a pequena<br />
“nuvenzinha” já havia cresci<strong>do</strong> e fazia chover sobre a<br />
terra abundantes graças.<br />
Com esse florescimento, porém, tornava-se<br />
necessária uma vida mais disciplinada. Em 1225, uma<br />
<strong>de</strong>legação da Or<strong>de</strong>m dirigiu-se a Roma para pedir à<br />
Santa Sé a aprovação <strong>de</strong> uma Regra, que foi efetivamente<br />
concedida pelo Papa Onório III em 1226.<br />
Com a atenção da Santa Sé voltada para a Or<strong>de</strong>m<br />
Carmelitana, parecia haver todas as condições para<br />
que esta florescesse e se espalhasse por to<strong>do</strong> o<br />
mun<strong>do</strong>. Contu<strong>do</strong>, novas provações ameaçavam fazer<br />
ruir aquele i<strong>de</strong>al já duas vezes milenar.<br />
Com a invasão <strong>do</strong>s lugares santos pelos muçulmanos,<br />
todas as comunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> monges foram <strong>de</strong>struídas<br />
e o superior <strong>do</strong> Monte Carmelo <strong>de</strong>u permissão aos<br />
religiosos para se trasladarem ao Oci<strong>de</strong>nte a fim <strong>de</strong> aí<br />
fundarem novos núcleos, o que muitos fizeram <strong>de</strong>pois<br />
• 8 •
O <strong>Escapulário</strong> <strong>de</strong> <strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong> <strong>do</strong> <strong>Carmo</strong><br />
da queda <strong>do</strong> último baluarte <strong>de</strong> resistência cristã, o<br />
Forte São João d’Acre. Os poucos que lá ficaram foram<br />
martiriza<strong>do</strong>s enquanto cantavam a Salve Rainha.<br />
São Simão Stock<br />
Uma vez passa<strong>do</strong>s para o Continente Europeu,<br />
os fra<strong>de</strong>s <strong>do</strong> <strong>Carmo</strong> não conseguiam se organizar e<br />
começaram a vaguear como membros <strong>de</strong> uma Or<strong>de</strong>m<br />
quase <strong>de</strong>sconhecida, mal-admirada e à beira <strong>do</strong><br />
<strong>de</strong>saparecimento. A família religiosa <strong>de</strong> Santo Elias<br />
parecia um tronco seco e velho, fada<strong>do</strong> a se <strong>de</strong>smanchar<br />
em pó.<br />
<strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong> não havia esqueci<strong>do</strong>, contu<strong>do</strong>,<br />
o amor <strong>do</strong>s seus primeiros <strong>de</strong>votos. Era o instante<br />
espera<strong>do</strong> para fazer florescer no alto da ressecada<br />
vara uma das mais belas flores: São Simão Stock.<br />
Esse inglês, por sua reconhecida virtu<strong>de</strong>, havia si<strong>do</strong><br />
eleito para o cargo <strong>de</strong> Geral da Or<strong>de</strong>m. Todavia, não<br />
lograva exercer uma autorida<strong>de</strong> efetiva sobre cada<br />
um <strong>do</strong>s seus monges, pois nem to<strong>do</strong>s haviam ainda<br />
acata<strong>do</strong> a nova Regra.<br />
A virtu<strong>de</strong>, porém, compensava a carência <strong>de</strong><br />
po<strong>de</strong>r jurídico. Rezan<strong>do</strong> a <strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong> com muito<br />
• 9 •
A Santíssima Virgem entrega o <strong>Escapulário</strong><br />
a São Simão Stock em 1251<br />
• 10 •
O <strong>Escapulário</strong> <strong>de</strong> <strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong> <strong>do</strong> <strong>Carmo</strong><br />
fervor, São Simão implorava-lhe que não permitisse<br />
o <strong>de</strong>saparecimento da Or<strong>de</strong>m Carmelita. Nessa<br />
aflitiva situação, a Virgem Santíssima apareceu ao<br />
seu filho dileto já ancião [em 1251] e entregou-lhe<br />
o <strong>Escapulário</strong>, como símbolo da sua aliança perene<br />
com aqueles que lhe quisessem ser fiéis.<br />
Naquela época os servos usavam uma túnica<br />
longa como traje civil. Sobre ela vestiam uma outra<br />
túnica menor, que indicava, pela cor e pelos símbolos<br />
ali pinta<strong>do</strong>s, a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> <strong>do</strong> seu senhor. O<br />
<strong>Escapulário</strong> <strong>do</strong> <strong>Carmo</strong> era semelhante a essa pequena<br />
túnica. O que <strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong> entregava, portanto,<br />
a São Simão Stock era uma verda<strong>de</strong>ira libré (roupa<br />
com o símbolo <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>terminada família), própria<br />
aos seus servos, para ser portada por to<strong>do</strong>s os carmelitas.<br />
Àqueles que a utilizassem, prometeu:<br />
“Recebe, filho diletíssimo, o <strong>Escapulário</strong> da<br />
tua Or<strong>de</strong>m, sinal <strong>de</strong> minha amiza<strong>de</strong> fraterna,<br />
privilégio para ti e to<strong>do</strong>s os carmelitas.<br />
Aqueles que morrerem revesti<strong>do</strong>s <strong>de</strong>ste<br />
<strong>Escapulário</strong> não pa<strong>de</strong>cerão <strong>do</strong> fogo <strong>do</strong> Inferno.<br />
É um sinal <strong>de</strong> salvação, amparo e proteção<br />
nos perigos e aliança <strong>de</strong> paz para sempre”.<br />
Esta maravilhosa promessa da Santíssima<br />
Virgem não é <strong>de</strong> pequena monta para um cristão que<br />
realmente <strong>de</strong>seja salvar a sua alma. Muitos Papas e<br />
• 11 •
teólogos têm explica<strong>do</strong> que quem tenha <strong>de</strong>voção ao<br />
<strong>Escapulário</strong> e o use efetivamente receberá <strong>de</strong> Maria<br />
Santíssima a graça da perseverança final ou a graça<br />
da contrição.<br />
O privilégio Sabatino<br />
A fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s carmelitas ao milagroso <strong>do</strong>m<br />
foi tão gran<strong>de</strong> e agra<strong>do</strong>u tanto a <strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong> que<br />
uma segunda promessa veio dar novo grau <strong>de</strong> importância<br />
à <strong>de</strong>voção <strong>do</strong> <strong>Escapulário</strong>.<br />
Numa aparição ao Papa João XXII, referin<strong>do</strong>se<br />
aos que trouxerem o <strong>Escapulário</strong> até a morte, a<br />
Santíssima Virgem diz:<br />
“Eu, Mãe <strong>de</strong> bonda<strong>de</strong>, <strong>de</strong>scerei no primeiro<br />
sába<strong>do</strong> após a sua morte e quantos achar no<br />
Purgatório livrarei e levarei ao monte santo da<br />
vida eterna”.<br />
O próprio Pontífice confirmou esta indulgência<br />
plenária na célebre Bula Sabatina, <strong>de</strong> 3 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong><br />
1322, corroborada posteriormente por vários Papas<br />
como Alexandre V, Clemente VII, Paulo III, São Pio<br />
V e São Pio X. Em 1950 o Papa Pio XII escreveu<br />
• 12 •
O <strong>Escapulário</strong> <strong>de</strong> <strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong> <strong>do</strong> <strong>Carmo</strong><br />
• 13 •
sobre o <strong>Escapulário</strong>, exprimin<strong>do</strong> o seu <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> “que<br />
seja o símbolo <strong>de</strong> consagração ao Imacula<strong>do</strong> Coração<br />
<strong>de</strong> Maria, <strong>do</strong> qual estamos muito necessita<strong>do</strong>s nestes<br />
tempos tão perigosos”. O sau<strong>do</strong>so Papa João Paulo II<br />
também o recomen<strong>do</strong>u insistentemente.<br />
Os sinais da eficácia <strong>de</strong>ssa <strong>de</strong>voção ficaram, por<br />
assim dizer, escritos nas páginas da História. A partir<br />
da misericordiosa intervenção da Mãe <strong>de</strong> Deus, a<br />
or<strong>de</strong>m carmelitana refloresceu e conheceu novos<br />
perío<strong>do</strong>s <strong>de</strong> glória, difundin<strong>do</strong> por to<strong>do</strong> o orbe católico<br />
o perfume <strong>de</strong> uma terna <strong>de</strong>voção à Santíssima<br />
Virgem. Nesta Or<strong>de</strong>m, surgiram três sóis da espiritualida<strong>de</strong>,<br />
para não citar senão eles, que hão-<strong>de</strong> reluzir<br />
para sempre no firmamento da Igreja: Santa Teresa,<br />
a Gran<strong>de</strong>, São João da Cruz e Santa Teresinha <strong>do</strong><br />
Menino Jesus.<br />
De início, o <strong>Escapulário</strong> era <strong>de</strong> uso exclusivo<br />
<strong>do</strong>s religiosos carmelitas. Mais tar<strong>de</strong>, a Igreja, queren<strong>do</strong><br />
esten<strong>de</strong>r os privilégios e benefícios espirituais<br />
a ele liga<strong>do</strong>s a to<strong>do</strong>s os católicos, simplificou o seu<br />
tamanho e autorizou que a sua recepção estivesse ao<br />
alcance <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s.<br />
• 14 •
O <strong>Escapulário</strong> <strong>de</strong> <strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong> <strong>do</strong> <strong>Carmo</strong><br />
O escapulário e os 5 primeiros sába<strong>do</strong>s<br />
Os privilégios que <strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong> prometeu<br />
a quem usar o <strong>Escapulário</strong> por toda a vida são<br />
semelhantes ao pedi<strong>do</strong> feito por Ela em Fátima:<br />
a comunhão repara<strong>do</strong>ra em 5 primeiros sába<strong>do</strong>s<br />
consecutivos, acompanha<strong>do</strong>s <strong>de</strong> 15 minutos <strong>de</strong><br />
meditação sobre os mistérios <strong>do</strong> Rosário, e a<br />
oração <strong>do</strong> Terço nas mesmas intenções <strong>de</strong> <strong>de</strong>sagravar<br />
as ofensas cometidas contra o Imacula<strong>do</strong><br />
Coração <strong>de</strong> Maria. A quem abraçasse pie<strong>do</strong>samente<br />
esta <strong>de</strong>voção, a Virgem Santíssima prometeu<br />
a salvação eterna.<br />
• 15 •
• 16 •
O <strong>Escapulário</strong> <strong>de</strong> <strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong> <strong>do</strong> <strong>Carmo</strong><br />
Exemplos <strong>de</strong> conversão e milagres<br />
O <strong>Escapulário</strong> não é somente o sinal da certeza<br />
da indulgência no instante <strong>do</strong> último suspiro. É um<br />
sacramental que atrai as bênçãos divinas para quem<br />
o usa com pieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>voção. Inúmeros milagres<br />
e conversões marcaram seu uso entre os fiéis. As<br />
Crônicas <strong>do</strong> Carmelo transbordam <strong>de</strong> exemplos.<br />
Vejamos apenas alguns:<br />
1. No mesmo dia em que recebeu da Mãe <strong>de</strong><br />
Deus o <strong>Escapulário</strong>, São Simão Stock foi chama<strong>do</strong><br />
a assistir um moribun<strong>do</strong> que estava <strong>de</strong>sespera<strong>do</strong>.<br />
Quan<strong>do</strong> chegou, pôs sobre o pobre homem a libré<br />
marial, imploran<strong>do</strong> à sua <strong>Senhora</strong> que mantivesse a<br />
promessa que lhe acabara <strong>de</strong> fazer. Imediatamente<br />
o impenitente arrepen<strong>de</strong>u-se, confessou-se e morreu<br />
na graça <strong>de</strong> Deus.<br />
2. Santo Afonso <strong>de</strong> Ligório morreu em 1787<br />
com o <strong>Escapulário</strong> <strong>do</strong> <strong>Carmo</strong>. Quan<strong>do</strong> transcorria<br />
o processo <strong>de</strong> beatificação <strong>do</strong> santo bispo, ao abrirse<br />
seu túmulo, constatou-se que o corpo estava<br />
reduzi<strong>do</strong> a cinzas, assim como seu hábito. Apenas o<br />
seu <strong>Escapulário</strong> estava completamente intacto. Esta<br />
preciosa relíquia conserva-se no Mosteiro <strong>de</strong> Santo<br />
Afonso, em Roma. O mesmo fenômeno <strong>de</strong> conservação<br />
<strong>do</strong> <strong>Escapulário</strong> verificou-se quan<strong>do</strong> se abriu o<br />
túmulo <strong>de</strong> São João Bosco, quase um século <strong>de</strong>pois.<br />
• 17 •
3. No Hospital <strong>de</strong> Belleview, <strong>de</strong> Nova York,<br />
foi interna<strong>do</strong> um ancião. A enfermeira que o aten<strong>de</strong>u,<br />
ven<strong>do</strong> sob as suas vestes um <strong>Escapulário</strong> castanho-escuro,<br />
tratou logo <strong>de</strong> chamar um sacer<strong>do</strong>te.<br />
Enquanto este recitava a oração <strong>do</strong>s agonizantes,<br />
o <strong>do</strong>ente abriu os olhos e disse: “Padre, eu não sou<br />
católico”. “Então, por que usas este <strong>Escapulário</strong>?”<br />
“Prometi a um amigo que o usaria sempre e que<br />
iria rezar to<strong>do</strong>s os dias uma Ave-Maria.” “Mas estás<br />
à beira da morte, não queres tornar-te um católico?”<br />
“Sim, Padre, quero. Desejei-o toda a minha<br />
vida.” O sacer<strong>do</strong>te preparou-o rapidamente, batizou-o<br />
e ministrou-lhe os últimos sacramentos. Pouco<br />
tempo <strong>de</strong>pois, o pobre senhor morria <strong>do</strong>cemente. A<br />
Santíssima Virgem havia toma<strong>do</strong> sob a Sua proteção<br />
aquela pobre alma que se revestira <strong>do</strong> seu manto.<br />
De Portugal para o Brasil<br />
A Or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> <strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong> <strong>do</strong> <strong>Carmo</strong> instalou-se<br />
em Portugal quan<strong>do</strong> o perfil da nação ainda<br />
era esculpi<strong>do</strong> à espada por santos e heróis. O seu<br />
maior protetor foi o próprio bem-aventura<strong>do</strong> Nuno<br />
Álvares Pereira, chama<strong>do</strong> Nuno <strong>de</strong> Santa Maria,<br />
porque o terno amor a Maria Santíssima foi o mais<br />
alcan<strong>do</strong>ra<strong>do</strong> e sublime i<strong>de</strong>al da sua vida. Des<strong>de</strong><br />
• 18 •
O <strong>Escapulário</strong> <strong>de</strong> <strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong> <strong>do</strong> <strong>Carmo</strong><br />
jovem, Nuno <strong>de</strong>dicara-se inteiramente a Ela e tu<strong>do</strong><br />
o que fazia era em nome e honra da Mãe <strong>de</strong> Deus.<br />
Depois <strong>de</strong> arma<strong>do</strong> cavaleiro, gravou na sua espada<br />
o nome <strong>de</strong> Maria e no seu estandarte a sua imagem.<br />
Nas gran<strong>de</strong>s batalhas, sempre <strong>de</strong>positava nEla a<br />
esperança da vitória. Como agra<strong>de</strong>cimento pelos<br />
enormes favores recebi<strong>do</strong>s, man<strong>do</strong>u construir igrejas<br />
e conventos, como o Mosteiro da Batalha e a<br />
Igreja e o Convento <strong>do</strong> <strong>Carmo</strong> em Lisboa, on<strong>de</strong>, aos<br />
72 anos, <strong>de</strong>ixan<strong>do</strong> o pomposo título <strong>de</strong> con<strong>de</strong>stável,<br />
ingressou como irmão leigo, juntamente com outros<br />
companheiros <strong>de</strong> armas. O bem-aventura<strong>do</strong> Nuno<br />
Álvares Pereira nunca retirou o <strong>Escapulário</strong>.<br />
Estes monges carmelitas, vieram <strong>de</strong>pois para o<br />
Brasil empenhan<strong>do</strong>-se a fun<strong>do</strong> na evangelização.<br />
O <strong>Escapulário</strong> em Fátima<br />
No ápice <strong>do</strong>s fenômenos ocorri<strong>do</strong>s em Fátima,<br />
quan<strong>do</strong> <strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong> <strong>de</strong>monstrou a 70 mil pessoas<br />
reunidas na Cova da Iria a veracida<strong>de</strong> das<br />
revelações realizan<strong>do</strong> o famoso milagre <strong>do</strong> sol,<br />
um outro fenômeno, este bem menos conheci<strong>do</strong>,<br />
carregava ainda mais <strong>de</strong> significa<strong>do</strong> a mensagem<br />
transmitida aos três pastorinhos. Enquanto to<strong>do</strong>s<br />
• 19 •
viam o sol bailar no céu e como que precipitar-se<br />
sobre a multidão atônita, os pequenos vi<strong>de</strong>ntes viam<br />
a Mãe <strong>de</strong> Deus revestida <strong>do</strong> hábito da Or<strong>de</strong>m <strong>do</strong><br />
<strong>Carmo</strong>, com o Menino Jesus no colo apresentan<strong>do</strong> o<br />
<strong>Escapulário</strong>. Sem querer esgotar a interpretação <strong>do</strong><br />
fato, po<strong>de</strong>-se dizer que <strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong> quis mostrar<br />
uma síntese <strong>do</strong> seu papel <strong>de</strong> medianeira na história<br />
da salvação <strong>do</strong>s homens, ligan<strong>do</strong> o <strong>Escapulário</strong> à<br />
vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus <strong>de</strong> implantar no mun<strong>do</strong> a <strong>de</strong>voção<br />
ao Imacula<strong>do</strong> Coração <strong>de</strong> Maria, como meio mais<br />
eficaz para a conversão <strong>do</strong>s peca<strong>do</strong>res.<br />
Este sinal tão inequívoco, porém, não tem si<strong>do</strong><br />
nota<strong>do</strong> pela gran<strong>de</strong> maioria <strong>do</strong>s <strong>de</strong>votos <strong>de</strong> Fátima,<br />
que <strong>de</strong>ixam muitas vezes <strong>de</strong> lançar mão <strong>de</strong>ste privilegia<strong>do</strong><br />
meio <strong>de</strong> receber abundantes graças e <strong>de</strong> obter<br />
a conversão <strong>de</strong> muitos peca<strong>do</strong>res. Sem dúvida, <strong>Nossa</strong><br />
<strong>Senhora</strong> quis nos <strong>de</strong>ixar claro que o remédio para a<br />
profunda <strong>de</strong>scristianização da socieda<strong>de</strong> que estamos<br />
presencian<strong>do</strong> é e será sempre o mesmo, ou seja, uma<br />
terna <strong>de</strong>voção à Mãe <strong>de</strong> Deus, que é o meio mais fácil<br />
e garanti<strong>do</strong> <strong>de</strong> chegar a Jesus Cristo único Salva<strong>do</strong>r.<br />
Para aqueles que <strong>de</strong>sejam realmente ter a<br />
Maria Santíssima no seu coração e, ao mesmo<br />
tempo, cobrir-se <strong>do</strong> “Vesti<strong>do</strong> <strong>de</strong> Graça” que Ela lhe<br />
oferece, o <strong>Escapulário</strong> é um meio eficaz. A estes<br />
fica reservada a alegre certeza <strong>de</strong> que, ao fechar os<br />
olhos para esta vida e ao abri-los para a eternida<strong>de</strong>,<br />
• 20 •
O <strong>Escapulário</strong> <strong>de</strong> <strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong> <strong>do</strong> <strong>Carmo</strong><br />
Imagem peregrina <strong>de</strong> <strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong> <strong>de</strong> Fátima<br />
revestida com o Hábito <strong>do</strong> <strong>Carmo</strong><br />
• 21 •
encontrarão o sorriso <strong>de</strong> uma Mãe terníssima que<br />
não aban<strong>do</strong>nará aqueles que a serviram com alegria<br />
neste vale <strong>de</strong> lágrimas.<br />
•<br />
Questões práticas sobre o<br />
<strong>Escapulário</strong><br />
1 - Goza <strong>do</strong>s privilégios aquele que se torna<br />
membro da família carmelitana receben<strong>do</strong> o<br />
<strong>Escapulário</strong>, que <strong>de</strong>ve ser necessariamente imposto<br />
pelo sacer<strong>do</strong>te, segun<strong>do</strong> o ritual previsto. Em caso<br />
<strong>de</strong> perigo <strong>de</strong> morte, sen<strong>do</strong> impossível buscar um<br />
sacer<strong>do</strong>te, até mesmo o leigo o po<strong>de</strong> impor, recitan<strong>do</strong><br />
uma oração a <strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong> e utilizan<strong>do</strong> um<br />
<strong>Escapulário</strong> já bento.<br />
2 - Ordinariamente, qualquer sacer<strong>do</strong>te ou diácono<br />
po<strong>de</strong> efetuar a imposição <strong>do</strong> <strong>Escapulário</strong>. Para<br />
isso, <strong>de</strong>ve utilizar uma das fórmulas para a bênção,<br />
prevista no Ritual romano.<br />
3 - O <strong>Escapulário</strong> <strong>de</strong>ve ser usa<strong>do</strong> <strong>de</strong> maneira<br />
moralmente contínua (mesmo durante a noite); permitin<strong>do</strong>-se<br />
em caso <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong>, como para lavar-<br />
• 22 •
O <strong>Escapulário</strong> <strong>de</strong> <strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong> <strong>do</strong> <strong>Carmo</strong><br />
se, retirá-lo, sem per<strong>de</strong>r o benefício da promessa.<br />
4 - O <strong>Escapulário</strong> é bento apenas uma vez, na<br />
imposição, para toda a vida. A bênção <strong>do</strong> primeiro<br />
<strong>Escapulário</strong> é transmitida aos <strong>de</strong>mais.<br />
A medalha escapulária <strong>de</strong>ve conter a imagem <strong>do</strong><br />
Sagra<strong>do</strong> Coração <strong>de</strong> Jesus <strong>de</strong> um la<strong>do</strong> e <strong>do</strong> outro a <strong>de</strong><br />
qualquer invocação <strong>de</strong> <strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong><br />
5 - Existe também a medalha escapulária. O<br />
Papa São Pio X conce<strong>de</strong>u a faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> substituir<br />
o <strong>Escapulário</strong> <strong>de</strong> teci<strong>do</strong> por uma medalha, que <strong>de</strong>ve<br />
ter numa das faces o Sagra<strong>do</strong> Coração <strong>de</strong> Jesus e, na<br />
outra, qualquer imagem <strong>de</strong> <strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong>. Po<strong>de</strong>-se<br />
usá-la ininterruptamente (ao pescoço ou <strong>de</strong> outro<br />
mo<strong>do</strong>) e gozar <strong>do</strong>s mesmos benefícios. Contu<strong>do</strong>, a<br />
• 23 •
medalha não po<strong>de</strong> ser imposta, mas <strong>de</strong>ve apenas<br />
ser utilizada como substituição ao <strong>de</strong> teci<strong>do</strong> já recebi<strong>do</strong>.<br />
É recomendável, portanto, que não se <strong>de</strong>ixe<br />
completamente <strong>de</strong> usar o <strong>de</strong> teci<strong>do</strong> (por exemplo,<br />
portan<strong>do</strong>-o durante a noite). Obrigatoriamente, portanto,<br />
a cerimônia <strong>de</strong> imposição <strong>de</strong>ve ser feita com o<br />
<strong>Escapulário</strong> <strong>de</strong> teci<strong>do</strong>. Quan<strong>do</strong> se troca a medalha,<br />
também não é necessária outra bênção.<br />
•<br />
Condições para beneficiar-se<br />
das promessas<br />
1 - Para beneficiar-se da promessa principal, a<br />
preservação <strong>do</strong> Inferno, não existe qualquer outra<br />
condição que o próprio uso <strong>do</strong> <strong>Escapulário</strong>, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
que se tenha recebi<strong>do</strong> com reta intenção e que<br />
a pessoa o traga efetivamente na hora da morte.<br />
Consi<strong>de</strong>ra-se, para este efeito, que a pessoa continuou<br />
a portá-lo se for privada <strong>de</strong>le sem o consentir,<br />
como no caso <strong>do</strong>s <strong>do</strong>entes nos hospitais.<br />
2 - Para beneficiar-se <strong>do</strong> “privilégio sabatino”<br />
(ser livre <strong>do</strong> Purgatório no sába<strong>do</strong> seguinte à morte),<br />
faz-se necessário preencher três requisitos.<br />
• 24 •
O <strong>Escapulário</strong> <strong>de</strong> <strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong> <strong>do</strong> <strong>Carmo</strong><br />
a) Portar habitualmente o <strong>Escapulário</strong> (ou a<br />
medalha).<br />
b) Conservar a castida<strong>de</strong>, consoante ao próprio<br />
esta<strong>do</strong> (total, para os celibatários; e conjugal<br />
para os casa<strong>do</strong>s). Note-se que esta é uma<br />
obrigação <strong>de</strong> to<strong>do</strong> e qualquer cristão, mas só<br />
gozarão <strong>de</strong>ste privilégio aqueles que viverem<br />
habitualmente em tal esta<strong>do</strong>.<br />
c) Recitar cotidianamente o pequeno Ofício <strong>de</strong><br />
<strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong>. Esta condição, porém, o sacer<strong>do</strong>te,<br />
ao fazer a imposição, po<strong>de</strong> mudá-la, para<br />
facilitar ao leigo o seu cumprimento. Costumase<br />
substituí-la pela recitação diária <strong>do</strong> terço. As<br />
pessoas não <strong>de</strong>vem recear pedir ao sacer<strong>do</strong>te<br />
esta mudança.<br />
3 - Aqueles que recebem o <strong>Escapulário</strong> e <strong>de</strong>pois<br />
o <strong>de</strong>ixam <strong>de</strong> portar não cometem qualquer peca<strong>do</strong>.<br />
Apenas <strong>de</strong>ixam <strong>de</strong> receber os benefícios. Aquele que<br />
voltar a portá-lo, mesmo que o tenha <strong>de</strong>ixa<strong>do</strong> por<br />
um longo tempo, não necessita <strong>de</strong> nova imposição <strong>do</strong><br />
sacer<strong>do</strong>te e voltará a receber os privilégios.<br />
• 25 •
São João Paulo II<br />
recomen<strong>do</strong>u o <strong>Escapulário</strong> no<br />
750º aniversário (2001)<br />
“Caríssimos, este feliz acontecimento envolve<br />
não apenas os <strong>de</strong>votos <strong>de</strong> <strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong> <strong>do</strong><br />
<strong>Carmo</strong>, mas toda a Igreja, porque, ao longo <strong>do</strong>s<br />
tempos, graças também à difusão da <strong>de</strong>voção <strong>do</strong><br />
Santo <strong>Escapulário</strong>, o rico patrimônio mariano <strong>do</strong><br />
Carmelo tornou-se um tesouro para to<strong>do</strong> o povo<br />
<strong>de</strong> Deus. Deveis haurir constantemente <strong>de</strong>ste<br />
admirável patrimônio espiritual, para ser, em<br />
cada dia, testemunhas credíveis <strong>de</strong> Cristo e <strong>do</strong> seu<br />
Evangelho.”<br />
• 26 •
O <strong>Escapulário</strong> <strong>de</strong> <strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong> <strong>do</strong> <strong>Carmo</strong><br />
•<br />
Indulgências ligadas ao<br />
<strong>Escapulário</strong><br />
a) É concedida indulgência parcial àquele que,<br />
portan<strong>do</strong> pie<strong>do</strong>samente o <strong>Escapulário</strong>, ou a medalha,<br />
faça um ato <strong>de</strong> união com a Santíssima Virgem ou<br />
com Deus através <strong>do</strong> <strong>Escapulário</strong>, por exemplo, beijan<strong>do</strong>-o,<br />
formulan<strong>do</strong> uma intenção ou um pedi<strong>do</strong>.<br />
b) É concedida uma indulgência plenária (remissão<br />
<strong>de</strong> todas as penas <strong>do</strong> purgatório) no dia em que se<br />
recebe pela primeira vez o <strong>Escapulário</strong>, e também nas<br />
festas <strong>de</strong> <strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong> <strong>do</strong> <strong>Carmo</strong>, 16 <strong>de</strong> Julho; <strong>de</strong><br />
Santo Elias, 20 <strong>de</strong> Julho; <strong>de</strong> Santa Teresa <strong>do</strong> Menino<br />
Jesus, 1 o <strong>de</strong> Outubro; <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os Santos da Or<strong>de</strong>m<br />
<strong>do</strong> Carmelo, 14 <strong>de</strong> Novembro; <strong>de</strong> Santa Teresa <strong>de</strong><br />
Jesus, 15 <strong>de</strong> Outubro; <strong>de</strong> São João da Cruz, 14 <strong>de</strong><br />
Dezembro, e <strong>de</strong> São Simão Stock, 16 <strong>de</strong> Maio.<br />
É bom notar que as indulgências são recebidas<br />
se preenchidas as condições: Confissão, comunhão,<br />
ausência <strong>de</strong> afeto a to<strong>do</strong> peca<strong>do</strong>, mesmo os veniais,<br />
e uma oração pelas intenções <strong>do</strong> Santo Padre (consi<strong>de</strong>ra-se<br />
suficiente rezar um “Pai-Nosso”, uma “Ave-<br />
Maria” e o “Glória”).<br />
• 27 •
•<br />
Nota importante<br />
Não é preciso dizer que aqueles que se permitem<br />
<strong>de</strong>liberadamente viver uma vida <strong>de</strong> peca<strong>do</strong>,<br />
julgan<strong>do</strong> que por usarem o <strong>Escapulário</strong> irão salvar-se,<br />
fazem muito mal. Deus po<strong>de</strong>rá permitir que morram<br />
sem ele.<br />
Porém, não <strong>de</strong>vemos combater o uso <strong>do</strong><br />
<strong>Escapulário</strong> pelos peca<strong>do</strong>res. São Cláudio La<br />
Colombière, jesuíta, em um sermão que pregou na<br />
Igreja <strong>do</strong>s Carmelitas <strong>de</strong> Lyon sobre a Virgem <strong>do</strong><br />
<strong>Carmo</strong>, diz: “Não vos quero lisonjear: <strong>de</strong> nenhum<br />
mo<strong>do</strong> se po<strong>de</strong> passar <strong>de</strong> uma vida peca<strong>do</strong>ra e <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>nada<br />
para a vida eterna, senão pelo caminho da<br />
sincera penitência; porém, esse sincero arrependimento,<br />
<strong>de</strong> tal mo<strong>do</strong> a mais carinhosa das mães o<br />
saberá facilitar que, quan<strong>do</strong> menos pensar<strong>de</strong>s, fará<br />
brilhar nas vossas almas um raio <strong>de</strong> luz sobrenatural<br />
que num instante vos fará ver o engano”.<br />
• 28 •
O <strong>Escapulário</strong> <strong>de</strong> <strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong> <strong>do</strong> <strong>Carmo</strong><br />
O <strong>Escapulário</strong> <strong>de</strong> <strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong> <strong>do</strong> <strong>Carmo</strong><br />
O <strong>Escapulário</strong> é<br />
um sacramental<br />
“Não, não basta<br />
dizer que o <strong>Escapulário</strong><br />
é um sinal <strong>de</strong> salvação.<br />
Eu sustento que<br />
não há outro que faça<br />
nossa pre<strong>de</strong>stinação tão<br />
certa...” (São Cláudio<br />
La Colombière, S.J.)<br />
1. É um sinal <strong>de</strong> aliança com <strong>Nossa</strong><br />
<strong>Senhora</strong>. Por seu uso, exprimimos a nossa consagração<br />
a Ela.<br />
2. É um sinal <strong>de</strong> salvação. Quem morrer<br />
com ele não pa<strong>de</strong>cerá <strong>do</strong> fogo <strong>do</strong> inferno.<br />
3. A Santíssima Virgem livrará <strong>do</strong> purgatório,<br />
no primeiro sába<strong>do</strong> <strong>de</strong>pois da morte, to<strong>do</strong>s<br />
os que o portarem com <strong>de</strong>voção.<br />
4. É um sinal <strong>de</strong> proteção em to<strong>do</strong>s os<br />
perigos.<br />
• 29 •
•<br />
Fórmula breve para<br />
imposição <strong>do</strong> <strong>Escapulário</strong><br />
Recebe este <strong>Escapulário</strong> que é sinal <strong>de</strong><br />
união especial com Maria, a Mãe <strong>de</strong> Jesus,<br />
a quem te empenharás em imitar. Este<br />
<strong>Escapulário</strong> te recor<strong>de</strong> a tua dignida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
cristão, a tua <strong>de</strong>dicação ao serviço <strong>do</strong>s outros<br />
e a imitação <strong>de</strong> Maria. Usa como sinal da sua<br />
proteção e como sinal da tua pertença à família<br />
<strong>do</strong> Carmelo, disposto a cumprir a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
Deus e a empenhar-te no serviço pela construção<br />
<strong>de</strong> um mun<strong>do</strong> que responda ao seu plano<br />
<strong>de</strong> fraternida<strong>de</strong>, justiça e paz.<br />
(Retira<strong>do</strong> da pág. www.ecclesia.pt/or<strong>de</strong>m-<strong>do</strong>carmo/escapulario99.htm)<br />
• 30 •
• Vin<strong>de</strong> <strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong> <strong>de</strong> Fátima, não tar<strong>de</strong>is! •<br />
Rua Martim Francisco, 665 - Cep: 01226-001 - São Paulo - SP<br />
Tel: (11) 2206-4540 (11) 3777-5120<br />
www.fatima.org.br / fatima@fatima.org.br<br />
www.facebook.com/vin<strong>de</strong>.fatima