REVISTA GALERIA POR MÁRCIA TRAVESSONI - EDIÇÃO #09
Zelma Madeira - A força inspiradora que defende a luta contra o racismo como causa urgente e coletiva A atuação renovadora de Fábio Zech + Cultura, Decoração, Estilo, Empreendedorismo e Gastronomia
Zelma Madeira - A força inspiradora que defende a luta contra o racismo como causa urgente e coletiva
A atuação renovadora de Fábio Zech
+ Cultura, Decoração, Estilo, Empreendedorismo e Gastronomia
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MODA<br />
JOIAS DE<br />
EXPRESSÃO<br />
PARA SE COMUNICAR COM O MUNDO, A DESIGNER<br />
DE JOIAS CAROLINA FIGUEIRÊDO PARTICIPA DE TODAS AS ETAPAS<br />
DE CRIAÇÃO DAS PEÇAS DA CAROLA<br />
<strong>POR</strong> JÉSSICA COLAÇO FOTOS RONI VASCONCELOS<br />
A<br />
familiaridade com que Carolina Figueirêdo lida com<br />
joias e o processo de fabricação dessas peças não parece<br />
ser de quem vem se dedicando há pouco tempo ao<br />
ofício de joalheira. O interesse pela área, na verdade,<br />
se manifestou desde cedo na jovem designer, mas foi<br />
apenas em 2016 que ela criou a Carola, marca que<br />
exprime a assinatura dela em peças de prata, ouro e cobre. “É tudo<br />
autoral e feito à mão. Todos os processos são feitos no ateliê,<br />
se não são feitos artesanalmente. É a minha forma de expressão”,<br />
define Carolina. Morando em São Paulo, onde fica o ateliê, desde<br />
o início da marca ela já desenvolveu três coleções e, no último<br />
DFB Festival, assinou as joias do desfile de Rebeca Sampaio.<br />
As folhas e linhas do cotidiano, os fios da rede elétrica das<br />
metrópoles e as texturas e formas da carnaúba já foram inspiração<br />
para as criações de Carolina, que revela, para o futuro, querer<br />
trabalhar sem fronteiras. “Quero crescer como profissão, mas o<br />
principal é que a Carola não tenha fronteiras, que consiga estar<br />
em várias partes do mundo, porque eu quero me comunicar<br />
com todos”, projeta a designer. O rompimento dessas fronteiras<br />
vai, também, para a área da criação, uma vez que Carolina está<br />
preparando uma coleção de objetos decorativos para serem<br />
lançados na CASACOR Ceará, em setembro deste ano. “Se vier a<br />
inspiração para fazer objetos de decoração, por que não? Se forem<br />
móveis, por que não?”, propõe ela, que está trabalhando, nesses<br />
objetos, utilizando latão e cobre.<br />
SEM MAIS PAUSAS<br />
A admiração pelo ofício dos joalheiros é de longa data em<br />
Carolina, mas a rotina imersa em trabalhos envolvendo mostras<br />
de decoração e produções editoriais a fizeram adiar por muito<br />
tempo um estudo aprofundado na área. Foi a cearense Nathália<br />
Canamary quem a inseriu na prática, com um curso básico,<br />
em Fortaleza. Em 2015, já morando em São Paulo, Carolina<br />
tomou a decisão de largar um emprego na Editora Abril para<br />
se dedicar integralmente ao curso ministrado pelas joalheiras<br />
Fernanda Spilborghs e Tais Francelli. “Vi o metal líquido se<br />
transformar em joia, foi uma autodescoberta”, lembra Carolina,<br />
ao falar do momento em que decidiu que a produção artesanal<br />
seria a prioridade. ¤<br />
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