REVISTA GALERIA POR MÁRCIA TRAVESSONI - EDIÇÃO #09
Zelma Madeira - A força inspiradora que defende a luta contra o racismo como causa urgente e coletiva A atuação renovadora de Fábio Zech + Cultura, Decoração, Estilo, Empreendedorismo e Gastronomia
Zelma Madeira - A força inspiradora que defende a luta contra o racismo como causa urgente e coletiva
A atuação renovadora de Fábio Zech
+ Cultura, Decoração, Estilo, Empreendedorismo e Gastronomia
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ZELMA MADEIRA<br />
A força inspiradora que defende a<br />
luta contra o racismo como causa<br />
urgente e coletiva<br />
A atuação renovadora de<br />
FÁBIO ZECH<br />
+ Cultura, Decoração, Estilo,<br />
Empreendedorismo e Gastronomia
Abra novas<br />
portas.<br />
MATRICULE-SE NO<br />
CURSO DE INGLÊS DO<br />
SISTEMA FIEC EDUCAÇÃO<br />
INTERNACIONAL.<br />
MÓDULO BÁSICO<br />
MÓDULO INTERMEDIÁRIO<br />
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CURSO VIP<br />
INFORMAÇÕES E MATRÍCULAS<br />
(85) 3421 5811<br />
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Sistema FIEC Educação Internacional<br />
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Av. Barão de Studart,1980, Aldeota.<br />
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2 <strong>GALERIA</strong> 3
EXPEDIENTE<br />
<strong>GALERIA</strong> <strong>POR</strong> <strong>MÁRCIA</strong> <strong>TRAVESSONI</strong><br />
É UMA PUBLICAÇÃO TRIMESTRAL<br />
QUE ABORDA CULTURA,<br />
COM<strong>POR</strong>TAMENTO, NEGÓCIOS,<br />
MODA, GASTRONOMIA, VIAGENS,<br />
LUXO, GENTE E TUDO QUE<br />
ACONTECE EM FORTALEZA.<br />
CONTEÚDO <strong>#09</strong><br />
Ano II | Edição <strong>#09</strong> | JUL/AGO/SET<br />
DIRETORA-GERAL<br />
Márcia Travessoni<br />
<strong>EDIÇÃO</strong><br />
Jéssica Colaço<br />
TEXTOS<br />
Aline Conde<br />
Jéssica Colaço<br />
Lucas Magno<br />
FOTOGRAFIA<br />
Camila Lima<br />
Fernando Travessoni<br />
Roni Vasconcelos<br />
PRODUÇÃO<br />
Lucas Magno<br />
COLABORADORES<br />
Denilson Machado<br />
Anderson Ferreira<br />
Caio Ferreira<br />
Daniel Aragão<br />
Jacqui DePas<br />
Larah Nóbrega<br />
Neiva Terceiro<br />
Padre Domingos Cunha<br />
Sarah Gadelha<br />
Victor Gomes<br />
COORDENAÇÃO DE MARKETING<br />
Naiara Martins<br />
PROJETO GRÁFICO<br />
LaBarca.Design (Porto/Portugal)<br />
DIAGRAMAÇÃO<br />
Dartagnan Junior<br />
Hugo Martins<br />
REVISÃO<br />
Gerardo Martins<br />
IMPRESSÃO E ACABAMENTO<br />
Gráfica Santa Marta<br />
João Pessoa/PB<br />
5.000 exemplares<br />
→ WWW.<strong>GALERIA</strong>MT.COM.BR<br />
MARKETING E PUBLICIDADE<br />
Marcia Travessoni Comunicação e Eventos LTDA ME<br />
Direção: Fernando José Travessoni de Pinho<br />
ANUNCIE CONOSCO<br />
Telefone: (85) 99410.3025<br />
E-mail: comercial@galeriamt.com.br<br />
CNPJ: 20.416.683/0001-70<br />
(...)As pessoas<br />
acreditam que o<br />
racismo só está<br />
em uma relação<br />
interpessoal, e<br />
não é. É maior,<br />
porque ele é<br />
fruto de um<br />
projeto de nação,<br />
é um racismo<br />
institucional e até<br />
estrutural (...)”<br />
44<br />
Com um papel estratégico no<br />
Governo do Estado, Zelma Madeira<br />
vem somando forças para desconstruir<br />
a desigualdade social<br />
14<br />
<strong>GALERIA</strong> VISITA<br />
As memórias da família, objetos de<br />
design assinado e a inspiração no<br />
estilo clean dão ao apartamento do<br />
empresário Ravi Macedo, em São Paulo,<br />
uma identidade única e funcional.<br />
72<br />
ARTE<br />
Unidos pelo coletivo Oicos, artistas<br />
experimentam diferentes técnicas e<br />
processos criativos, transformando<br />
encontros de arte em calorosas<br />
reuniões de família.<br />
28<br />
EMPREENDEDORISMO<br />
Lívia Vidal e Beatriz<br />
Nogueira transformaram<br />
a paixão por decoração<br />
em negócio de sucesso,<br />
que migrou da plataforma<br />
online para a loja física.<br />
76<br />
DESIGN & DÉCOR<br />
A arquiteta Susana Clark<br />
Fiuza fala de duas grandes<br />
paixões na área em que atua:<br />
os projetos funcionais e a<br />
CASACOR Ceará.<br />
40<br />
PODER<br />
Na Superintendência Regional<br />
do Trabalho no Ceará,<br />
Fábio Zech busca otimizar<br />
o serviço público e abrir<br />
caminhos de diálogo.<br />
80 102<br />
ESPELHO<br />
Conforto e versatilidade são<br />
as palavras-chave do closet<br />
da empresária Sara Brasil,<br />
apaixonada pelos diversos<br />
significados da moda.<br />
64<br />
DEGUSTES<br />
Com diversas propriedades<br />
benéficas e normalmente associado<br />
aos costumes britânicos, o chá vem<br />
conquistando público na<br />
Capital.<br />
ACONTECE<br />
Empoderamento feminino e os<br />
desafios que a mulher enfrenta<br />
para ser cada vez mais protagonista<br />
da própria vida foram foco do<br />
primeiro Almoço Mulheres e Poder,<br />
idealizado pela nossa publisher.<br />
4 <strong>GALERIA</strong> 5
Conversa<br />
Seria redundante falar da importância que é, para nós, lançar<br />
cada nova edição da <strong>GALERIA</strong>. A cada novo número, é uma soma<br />
de aprendizados, conquistas e muito orgulho em difundir tantas boas<br />
histórias que têm a nossa terrinha como cenário. Mas, desta vez, a capa<br />
nos tocou de maneira singular, ao nos alertar - ainda mais - para o debate<br />
e a urgência das mudanças que vão em cima dessa ferida tão evidente em<br />
nossa sociedade: o racismo.<br />
Um encontro inspirador com a titular da Coordenadoria Especial de<br />
Políticas Públicas para a Promoção da Igualdade Racial do Estado do<br />
Ceará (Ceppir), Zelma Madeira, nos fez enxergar as diferentes dimensões<br />
em que esse problema se manifesta e perceber a força dessa mulher<br />
ativista, sem dúvida, um exemplo para todos.<br />
As páginas seguintes trazem mais histórias inspiradoras, como a das<br />
irmãs Lívia Vidal e Beatriz Nogueira, que vêm investindo em um estilo de<br />
décor super charmoso e que só se expande na Capital; ou dos sócios da rede<br />
de academias Greenlife, empenhados em transformar a atividade física em<br />
um estilo de vida; ambas contadas na seção Empreendedorismo.<br />
Em Poder, o superintendente regional do Trabalho, Fábio Zech, aborda<br />
as mudanças implantadas durante sua gestão no órgão que é um braço<br />
do Ministério do Trabalho no Ceará, e que vem mudando a relação da<br />
sociedade com o serviço público. Em Cultura, Ritelza Cabral abre as<br />
portas da Tapera da Artes, ONG fundada por ela e que está ajudando<br />
a transformar a vida de centenas de crianças e adolescentes por meio<br />
da educação musical.<br />
Em Moda, apresentamos as trajetórias de David Lee e Carolina<br />
Figueirêdo, nomes expoentes nesse cenário, enquanto Tássia Ferreira,<br />
Nathália Ponte, Sara Brasil e Jeritza Gurgel revelam seu estilo de vestir<br />
na seção Espelho. Tem ainda gastronomia, arte, os relatos das aventuras<br />
pelo exterior e, claro, os cliques dos melhores eventos da cidade.<br />
Boa leitura e have fun!<br />
@<strong>GALERIA</strong>MT<br />
6 <strong>GALERIA</strong> 7
VIVÊNCIAS<br />
MT<br />
ARTESANATO MARÍTIMO<br />
Mais do que um item usado por canoístas e por praticantes<br />
de stand up paddle, os remos de madeira têm adquirido<br />
uma nova função, dessa vez decorativa e bastante ousada.<br />
Fernando Travessoni, em uma de suas viagens, se inspirou<br />
no design de ambientes das casas californianas para inovar<br />
e lança agora uma linha handmade de remos decorativos. O mood<br />
dos itens é exclusivo, com detalhes únicos, que não se repetem e<br />
ganham a assinatura criativa de Fernando. O Rowing Decor pode<br />
ser adquirido por meio de encomendas, diretamente com o criador,<br />
através do telefone (85) 98553.3333.<br />
8 <strong>GALERIA</strong> 9
HIGHLIGHTS<br />
INSTRUMENTAL<br />
BRASILEIRO<br />
Terceiro trabalho solo do pianista, compositor<br />
e arranjador Ricardo Bacelar - que assina,<br />
ainda, como advogado -, o álbum Sebastiana<br />
foi lançado em fevereiro e já figura entre os<br />
50 mais tocados das rádios norte-americanas<br />
de jazz. O trabalho reúne 15 faixas, sendo<br />
quatro cantadas e as demais instrumentais,<br />
com uma espécie de releitura latino-americana<br />
de sucessos da música brasileira. Nomes<br />
como Luiz Gonzaga, Gilberto Gil, Lô Borges,<br />
Villa-Lobos e Milton Nascimento têm suas<br />
canções contempladas no disco, executadas<br />
por músicos de diversos países, orientados<br />
por Bacelar. Uma verdadeira homenagem à<br />
música brasileira, o trabalho faz ainda outras<br />
referências à cultura nacional: “Sebastiana”<br />
homenageia o sambista Jackson do Pandeiro,<br />
cuja partida completa 35 anos em 2018,<br />
e o álbum traz, no encarte, a reprodução da<br />
obra “Carnaval”, assinada por Di Cavalcanti.<br />
HARD ROCK INICIA<br />
PRÉ-VENDAS NO CEARÁ<br />
Com mais de 65% das obras concluídas, o Hard<br />
Rock Hotel Fortaleza - localizado na praia da<br />
Lagoinha, no município de Paraipaba - deve<br />
iniciar neste mês de junho a pré-venda de casas<br />
e apartamentos para compradores preferenciais<br />
da capital cearense. Em julho, começam as<br />
vendas efetivas e as unidades custarão a partir<br />
de R$ 80 mil, valor estipulado para os espaços<br />
compartilhados e com direito de uso de duas<br />
semanas por ano. No total, o empreendimento<br />
possui 47 tipos de habitação, que podem<br />
chegar ao preço de R$ 250 mil, dentro das<br />
condições de uso de duas semanas. Somando<br />
227 quartos e 174 unidades residenciais,<br />
o Hard Rock Hotel Fortaleza funcionará com<br />
um hotel convencional, com diárias oscilando<br />
entre R$800 e R$ 900, nos apartamentos mais<br />
simples. Já o Hard Rock Café, que funcionará<br />
no Shopping RioMar Fortaleza, iniciou em<br />
maio as obras de acabamento e deve ser<br />
inaugurado em agosto.<br />
COZINHA<br />
EXPERIMENTAL<br />
NA PRAIA<br />
Um dos idealizadores do movimento<br />
Cozinha DOC - Denominação de Origem<br />
Cearense e o responsável pela cozinha<br />
do surpreendente “O Mar Menino”, o chef<br />
Léo Gonçalves abriu, no fim de maio,<br />
o URU Restaurante, em Icaraizinho de<br />
Amontada, distrito que vem ganhando a<br />
atenção dos turistas cearenses e de todo<br />
o País. O espaço funciona na Pousada Café<br />
Zapata e é, para o chef, mais uma base<br />
de pesquisa e importante instrumento<br />
para o desenvolvimento da Cozinha<br />
DOC, valorizando os insumos, costumes,<br />
produtores e moradores da Costa do<br />
Sol Poente. Em 2017, Léo Gonçalves foi<br />
eleito Chef do Ano pela revista Veja, e seu<br />
restaurante, “O Mar Menino”, foi apontado<br />
como o Melhor da Cidade e como a Melhor<br />
Cozinha Brasileira/Regional.<br />
HAPVIDA ESTREIA NA BOLSA DE<br />
VALORES COM AÇÕES BEM-COTADAS<br />
Empresa fundada em Fortaleza, o Hapvida estreou na Bolsa de<br />
Valores de São Paulo, abrindo oferta pública de ações em abril.<br />
Segundo a Bolsa, a demanda pelas ações foi quase sete vezes<br />
maior do que a procura, consolidando um recorde de procura nos<br />
últimos cinco anos da instituição financeira. A valorização das<br />
ações da empresa, no primeiro dia na Bolsa, foi de 4,75%. A ação<br />
movimentou R$ 3,4 bilhões e faz parte do processo de crescimento<br />
da empresa, que pretende expandir sua atuação para outras regiões<br />
do País. O processo de abertura de capital iniciou em novembro<br />
do ano passado. O Sistema Hapvida atende 3,8 milhões de clientes<br />
em todo o território nacional. Possui 25 hospitais, 74 hapclínicas,<br />
17 prontos-atendimentos, 72 unidades de diagnóstico por imagem<br />
e 67 postos de coleta laboratorial distribuídos em 11 estados do<br />
Norte e Nordeste.<br />
CRIADORES CEARENSES<br />
LANÇAM ASSOCIAÇÃO OBJETO<br />
COMUM NO DFB FESTIVAL<br />
Motivados pelas interações coletivas, um grupo de designers cearenses<br />
fundou a Associação Objeto Comum, entidade que foi apresentada durante<br />
a última edição do DFB Festival. O foco do grupo, formado por designers de<br />
produto, é a criação de objetos autorais. “A ideia surgiu quando percebemos<br />
que juntos poderíamos ter mais força”, afirma a designer e membro do<br />
conselho curador da associação, Nathalia Canamary. As ações da “Objeto<br />
Comum” pretendem levar as peças dos associados para feiras autorais no<br />
Brasil e até no exterior. Os produtos são variados, desde móveis, luminárias,<br />
vasos até joias e objetos utilitários e de decoração. “Pensamos, também,<br />
que podemos conquistar espaço em lojas de referência e fazer parcerias<br />
com marcas que desenvolvem produtos. Durante o DFB, recebemos<br />
propostas e estamos bem animados”, destaca Nathalia. Formam o grupo<br />
12 associados: Amanda Câmara, Carolina Figueirêdo, Celina Hissa, Diego<br />
Pascual, Dora Coelho, Érica Martins, Érico Gondim, Nathalia Canamary,<br />
Rafael Studart, Rafaela Leite, Túlio Paracampos e Valter Costa Lima.<br />
CARIRI SERÁ NOVO PRODUTO TURÍSTICO DO ESTADO<br />
Em meio a grandes avanços nas áreas de aviação e no turismo local, com a expectativa do<br />
aumento do número de turistas por conta do hub aéreo instalado no Aeroporto Internacional<br />
Pinto Martins, a Secretaria Estadual do Turismo (Setur) se prepara para lançar, no segundo<br />
semestre, a região do Cariri como novo produto atrativo do Ceará. “Estamos esperando a<br />
reforma do aeroporto (de Juazeiro do Norte) para lançar uma promoção forte nesse destino.<br />
Já tem uma boa rede de hotelaria”, adianta o secretário estadual do Turismo, Arialdo Pinho.<br />
Nas regiões serranas do Estado, que também têm se destacado no segmento turístico,<br />
o secretário afirma que estão sendo feitas melhorias nas estradas de acesso e nas praças<br />
das cidades, além de fortalecer o calendário de eventos desses locais. “O fluxo nessas regiões<br />
de serra é muito puxado por eventos, como festivais de música”, detalha ele.<br />
DESIGNER DE JOIAS SUZANE<br />
FARIAS EXPÕE PEÇAS NA EUROPA<br />
A designer de joias Suzane Farias se prepara para embarcar rumo à Europa no segundo<br />
semestre, quando participará do Encontro Mundial 2018 do grupo Mulheres Brilhantes (Mubri),<br />
que acontece durante a Feira Madrid Joyas, entre os dias 11 e 16 de setembro, em Madrid,<br />
na Espanha. Suzane pretende, no evento, ampliar as relações com o mercado europeu,<br />
exibindo joias exclusivas, elaboradas artesanalmente e com design contemporâneo. “Estou<br />
bastante empolgada com o encontro e com a participação na Feira Madrid Joyas, que é<br />
umas das mais importantes da Europa. Acredito que tudo isso tem muito a acrescentar<br />
e enriquecer o meu trabalho como designer”, adianta. As peças de Suzane são feitas em<br />
ouro e prata com pedras predominantemente brasileiras e têm, como um dos diferenciais,<br />
o acabamento com texturas.<br />
10 <strong>GALERIA</strong> HIGHLIGHTS 11
<strong>GALERIA</strong> ONLINE<br />
O <strong>GALERIA</strong> por Márcia Travessoni está online 24h por<br />
dia, a gente não para. Diariamente, a redação turbina o<br />
site com matérias novas e notícias qualificadas, cheias<br />
de conteúdo interessante. Para clicar já.<br />
DOIS SÉCULOS<br />
DE DÉCOR<br />
Comemorando 20 anos desde<br />
a primeira edição da CASACOR<br />
Ceará, a diretora da feira,<br />
Neuma Figueiredo, reuniu em<br />
uma manhã os arquitetos que<br />
participam do evento desde<br />
o começo. Aproveitamos e<br />
entrevistamos todos eles para<br />
uma série especial de matérias<br />
no site. Confira!<br />
#CanalMT | Vídeo novo toda semana!<br />
/M<strong>TRAVESSONI</strong><br />
Tem novidade semanalmente no nosso #CanalMT, no Youtube. Quarta é dia de ficar atualizado com<br />
programas exclusivos sobre lifestyle, cultura, gastronomia, arte e, claro, as melhores festas e eventos<br />
da cidade. Para dar play e curtir cada momento.<br />
GASTRONOMIA<br />
NA TELONA<br />
Além de participar da edição 8<br />
da Revista <strong>GALERIA</strong>, o chef de<br />
cozinha Eneldo Peixoto compartilhou<br />
uma lista saborosa no<br />
nosso site: o top 5 dos filmes<br />
com tema gastronômico que ele<br />
mais amou nos últimos anos.<br />
As sugestões são imperdíveis<br />
(e de dar água na boca).<br />
DELICADEZA<br />
Falar sobre cerâmicas é lembra<br />
imediatamente de arte. E o mais<br />
interessante sobre a técnica<br />
é que ela aborda diversos<br />
segmentos e produtos, alguns,<br />
claro, chamaram bastante<br />
a atenção do <strong>GALERIA</strong> por<br />
tamanha beleza estética.<br />
Conheça os nomes que andam<br />
fazendo a diferença dentro e<br />
fora do Estado.<br />
PAIXÃO LITERÁRIA<br />
Todas as quartas-feiras um<br />
grupo de intelectuais cearenses<br />
se reúne na Livraria Cultura,<br />
em Fortaleza. A pauta não<br />
poderia ser outra: compartilhar<br />
conhecimento. Invadimos<br />
um desses encontros para<br />
conversar com esses amigos,<br />
que, em comum, têm o amor<br />
pela literatura.<br />
→ WWW.<strong>GALERIA</strong>MT.COM.BR<br />
@<strong>GALERIA</strong>MT<br />
/<strong>GALERIA</strong>MT<br />
/M<strong>TRAVESSONI</strong><br />
@<strong>GALERIA</strong>MT<br />
PAPO FRESH<br />
Conversar com Paula Villas-<br />
-Boas, cap da marca cearense<br />
de beachwear Bikiny Society,<br />
é sentir como se ela fosse<br />
amiga de muitos anos, tamanha<br />
a sua tranquilidade e a sua<br />
simpatia. Para o <strong>GALERIA</strong>,<br />
ela abre o jogo sobre processo<br />
criativo e inspirações de vida.<br />
CONVERSA NO PARQUE<br />
Carol Bezerra tem total consciência da sua importância social e, como primeira-dama de Fortaleza, tem colocado<br />
um olhar bastante sensível e relevante dentro da administração pública da Capital. Confira uma entrevista<br />
inédita, concedida à nossa Publisher Márcia Travessoni.<br />
EM ASCENSÃO<br />
Chanel, Céline e Burberry foram<br />
só algumas das grifes internacionais<br />
que Sarah Berger teve<br />
a chance de pisar na passarela.<br />
Modelo cearense em ascensão<br />
no mercado de moda global,<br />
ela esteve em Fortaleza para o<br />
DFB Festival 2018 e aproveitou<br />
para bater um papo revelador<br />
com o <strong>GALERIA</strong>.<br />
DESTINO: MILÃO<br />
Referência ao redor do mundo<br />
como influenciadora digital,<br />
Thassia Naves divide com<br />
seus mais de 3 milhões de<br />
seguidores no Instagram os<br />
bastidores de sua rotina agitada.<br />
Entre viagens para diversos<br />
lugares, a bela revelou quais<br />
são seus lugares preferidos em<br />
Milão. Tome nota.<br />
DIVA<br />
Di Ferreira é daquelas cantoras<br />
cheias de versatilidade musical.<br />
Por aqui, ela já mostrou<br />
seu estilo único e, agora,<br />
compartilha uma playlist repleta<br />
de personalidade. Direto no<br />
perfil do <strong>GALERIA</strong> no Spotify.<br />
Não dá para perder.<br />
EMOÇÃO FOTOGRÁFICA<br />
Uma África bem distante dos clichês. Se fôssemos definir a exposição<br />
“Luz e Sombra”, de Christian Cravo, essa primeira frase seria apenas<br />
uma pequena síntese. Em cartaz no Museu da Fotografia de Fortaleza,<br />
fizemos um tour, em vídeo, pela mostra, com direito a curiosidades sobre<br />
o processo criativo.<br />
VALORIZAÇÃO<br />
Momento de lucidez fashion durante o ano, o DFB Festival 2018 incita<br />
alguns questionamentos pertinentes em torno da indústria criativa,<br />
um deles (inclusive, importantíssimo) é a valorização do trabalho local.<br />
Como os profissionais avaliam o consumo e a produção de moda<br />
feitos dentro da terrinha? Play para conferir.<br />
12 <strong>GALERIA</strong> <strong>GALERIA</strong> ONLINE 13
<strong>GALERIA</strong><br />
VISITA<br />
HISTÓRIA<br />
EM DETALHES<br />
A INSPIRAÇÃO NO ESTILO CLEAN E AS MEMÓRIAS DA FAMÍLIA DÃO<br />
AO APARTAMENTO DE RAVI MACÊDO, EM SÃO PAULO, UMA PERSONALIDADE ÚNICA<br />
<strong>POR</strong> JÉSSICA COLAÇO FOTOS DENILSON MACHADO/MCA ESTÚDIO<br />
O<br />
empresário Ravi Macêdo, 27, foge à tradição dos jovens que<br />
tomam a decisão de morar sozinhos e deixam a estética da<br />
casa como preocupação de segundo plano. Residindo na<br />
capital paulista desde 2009, ele decidiu que queria chamar<br />
de lar um espaço que tivesse os ares dos lofts típicos de Nova<br />
York, com a estética clean, mas que deixasse evidente parte da<br />
história da família onde ele nasceu, em Fortaleza. Foi assim que, no ano<br />
passado, o apartamento de 134m², com dois pisos, localizado em Vila<br />
Nova Conceição, na zona sul de São Paulo, ganhou um projeto limpo,<br />
mas cheio de detalhes ricos em história, assinado pelo arquiteto Nildo José.<br />
“Sempre morei perto do Ibirapuera, e esse prédio, eu olhava desde<br />
a época em que ele estava sendo construído. Gosto muito dessa região<br />
porque dá pra fazer tudo a pé, o parque tá do lado”, reforça o empresário.<br />
Para orientar o arquiteto sobre o perfil de morada que buscava, Ravi<br />
fez diversas imagens da casa onde ele vivia com os pais, em Fortaleza.<br />
“É um imóvel que meu pai construiu nos anos 70, com muito cimento<br />
queimado, muita madeira, muito trabalho rústico, manual. E eu dei sorte<br />
porque o Nildo José é super jovem e conseguiu unir isso num ambiente<br />
clean”, detalha.<br />
14 <strong>GALERIA</strong> <strong>GALERIA</strong> VISITA 15
As surpresas começam no hall do apartamento, revestido<br />
por tacos de pau marfim e sucupira, que eram, na verdade,<br />
parte do piso da casa dos avós de Ravi, em Fortaleza, e foram<br />
salvos durante a demolição do imóvel. “Na época da construção,<br />
os tacos eram pregados com piche, mas ainda consegui salvar e<br />
levar para o arquiteto”, lembra. Dispostas em ziguezague, tal qual<br />
ficavam no antigo imóvel, as peças de madeira contrastam com o<br />
branco que predomina no restante do ambiente. As referências<br />
à história do dono da casa continuam na cozinha, onde uma<br />
estante de 5,4 metros de altura se inspira no conceito de<br />
prateleiras de mercearia, em que os potes são alcançados por<br />
meio de uma escada: a inspiração foi o negócio da família, que se<br />
transformou no Grupo J. Macêdo, um dos gigantes alimentícios<br />
do País.<br />
É ainda na cozinha onde Ravi recebe a família e os amigos,<br />
em jantares que se estendem pela longa mesa em mármore.<br />
A herança da família é contada, mais uma vez, com recursos<br />
da marcenaria na sala de estar, que tem uma prateleira feita de<br />
peroba-do-campo, árvore que pertencia a uma das casas dos<br />
avós do empresário; e ainda na varanda, onde um pé de siriguela<br />
remonta à flora típica do Nordeste brasileiro.<br />
O verde das plantas se mistura com o mood rústico/moderno<br />
16 <strong>GALERIA</strong> da madeira, coberta de maneira sofisticada<br />
<strong>GALERIA</strong> VISITA 17
PRIVACIDADE TRANSPARENTE<br />
No segundo piso do apartamento, acessado por uma<br />
escada caracol, o home office fica em um mezanino de vidro,<br />
reforçando a estética clean do projeto e permitindo que a<br />
luz natural acesse mesmo esse ambiente mais íntimo da casa.<br />
A cadeira Sherlock, de Etel Carmona, é um dos objetos de<br />
destaque do espaço, assim como o gaveteiro e a estante,<br />
projetados pelo próprio escritório que assina o projeto.<br />
Lá, também, fica o quarto, um dos ambientes favoritos de<br />
Ravi. “A parte de cima é muito aconchegante, para quando<br />
eu quero ficar sozinho. Na verdade, a minha parte preferida<br />
da casa é o quarto”, atesta ele. Nesse cômodo, a transparência<br />
é, também, o ponto forte, com destaque para o banheiro,<br />
cujo box foi substituído por vidros em molduras pretas. ¤<br />
C<br />
M<br />
Y<br />
CM<br />
MY<br />
CY<br />
CMY<br />
K<br />
18 <strong>GALERIA</strong> <strong>GALERIA</strong> VISITA 19
EM PAUTA<br />
NOVAS<br />
DEFINIÇÕES<br />
DE LUXO<br />
UM DOS DIRETORES DO GRUPO MEIA SOLA, ANDRÉ<br />
ALBUQUERQUE, FALA SOBRE OS DEBATES LEVANTADOS<br />
NO INTERNATIONAL LUXURY CONFERENCE,<br />
FOCADO NOS RUMOS DO MERCADO VIP<br />
<strong>POR</strong> JÉSSICA COLAÇO<br />
AFINAL, O QUE É LUXO?<br />
Muito além de discutir de que forma o segmento<br />
de luxo deve se posicionar, o seminário, disse André,<br />
levantou o debate sobre o próprio significado dos<br />
produtos desse segmento. “Até que ponto um trabalho<br />
manual vai ter mais ou menos valor do que o trabalho<br />
feito por uma máquina? Temos várias marcas que têm<br />
produção limitada, produtos caríssimos, todas são de<br />
luxo? O que diferencia é a relação que ela tem com<br />
o consumidor, de que modo ela preserva o próprio<br />
DNA e traz a sua história”, sugere ele, refletindo sobre<br />
um tópico debatido por Johnny Coca, diretor criativo<br />
da britânica Mulberry e que, mesmo sendo espanhol,<br />
conduziu as ações da marca de forma global, sem perder<br />
a essência de quem a fundou.<br />
Fundador e CEO da Not Just a Label, plataforma<br />
britânica focada na promoção do trabalho de designers<br />
de todo o mundo, Stefan Siegel exemplificou como<br />
a tecnologia pode ser aliada do mercado de luxo<br />
e respeitar os princípios da sustentabilidade e<br />
diversidade. “Ele tem um coletivo, um portal,<br />
com mais de 30 mil estilistas cadastrados, de 150<br />
países. As coleções são criadas de forma colaborativa<br />
e as peças, que forem produzidas e comercializadas,<br />
terão o valor repassado para quem criou. O produto<br />
remunera diretamente o criador”, detalha André.<br />
Segundo ele, esse modelo adianta ainda outra tendência<br />
nesse cenário de produtos e experiências exclusivas,<br />
que é a valorização cada vez maior do artista, do criador<br />
da peça. “Eu não preciso ter um Instagram com milhões<br />
de seguidores, mas fazer algo relevante, que tenha<br />
importância”, defende. ¤<br />
A<br />
nobreza e exclusividade de um produto não serão, muito em<br />
breve, as atribuições que definem aquele item como luxuoso,<br />
e sim, o propósito daquela marca, a causa que ela defende e a<br />
experiência que proporciona ao consumidor. Quem resume esses<br />
conceitos é André Albuquerque, um dos diretores do Grupo<br />
Meia Sola e que participou, em abril, do International Luxury<br />
Conference, em Lisboa. O evento é promovido pela Condé Nast, aberto a<br />
um número restrito de participantes - pouco mais de 400 - e reúne CEOs,<br />
diretores criativos e fundadores das maiores marcas de luxo do mundo.<br />
Único brasileiro na plateia, André revela que a experiência foi praticamente<br />
uma imersão filosófica no que deve ser o futuro do mercado de luxo.<br />
Em dois dias de seminário, entre palestras e debates, os temas de maior<br />
destaque e relevância, segundo aponta André, foram a sustentabilidade,<br />
a experiência do consumidor, o respeito à diversidade e a busca pela<br />
inovação. “O nosso cliente é global e a gente precisa ficar atento a todas<br />
essas mudanças, entender que o consumidor está mudando, ver o que se<br />
torna importante e trazer relevância nesse sentido”, argumenta André,<br />
reforçando a importância da discussão. O tema da sustentabilidade,<br />
pontua ele, foi bastante debatido pelo CEO da Bottega Veneta, Claus-<br />
Dietrich Lahrs, que abordou a questão para além das ações especificamente<br />
ambientais e introduziu questões como o uso de novos materiais,<br />
renováveis e recicláveis. “É uma coisa de pensar no produto que a gente<br />
está consumindo hoje, como vai ser o descarte dele. Até que ponto eu<br />
preciso consumir uma quantidade enorme de produtos, de fast fashion?”,<br />
questiona André.<br />
A diretora artística da Dior, Maria Grazia Chiuri, reforçou uma<br />
bandeira que ela defende abertamente desde que assumiu a maison francesa,<br />
o empoderamento feminino, e com ele, levantou-se a discussão acerca do<br />
respeito às diversidades dos consumidores. “Não só o respeito à raça, cor,<br />
mas idade, origem, formatos de corpo e os gostos da pessoa, a escolha<br />
do estilo de vida dela”, detalha André. Essa percepção, completa ele,<br />
interfere diretamente no modo como a marca se posiciona perante os<br />
consumidores, se moldando às necessidades deles, e não impondo regras<br />
e padrões. “É entender que as pessoas são diferentes, e os valores delas,<br />
mesmo que diferentes dos seus, são válidos, é preciso entender e respeitar<br />
isso”, acrescenta.<br />
ANDRÉ EM CLIQUE<br />
COM SUZY MENKES,<br />
editora internacional da Vogue<br />
e idealizadora da conferência<br />
A DIRETORA ARTÍSTICA<br />
da Maison Dior, Maria Grazia<br />
Chiuri, também esteve<br />
presente no evento<br />
TOQUE<br />
MT<br />
CASES BRASILEIROS EM ALTA<br />
O joalheiro Ara Vartanian, o CEO do Grupo Iguatemi, Carlos Jereissati<br />
Filho, e o CEO da Arezzo, Alexandre Birman, foram os brasileiros que<br />
participaram como palestrantes do Internacional Luxury Conference. Os três<br />
falaram sobre as ligações entre os países lusófonos dentro de suas respectivas<br />
áreas de atuação: joias, varejo e calçados.<br />
20 <strong>GALERIA</strong> EM PAUTA 21
MODA<br />
O<br />
peso e a repercussão da marca David Lee contrastam com<br />
a figura do estilista que dá nome à brand: aos 26 anos,<br />
o jovem de voz um pouco tímida é o responsável por<br />
criações que já venceram diversos concursos de novos<br />
talentos, têm um público consumidor considerável e o<br />
levaram a ser o único brasileiro aprovado para a edição<br />
2018 do International Fashion Showcase, um programa de fomento<br />
de talentos emergentes promovido pelo London College of Fashion<br />
e pelo British Fashion Council, na Inglaterra. A seleção levou em<br />
consideração os modelos criados por David com foco no público<br />
masculino, segmento ao qual ele se dedica na moda e onde já possui<br />
uma assinatura bem clara. “Eu tento encorajar o homem a sair<br />
desse papel que colocaram nele. Essa masculinidade criada não<br />
cabe no mundo de hoje, então, é um trabalho de desconstrução do<br />
masculino”, define.<br />
A ideia de um homem forte e sensível é expressa, nas peças<br />
de David, em comprimentos mais curtos, cores vivas e estamparias.<br />
“Quando eu fui me aprofundando na moda, eu vi que a roupa, para<br />
o homem, não era importante por conta de questões culturais.<br />
O homem tinha de ser forte, usar sempre roupa preta”, descreve<br />
ele, que hoje executa praticamente todas as etapas da produção das<br />
roupas. Mas o ateliê discreto, no Centro da Cidade, onde David<br />
divide espaço com uma artesã, abriga sonhos ambiciosos. “Pretendo<br />
focar no e-commerce e colocar essas peças com alcance nacional,<br />
em lojas multimarcas de São Paulo, por exemplo. Já fui procurado<br />
por algumas de Porto Alegre, mas ainda não tenho estrutura para<br />
atender essa demanda”, pondera.<br />
Em julho, ele embarca para uma temporada de três meses na<br />
capital britânica, onde receberá suporte para expansão do negócio,<br />
terá contato com compradores de todo o mundo e vai preparar, junto<br />
dos demais selecionados, uma instalação que será exibida na semana<br />
de moda de Londres do próximo ano. “Londres é muito especial<br />
porque a moda masculina começa lá, e acredito que é lá que ela se<br />
renova. Esse projeto nos posiciona globalmente e abre possibilidades<br />
de venda, pode surgir um comprador de Paris, por exemplo”, almeja.<br />
Em breve, serão comercializadas outras peças do estilista, as que<br />
ele desenhou para a marca Reserva por ter sido um dos vencedores<br />
de um concurso que a marca promoveu em parceria com a revista<br />
GQ. Os modelos estarão disponíveis em apenas dez lojas, mas as<br />
selecionadas ainda não foram divulgadas.<br />
FOTO CAIO FERREIRA<br />
FOTO DANIEL ARAGÃO<br />
FOTO CAIO FERREIRA<br />
FORTE E<br />
SENSÍVEL<br />
COM O TRABALHO VOLTADO PARA A DESCONSTRUÇÃO DO MASCULINO A PARTIR DA ROUPA,<br />
O ESTILISTA DAVID LEE SE PREPARA PARA UMA TEM<strong>POR</strong>ADA DE APRIMORAMENTO EM LONDRES<br />
<strong>POR</strong> JÉSSICA COLAÇO FOTOS RONI VASCONCELOS<br />
FOTO VICTOR GOMES<br />
DETALHES IMPECÁVEIS<br />
Exigente com a qualidade do produto que<br />
cria e entrega, David conta que construiu a<br />
experiência criativa e de produção de maneira<br />
autodidata, e por diversos caminhos. Em 2011,<br />
quando venceu o primeiro concurso de jovens<br />
talentos, ele teve de executar processos<br />
como modelagem e corte, e aprendeu esses<br />
conhecimentos pesquisando em livros de<br />
moda. “Cortei a peça e levei nas costureiras.<br />
Depois do concurso, passei a ir toda tarde<br />
no ateliê delas para aprender a costurar”,<br />
lembra. Em seguida, vieram mais concursos<br />
e a oportunidade de trabalhar em uma<br />
private label, onde ele teve acesso aos fluxos<br />
industriais da moda. Hoje, David se sente<br />
seguro para conduzir o próprio negócio e<br />
presta consultoria para outras marcas. ¤<br />
22 <strong>GALERIA</strong> MODA 23
24 <strong>GALERIA</strong> MODA 25
MODA<br />
JOIAS DE<br />
EXPRESSÃO<br />
PARA SE COMUNICAR COM O MUNDO, A DESIGNER<br />
DE JOIAS CAROLINA FIGUEIRÊDO PARTICIPA DE TODAS AS ETAPAS<br />
DE CRIAÇÃO DAS PEÇAS DA CAROLA<br />
<strong>POR</strong> JÉSSICA COLAÇO FOTOS RONI VASCONCELOS<br />
A<br />
familiaridade com que Carolina Figueirêdo lida com<br />
joias e o processo de fabricação dessas peças não parece<br />
ser de quem vem se dedicando há pouco tempo ao<br />
ofício de joalheira. O interesse pela área, na verdade,<br />
se manifestou desde cedo na jovem designer, mas foi<br />
apenas em 2016 que ela criou a Carola, marca que<br />
exprime a assinatura dela em peças de prata, ouro e cobre. “É tudo<br />
autoral e feito à mão. Todos os processos são feitos no ateliê,<br />
se não são feitos artesanalmente. É a minha forma de expressão”,<br />
define Carolina. Morando em São Paulo, onde fica o ateliê, desde<br />
o início da marca ela já desenvolveu três coleções e, no último<br />
DFB Festival, assinou as joias do desfile de Rebeca Sampaio.<br />
As folhas e linhas do cotidiano, os fios da rede elétrica das<br />
metrópoles e as texturas e formas da carnaúba já foram inspiração<br />
para as criações de Carolina, que revela, para o futuro, querer<br />
trabalhar sem fronteiras. “Quero crescer como profissão, mas o<br />
principal é que a Carola não tenha fronteiras, que consiga estar<br />
em várias partes do mundo, porque eu quero me comunicar<br />
com todos”, projeta a designer. O rompimento dessas fronteiras<br />
vai, também, para a área da criação, uma vez que Carolina está<br />
preparando uma coleção de objetos decorativos para serem<br />
lançados na CASACOR Ceará, em setembro deste ano. “Se vier a<br />
inspiração para fazer objetos de decoração, por que não? Se forem<br />
móveis, por que não?”, propõe ela, que está trabalhando, nesses<br />
objetos, utilizando latão e cobre.<br />
SEM MAIS PAUSAS<br />
A admiração pelo ofício dos joalheiros é de longa data em<br />
Carolina, mas a rotina imersa em trabalhos envolvendo mostras<br />
de decoração e produções editoriais a fizeram adiar por muito<br />
tempo um estudo aprofundado na área. Foi a cearense Nathália<br />
Canamary quem a inseriu na prática, com um curso básico,<br />
em Fortaleza. Em 2015, já morando em São Paulo, Carolina<br />
tomou a decisão de largar um emprego na Editora Abril para<br />
se dedicar integralmente ao curso ministrado pelas joalheiras<br />
Fernanda Spilborghs e Tais Francelli. “Vi o metal líquido se<br />
transformar em joia, foi uma autodescoberta”, lembra Carolina,<br />
ao falar do momento em que decidiu que a produção artesanal<br />
seria a prioridade. ¤<br />
26 <strong>GALERIA</strong> MODA 27
EMPREENDEDORISMO<br />
A CASA<br />
DA LAUREN<br />
INSPIRADA EM UMA MULHER MODERNA, A LAUREN HOME, LOJA<br />
DE DECORAÇÃO DAS IRMÃS LÍVIA VIDAL E BEATRIZ NOGUEIRA,<br />
VEM IMPLANTANDO UM NOVO ESTILO DE DÉCOR NA CAPITAL<br />
<strong>POR</strong> ALINE CONDE FOTO RONI VASCONCELOS<br />
Nome de origem italiana e que significa vitória,<br />
Lauren é uma mulher moderna e dinâmica<br />
que surgiu para ser a personagem símbolo da<br />
empreitada das irmãs Lívia Vidal e Beatriz<br />
Nogueira, que comercializam produtos de<br />
decoração, em Fortaleza. Apesar de ter a<br />
loja física na capital cearense, a Lauren Home surgiu<br />
primeiro online e vende até hoje, principalmente, para<br />
mercados do Nordeste e Sudeste.<br />
“A Lauren é uma pessoa, eu denominei assim desde<br />
o começo, é aquela mulher que acorda cedo, faz café,<br />
trabalha, sai de casa, cuida dos filhos, ou seja, que faz<br />
tudo. É uma mulher dinâmica, antenada, com a cabeça<br />
pra frente, como a maioria das mulheres”, explica a sócia<br />
e administradora da loja Lívia Vidal, comentando que<br />
o conceito definido por ela se alinha ao tom moderno<br />
dos itens vendidos na loja. O espaço está instalado em<br />
um antigo casarão, na Aldeota, e reúne produtos que<br />
vão de objetos decorativos para sala e quarto até itens de<br />
jardinagem, passando a acessórios de cozinha. A novidade<br />
mais recente é o investimento em produtos gourmet.<br />
28 <strong>GALERIA</strong> EMPREENDEDORISMO 29
INÍCIO<br />
Antes de ser empresária, Lívia era arquiteta e, toda vez<br />
que encabeçava um projeto, notava que faltavam lugares,<br />
em Fortaleza, que oferecessem objetos de decoração de<br />
qualidade. “Senti uma falta muito grande no mercado de<br />
algumas peças diferenciadas, mas com um valor mais acessível<br />
ao público. Até encontrava produtos, mas eram em lojas que<br />
tinham o preço muito alto. Por isso, tínhamos a dificuldade de<br />
finalizar um projeto, e geralmente ficava pelado, digamos assim,<br />
porque depois de fazer os móveis, não tinham muitas opções<br />
para adornar”, explica.<br />
Foi então que ela iniciou um trabalho de garimpo. “Comecei<br />
a pesquisar, viajar e vi realmente que em Fortaleza não tinha<br />
esse mercado e comecei a fazer uma curadoria de peças minhas,<br />
mais na parte de louças. Depois, a gente foi ampliando para a área<br />
de decoração, produtos de bebê, assim foi virando um bocado<br />
de coisa junto, e resolvi criar uma marca, depois de um tempo”,<br />
lembra Lívia. Inicialmente, os itens garimpados por meio dessa<br />
curadoria da então arquiteta eram utilizados nos projetos que ela<br />
desenvolvia, e só depois de um tempo ela criou o site para vender<br />
esses produtos.<br />
O passo seguinte foi dado em março de 2016,<br />
com a inauguração de uma loja no Eusébio, para que os clientes<br />
pudessem ver os produtos de perto. “A loja deu muito certo,<br />
mas a gente tinha dois problemas: o de deslocamento, porque<br />
ficava longe, e o de espaço, porque a loja era pequena e a<br />
empresa estava crescendo. Começamos a aumentar o número,<br />
a quantidade e o tipo de peças e a loja passou a não comportar<br />
mais o estoque”, acrescenta. Dessa forma, em outubro de 2017,<br />
a Lauren Home se mudou para Fortaleza. “A gente não queria<br />
que fosse dentro de galeria, porque achávamos que deixava<br />
tudo muito frio. Eu queria uma casa mesmo, que tivesse uma<br />
história, e que passasse pelo nosso conceito de aconchego”,<br />
define a empresária.<br />
A partir dessa mudança, o empreendimento recebeu a força<br />
de Beatriz Nogueira, que entrou como sócia de Lívia, largando<br />
o trabalho como advogada para se dedicar à Lauren. “A ideia<br />
inicial era dividir o tempo, ficar quatro horas no escritório e<br />
depois vir para a Lauren, mas os primeiros meses realmente<br />
não deram certo. Então, decidi entrar de cabeça no negócio”,<br />
destaca Beatriz, que é responsável pela parte de vendas online<br />
e marketing do negócio.<br />
NOVOS INVESTIMENTOS<br />
Em menos de dois anos de existência, a loja já tem<br />
uma clientela fixa e as sócias reconhecem os bons frutos<br />
que vêm colhendo em tão pouco tempo. Para Beatriz,<br />
isso é o resultado de um trabalho feito na Lauren de<br />
buscar “sempre trazer o lado mais de relacionamento<br />
com a cliente”. “De lá para cá, a gente tem tido um<br />
acolhimento muito bom do público, as clientes têm<br />
dado bons feedbacks e temos um relacionamento muito<br />
interessante com elas, como uma amizade mesmo.<br />
Queremos que todas tenham a sensação de que estão<br />
visitando uma amiga e que a Lauren faça parte da vida<br />
delas”, completa Lívia.<br />
Apesar de a maioria das pessoas que compra na loja<br />
ser mulher e ter entre 25 e 40 anos, as sócias garantem<br />
que há uma parcela masculina que também frequenta<br />
o local. “Não é o foco da loja, claro que a gente tenta<br />
atingir os homens também, mas a gente precisa focar em<br />
alguém e o foco é uma mulher adulta, até porque a nossa<br />
persona é uma mulher. Mas nosso público masculino<br />
fica em torno de 15%”, contabiliza Lívia.<br />
A consolidação da Lauren Home já permite novos<br />
projetos para o futuro: está em fase de produção a<br />
“Quitanda da Lauren”, um novo espaço de produtos<br />
gourmet na loja, que reflete principalmente a paixão<br />
de Beatriz por alimentação saudável e consciente. “Essa<br />
área está crescendo cada vez mais, então a gente quer<br />
entrar com produtos que não sejam apenas de larga<br />
escala. Por exemplo, são itens mais personalizados<br />
como um café com torra feita em Fortaleza, um chá<br />
feito das folhas, um azeite feito manualmente”, lista<br />
Beatriz, adiantando que haverá também condimentos<br />
e temperos. Alguns produtos já estão sendo<br />
comercializados na loja, mas o projeto pensado pelas<br />
sócias é de uma área especialmente feita para a quitanda,<br />
que será inaugurada em breve.<br />
Outro projeto em estudo é a ampliação da Lauren<br />
Home. “A gente está fazendo pesquisa de mercado,<br />
tanto em Fortaleza como também em outros estados.<br />
Já recebemos várias propostas de algumas pessoas<br />
interessadas, porque muita gente acha que aqui é uma<br />
franquia. Mas vamos começar um processo de estudo<br />
para ver a viabilidade de transformar em franquia e saber<br />
se vale a pena para a gente ou não”, pondera Lívia. ¤<br />
30 <strong>GALERIA</strong> EMPREENDEDORISMO 31
32 <strong>GALERIA</strong> EMPREENDEDORISMO 33
EMPREENDEDORISMO<br />
PRAZER EM<br />
SE EXERCITAR<br />
COM UMA NOVA UNIDADE INAUGURADA NA CIDADE, A GREENLIFE<br />
INVESTE EM TECNOLOGIA DE INTERAÇÃO E ESTRATÉGIAS<br />
DE GAMEFICAÇÃO PARA DEIXAR A ATIVIDADE FÍSICA ATRATIVA<br />
<strong>POR</strong> ALINE CONDE FOTO RONI VASCONCELOS<br />
Com seis mil metros quadrados e três andares, a nova unidade<br />
da Greenlife Family Club, inaugurada recentemente na<br />
Aldeota, tem como um dos focos principais a gameficação,<br />
estratégia que usa as dinâmicas e mecanismos de jogos<br />
para promover o engajamento das pessoas no momento<br />
da atividade física. O novo espaço tem capacidade para<br />
receber quatro mil clientes. “A gameficação entrou muito em<br />
vigor porque ajuda a engajar as pessoas. Quando você coloca um<br />
jogo, uma competição saudável e coloca atividade física de forma<br />
lúdica, isso faz com que elas se engajem mais. A nova tendência<br />
das academias é essa”, comenta o gestor de operações da Greenlife,<br />
Victor Erbereli, que também é sócio da rede de academias cearense.<br />
Além dele, há mais quatro sócios: José Jereissati, José Jereissati Filho,<br />
Fernando Cavalcante e José Aglair.<br />
Para o gestor de operações, as pessoas não gostam de se<br />
exercitar, apesar de saberem da importância da prática para suas<br />
vidas. “Um exemplo clássico é a musculação. O professor fazia um<br />
treinamento fantástico, só que o cliente não ia fazer o treinamento<br />
porque era monótono, chato”, enfatiza. A Pesquisa Nacional por<br />
Amostra de Domicílios (Pnad) de 2015, divulgada no ano passado,<br />
revelou que seis em cada dez pessoas, com 15 anos ou mais, no Brasil,<br />
não fazem exercício físico no País, Isso significa que cerca de 100,5<br />
milhões de brasileiros levam uma vida sedentária. A pesquisa também<br />
apontou que as pessoas justificaram a não prática de exercício por<br />
“não gostarem”, “não quererem” ou, ainda, por falta de tempo.<br />
“Como é que a gente faz, então, para que a atividade física<br />
seja mais atraente? É através da ludicidade, da gameficação,<br />
de minicompetições, de não deixar a atividade física ser sacal, de ter<br />
um propósito de acontecer. Por isso, estamos buscando cada vez<br />
mais deixar a atividade física prazerosa, lúdica, fazer com que as<br />
pessoas se divirtam”, comenta Victor. Para incentivar ainda mais<br />
a permanência das pessoas dentro das academias, a Greenlife tem<br />
investido, também, no relacionamento e nos espaços de convivência.<br />
“A gente criou espaços de vivências, com sofás, mesas de ping-pong,<br />
sinucas. Justamente, para que as pessoas possam fazer atividade e se<br />
divertir. É um ponto de encontro, digamos assim”, compara.<br />
34 <strong>GALERIA</strong> EMPREENDEDORISMO 35
TECNOLOGIA<br />
Outra estratégia da Greenlife é apostar na tecnologia,<br />
de modo a proporcionar a interação dos alunos na<br />
mesma unidade e também em outras redes, por meio<br />
de competições. “Temos máquinas de musculação da<br />
Technogym, a Selection Pro, onde o cliente faz o<br />
treinamento e tem um computador em cada máquina,<br />
que diz o tempo de movimento que a pessoa deve fazer.<br />
Então, desde a fase onde ele faz a força ou a fase onde<br />
ele segura o movimento, a máquina diz para fazer um<br />
pouquinho mais lento ou mais rápido. Ou seja, a máquina<br />
interage com o aluno”, detalha.<br />
O Green Zone é outra novidade tecnológica da unidade<br />
Aldeota. O sistema mapeia os resultados dos clientes, diária<br />
e mensalmente, e os disponibiliza por email. “O Green Zone é<br />
uma sala de treinamento onde as pessoas ficam monitoradas<br />
o tempo inteiro. Após o termino do exercício, a pessoa<br />
consegue ver através de escala quanto tempo ficou em cada<br />
zona e qual foi o resultado daquele treino. Então, ao fim<br />
do mês, é possível saber quantas calorias perdeu, quantas<br />
vezes foi na academia e a mensuração do treino”, detalha<br />
o sócio. Os clientes também vão encontrar o sistema de<br />
gameficação Reaxing, uma novidade no Brasil.<br />
TRÊS ANDARES<br />
Dividida em três pavimentos, a unidade da Aldeota<br />
concentra, no primeiro andar, a área de musculação,<br />
funcional com capacidade para até 80 pessoas e sistema<br />
de gameficação Reaxing, salas de aula coletivas, Green Zone,<br />
espaço gourmet, salão de beleza, spa e áreas de convivência.<br />
A academia separou o segundo pavimento para as crianças,<br />
também com salas coletivas, artes marciais, música e<br />
áreas de entretenimento. Há, também, sala de cinema<br />
infantil e cozinha kids, além do My Gym, metodologia de<br />
desenvolvimento infantil norte-americana.<br />
A grande novidade do espaço é o sistema semi-integral<br />
para crianças, que funciona como um complemento da<br />
rotina dos pequenos. Nesse tipo de acompanhamento,<br />
a Green Life oferece atividades físicas e lúdicas, momentos<br />
de integração e acompanhamento escolar. “As crianças<br />
poderão ficar conosco lá e serem acompanhadas pelas<br />
pedagogas, fazerem a lição de casa. É um acompanhamento<br />
do desenvolvimento infantil”, revela Victor, comentando<br />
que o espaço pode comportar até mil crianças. Já o terceiro<br />
pavimento tem três quadras (de areia e poliesportiva),<br />
espaços com tatames para artes marciais, box de crossfit e<br />
uma área de convivência com foodtruck. “É um novo modelo<br />
de academia. O que a gente quer é fugir do mais do mesmo<br />
e realmente sair na frente”, confessa Victor.<br />
Com o espaço da Aldeota, a Greenlife soma, agora,<br />
seis unidades (duas delas no modelo Family Club)<br />
no Ceará, sendo cinco em Fortaleza e uma no Eusébio.<br />
“Continuaremos crescendo em relação à rede, visando<br />
outros mercados. Quem sabe no futuro a gente consegue<br />
ampliar para a região Sudeste. O nosso plano é de expansão”,<br />
conclui o sócio. ¤<br />
36 <strong>GALERIA</strong> EMPREENDEDORISMO 37
38 <strong>GALERIA</strong> EMPREENDEDORISMO 39
PODER<br />
PRÁTICAS<br />
RENOVADORAS<br />
SUPERINTENDENTE REGIONAL DO TRABALHO NO CEARÁ, FÁBIO ZECH<br />
DEFINIU PARA SI A MISSÃO DE CRIAR PARCERIAS E ABRIR DIÁLOGOS<br />
<strong>POR</strong> JÉSSICA COLAÇO FOTO RONI VASCONCELOS<br />
A<br />
burocracia e a morosidade associadas ao serviço público<br />
não condizem com o ritmo de trabalho que o advogado<br />
Fábio Zech vem implantando na Superintendência<br />
Regional do Trabalho no Ceará (SRT-CE), órgão<br />
do qual é titular desde 2016. “Eu tive que fazer uma<br />
quebra de paradigmas, realmente não é fácil você<br />
entrar e querer apresentar o novo”, explica ele, lembrando das<br />
inovações que adotou no local de trabalho e de certa resistência<br />
que encontrou, em alguns servidores, em deixar antigos costumes.<br />
Inspirado pelas boas práticas da iniciativa privada, Fábio<br />
conseguiu motivar a equipe de trabalho em torno da ideia de<br />
oferecer um serviço de qualidade, e que acolha empregadores<br />
e empregados.<br />
Uma das primeiras mudanças implantadas pelo<br />
superintendente foi a criação de um conselho consultivo para<br />
auxiliar na gestão da SRT-CE, e um planejamento estratégico.<br />
“Depois, veio a ideia de levar os nossos serviços pro shopping,<br />
foi quando abrimos as agências do RioMar Fortaleza e RioMar<br />
Kennedy, agência a custo zero, onde o trabalhador tem<br />
atendimento de qualidade, dentro do shopping, com a Carteira<br />
de Trabalho saindo em 30 minutos”, completa Fábio, ressaltando o<br />
pioneirismo da capital cearense em levar esse tipo de serviço para<br />
um estabelecimento como os shoppings. O agendamento online do<br />
atendimento e a rápida emissão de documentos foi outra inovação<br />
trazida pelo advogado, além das pesquisas sobre a qualidade do<br />
atendimento ao cliente. “Quando eu cheguei aqui, você esperava<br />
40 dias pra ser atendido, ou tinha que chegar de madrugada para<br />
conseguir uma ficha. Hoje, o agendamento é feito pela internet”,<br />
compara, citando que o número de Carteiras de Trabalho emitidas<br />
diariamente, em Fortaleza, saltou de 150 para 450, no ano passado.<br />
40 <strong>GALERIA</strong> PODER 41
TRABALHANDO EM PARCERIA<br />
Defensor da ideia de que poder público e iniciativa privada fazem um<br />
trabalho muito melhor quando atuam em parceria, Fábio abriu, na SRT-CE,<br />
caminhos para dialogar com grandes empregadores e fazer com que a relação<br />
patrão-trabalhador, historicamente imersa em tensões, pudesse ser cada vez<br />
mais amigável e produtiva. “Buscamos escutar a iniciativa privada sobre quais<br />
são os gargalos e dificuldades que eles encontram, pra tentarmos superar<br />
isso, em prol da maior empregabilidade”, argumenta, citando, ainda, a maior<br />
abertura conquistada também com os sindicatos. “Sempre digo que essa<br />
é uma gestão diferente, porque a SRT-CE sempre foi tida como a casa do<br />
trabalhador. Não nego que seja essa casa, mas aqui é muito grande, cabe também<br />
o empregador, o empresário, e eu acho que isso foi a grande inovação, essa<br />
visão de um desenvolvimento econômico sustentável, com responsabilidades<br />
sociais”, define.<br />
Um bom fruto desse trabalho em parceria, cita o superintendente,<br />
foi a criação do Projeto Abrigar, que proporciona, para jovens em abrigos<br />
institucionais, aprendizagem de trabalho. “São jovens que estão em abrigos<br />
institucionais, sem afeto de família, e quando atingem a maioridade, eles<br />
têm que deixar esses locais e vão pra rua, e na rua, a gente sabe que o que<br />
abriga eles é a criminalidade e as drogas. Fizemos o projeto, com parceiros,<br />
e apresentamos a esses jovens a aprendizagem. Eles estão tendo qualificação,<br />
estão recebendo bolsa e já saem contratados pela empresa, já vão sair podendo<br />
fazer uma escolha diferente pra vida deles”, garante. Em 2017, o projeto atendeu<br />
60 jovens e, neste ano, deve dobrar o número de contemplados.<br />
“Acredito no trabalho como instrumento de resgate da dignidade<br />
do trabalhador, e quem resgata essa dignidade é quem proporciona a<br />
empregabilidade”, reforça o superintendente. Consciente do desafio que<br />
abraçou, ao assumir a SRT-CE no período em que as discussões sobre a reforma<br />
trabalhista levantavam debates acalorados, Fábio deixa claro quais os princípios<br />
que guiam seu papel. “É preciso reconhecer o seguinte: o momento que o País<br />
enfrenta, em que a gente tá deixando uma recessão, deixando um período de<br />
PIB (Produto Interno Bruto) negativo para começar um PIB positivo, exige<br />
certa paciência e habilidade para reproduzir e potencializar políticas públicas<br />
em prol do trabalhador e do empregador no Estado. E estamos conseguindo<br />
imprimir essa roupagem”, garante.<br />
FÁBIO FOI AGRACIADO,<br />
em 2018, com a Comenda<br />
José Leite Martins,<br />
entregue pelo Senac-CE<br />
CAMINHO PRÓPRIO<br />
Essa atuação renovadora de Fábio, além de trazer uma nova realidade para a<br />
SRT-CE, já repercute em reconhecimento pelo trabalho dele. Em maio, ele foi<br />
homenageado com a Comenda José Leite Martins, pelo Sistema Fecomércio-CE,<br />
além disso, foi convidado pelo ministro do Trabalho, Helton Yomura, para<br />
defender o Brasil, junto dele, na convenção da Organização Internacional do<br />
Trabalho (OIT), neste mês de junho, sobre as recentes mudanças na legislação<br />
trabalhista. “Além disso, o ministro já veio ao Ceará quatro vezes, só este ano,<br />
isso demonstra algum prestígio”, pontua Fábio.<br />
Apesar de reconhecer o caminho sólido que vem traçando na gestão pública,<br />
e que poderia ser uma preparação para cargos ainda mais significativos no<br />
futuro, Fábio revela não ter grandes aspirações. “A minha ideia é poder retomar<br />
a advocacia, continuar dando aulas na faculdalde e estar sempre pronto para<br />
ajudar a sociedade, assumindo os desafios que vierem”, diz ele, citando o escritor<br />
Antônio Machado ao dizer que o caminho se faz ao longo do próprio caminhar.<br />
“Nos desafios que a gente assume, poder é a possibilidade de transformar<br />
vidas. Se não for uma concepção de transformação coletiva, eu acho que não<br />
faz sentido”, estabelece. ¤<br />
42 <strong>GALERIA</strong> PODER 43
CAPA<br />
REVOLUÇÕES<br />
COTIDIANAS<br />
TITULAR DA COORDENADORIA DE POLÍTICAS PARA A IGUALDADE<br />
RACIAL NO CEARÁ, ZELMA MADEIRA AFIRMA QUE JÁ ESTÁ NO TEMPO<br />
DE A SOCIEDADE ENTENDER QUE A LUTA CONTRA O RACISMO NÃO<br />
É INDIVIDUAL E SEQUER APENAS DOS NEGROS<br />
<strong>POR</strong> ALINE CONDE FOTOS FERNANDO <strong>TRAVESSONI</strong>/RONI VASCONCELOS<br />
44 <strong>GALERIA</strong> CAPA 45
O<br />
combate ao racismo, no Brasil, deve existir de forma individual,<br />
mas também em dimensões coletivas, com alianças entre as<br />
pessoas, proporcionando revoluções cotidianas, com o objetivo<br />
de modificar as estruturas e as relações sociais brasileiras.<br />
Essa definição, bem direta, é da professora da Universidade<br />
Estadual do Ceará (Uece) e titular da Coordenadoria Especial<br />
de Políticas Públicas para a Promoção da Igualdade Racial do Estado<br />
Ceará (Ceppir), Zelma Madeira. “Eu penso que ainda vamos percorrer<br />
muitos anos, décadas. Porque o combate ao racismo não é só meu como<br />
mulher negra, é de todo mundo, é um problema planetário. Mas sou<br />
esperançosa”, diz Zelma, pontuando que as funções que ela desempenha,<br />
enquanto professora e gestora, a fazem acreditar que é possível alterar<br />
essas estruturas. “Nossa luta vem de longe, e precisa de solidariedade.<br />
Preciso de alianças para que eu possa me fazer forte. Acredito na<br />
construção de um outro mundo, mesmo com todas essas dificuldades,<br />
mas não é algo otimista no abstrato, preciso de muito esforço, de luta,<br />
de correlações de força”, garante ela.<br />
De acordo com Zelma, é preciso ultrapassar a ideia que define apenas<br />
a existência do racismo. “Enquanto a gente vai só detectando que tem<br />
racismo, está bom, o problema é a mudança de lugares, porque eles<br />
já estão estruturados política e economicamente. Se você mexe com<br />
essa realidade, incomoda, porque está tentando alterar esse lugar de<br />
privilégio que está há 500 e poucos anos. Falta essa solidariedade e<br />
reconhecimento de que, ao longo de todos esses anos, apenas alguns<br />
tiveram vantagem”, assegura. A disparidade gerada pela cultura racista<br />
vai muito além dessa definição de lugares e tem reflexos de grandes<br />
proporções: a coordenadora afirma que os negros convivem diariamente<br />
com violências, desde o preconceito, passando por xingamentos e até a<br />
morte. Nem mesmo o aumento da escolaridade e a mudança de vida para<br />
melhor de muitos negros os impedem de sofrer, o que reforça a questão<br />
do racismo. “Claro que meu posicionamento de classe mudou muito,<br />
mas isso não me retira, não me coloca em uma posição de destaque que<br />
faça com que eu não sofra o racismo. Eu sofro racismo todo os dias da<br />
minha vida”, reitera.<br />
Em março deste ano, Zelma teve atuação na sociedade cearense<br />
reconhecida ao ganhar o Prêmio RioMar Mulher 2018, na categoria de<br />
Justiça e Cidadania. “Representou muito para mim e eu fiquei feliz,<br />
porque é realmente isso que eu trabalho: com a justiça e a cidadania<br />
mesmo”, destaca a professora, que foi a escolhida para discursar na<br />
cerimônia, representando todas as mulheres homenageadas no evento.<br />
TEMPO DE AÇÃO<br />
Mas, para ela, não bastam apenas as congratulações e homenagens.<br />
“Que esse reconhecimento sirva como uma ponte para a gente poder<br />
não só constatar que tem racismo e que eu tenho uma trajetória de luta,<br />
mas que a gente possa transformar isso em ação. Porque não podemos<br />
mais só nos assustar diante do racismo, precisamos mudar essa realidade.<br />
Temos a necessidade de que as ações de promoção da igualdade racial<br />
aconteçam. Temos ações repressivas, que afirmam que o racismo é<br />
crime e tem legislação, temos as valorizativas, que são de orientar para<br />
uma educação não racista e, por fim, as ações afirmativas, que são as<br />
de afirmar aquele segmento enquanto ele precisa, porque é um tempo<br />
determinado. Caminhos nós temos, só não podemos mais ficar só na<br />
sensibilização. Estamos no momento de agir”, combate Zelma.<br />
46 <strong>GALERIA</strong> CAPA 47
“As pessoas acreditam<br />
que o racismo só<br />
está em uma relação<br />
interpessoal, e não<br />
é. É maior, porque<br />
ele é fruto de um<br />
projeto de nação, é um<br />
racismo institucional<br />
e até estrutural.”<br />
Um dos grandes problemas, para ela, é a falta de<br />
representatividade negra em várias esferas da sociedade.<br />
“Para nós, ficou sempre o lugar de inferioridade, estamos<br />
em lugares extremamente vulneráveis. Dominamos as<br />
estatísticas nos encarceramentos, nas prisões, nos centros<br />
educativos, na dimensão dos homicídios. É esse lugar de<br />
risco onde estamos. E esse outro lugar, como no parlamento,<br />
os deputados, senadores, presidente, prefeitos, temos<br />
pouca representatividade”, compara. Ela explica que essa<br />
desvantagem vem desde a época da escravidão e perdura até<br />
hoje, porque não foram garantidas as condições de igualdade.<br />
“Não nos foram dadas as oportunidades de inserção em<br />
duas grandes esferas que nos ajudam a mudar nossas vidas:<br />
o mercado de trabalho e os processos educacionais. Ficamos<br />
sempre em uma diferença abissal, em um fosso muito grande<br />
entre as populações brancas e as populações negras”, enfatiza.<br />
GÊNERO<br />
Quando parte para a questão de gênero, a situação<br />
da mulher negra ainda é pior do que a do homem negro,<br />
argumenta Zelma. “Porque nós, mulheres negras, temos<br />
um lugar bem mais complicado do que os homens negros,<br />
do que as mulheres brancas na sociedade. Cerca de 66%<br />
dos empregos domésticos é assumido por mulheres negras,<br />
existe sempre um tensionamento muito grande em relação<br />
a isso. Além disso, é cuidar da tua filha, cuidar da tua mãe,<br />
cuidar dos teus irmãos, cuidar da família. Para as mulheres<br />
negras, a questão das conquistas é bem difícil, porque todos<br />
os nossos empreendimentos são sempre pensando no outro,<br />
sempre cuidando do outro. Então resta pouco tempo para<br />
cuidar da gente”, revela Zelma.<br />
O excesso de erotização do corpo da mulher negra é outro<br />
problema, apontado pela titular da Ceppir, que deixa ainda<br />
mais sensível a situação desse grupo social. “Temos toda uma<br />
construção, um imaginário social de que toda mulher negra<br />
é quente e está sempre disposta para o ato sexual. Se você for<br />
perceber a questão da violência, do estupro ou da violência<br />
conjugal, ela vai estar muito mais em cima das mulheres<br />
negras. É toda uma construção de que a mulher negra vai<br />
estar sempre disposta e não vai dizer nada, só vai aceitar<br />
todas as violências”, denuncia. Quando não é vista dessa<br />
forma, Zelma comenta que a mulher negra é estereotipada<br />
como “barraqueira, complicada e confuseira”. Tudo isso<br />
contribui para o alto índice de assédio nos ambientes de<br />
trabalho, além da dificuldade de achar que a mulher e,<br />
sobretudo a mulher negra, é capaz de realizar trabalhos,<br />
de ter competência para ocupar cargos, segundo Zelma.<br />
48 <strong>GALERIA</strong> CAPA 49
ARTICULAÇÃO<br />
Desde que assumiu a Ceppir, em 2015, Zelma, que até então<br />
tinha uma extensa atuação na área acadêmica, passou a lidar com<br />
desafios diferentes. “A gestão é um outro mundo e trabalhar na<br />
articulação das políticas setoriais das demais secretarias exige<br />
um grau enorme de ser articuladora mesmo, de convencer que<br />
existe o racismo. Porque no Brasil não temos um convencimento,<br />
uma unanimidade sobre o racismo. A gente até acha que<br />
há racismo, mas que o racista é sempre o outro. As pessoas<br />
acreditam que o racismo só está em uma relação interpessoal,<br />
e não é. É maior, porque ele é fruto de um projeto de nação, é um<br />
racismo institucional e até estrutural. Ele define lugares política<br />
e economicamente. Essa não representatividade da população<br />
negra não vem do nada, ela vem se acumulando historicamente”,<br />
pontua a coordenadora.<br />
As primeiras ações à frente da Coordenadoria foram a<br />
criação do Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial<br />
(Coepir) e a reelaboração e implementação do Plano de Políticas<br />
Públicas para a Promoção a Igualdade Racial (Peppir). “Também<br />
elaboramos um projeto de interiorização, municipalização da<br />
política de promoção da igualdade racial. A gente visitou os<br />
municípios e estimulou a criação de um órgão de igualdade<br />
racial. O objetivo é que eles criassem o plano e fizessem uma<br />
sistematização de suas ações no campo das relações etnicorraciais”,<br />
salienta.<br />
A transversalidade da igualdade racial dentro dos órgãos<br />
governamentais também é um assunto que tem muito destaque<br />
nas ações da Ceppir, como garante Zelma. “A gente precisa<br />
dialogar com a Secretaria de Saúde, por exemplo, para dizer<br />
que tem doenças de incidência da população negra. Não é só a<br />
anemia falciforme, mas a miomatose, a hipertensão, a diabetes,<br />
são doenças que precisam ter um olhar mais diferenciado”, pontua<br />
a professora. A Coordenadoria também lida com comunidades<br />
tradicionais, como quilombolas, ciganos e povos de terreiros.<br />
Nas periferias da Capital, as ações que chegam para a população<br />
são cursos de formação, em conjunto com debates sobre a questão<br />
político-racial. “Precisamos entender que, na periferia, vamos<br />
ter as vulnerabilidades e os problemas, mas também temos as<br />
resistências. Os meninos negros lá estão resistindo pela via da<br />
arte, da música, do hip hop, do funk que é também criminalizado,<br />
mas nós estamos apoiando”, completa.<br />
“A nossa função aqui é discutir e dizer da importância e fazer<br />
o atravessamento da política. Por outro lado, dos movimentos<br />
sociais, é a gente fortalecê-los, dizer que eles precisam de<br />
reconhecimento, que eles precisam de acesso à Justiça. Ou seja,<br />
ir facilitando esses caminhos. A nossa grande função é articulação<br />
política mesmo. Tanto para um lado quanto para outro”, conclui<br />
Zelma. ¤<br />
ZELMA POSA<br />
para a Revista <strong>GALERIA</strong> nos<br />
corredores do Palácio da Abolição<br />
50 <strong>GALERIA</strong> CAPA 51
HOMENAGEADA<br />
por João Carlos e<br />
Auxiliadora Paes<br />
Mendonça com<br />
o Troféu RioMar<br />
Mulher 2018<br />
Conhecimento<br />
Formada em Serviço Social pela Universidade<br />
Federal do Piauí (UFPI), Zelma mudou-se para Fortaleza<br />
em 1992, onde especializou-se em Ciência Política na<br />
Universidade Federal do Ceará (UFC). “Sempre quis a<br />
carreira docente, queria ser professora e achava que aqui<br />
em Fortaleza eu teria mais acesso”, revela. A trajetória<br />
acadêmica seguiu com mestrado e doutorado, sempre nas<br />
áreas que discutiam o pensamento social. Um dos legados<br />
mais evidentes de Zelma na universidade é o Laboratório<br />
de Afro-brasilidade, Gênero e Família, fundado por ela<br />
em 2010, e que conta com a participação de alunos da<br />
Uece. O trabalho desenvolvido ultrapassou os portões da<br />
academia e tornou Zelma e o grupo as maiores referências<br />
em assuntos raciais no Estado.<br />
Identidade<br />
ZELMA FAZ UM TRABALHO<br />
importante na articulação entre<br />
as secretarias e a sociedade civil<br />
DURANTE APRESENTAÇÃO<br />
do edital para a eleição do novo conselho<br />
ELEITA UMA DAS MULHERES DO ANO,<br />
pela força e pela coragem à<br />
frente das lutas cotidianas<br />
Desde criança, Zelma se reconhece como negra,<br />
e a educação dada pelos pais reforçava a identidade da<br />
professora. “Dentro da minha casa, desde a infância, isso<br />
sempre ficou muito bem evidenciado, porque meus pais<br />
também são negros”, comenta. Filha de um trabalhador da<br />
construção civil, a professora relembra os ensinamentos<br />
dos pai. “Essa discussão de negritude era dada pelo meu<br />
pai, dentro dos limites que um homem simples, comum<br />
e trabalhador, podia dar. Eu lembro que ele me chamava<br />
e dizia: ‘Nós somos negros e, como negros, temos que ter<br />
cuidado, temos que ter responsabilidades, cumprir tudo<br />
que marcamos’. Então, ele dizia, dentro da simplicidade<br />
dele, o quanto nós já tínhamos condutas criminalizadas<br />
como negros na sociedade”, ressalta, comentando ainda que<br />
foi com os pais que ela aprendeu a “valorizar a negritude,<br />
os traços negroides e o cabelo”.<br />
52 <strong>GALERIA</strong> CAPA 53
Uma experiência inesquecível<br />
comeca com os ingredientes certos :<br />
seu toque pessoal eAdria rano Duro<br />
´<br />
.<br />
Adria Grano Duro é uma massa<br />
preparada com a parte mais nobre de<br />
um trigo especial, importado de regiões<br />
de clima frio, que traz uma experiência<br />
naturalmente al dente. Dê um toque<br />
sofisticado às suas receitas e garanta o<br />
prazer de reunir pessoas, preparar um<br />
prato especial e aproveitar o melhor de<br />
cada momento.<br />
Adria Grano Duro.<br />
Grãos importados, experiência<br />
inesquecível.<br />
www.adria.com.br<br />
54 <strong>GALERIA</strong> CAPA 55
TOQUE MT<br />
TOQUE<br />
MT<br />
FARFALLE CAPRESE<br />
Ideal para ser servida, no almoço de fim de semana, para toda a família, a receita “Farfalle Caprese”, compartilhada por Roberta Quaranta,<br />
é uma adaptação de um prato provado por ela no verão europeu, em 2017. “Eu comi em Capri, pela primeira vez, e eu me apaixonei.<br />
Ele é bem refrescante e um prato versátil”, comenta. Ela ressalta, também, que o prato pode ser servido com algum acompanhamento,<br />
para quem achar melhor. “Eu gosto da receita como prato principal, mas pode ser servida com um peixe, um camarão e até com uma<br />
carne. Além disso, como é um prato frio, pode ser servido como uma espécie de salada, porque leva o molho pesto, o tomate cereja e a<br />
muçarela de búfala”. A indicação de Roberta é harmonizar com um vinho branco, rosé ou espumante.<br />
Tempo de preparo: 20 minutos<br />
Rendimento: 6 pessoas<br />
Ingredientes:<br />
500g de massa italiana FARFALLE GRANO DURO ADRIA<br />
4 tomates cereja cortados em cubos<br />
1 xícara (chá) de ricota de pecora (feita com leite de ovelha)<br />
ou de muçarela de búfala. Se preferir usar a ricota,<br />
corte-a em cubinhos<br />
1/2 xícara (chá) de queijo parmesão ou grana padano ralado<br />
1 xícara (chá) de azeite de oliva<br />
1 xícara (chá) de folhas de manjericão<br />
Sal e pimenta do reino a gosto<br />
Modo de preparo:<br />
1 Enquanto a massa cozinha al dente, faça o “molho”.<br />
2 Em uma tigela, misture os tomates, a ricota, o parmigiano, o azeite e as folhas<br />
de manjericão.<br />
3 Tempere com um pouco de sal e passe para o recipiente onde será servida<br />
a massa.<br />
4 Quando a massa estiver no ponto, escorra e misture-a cuidadosamente ao<br />
molho.<br />
5 Caso não queira que o queijo derreta muito, deixe-a esfriar um pouco.<br />
6 Sirva a massa fria.<br />
Para ver o passo a passo dessa e outras receitas, se inscreva em nosso #CanalMT, do Youtube!<br />
/M<strong>TRAVESSONI</strong><br />
56 <strong>GALERIA</strong> TOQUE MT 57
DELÍCIAS<br />
Por: Neiva Terceiro<br />
FOTO RONI VASCONCELOS/ANDERSON FERREIRA<br />
orgulho de ser hoje, e passar esse amor através dos pães<br />
que fabrico atualmente. Sinto felicidade ao fazer com<br />
que muitas pessoas, ao provarem os meus pães, também<br />
remetam a doces lembranças de infância. A cada mordida,<br />
um afeto resgatado.<br />
Diante de todo esse histórico de afetos, nesses 25 anos<br />
de profissão, a minha procura sempre foi pelo resgate<br />
das memórias perdidas. Busco viajar, conhecer outras<br />
culturas, sentir a importância da panificação na vida<br />
das pessoas, e desse conteúdo tirar novas experiências<br />
para a criação dos meus pães. Trabalho com um produto<br />
diferenciado, de criação própria e artesanal, onde o<br />
importante é oferecer algo saudável, sem conservantes<br />
e que surpreenda os comensais no sabor, textura, aroma<br />
e apresentação, pois nossos pães aqui em Fortaleza são<br />
sinônimos de afeto. Há pessoas, por exemplo, que têm<br />
o costume de presentear os amigos com nossos pães,<br />
principalmente em datas festivas como Páscoa, Natal,<br />
Dia das Mães, e isso me enche de orgulho, pois é carinho<br />
e afeto chegando nos lares em forma de pão! ¤<br />
PÃES RECHEADOS<br />
DE AFETO<br />
É<br />
muito difícil descrever qualquer área da<br />
gastronomia sem falar do afeto, da memória<br />
gustativa, de lembranças da infância. Eu fui<br />
agraciada com muitas memórias, como escrevo no<br />
meu livro “Voltamos porque tem Pão”: “Aí vêm à<br />
cabeça as lembranças da infância, infância de pé no<br />
chão, de brincar de pega-pega, esconde-esconde, mocinho<br />
e bandido, pular corda, e, de repente, me vejo fazendo<br />
bolinhos de areia, pãezinhos de barro e tortinhas decoradas<br />
com flores do mato…”.<br />
Três pessoas eram responsáveis por essas minhas<br />
recordações: minha avó Rosa, tia Nena e minha mãe<br />
Yolanda. A cozinha delas era o local mágico onde nós,<br />
crianças, também interagíamos. Acredito que tudo de bom<br />
ou de ruim que você vive e presencia na sua infância, você<br />
traz consigo para a vida adulta e, muitas vezes, aqueles<br />
ensinamentos e exemplos podem ser colhidos no futuro,<br />
foi o que aconteceu quando fiz o meu primeiro pão. Foram<br />
todas essas lembranças que vieram à tona e fizeram brotar<br />
amor, e desse amor nasceu a padeira a qual tenho muito<br />
→ NEIVA TERCEIRO É PADEIRA<br />
E ORIENTADORA EM<br />
PANIFICAÇÃO ARTESANAL.<br />
TRABALHA NESSE OFÍCIO<br />
HÁ 25 ANOS E CONSIDERA<br />
A FABRICAÇÃO DO PÃO<br />
UMA MAGIA, POSSÍVEL DE<br />
SURPREENDER OS MAIS<br />
DIVERSOS PALADARES.<br />
É PROPRIETÁRIA DA NEIVA<br />
TERCEIRO PÃES ARTESANAIS.<br />
58 <strong>GALERIA</strong> DELÍCIAS 59
GASTRONOMIA<br />
GRELHADOS<br />
ESPECIAIS<br />
ESPECIALIZADO EM CARNES NOBRES, O RESTAURANTE SANTA<br />
GRELHA BUSCA DESCOBRIR NOVOS CORTES E ASSOCIÁ-LOS<br />
A RECEITAS REQUINTADAS E CONTEM<strong>POR</strong>ÂNEAS<br />
<strong>POR</strong> ALINE CONDE FOTOS RONI VASCONCELOS<br />
60 <strong>GALERIA</strong> GASTRONOMIA 61
Conhecido na Capital como um dos restaurantes que oferece<br />
as melhores opções de grelhados, o Santa Grelha vem se<br />
especializando, cada vez mais, em cortes nobres, associando,<br />
às carnes, pratos contemporâneos e diversificados,<br />
sob a assinatura do chef Ralfo Ifanger. “O que as pessoas mais<br />
procuram, com certeza, é carne grelhada, até porque elas sabem<br />
que aqui sempre temos algum corte diferente. Às vezes, é justamente isso<br />
que elas procuram, um corte novo, porque estão entendendo mais sobre<br />
carnes e estão mais curiosas sobre partes diferentes do boi, que vão além<br />
do filé mignon e da picanha”, comenta Ralfo, que veio de Campinas para<br />
assumir a cozinha do Santa Grelha.<br />
O flat iron, cita o chef, é um dos novos cortes que têm sido procurados.<br />
“É um corte dianteiro do boi que não era tão explorado antes”, pontua.<br />
Ainda no cardápio de carnes, o prato mais pedido da casa é o bife de<br />
tiras. “É um corte transversal da parte central da picanha. Acompanha o<br />
arroz biro biro, feito com bacon, batata palha, ovos e salsa, além da nossa<br />
tradicional farofa de ovos, que é bem cheia”, detalha o chef. Outras opções<br />
bem cotadas na cozinha da casa são o prime rib suíno e o bife chorizo.<br />
Desde 2012, quando o chef Ralfo chegou no Santa Grelha e fez uma<br />
reformulação no cardápio, o restaurante passou a incluir novos pratos<br />
mais elaborados e com um toque de requinte nas receitas. “A ideia é que<br />
as pessoas viessem ao Santa Grelha e não tivessem só opções de carnes<br />
grelhadas, mas pratos mais trabalhados, incluindo as montagens. Então,<br />
o cardápio aqui é muito extenso. Além dos cortes bovinos, tem muita<br />
opção de corte suíno, aves e peixes. Temos opções contemporâneas,<br />
com pratos individuais, para atender, geralmente, quem não quer chegar<br />
aqui e só comer uma picanha. É para quem quer algo criado pelo chef”,<br />
argumenta Ralfo.<br />
OUTROS CORTES<br />
A picanha de cordeiro, o prime rib suíno e o carré de cordeiro<br />
são alguns dos pratos do menu contemporâneo citado pelo chef.<br />
Já as opções clássicas do cardápio são o filé Wellington, o bacalhau<br />
e a lagosta thermidor. Entre os destaques, o arroz de pato, feito com<br />
arroz jasmin, pato desfiado, um toque de vinho tinto e vinagrete<br />
de agrião. Para quem aprecia uma vertente regional na refeição,<br />
o risoto com feijão e carne seca é uma ótima pedida, segundo o<br />
chef. “A gente tem também uma parte bem rica de peixes, lagosta,<br />
camarão, e um mix de frutos do mar que vai na brasa”, lista.<br />
Mas, mesmo antes do prato principal, o menu do Santa Grelha<br />
reserva diversas opções saborosas de entrada, com versões frias,<br />
grelhadas e fritas. O queijo coalho, a mussarela crocante e o chip<br />
mix - feito com macaxeira e batata doce - são algumas sugestões.<br />
“O mini burguer de picanha é um item que coloquei no primeiro<br />
cardápio e nunca mais saiu. Temos também o camarão crocante,<br />
empanado com sucrilhos sem açúcar. Ele fica muito crocante e o<br />
gosto de milho combina muito”, explica Ralfo, citando também<br />
opções de saladas que servem toda a família. “Nós mesmos<br />
preparamos os molhos e os pães, para controlar o sabor”, acrescenta<br />
o chef.<br />
A carta de sobremesas segue o mesmo padrão de qualidade<br />
do menu da casa, e de variedade também. O pudim de leite,<br />
por exemplo, é feito com fava de baunilha. “Ele é assado por mais de<br />
uma hora em baixa temperatura, fica cremoso e liso, sem furinhos”,<br />
garante Ralfo. Já o brownie da casa leva três tipos de chocolate<br />
(amargo, ao leite e branco), castanha e calda de frutas vermelhas<br />
e é servido com sorvete. Churros, cocadas e doces à base da massa<br />
mil folhas também integram as opções de sobremesa.<br />
REDE<br />
Com duas unidades em Fortaleza (uma no Meireles e outra no<br />
Shopping Iguatemi), o Santa Grelha pertence ao Grupo Social<br />
Clube, administrado pelos sócios Ciro e Rodrigo Moreira. A rede<br />
inclui ainda duas unidades do La Pasta Gialla, especializado na<br />
cozinha italiana, o restaurante Super Grill e o Ryori, de culinária<br />
oriental - que ganhará uma segunda unidade até o fim deste ano,<br />
na expansão do Iguatemi. ¤<br />
62 <strong>GALERIA</strong> GASTRONOMIA 63
DEGUSTES<br />
Por Larah Nóbrega e Sarah Gadelha<br />
FOTOS RONI VASCONCELOS<br />
Os Rooibos, arbustos sul-africanos, ainda pouco conhecidos, chegaram para<br />
ganhar o coração do nosso público. Por ser uma infusão que não possui nenhuma<br />
contraindicação, possibilita que até crianças, gestantes e idosos apreciem a<br />
bebida. São isotônicos naturais, com potente ação anti-inflamatória, além de<br />
não possuírem ação estimulante, podendo ser consumidos todos os dias e em<br />
qualquer horário.<br />
Uma mistura de sabores, aromas e funcionalidades associada a uma experiência<br />
multissensorial vem fazendo com que a cultura milenar do chá seja acolhida<br />
de forma tão calorosa e crescente em Fortaleza. A busca pelos chás e infusões<br />
representa não só a busca pelo equilíbrio do corpo, mas também da alma e das<br />
boas sensações que esses rituais nos proporcionam.<br />
É simplesmente experimentar para se apaixonar. Gelado, quente, puro,<br />
com leite, com iogurte, com limão, com frutas e até compondo um belo drink!<br />
A inspiração diária de trabalhar com a segunda bebida mais consumida do mundo<br />
foi fortalecida com a Tea Shop, marca líder do mercado de chás gourmet na Espanha<br />
e no Brasil, que nos proporcionou trazer todo esse universo para a Terra do Sol,<br />
com chás e infusões de altíssima qualidade de diversas partes do mundo e com<br />
um toque gourmet da Europa que o cearense ainda não conhecia. ¤<br />
AS FUNCIONALIDADES<br />
DO CHÁ<br />
Mundo do chá. Talvez seja essa a definição mais próxima das<br />
muitas variedades de chás e infusões. Uma única planta,<br />
chamada Camellia Sinensis, dá origem à segunda bebida mais<br />
conhecida e apreciada no mundo. Chá branco, chá verde,<br />
Pu Erh (chá vermelho), Oloong e chá preto são as famílias<br />
originadas a partir dela. Entender que uma única planta traz<br />
consigo inúmeras possibilidades, funcionalidades, aromas e diferentes<br />
experiências sensoriais é sinônimo de apaixonar-se por esse universo tão rico.<br />
Além dos chás com as suas variadas propriedades, não poderíamos deixar<br />
de falar das infusões, que são a extração do que há de mais funcional em<br />
qualquer planta, raiz, caule e flor. Versáteis e fáceis de agradar a todo paladar,<br />
as infusões calmantes, digestivas, imunoestimulantes, anti-inflamatórias e<br />
vitamínicas estão presentes na vida e no hábito dos cearenses mais até do<br />
que podíamos imaginar, através da medicina popular.<br />
→ LARAH NÓBREGA E SARAH GADELHA<br />
SÃO PROPRIETÁRIAS DA TEA<br />
SHOP FORTALEZA E TRABALHAM<br />
COM CHÁ HÁ QUASE UM ANO.<br />
SÃO APAIXONADAS PELO UNIVERSO<br />
DOS CHÁS E ACREDITAM QUE A BEBIDA<br />
PRO<strong>POR</strong>CIONA UMA EXPERIÊNCIA<br />
MULTISSENSORIAL, COM INÚMERAS<br />
POSSIBILIDADES DE SABOR.<br />
64 <strong>GALERIA</strong> DEGUSTES 65
66 <strong>GALERIA</strong> DEGUSTES 67
CULTURA<br />
OS SONS<br />
DA TAPERA<br />
IDEALIZADA <strong>POR</strong> RITELZA CABRAL, A TAPERA DAS ARTES,<br />
EM AQUIRAZ, OFERECE EDUCAÇÃO MUSICAL E TEM UMA REDE<br />
DE CONEXÕES EM PROL DA TROCA DE EXPERIÊNCIAS<br />
<strong>POR</strong> ALINE CONDE FOTOS RONI VASCONCELOS<br />
No Centro de Aquiraz, o fio condutor de<br />
várias crianças tocando os mais diversificados<br />
instrumentos possíveis é a música, que logo pode<br />
ser escutada por quem chega próximo ao local.<br />
Toda essa energia e vida vêm da Tapera das Artes,<br />
ONG comandada pela idealizadora do projeto,<br />
Ritelza Cabral, e que, há 35 anos, tem a arte como forma de<br />
sociabilização e desenvolvimento integral das 500 crianças e<br />
adolescentes, entre 5 e 17 anos, que participam dos projetos<br />
e ações da instituição.<br />
Com aulas de instrumentos de corda, sopros, percussão e<br />
canto, os alunos têm as habilidades realçadas e aprendem a<br />
desenvolver mais ainda, por exemplo, a memória, a imaginação,<br />
a concentração e a atenção. Tudo isso faz com que a Tapera<br />
das Artes acredite que aprender a fazer música proporciona o<br />
aumento da autoestima deles, impactando positivamente até<br />
no rendimento escolar. Um dos exemplos de desenvolvimento<br />
é o atual presidente executivo da Tapera das Artes, Magno<br />
Miranda, que chegou à instituição para ser aluno, quando tinha<br />
9 anos, e hoje administra a entidade. “Posso um dia não estar<br />
mais na Tapera, mas a Tapera sempre estará dentro de mim.<br />
Tudo que sou devo a este lugar”, ressalta Magno.<br />
Para a idealizadora Ritelza, a melhor parte de conviver<br />
com as crianças e os adolescentes envolvidos nos projetos<br />
da ONG é perceber a mudança de vida deles. “Transformar<br />
uma criança anônima em alguém que pode escolher, que é<br />
sujeito participante de sua reflexão, consciente de sua própria<br />
história, em alguém com responsabilidade dos seus atos, que é<br />
capaz de interagir, compartilhar, conviver harmonicamente<br />
com o outro... É como acender a luz, e se sentir iluminado<br />
também”, estabelece ela, que também é presidente do Conselho<br />
Consultivo da entidade.<br />
68 <strong>GALERIA</strong> CULTURA 69
DA BANDA À ESCOLA<br />
A paixão pela música de Ritelza reverberou na construção de uma<br />
entidade que atualmente transforma a vida de muitas crianças e adolescentes<br />
do município. Tudo começou quando ela comprou uma casa no distrito de<br />
Tapera, em Aquiraz, e os meninos da comunidade, oriundos de famílias<br />
de baixa renda, juntavam-se aos filhos dela para jogar futebol, mas logo<br />
passaram para a música. “Gostava muito de cantar, eu tenho piano, levava o<br />
meu teclado, então comecei a brincar com os meninos com negócio de som,<br />
e a dizer para montarmos uma bandinha. Começou brincando, mas depois<br />
cresceu”, conta a fundadora.<br />
O trabalho criou corpo e logo a casa de Ritelza e as mangueiras do sítio<br />
chegaram a acolher 60 crianças. “Começou muita gente a se voluntariar,<br />
amigos meus que tinham sítio perto ajudando nesse processo e foi<br />
crescendo, crescendo... Chegou ao ponto que não tinha mais condições de<br />
receber ninguém da minha família, porque a casa sempre estava lotada de<br />
menino”, relembra Ritelza. Quando a Tapera das Artes estava relativamente<br />
consolidada, a instituição recebeu uma doação de terrenos para que a sede<br />
se mudasse para o Centro de Aquiraz, onde está localizada atualmente.<br />
No antigo prédio, deverá ser construído uma residência artística em breve.<br />
PODER DA MÚSICA<br />
Encabeçados pelo maestro Ênio Antunes, diretor artístico pedagógico da<br />
entidade, a Tapera das Artes tem uma metodologia própria de ensino, que,<br />
para Ritelza, é extremamente enriquecedora. “Utilizamos, como ferramenta<br />
para o aprendizado, um processo solidário que estimula o fazer transversal,<br />
que abriga um foco de causa, o fazer música ao expressar o sentir”, define ela.<br />
Segundo a metodologia proposta pelo maestro, os estímulos para a percepção<br />
da escuta, das reflexões sobre si mesmo, a relação com o outro e com o espaço<br />
remetem a um novo entendimento sobre a vida, levando em consideração<br />
a espacialidade, potencializando o sentir com foco na escuta, o sensível do<br />
ser, o cuidado com o bem do outro, as emoções. “A música enquanto prática<br />
desenvolve positivamente o processo de escuta, que transforma, agrega e<br />
emociona pessoas”, acrescenta a fundadora da entidade.<br />
Ritelza conheceu o maestro Ênio Antunes em 2013, durante um Encontro<br />
da Fundação Bachiana, em São Paulo, e logo o convidou para conhecer o<br />
Ceará e a Tapera das Artes. “Estamos juntos, há quatro anos, compartilhando<br />
o desafio de um novo fazer artístico”.<br />
SINFONIA DO AMANHÃ<br />
Com todo esse aparato metodológico, a Tapera das Artes participa<br />
da plataforma “Sinfonia do Amanhã”, e troca experiências com outras 26<br />
entidades, que estão no Ceará, Rio Grande do Sul, Goiás e Bahia. Do mesmo<br />
modo que a Tapera das Artes, a plataforma investe em recursos artísticos<br />
e pedagógicos para crianças e jovens em situação de vulnerabilidade, como<br />
uma forma de ampliar as possibilidades de desenvolvimento social.<br />
A responsável pelas Relações Institucionais e Captações da Tapera das<br />
Artes, Adriana Patrício, comenta que a entidade tem recebido diversos<br />
parceiros para conhecer a metodologia desenvolvida. “Há um interesse por<br />
troca de experiência prática. Só que nem todos os projetos são da Zona<br />
Metropolitana. Então, a gente firmou uma proposta de receber 40 meninos<br />
de outros projetos que moram em Caucaia, Sobral e Crato, e que não têm<br />
como ir e voltar todo dia. Sendo assim, eles ficam hospedados aqui, temos<br />
quartos para isso”, explica Adriana, sobre a logística das parcerias para<br />
trocas musicais. ¤<br />
Encontro Mestre & Aprendiz<br />
Um dos programas mais renomados da Tapera das Artes é o “Encontro Mestre & Aprendiz”, que proporciona<br />
diálogos abertos de aprendizado entre os grandes mestres da música brasileira, e até internacionais, com educadores<br />
e jovens aprendizes da música. É um encontro que compartilha formação integral e contínua, por meio de oficinas e<br />
outras ações educativas, para chegar a um concerto, apresentado sempre gratuitamente no Teatro Tapera das Artes.<br />
Este ano, já se apresentaram o Grupo de Cordas aupaQUARTET, o músico gaúcho Renato Borghetti e uma<br />
das mais importante intérpretes e pesquisadora da música indígena do Brasil, Marlui Miranda. O projeto traz<br />
um novo nome todos os meses. Em novembro, será a vez do cantor e compositor brasileiro Toquinho. Em todas<br />
as apresentações, os alunos da Tapera das Artes participam.<br />
70 <strong>GALERIA</strong> CULTURA 71
ARTE<br />
EGO COLETIVO<br />
E AFETIVO<br />
COMPARTILHAR CONHECIMENTOS, HABILIDADES ARTÍSTICAS E UM CONVÍVIO<br />
QUASE FAMILIAR É A ESSÊNCIA DO COLETIVO ARTÍSTICO OICOS<br />
<strong>POR</strong> JÉSSICA COLAÇO FOTOS RONI VASCONCELOS<br />
Café, muffins, torta caseira, conversas sobre o que<br />
mudou desde a semana passada, um puxão de<br />
orelha pelo arquivo não enviado. As reuniões do<br />
coletivo artístico Oicos costumam ter esse clima<br />
de refeição em família, em que a convivência é<br />
o motivo dos encontros e também o melhor<br />
resultado deles - afinal, estar harmonicamente em grupo<br />
é também uma forma de arte, correto? “São pessoas<br />
diferentes, com faixas etárias diferentes, vidas diferentes,<br />
mas a gente preza pela nossa harmonia”, diz Ignêz Fiuza,<br />
a única componente não artista do grupo e que assume a<br />
função de articular exposições e a difusão do trabalho do<br />
coletivo. “A arte é para agregar, e nunca segregar”, estabelece ela.<br />
Unidos pelo que um deles define como “ego coletivo”,<br />
Cecília Bichucher, Túlio Paracampos, Wilson Neto, Nicia<br />
Bormann, Vera Dessart, Vera Sampaio Dessart e Cláudio<br />
Quinderé respondem, há pouco mais de quatro anos,<br />
como coletivo Oicos, um grupo criativo que fomenta as<br />
habilidades artísticas de cada um deles, ao mesmo tempo<br />
em que promove o compartilhamento de técnicas. É assim<br />
que, por exemplo, os bordados de Vera Sampaio Dessart<br />
aparecem em quadros de Wilson Neto, ou que o designer<br />
de joias e escultor Cláudio Quinderé se sente estimulado<br />
a experimentar telas e gravuras, técnicas com as quais a<br />
arquiteta e paisagista Nicia Bormann trabalhou durante<br />
muito tempo. “O grupo é muito generoso um com o outro.<br />
Apesar das diferenças e das mudanças, a gente se apoia<br />
muito, e de maneira positiva. A gente fica tentando puxar<br />
um ao outro para produzir, para dar o passo seguinte”,<br />
descreve a pintora Cecília Bichucher.<br />
A primeira exposição de artes plásticas do grupo,<br />
“SE7E <strong>POR</strong> SE7E”, aconteceu em 2016, no escritório de<br />
arquitetura de Nicia, o Oicos - que deu, portanto, nome<br />
ao coletivo. Em 2017 eles estrearam a exposição “Migrações”<br />
em Campinas, São Paulo, e, em abril deste ano, levaram<br />
a mostra para Sobral, no Interior do Ceará, e agora estão<br />
articulando para expôr em Fortaleza e Brasília. “A gente<br />
quer viajar e expôr pelo mundo, França, Itália…”, elenca<br />
Vera Dessart. A ideia de trabalhar o mote das migrações<br />
ainda por muito tempo, acrescenta Wilson Neto, tem a<br />
ver com a própria característica do grupo, de estar sempre<br />
em trânsito, mudando e se aprimorando. “Na Migrações<br />
existe a presença de cada um deles com sua expertise e<br />
os trabalhos que fazem juntos”, completa Ignês Fiuza,<br />
atestando a coletividade de tudo o que é pensado, executado<br />
e decidido no grupo.<br />
72 <strong>GALERIA</strong> ARTE 73
PROCESSOS INDIVIDUAIS<br />
Mesmo com a forte ligação criativa e afetiva para aquilo que é coletivo,<br />
o Oicos tem tido um importante papel na afirmação individual de cada<br />
um dos componentes, ajudando-os, inclusive, a se reconhecerem enquanto<br />
artistas. “A minha vida inteira, nesses 23 anos de joalheria, era um trabalho<br />
muito solitário. Eu sempre quis trabalhar com a arte e descobri, no Oicos,<br />
que na verdade eu sempre fiz isso, porque todas as minhas joias são feitas<br />
à mão. Eu sempre quis ser escultor e descobri, aqui, que fui isso sempre,<br />
mas minhas esculturas eram em escala menor”, argumenta Cláudio<br />
Quinderé.<br />
Com a restauradora Vera Dessart, o processo foi parecido. Natural de<br />
São Paulo, ela buscou, em Fortaleza, se aproximar de técnicas com as quais<br />
pudesse expressar a criatividade e começou a fazer trabalhos com cerâmica.<br />
“Inicialmente era cerâmica utilitária, mas tanto eles me cutucaram que eu<br />
comecei a experimentar mais e fui trabalhar com assemblage, que é quando a<br />
gente reúne vários materiais com cerâmica, e eu uso a técnica da restauração<br />
para fazer essa montagem”, descreve. Já a arquiteta Nicia Bormann revela<br />
ter encontrado, nessa reunião, um estímulo renovador para retomar os<br />
trabalhos em aquarela que ela havia iniciado em Brasília.<br />
“Quem tem um saber, compartilha com o outro e desmistifica a<br />
dificuldade”, diz Ignês Fiuza. Vez por outra, os integrantes testam atividades<br />
em que todos experimentam um mesmo mote ou habilidade artística, como<br />
gravura ou arte aplicada em objetos utilitários. “Cada um tem um interesse<br />
ou carreira, um foco solo, mas nos unimos e não queremos mais nos largar”,<br />
brinca Wilson Neto, encerrando que o grupo pode ser considerado, ainda,<br />
uma espécie de neo-sarau, em que cada integrante exibe e ensina as suas<br />
habilidades. “Temos até os quitutes”, gargalha. ¤<br />
Família<br />
em essência<br />
Livremente inspirado no nome do escritório<br />
de arquitetura de Nicia Bormann, o coletivo<br />
Oicos leva a afetividade e a ligação típicas de uma<br />
família até mesmo na origem da denominação.<br />
“Eu estava agora mesmo pesquisando e vi que<br />
oikos, do grego, significa família, sociedade,<br />
por isso que dá tão certo”, revelou Nicia, em um<br />
momento de descoberta durante a entrevista.<br />
As primeiras mostras do grupo, mesmo antes<br />
de se denominar coletivo artístico, foram<br />
no escritório dela, onde já ficavam à mostra<br />
trabalhos que a arquiteta havia desenvolvido,<br />
em cerâmica e gravura.<br />
74 <strong>GALERIA</strong> ARTE 75
DESIGN &<br />
DÉCOR<br />
ARQUITETURA<br />
PRÁTICA E OUSADA<br />
TENDO OS PROJETOS INTELIGENTES COMO PRINCIPAL MARCA, A ARQUITETA<br />
SUSANA CLARK FIUZA ADIANTA OS PLANOS PARA A CASACOR CEARÁ DESTE ANO<br />
<strong>POR</strong> JÉSSICA COLAÇO FOTOS RONI VASCONCELOS<br />
O<br />
movimento de trabalhadores virando cimento e erguendo<br />
paredes está entre as memórias mais empolgantes da<br />
infância da arquiteta Susana Clark Fiuza, 39. “Meu<br />
pai é engenheiro e a gente morava numa casa bacana,<br />
que ele foi construindo alguns espaços, como a piscina e<br />
o deck, depois que nos mudamos. Então era o tempo todo<br />
passando pedreiro, eu vendo o pessoal fazendo cimento e eu achava<br />
aquilo o máximo”, conta. Foi ali que começou a se desenvolver a<br />
personalidade da arquiteta resolutiva, ousada e que tem os projetos<br />
inteligentes e funcionais como uma de suas assinaturas. Em 17 anos<br />
de mercado, Susana conseguiu não apenas consolidar seu trabalho,<br />
mas também desenvolver uma relação especial com a CASACOR<br />
Ceará, mostra de decoração que ela considera um marco na própria<br />
carreira. “A minha forma de encarar a CASACOR é como um desfile<br />
de moda. Eu gosto de fazer o belo mas de forma inusitada, com um<br />
diferencial, uma surpresa”, define.<br />
Este ano será a oitava vez que a arquiteta participa da mostra,<br />
assinando um espaço conceitual, a convite da construtora Mota<br />
Machado, para celebrar os 50 anos da empresa. “Estou estudando,<br />
num processo criativo grande porque eu quero fazer o que sempre<br />
fiz na CASACOR, mostrar meu potencial e alcançar meu objetivo,<br />
que dessa vez é contar uma história”, adianta Susana, com a mesma<br />
empolgação da jovem arquiteta que estreou 2002 na versão cearense<br />
do evento, com o ambicioso projeto do quarto do bebê. Naquela<br />
época, havia apenas um ano que a arquiteta tinha concluído a<br />
graduação, e a escolha de um ambiente grande surpreendeu os<br />
profissionais da área. “Todo mundo começava de equipe, assinando<br />
um lavabo, um corredor. Eu não, peguei o quarto, com banheiro<br />
e closet”, recorda, listando detalhes do projeto como os móveis,<br />
que foram todos desenhados por ela; a inclusão de uma copa no<br />
quarto; uma casa de brinquedo em acrílico; e o uso de piso em<br />
resina, entre as especificações que chamaram a atenção.<br />
76 <strong>GALERIA</strong> DÉCOR 77
A repercussão do ambiente - o segundo mais votado pelos visitantes,<br />
segundo Susana - foi apenas o início de uma carreira intensa, bem ao estilo<br />
da arquiteta. Na CASACOR, ela seguiu sendo responsável por projetos<br />
grandiosos, como o quarto do casal, que incluía varanda, closet e banheiro,<br />
ou a varanda, da mostra do ano passado, que tinha um enorme painel de<br />
madeira com efeito em 3D. No próprio escritório, ela experimentava uma<br />
imersão no ofício, focando especialmente em desenhos de ambientação.<br />
Nas duas áreas, uma intenção em comum: “Eu gosto de mesclar beleza,<br />
conforto e sofisticação, é uma assinatura que costumo ter em todos os<br />
projetos, e que eles sejam inteligentes. Tem que ser prático, não adianta<br />
fazer um projeto lindo mas que não vai mais funcionar dentro de um<br />
ou dois anos”.<br />
A empreitada deste ano na CASACOR, quando ela deverá erguer um<br />
ambiente no meio do jardim do imóvel, marca também uma nova fase na<br />
trajetória de Susana, com mais atenção para os projetos de arquitetura.<br />
“A gente quer crescer, vislumbrar novas coisas, eu estou sempre buscando<br />
novas formas de atuação”, argumenta. ¤<br />
78 <strong>GALERIA</strong> DÉCOR 79
ESPELHO<br />
ENTRE<br />
GARIMPOS<br />
E INSPIRAÇÕES<br />
Proprietária da “Rio<br />
de Jas”, Sara Brasil<br />
valoriza as memórias<br />
e narrativas contidas<br />
nas peças que ela<br />
herda da família ou<br />
compra em viagens<br />
<strong>POR</strong> ALINE CONDE<br />
FOTOS RONI VASCONCELOS<br />
O<br />
trabalho com a moda não faz da empresária<br />
Sara Brasil, proprietária da beachwear Rio de Jas,<br />
uma seguidora rigorosa das últimas tendências da<br />
temporada. “Sou bem básica e voltada mais para<br />
o clássico. Não vou na onda de tudo que está na<br />
moda. Uso o que me valoriza e o que me cai bem.<br />
Por exemplo, amo peças confortáveis e de cores neutras”,<br />
resume Sara. Nesse contexto, as peças em linho estão entre<br />
as favoritas dela, por darem um ar mais requintado ao<br />
look. “Um pareô é uma peça super versátil, que posso usar<br />
da praia à noite, de diversas formas. Adoro também usar<br />
kimono, por ser uma peça diferente e versátil”, exemplifica.<br />
A paixão da empresária pela moda já faz parte da<br />
personalidade dela e serve como motivação em várias áreas.<br />
“Eu amo e vivo a moda, até porque ela faz parte do meu dia<br />
a dia. A moda me inspira em quase todos os momentos,<br />
em viagens, pesquisas, na minha aula de pintura”, lista Sara,<br />
que frequenta aulas de pintura em cerâmica desde 2016.<br />
Também faz parte da rotina dela buscar referências que a<br />
inspirem no momento do trabalho, na Rio de Jas. “Quando<br />
você lê, absorve muito e consegue trazer elementos pra<br />
rotina”, revela, citando o livro “Biquíni made in Brazil”<br />
como um de seus favoritos, que conta a história do biquíni.<br />
SIGNIFICADOS<br />
Quando uma peça, seja roupa ou acessório, carrega<br />
uma narrativa e uma memória, ela passa a ter ainda mais<br />
significado para Sara. “Tenho algumas peças antigas<br />
da minha mãe, como bolsas e joias. Eu amo garimpar,<br />
amo antiguidades e peças que carregam histórias. Sempre<br />
que estou viajando, faço questão de ir em feiras de<br />
antiguidades”, ressalta a empresária. Alguns exemplos<br />
compartilhados por Sara são dois colares, na cor coral,<br />
que já pertenceram à mãe dela e, por isso, tem um grande<br />
valor para ela. Outro item garimpado pela empresária é a<br />
bolsa em formato de concha. “É feita por osso machetado,<br />
que eu comprei na minha última viagem a Marrakesh,<br />
no Marrocos, em fevereiro”, detalha. ¤<br />
TOQUE<br />
MT<br />
Modelo que está entre os preferidos do closet de Sara<br />
Brasil, o pareô é, na verdade, uma peça com amarração,<br />
que pode ser uma saia, uma calça ou mesmo uma blusa.<br />
No guarda-roupa da empresária, as saias nesse estilo são<br />
destaques.<br />
80 <strong>GALERIA</strong> ESPELHO 81
ESPELHO<br />
ROTINA DE<br />
AUTOCUIDADO<br />
Antes de se dedicar às atividades<br />
do dia a dia, a arquiteta Tássia<br />
Ferreira coloca o próprio<br />
bem-estar como prioridade<br />
<strong>POR</strong> JÉSSICA COLAÇO FOTOS RONI VASCONCELOS<br />
A<br />
rotina de multitarefas tão característica da<br />
vida contemporânea é realidade também<br />
para a arquiteta Tássia Ferreira, 33. Os<br />
projetos no escritório de arquitetura, o dia<br />
a dia com os dois filhos, os cuidados com<br />
a casa e os momentos com o marido são<br />
tarefas diárias e que exigem muita energia, mas ela<br />
já tem bem definida receita para estar sempre por<br />
inteiro nessas atividades: ter o próprio bem-estar<br />
como prioridade “Eu acho importante, realmente,<br />
tirar um tempo pra mim e ter um momento com as<br />
amigas, esquecer um pouco os afazeres e me revigorar.<br />
Tira um pouco da pressão do dia a dia, de ser mulher,<br />
arquiteta, dona, de casa, mãe”, defende Tássia. Após<br />
pausas como essas, ela garante estar pronta para se<br />
doar completamente a todos os compromissos em<br />
que precisa estar.<br />
“Muitas mães se cobram muito e acabam ficando<br />
esgotadas por não terem tempo para elas, e isso nem<br />
é saudável para a criança. Eu acho que todo mundo<br />
deveria fazer isso, tirar um tempo para si”, sugere a<br />
arquiteta. Além desses momentos, curtir o fim de<br />
semana na praia, com o marido e os filhos, e não<br />
abrir mão dos exercícios físicos na semana são os<br />
pontos altos da rotina de Tássia. Super vaidosa,<br />
como ela mesma define, os cuidados com a pele,<br />
especialmente do rosto, são hábitos constantes. “Uso<br />
sempre protetor solar, para evitar aquelas manchas<br />
indesejadas”, pontua.<br />
O closet de Tássia reflete um estilo mais clássico,<br />
mas que tem experimentado momentos de mais<br />
conforto. “No fim de semana, para sair com as<br />
crianças, eu prefiro roupas mais confortáveis,<br />
uso tênis, mas para trabalhar, as produções são mais<br />
clássicas, mesmo. Mas no fim das contas, eu acho que<br />
sou bem eclética”, resume. O tempo reduzido levou<br />
Tássia a testar uma nova modalidade de compras:<br />
as plataformas online. “Tenho usado bastante isso,<br />
no último ano, e está dando super certo, porque<br />
não preciso ir na loja ou no shopping”, afirma ela,<br />
que costuma comprar de sites como Shop2gether.<br />
Quanto às etiquetas, Joiola e Animale são as mais<br />
presentes no guarda-roupa da arquiteta. ¤<br />
82 <strong>GALERIA</strong> ESPELHO 83
ESPELHO<br />
PEÇAS-CHAVE<br />
NA IDENTIDADE<br />
Na decoração de casa e no<br />
closet, a arquiteta e empresária<br />
Nathália Ponte valoriza itens<br />
únicos e com personalidade<br />
<strong>POR</strong> JÉSSICA COLAÇO FOTOS RONI VASCONCELOS<br />
Ao falar sobre a própria identidade, a arquiteta<br />
e empresária Nathália Ponte, 28, cita a casa<br />
em que mora com o marido como referência.<br />
“Quem entra aqui sabe exatamente que a casa<br />
é minha e do meu marido, porque diz muito<br />
do nosso estilo, moderno mas com um toque<br />
clássico”, define ela, que elaborou o projeto de interiores<br />
do apartamento e levou três anos até deixar do jeito<br />
que o casal queria. “Eu valorizo muito quadros, peças<br />
assinadas. Tenho, por exemplo, várias cadeiras, mesa e<br />
outras peças do Jáder Almeida, um designer brasileiro<br />
que é bem jovem e super premiado”, acrescenta Nathália,<br />
que exibe ainda itens como um quadro de Salvador<br />
Dalí e o convite do casamento dela, que ganhou uma<br />
intervenção do artista plástico Totonho Laprovítera -<br />
e um lugar especial em uma das estantes da sala.<br />
Esse cuidado na composição e a valorização de<br />
peças-chave se reflete no vestir de Nathália, adepta<br />
de roupas atemporais e versáteis, a exemplo de um<br />
quimono da Água de Coco, que ela usa como saída<br />
de banho, sobreposição em looks casuais ou mesmo<br />
para produções mais elaboradas. Calças de cintura<br />
alta e vestidos fluidos são outra paixão da empresária,<br />
mas se tem algo que já é quase parte da personalidade<br />
de Nathália é um conjunto de anel, brincos e pulseiras,<br />
em ouro amarelo e pérola arroz, assinados por Suzane<br />
Farias. “Ganhei da minha mãe e todo mundo fala que é<br />
minha marca registrada, uso de dia e de noite”, detalha.<br />
“Mas na semana, a minha roupa é blusa branca, calça<br />
jeans, sapatilha e um coque, porque estou sempre em<br />
produção”, assume ela, que administra uma estamparia,<br />
a Bossa a Bessa, junto de uma sócia.<br />
Prática quanto aos cuidados com a pele e com o<br />
corpo, a arquiteta confessa um hábito de viagem, que é<br />
também um segredo de beleza: comprar novidades e<br />
lançamentos da área de estética. Foi assim que ela<br />
adquiriu uma escovinha massageadora e esfoliante<br />
para o rosto, hoje a parte principal do ritual de beleza.<br />
“Uso também água termal e um creme para a região dos<br />
olhos, mas nada que tome muito o tempo”, finaliza. ¤<br />
84 <strong>GALERIA</strong> ESPELHO 85
ESPELHO<br />
LEVE E<br />
RESOLVIDA<br />
Na rotina corrida,<br />
a advogada Jeritza<br />
Gurgel encontra<br />
maneiras práticas de<br />
lidar com a moda<br />
<strong>POR</strong> ALINE CONDE<br />
FOTOS RONI VASCONCELOS<br />
A<br />
simpatia da advogada Jeritza Gurgel é uma marca forte de sua<br />
personalidade e da maneira leve com que ela encara a vida. “Eu sou<br />
muito pra frente, procuro manter todo o meu equilíbrio emocional e<br />
físico. Em situações extremas, busco respirar fundo e seguir. Não me<br />
deixo abater por qualquer coisa que aconteça na minha vida. Procuro<br />
olhar o que aquilo dali está tentando me ensinar e aproveitar o<br />
máximo, sendo bom ou ruim”, explica Jeritza.<br />
Mesmo com uma rotina intensa, a advogada encontrou maneiras de deixar<br />
o cotidiano leve. “Eu faço mil coisas ao mesmo tempo, já me organizo para não<br />
perder tempo, porque senão tudo pode me consumir. É uma forma interessante<br />
que não me sacrifica tanto”, ressalta. Como a personalidade reflete na maneira<br />
de se vestir, logo é perceptível o modo resolutivo como Jeritza lida com a<br />
moda. Definindo-se como clássica e moderna ao mesmo tempo, ela tem como<br />
prioridade peças que possam ser usadas em ocasiões e ambientes diferentes.<br />
“Prefiro não errar em relação à minha rotina. Então, procuro estar bem<br />
vestida com roupas leves, com peças que possam me levar da manhã até a<br />
noite, como conjuntos ou roupa de uma só peça. A maioria das minhas roupas<br />
é muito versátil e se comunica bem de dia e de noite”, define a advogada.<br />
Vestidos ao estilo chamise são peças do closet de Jeritza que são sinônimo de<br />
praticidade, também definidas por ela como “look já vou”, por serem rápidas<br />
de vestir e passar uma ideia de estar bem arrumada. ¤<br />
Marcas sutis<br />
O perfume Pleasures, da marca norte-americana Estée Lauder, é uma<br />
evidência da leveza de Jeritza. “Uso há 10 anos, fixa bem e eu gosto porque<br />
não é forte. Ele me representa e as pessoas já me identificam pelo cheiro dele”,<br />
afirma. Outro objeto de apreço da advogada é o tapa olho que ela usa na hora de<br />
dormir. “Eu associo ele a um grande relaxamento e um momento de descansar,<br />
é sagrado, momento de oração, de agradecimento e de encontros”, completa.<br />
86 <strong>GALERIA</strong> ESPELHO 87
Aline<br />
Vasques<br />
MulheresTallis<br />
Dulcejane<br />
Fujita<br />
Luíza<br />
Bezerra<br />
SARAH<br />
ARARIPE<br />
Kelly<br />
Nobre<br />
Danielle<br />
Diniz<br />
Christianny<br />
Diógenes<br />
Maryana<br />
Canamary<br />
Ginna<br />
Gonçalves<br />
Renata<br />
Viana<br />
Celina<br />
Aguiar<br />
Rachel<br />
Teixeira<br />
Bianca<br />
Bonorandi<br />
Sarah<br />
Ponte<br />
Tenha um momento seu, conosco<br />
Siga @tallisjoias<br />
A L D E OTA . I G U AT E M I . R I O M A R<br />
88 <strong>GALERIA</strong> ESPELHO 89
BELEZA E<br />
BEM-ESTAR<br />
FACE EM<br />
HARMONIA<br />
TÉCNICA DE PREENCHIMENTO FACIAL, O MD CODES<br />
GARANTE RESULTADO RÁPIDO, EFICAZ E NATURAL NO ROSTO,<br />
COM DURABILIDADE DE ATÉ DOIS ANOS<br />
<strong>POR</strong> ALINE CONDE FOTO RONI VASCONCELOS<br />
AVALIAÇÃO 3D DA FACE<br />
Sem procedimentos invasivos e evidenciando a beleza<br />
facial com naturalidade, a técnica de preenchimento<br />
do MD Codes, idealizada pelo cirurgião plástico<br />
Maurício de Maio, tem sido cada vez mais procurada,<br />
em Fortaleza, por pessoas que desejam realçar áreas<br />
específicas no rosto e buscam um resultado eficaz e<br />
rápido. Segundo a dermatologista Manoela Crisóstomo, da Clin<br />
- um dos locais onde o procedimento é realizado, na Capital -,<br />
a técnica mapeia pontos estratégicos no rosto do paciente, para<br />
aplicação do produto injetável, o ácido hialurônico. Com isso,<br />
é possível, por exemplo, afinar e levantar o rosto, preencher<br />
lábios, levantar a sobrancelha ou o nariz e realçar o ângulo da<br />
mandíbula ou do contorno.<br />
“A melhor notícia desta tendência é que conseguimos<br />
harmonizar a face sem cirurgias e sem afastamento das atividades<br />
diárias, da rotina. Atualmente temos usado muito esse<br />
conceito de embelezamento na clínica, de não apenas tratarmos<br />
as rugas, flacidez, manchas e cicatrizes, mas também proporcionarmos<br />
uma melhora na harmonia facial com a busca das<br />
proporções desejadas, e com resultados eficazes e animadores”,<br />
comenta a dermatologista.<br />
Antes da realização do procedimento, o paciente passa por<br />
uma avaliação, momento em que o especialista verifica os pontos<br />
de aplicação do MD Codes, com base nos direcionamentos dados<br />
pela técnica de Maurício de Maio. “A gente faz muito procedimento<br />
em pacientes jovens. Mesmo em pessoas que têm o rosto<br />
ótimo, a pele ótima, mas nos procuram porque querem realçar<br />
algum aspecto”, revela a médica. Uma vez aplicado, o preenchimento<br />
pode durar de um a dois anos, de acordo com Manoela.<br />
Logo após o procedimento, já é possível perceber a diferença,<br />
garante a dermatologista. “A pessoa já nota o resultado após o<br />
procedimento. É claro que ele continua melhorando até um mês,<br />
mas de imediato já tem uma melhora”, comenta.<br />
NATURALIDADE<br />
A médica explica ainda que, apesar de ser uma técnica pouco<br />
invasiva, exige bastante cuidado na hora da aplicação, uma vez<br />
que o manuseio incorreto do produto injetável pode acarretar<br />
danos faciais. Já existiram casos de pacientes que apresentaram<br />
parte do nariz necrosado em decorrência da aplicação da técnica<br />
de forma incorreta. “É uma área médica, nós vamos a congressos,<br />
estudamos, conhecemos a anatomia, precisamos conhecer a pele<br />
por dentro. Você tem que saber o que há por trás e tem que saber<br />
como colocar o produto injetável. Neste caso, o importante é<br />
a experiência do profissional e como o profissional vai fazer a<br />
aplicação”, ressalta.<br />
Outro aspecto importante, para Manoela, é a preservação da<br />
naturalidade dos traços do paciente. “Porque às vezes tem gente<br />
que muda o rosto e fica de uma maneira artificial. Você olha e<br />
parece rosto de boneca, meio estático e com pouca expressão e<br />
isso não é legal. O certo é fazer de uma maneira que, quem olhe,<br />
nem perceba que foi feito preenchimento, porque está natural.<br />
Só perceba que a pessoa está melhor e mais bonita”, conclui. ¤<br />
90 <strong>GALERIA</strong> BELEZA E BEM-ESTAR 91
BELEZA E<br />
BEM-ESTAR<br />
COSMÉTICOS<br />
COM CONSCIÊNCIA<br />
A MUDA MUNDO ACREDITA NA SIMPLICIDADE DO PROCESSO ARTESANAL<br />
E TEM COMO BENEFÍCIO PRODUTOS “FRESH”, SEM CONSERVANTES SINTÉTICOS<br />
<strong>POR</strong> ALINE CONDE FOTO RONI VASCONCELOS<br />
BENEFÍCIOS<br />
As vantagens de optar por produtos com técnicas<br />
naturais são muitas, segundo com Renata. “A proposta<br />
é estabelecer uma reconexão dos consumidores com o<br />
que a natureza nos oferece. Além disso, os produtos<br />
são artesanais e feitos em lotes pequenos, com zelo e<br />
carinho. A pessoa tem a segurança de saber o que está<br />
consumindo: os óleos e manteigas vegetais e demais<br />
ingredientes são descritos nos rótulos de forma clara,<br />
para que não fiquem dúvidas sobre a composição”,<br />
ressalta, citando, ainda, a valorização do trabalho<br />
manual e os produtos “fresh”, com validade inferior a<br />
um ano. “Não levam conservantes sintéticos como no<br />
caso de produtos de prateleiras, que são válidos por<br />
anos”, completa.<br />
Ela comenta ainda que esse tipo de alquimia tem<br />
sido cada vez mais aceito em Fortaleza. “Percebo um<br />
mercado crescente na cidade. Muitas pessoas que<br />
começaram sua transformação pela alimentação e<br />
atividade física, hoje se preocupam também com o<br />
que colocam sobre a pele e cabelos”, diz. ¤<br />
TOQUE<br />
MT<br />
Sem ingredientes sintéticos e apostando em alternativas naturais,<br />
os produtos artesanais têm sido, cada vez mais, uma opção forte<br />
para quem se preocupa com os itens utilizados na pele e nos<br />
cabelos. Uma marca que tem chamado atenção, em Fortaleza,<br />
é a Muda Mundo, da publicitária Renata Lima. Ela explica que<br />
transformou o seu hábito de consumo consciente em uma marca<br />
de cosméticos naturais a partir de junho de 2017.<br />
“Virei expert em ler os rótulos de condicionadores e cremes para o<br />
cabelo. Fiquei impressionada com a quantidade de produtos sintéticos<br />
e derivados de petróleo que colocamos em nosso corpo e cabelos<br />
diariamente, sem nem mesmo nos darmos conta. Teve início em mim<br />
um processo de reflexão sobre o que consumimos e a forma como<br />
o fazemos. Comecei a buscar alternativas mais naturais para cuidar<br />
da minha saúde, do meu corpo e claro do meu cabelo. Mudei minha<br />
alimentação, alguns hábitos e os produtos cosméticos que utilizava”,<br />
revela Renata.<br />
Ao passar a usar produtos mais naturais, a mudança da publicitária<br />
foi percebida e as amigas logo começaram a pedir ajuda sobre o estilo de<br />
vida. “Virei uma espécie de ‘consultora’ de produtos. Então, busquei cursos<br />
e workshops em São Paulo de saboaria, cosmética natural e aromaterapia<br />
e foi quando a Muda Mundo se materializou”, afirma ela, que produz<br />
todos os itens da marca.<br />
O shampoo sólido, feito em temperaturas elevadas, permite a inclusão de extratos<br />
e componentes botânicos de acordo com a necessidade de cada cabelo. Após a<br />
produção, o consumidor já pode utilizá-lo no dia seguinte. Outro produto da Muda<br />
Mundo é a barra de sabão feita com óleos e manteigas vegetais, ervas, sementes e óleos<br />
essenciais. Pode ser usada após 30 dias, já que o tempo é necessário para equilibrar<br />
o PH e “secar” a barra de sabão. “A natureza é bastante generosa e nos proporciona<br />
diversas possibilidades. Cada barra de sabão é única e cheia de surpresas”, afirma<br />
Renata. Há também sabonetes faciais, hidratantes corporais e faciais, bálsamos,<br />
óleos corporais e capilares.<br />
92 <strong>GALERIA</strong> BELEZA E BEM-ESTAR 93
VIAGEM<br />
Por Márcia Travessoni<br />
NYC: SEMPRE COSMOPOLITA<br />
FOTOS FERNANDO <strong>TRAVESSONI</strong><br />
Viajar é sempre uma experiência de enriquecimento cultural.<br />
Agora imagine visitar novos lugares e ainda adquirir<br />
conhecimentos para engrandecer as perspectivas profissionais?<br />
Esse foi o principal motivo da minha volta à New York, em uma<br />
tour que me fez perceber a transformação dos modelos de<br />
negócios dentro da comunicação e o neoperfil de quem trabalha<br />
na área. A cidade respira inovação e conhecer as redações de jornais que<br />
são referências para os outros países modificou meu modo de enxergar<br />
o presente e o futuro.<br />
NOVOS RUMOS<br />
Conhecemos a IESE Business School, e tivemos a primeira aula lá.<br />
Fizemos uma visita ao Quartz, que é uma grande plataforma digital de<br />
notícias. Fomos ao Wall Street Journal. Lá, conversamos com o editor-chefe<br />
do Dow Jones, Glenn Hall e com a editora-chefe do setor digital, Jennifer<br />
Hicks, que falou sobre o fluxo do jornalismo virtual dentro do WSJ.<br />
Conhecemos também a School of Journalism Pulitzer Hall, da Columbia<br />
University, onde tivemos palestra com a professora Ava Seave, sobre as<br />
mudanças do jornalismo para o meio digital, as habilidades que esse novo<br />
profissional precisa ter daqui para frente, os desafios das mídias em relação<br />
às notícias e os impactos financeiros nos grandes jornais dos EUA. Lá, ainda<br />
conversamos com Alexandre Gonçalves, doutorando em Comunicação e<br />
professor convidado da IESE Business School, sobre jornalismo de dados.<br />
Também visitamos a CBS, e conversamos com editores e com<br />
responsáveis pelo comercial. Conhecemos a redação da Bloomberg, onde<br />
fomos recebidos pela Media Distribution Christine Furtado Morgan.<br />
Ela apresentou os produtos Bloomberg, como trabalham e como distribuem<br />
para as plataformas. Ela falou sobre o Tic Toc, um programa de minidocs<br />
em parceria com o Twitter. Depois, fomos recepcionados por Hernesto<br />
Marinho, que nos apresentou o Terminal, uma plataforma que mostra<br />
todos os índices financeiros e econômicos do mundo inteiro. Os bancos<br />
e as corretoras assinam as plataformas para ficar por dentro dos índices,<br />
além de informações sobre personalidades relevantes da economia e da<br />
política. Ele apresentou, como exemplo, uma busca pelo nome de Ciro<br />
Gomes, com dados sobre a influência nos índices econômicos da CSN a<br />
partir de notícias que cogitaram a candidatura. Sem dúvidas, um momento<br />
marcante para minha carreira no ramo da comunicação.<br />
94 <strong>GALERIA</strong> VIAGEM 95
CHARME NO BROOKLYN<br />
Quem assistiu ao filme Sex and the City deve lembrar<br />
bem de uma frase da personagem Charlotte York, onde<br />
ela afirma que “o Brooklyn é a nova Manhattan”. De fato,<br />
a região tem se tornado um dos principais pontos de<br />
encontro de nativos e de turistas, principalmente o<br />
D.U.M.B.O.<br />
Até uns anos atrás, essa região era conhecida por ser<br />
uma área de fábricas e apenas habitada na sua maioria por<br />
artistas que buscavam um lugar mais barato e alternativo<br />
para morar. Hoje, o local está repleto de galerias de artes,<br />
empresas de tecnologia e apartamentos de luxo. Seus<br />
moradores são jovens que deixaram Manhattan para residir<br />
em uma região mais tranquila, próxima de downtown e com<br />
os mesmos benefícios de transporte público, acessibilidade,<br />
coisas para fazer e etc., tudo isso, há menos de 10 minutos<br />
de Manhattan.<br />
Dica: dá para visitar o bairro inteiro de bicicleta ou<br />
mesmo caminhando, deixando a experiência ainda mais<br />
encantadora.<br />
TOQUE<br />
MT<br />
Point<br />
Gourmet<br />
Inaugurado em 2017,<br />
o primeiro restaurante<br />
Cecconi’s de NY virou<br />
parada obrigatória para os<br />
amantes gourmet. Servindo<br />
uma comida clássica do<br />
norte da Itália com um toque<br />
moderno, o restaurante está<br />
aberto diariamente para o<br />
almoço e jantar, brunch de<br />
fim-de-semana, para ceia aos<br />
domingo e um menu aperitivo<br />
servido das 16h às 19h, de terça<br />
a sexta-feira. O menu é<br />
assinado pelo chefe italiano<br />
Riccardo Bilotta, bem como<br />
o Chef executivo do Soho<br />
House para América do Norte,<br />
Andrea Cavaliere. Os dois<br />
colaboraram no cardápio,<br />
que inclui os clássicos do<br />
Cecconi’s, como espaguete de<br />
lagosta, a burrata e as pizzas<br />
feitas no forno à lenha.<br />
#THELIST<br />
HIGH LINE ELEVATED PARK<br />
High Line é um parque urbano suspenso construído sobre uma<br />
antiga linha de trem de Nova York. A plataforma suspensa deixou<br />
de ser utilizada em 1980 e em 2003, 23 anos mais tarde, começaram<br />
a pensar em diversos usos para este espaço. O projeto foi terminado<br />
em 2014 e a vista é espetacular.<br />
CENTRAL PARK<br />
É impossível viajar à big apple e não ter momentos memoráveis<br />
no Central Park. São 3.41 km² de extensão de puro verde, que recebe<br />
cerca de 30 milhões de turistas por ano. Para os fãs de John Lennon<br />
e amantes de música, em geral, também é interessante conhecer<br />
o memorial construído em homenagem ao artista, chamado de<br />
Strawberry Fields.<br />
CHELSEA MARKET<br />
Toda cidade cosmopolita tem um lugar que oferece o melhor das<br />
opções gastronômicas. Em Nova York, esse lugar é o Chelsea Market,<br />
na 75 Ninth Avenue. O “mercadão” tem uma história especial<br />
porque foi elaborado no mesmo espaço onde foi a empresa Nabisco,<br />
que criou e produziu o famoso biscoito Oreo. Hoje, o prédio também<br />
serve de sede para empresas como Google, Youtube, EMI Music e<br />
MLB.com (site que cuida da liga de baseball profissional). ¤<br />
Menu imperdível<br />
TOQUE<br />
MT<br />
Quem gosta de frutos do mar, a sugestão é conhecer a Lobster Place, um dos destaques dentro do Chelsea<br />
Market. Você pode tanto comprar para preparar em casa, quanto saboreá-los por lá mesmo. Eles têm camarões<br />
e peixes de todos os tipos, escargot, ouriços, ostras, caranguejos e por ai vai. Apesar da infinidade de frutos do<br />
mar de todos os tipos e da melhor qualidade, a Lobster Place é famosa mesmo pelas lagostas que são preparadas<br />
na hora. E detalhe: são servidas para os visitantes comerem em pé. A experiência é diferente e super bacana.<br />
Quer mais conteúdo de NY? Confira no site uma matéria inédita sobre as vitrines mais incríveis da big apple.<br />
96 <strong>GALERIA</strong> VIAGEM 97
LUXO<br />
Comeback<br />
CONSUMO<br />
das logos<br />
Glamour<br />
universal<br />
1. TRAÇADO RICO<br />
Unindo duas linguagens do artesanato - a palha e o<br />
crochê -, a marca cearense Catarina Mina lançou nova<br />
coleção de bolsas, batizada de “Caroá”. Com três shapes<br />
distintos e se adequando a ambientes como praia, cidade<br />
e serra, as peças exibem o característico trabalho manual<br />
da label. O preço varia de R$ 399 a R$ 540, e as peças<br />
estão disponíveis nas cores nude, vermelho, azul e preto.<br />
2. TOCANTINS EM MILÃO<br />
Os cenários, cores e traços rupestres do Tocantins<br />
foram a inspiração para a principal linha de móveis<br />
apresentada pela A Lot of Brazil no Salão de Milão deste<br />
ano. A Tocantins Collection contempla, além das peças<br />
criadas em parceria com marcas e designers brasileiros,<br />
a linha Capim Dourado, desenhada pelo fundador da<br />
marca, Pedro Franco, cuja cor dos objetos remete à palha 3<br />
produzida exclusivamente no Jalapão.<br />
3. SERPENTE DOURADA<br />
Com a própria definição de luxo em seus produtos,<br />
a Bvlgari tem um relógio que é, sem dúvida, ícone da<br />
marca: o Serpenti Tubogas. A peça da joalheria italiana<br />
foi desenhada de modo que a pulseira dê uma volta no<br />
braço, tal qual uma serpente. Produzida com aço inoxidável,<br />
bezel e ouro rosa 18k, cravejado com diamantes e<br />
lapidação brilhante, a peça está disponível na Tallis Joias.<br />
4. LENTES ITALIANAS<br />
O tom rocker é a assinatura da Versace na coleção de<br />
óculos de sol e de grau que chegou recentemente ao<br />
Brasil. Modelos icônicos da marca e o tradicional óculos<br />
de gatinho ganharam repaginações com materiais nobres<br />
e aplicações de cristais Swarovski e das medusas que são<br />
símbolo da maison. Lentes em degradê e com diversas<br />
opções de cores e hastes bicolores ou em metal são<br />
alguns dos pontos altos das peças.<br />
4<br />
2<br />
1<br />
CLUTCH ESTAMPADA<br />
BURBERRY<br />
SAPATO DE COURO<br />
GIVENCHY<br />
Com a efervescência do retorno aos anos 2000 nas últimas<br />
temporadas, o universo fashion pegou carona na logomania e<br />
resgatou o gosto pela utilização dos símbolos icônicos das grifes.<br />
Encabeçada pela divertida Moschino, a tendência ultrapassa o limite<br />
das roupas e chega aos acessórios com força total. Esse é o momento<br />
de vasculhar o armário e reciclar algumas peças, transformando o<br />
look com bons truques de styling.<br />
CULTURA POP<br />
DIOR CLUB VISOR<br />
DIOR EYEWEAR<br />
CHAPÉU ‘VIRGINIE’<br />
MAISON MICHEL<br />
GUARDA CHUVA<br />
MOSCHINO<br />
TOQUE<br />
MT<br />
A grife francesa Kenzo pegou os fashionistas de<br />
surpresa com o lançamento da campanha Memento<br />
N° 2. Estrelando, ninguém menos que a princesa do<br />
pop Britney Spears, vestindo uma releitura da primeira<br />
linha da grife, apresentada em 1986. A logomania está<br />
lá, assim como as estampas que se tornaram referência<br />
criativa e claro, a volta ao passado. Detalhe: os itens da<br />
coleção esgotaram em menos de 24h após o anúncio<br />
oficial da marca.<br />
CAPA PARA IPHONE X<br />
DE COURO<br />
DOLCE & GABBANA<br />
BODY DECOTE U NAS<br />
COSTAS BALMAIN<br />
MEIA<br />
À LA GARÇONNE<br />
CALÇA LUREX<br />
FENDI<br />
CAMISETA COM ESTAMPA<br />
GRAFFITI VERSACE<br />
98 <strong>GALERIA</strong> CONSUMO 99
CARTAS PARA O CEARÁ<br />
Sonhos e<br />
saudades<br />
COMANDANDO O PRÓPRIO NEGÓCIO<br />
NA CAPITAL NORTE-AMERICANA,<br />
LAERTE BEZERRA AMENIZA A SAUDADE<br />
DA FAMÍLIA VINDO AO CEARÁ PELO<br />
MENOS SEIS VEZES DURANTE O ANO<br />
<strong>POR</strong> ALINE CONDE<br />
Há 25 anos, Laerte Bezerra saiu de<br />
Fortaleza, no Ceará, com o destino<br />
certo: Washington DC, nos Estados<br />
Unidos, tendo em mente um ideal<br />
de realizar seus sonhos. “Eu saí de<br />
Fortaleza com uma mala, a coragem<br />
e um objetivo: vencer. Eu, hoje, sou um<br />
americano, mas amo o meu Ceará”, comenta<br />
Laerte. Atualmente, ele é um empresário bem<br />
sucedido na capital norte-americana, dono da<br />
rede Unwind Wellness, que conta com dois<br />
spas, e tem a projeção de abrir o terceiro em<br />
breve, além da meta de ter 10 spas no país, a<br />
longo prazo.<br />
“Quando eu vim morar aqui, comecei a<br />
trabalhar com eventos, com flores. Sempre tive<br />
vontade de trabalhar com coisas relacionadas<br />
ao relaxamento, com lugares que você fosse<br />
e esquecesse de tudo, deixasse o telefone<br />
desligado. Estava começando a colocar em<br />
prática, mas, em 2008, quando teve a crise<br />
financeira nos Estados Unidos, deixei esse<br />
sonho de lado. Em 2012 , botei de novo pra<br />
frente. No início eram apenas dois quartos<br />
e hoje tenho 29 quartos e 47 funcionários”,<br />
contabiliza o empresário, comentando que<br />
o spa oferece serviços como acupuntura,<br />
massagens e limpeza de pele. Para chegar à<br />
vida confortável que tem hoje, ele batalhou<br />
muito. “Uma coisa que a minha vida não é<br />
aqui é monótona. Quem me conhece, sabe<br />
que trabalho sete dias na semana e enfrento<br />
os meus problemas de frente”, completa.<br />
O cearense comenta que, no início,<br />
foi difícil a adaptação, mas que com “fé e<br />
gratidão” conseguiu conquistar espaço no país.<br />
Hoje, ele afirma que morar em Washington<br />
o deixa totalmente feliz. “É uma verdadeira<br />
realização, principalmente, na parte<br />
profissional, a qual contribui para uma<br />
ótima qualidade de vida, juntamente com<br />
os encantos desse país. Adoro morar aqui”,<br />
garante. O empresário aponta, ainda, alguns<br />
pontos positivos da cidade: “Repleta de pontos<br />
turísticos, restaurantes extraordinários,<br />
com uma população extremamente prestativa<br />
e educada, a qual zela, diariamente, pelo<br />
bem-estar dos americanos”. A vida de<br />
Laerte está tão estruturada no país que ele<br />
adquiriu, recentemente, um apartamento em<br />
Miami, pensando, sobretudo, na facilidade<br />
dos voos diretos que saem da cidade em<br />
direção a Fortaleza.<br />
SAUDADES<br />
A falta da família e dos amigos é o que<br />
Laerte mais lamenta. No entanto, essa<br />
ausência é apenas física, porque ele sempre<br />
está presente. “Me comunico diariamente com<br />
meus pais e com todas as pessoas queridas que<br />
tenho em Fortaleza. Além disso, minha irmã,<br />
minhas afilhadas, meu cunhado e meus amigos<br />
procuram, frequentemente, me visitar em<br />
Washington D.C.”, acrescenta, comentando<br />
que, durante o ano, costuma vir ao Ceará<br />
entre seis e oito vezes.<br />
Das vezes em que está na capital<br />
alencarina, o empresário procura ficar o<br />
FOTOS JACQUI DEPAS<br />
máximo de tempo possível com os pais.<br />
“Costumo ficar hospedado na casa dos meus<br />
pais, com a tentativa de reduzir um pouco<br />
a saudade. Saio bastante com meus amigos<br />
mais próximos, os quais nunca perderam<br />
sua importância, mesmo com toda essa<br />
distância. Diante disso, ainda percebo o<br />
quão gratificante é ir para Fortaleza, pois não<br />
importa a frequência com que eu retorne,<br />
sempre sou recebido da mesma maneira,<br />
completamente amável”, afirma.<br />
Quando questionado sobre o que mais<br />
sente falta do Ceará, nos Estados Unidos,<br />
ele prontamente destaca: “Sem dúvidas,<br />
a praia e a forma com que as pessoas se<br />
relacionam, sempre com muito carinho e<br />
afeto”. Gastronomicamente, a tapioca era<br />
uma das iguarias que mais faziam falta<br />
nas refeições de Laerte, quando ele se<br />
mudou para as terras norte-americanas,<br />
mas mesmo esse prato já pode ser encontrado<br />
em Washington D.C. ¤<br />
Washington D.C.,<br />
por Laerte Bezerra<br />
COMER<br />
Café Milano<br />
APROVEITAR<br />
W Hotel Rooftop<br />
CONHECER<br />
White House, pois nos sentimos num<br />
filme. É um sonho poder conhecer esse<br />
lugar tão histórico e atrativo.<br />
VISITAR<br />
Seria ótimo inserir os museus no<br />
roteiro de viagem. Em Washington,<br />
são mais de 20 museus, por ser uma<br />
cidade muito histórica, a qual gera<br />
bastante curiosidade por grande<br />
parcela da população mundial.<br />
100 <strong>GALERIA</strong> CARTAS PARA O CEARÁ 101
ACONTECE<br />
Liliana Diniz,<br />
Niedja Bezerra,<br />
Luciana Colares<br />
e Raquel Machado<br />
Karla Pereira,<br />
Raquel Machado,<br />
Denise Cavalcante<br />
e Celina Hissa<br />
<strong>MÁRCIA</strong><br />
<strong>TRAVESSONI</strong><br />
COMANDA O<br />
1º ALMOÇO<br />
“MULHERES<br />
E PODER”<br />
Andréa Delfino, Suyane<br />
Dias Branco, Martinha<br />
Assunção, Michelle<br />
Aragão, Ana Virgínia<br />
Martins, Danielle<br />
Pinheiro e Morgana Dias<br />
Branco<br />
Raquel Machado,<br />
Ticiana Rolim Queiroz,<br />
Márcia Travessoni<br />
e Águeda Muniz<br />
Ticiana Barreira,<br />
Vanessa Queirós<br />
e Roberta Quaranta<br />
Foi refletindo sobre representatividade feminina<br />
na política que Márcia Travessoni idealizou<br />
o “Mulheres e Poder”, um projeto que reúne<br />
mulheres em posição de liderança no Ceará<br />
para compartilhar e colocar em ação estratégias<br />
que fortaleçam e empoderem. A 1ª edição do<br />
encontro aconteceu no Cabaña Del Primo, com<br />
a participação da professora Raquel Machado, a<br />
empresária da C. Rolim Engenharia Ticiana Rolim<br />
Queiroz e a secretária Municipal de Urbanismo e<br />
Meio Ambiente, Águeda Muniz. Além da conversa,<br />
as presenças desfrutaram de um almoço saboroso<br />
no restô e ainda ganharam docinhos da Briejer. O<br />
evento ainda contou com o apoio de Raí Meirelles,<br />
da Ideemov, que colocou em prática toda a ideia<br />
do encontro com perfeição. Excelentes, as equipes<br />
do RioMar Fortaleza e do Cabaña Del Primo<br />
prepararam com esmero o espaço para nos receber.<br />
Nicolle Barbosa<br />
e Natália Rios<br />
Ana Paula Daud<br />
e Kelviane Barros<br />
Maria Vital<br />
e Euwláudia Fontenele<br />
102 <strong>GALERIA</strong> ACONTECE 103
Ticiana Rolim Queiroz,<br />
Márcia Travessoni<br />
e Tane Albuquerque<br />
Raquel Machado<br />
e Camile Castro<br />
Márcia Travessoni<br />
e Brígida Frazão<br />
Michele Ribeiro,<br />
Márcia Travessoni<br />
e Juliana de Fátima<br />
Kelviane Barros<br />
e Raquel Machado<br />
Marcia Travessoni<br />
e Águeda Muniz<br />
104 <strong>GALERIA</strong> ACONTECE 105
ACONTECE<br />
Lenise Queiroz Rocha<br />
e Márcia Travessoni<br />
Manoela Queiroz Bacelar,<br />
Lenise Queiroz Rocha,<br />
Edson Queiroz Neto<br />
e Fátima Veras<br />
FUNDAÇÃO<br />
EDSON QUEIROZ<br />
ENTREGA<br />
ESPAÇO DE<br />
LAZER<br />
Beatriz, Edson Queiroz<br />
Neto, Marco e Ticiana<br />
Rolim Queiroz<br />
Vitor Frota<br />
e Dani Eloy<br />
Sílvio e Paula Frota<br />
Em 2018 Fortaleza completou 292 anos<br />
de história. A Cidade do Sol ganhou o<br />
seu primeiro presente de aniversário,<br />
com a inauguração do Passeio Edson Queiroz,<br />
um novo espaço de lazer e convívio projetado<br />
pela Fundação Edson Queiroz para comemorar<br />
o aniversário de 93 anos de nascimento<br />
do Chanceler Edson Queiroz, dentro da<br />
programação dos 45 anos da Universidade<br />
de Fortaleza. A família Queiroz marcou presença<br />
em peso no evento, após se emocionar com<br />
uma Missa em Ação de Graças em lembrança<br />
à vida do empresário cearense, no Altar Votivo<br />
da Unifor. Lenise Queiroz Rocha, presidente<br />
da Fundação Edson Queiroz; Chanceler<br />
Edson Queiroz Neto; Manoela Queiroz Bacelar,<br />
vice-presidente da Fundação; e Fátima Veras,<br />
reitora da Unifor; Roberto Cláudio, prefeito<br />
de Fortaleza, participaram da solenidade. A<br />
estrutura da estátua foi restaurada pelas mãos<br />
do cenógrafo e museógrafo André Scarlazzari.<br />
Ricardo<br />
e Manoela Bacelar<br />
Cláudio, Cláudio<br />
e Felipe Rocha<br />
Carmen Cinira,<br />
Elusa Laprovitera,<br />
Paula Frota,<br />
Cristiana Botelho<br />
e Lilia Quinderé<br />
106 <strong>GALERIA</strong> ACONTECE 107
Batista de Lima,<br />
Padre Sales<br />
e Edson Queiroz Neto<br />
Randal Pompeu<br />
e Rafael Rodrigues<br />
Denise Casselli<br />
e Tarcísio Pequeno<br />
Noemi Reginaldo<br />
e Prof. Costinha<br />
Sérgio e Jane Juaçaba<br />
Roberto Menescal<br />
e Paulo Mindêllo<br />
Katherine Mihaliuc<br />
e Juliana Mamede<br />
Batista de Lima,<br />
Carlos Batista<br />
e Henrique Sá<br />
Mônica Lopes,<br />
Norma Leite Barbosa<br />
e Neide Juaçaba<br />
Benjamin<br />
e Karla Oiliveira<br />
Liadina Camargo<br />
e Jackson Sávio<br />
Ivone<br />
e Cláudia Rebouças<br />
108 <strong>GALERIA</strong> ACONTECE 109
ACONTECE<br />
HUB da Air France-KLM<br />
e Gol inicia as operações<br />
Márcia Travessoni<br />
e Jean-Marc Pouchol<br />
HUB DA AIR<br />
FRANCE-KLM<br />
E GOL INICIA<br />
AS OPERAÇÕES<br />
Jean-Michel Mathieu,<br />
Pieter Elbers<br />
e Paulo Kakinoff<br />
Paulo Kakinoff<br />
e Roberto Cláudio<br />
HUB da Air France-KLM<br />
e Gol inicia as operações<br />
Vindos de São Paulo, Amsterdã<br />
e Paris, os voos da GOL, KLM e<br />
Joon pousaram ontem na capital<br />
cearense, inaugurando oficialmente o HUB<br />
da Air France-KLM e Gol no Aeroporto Pinto<br />
Martins. De Amsterdã, desembarcaram<br />
autoridades como a vice-governadora<br />
Izolda Cela e o presidente da Câmara<br />
Municipal, Salmito Filho; na aeronave<br />
de Paris, estava o governador Camilo<br />
Santana, além do secretário de Turismo<br />
Arialdo Pinho, o presidente da Assembleia<br />
Legislativa Zezinho Albuquerque e o titular<br />
da SDE, César Ribeiro. O grupo se uniu<br />
ao prefeito Roberto Cláudio, Jean-Marc<br />
Pouchol, diretor-geral da Air France-KLM<br />
para América do Sul, Seth van Straten,<br />
diretor comercial da companhia e Paulo<br />
Sérgio Kakinoff, CEO da Gol Linhas Áreas,<br />
para celebrar essa grande conquista.<br />
HUB da Air France-KLM<br />
e Gol inicia as operações<br />
HUB da Air France-KLM<br />
e Gol inicia as operações<br />
Onélia Santana<br />
e Márcia Travessoni<br />
110 <strong>GALERIA</strong> ACONTECE 111
Paulo Kakinoff<br />
e Jean-Marc Pouchol<br />
Roberto Cláudio<br />
e Patrícia Macêdo<br />
Marcos Azevedo,<br />
Nilza Kido<br />
e Antônio Assunção<br />
Seth van Straten<br />
e Jean-Marc Pouchol<br />
Só a educação pode<br />
abrir um futuro mais justo,<br />
seguro e igualitário.<br />
Régis Medeiros<br />
e Salmito Filho<br />
Regina Dunlop<br />
e Paulo Campos<br />
112 <strong>GALERIA</strong> ACONTECE 113
ACONTECE<br />
Leonardo<br />
e Auxiliadora Carvalho,<br />
Iana Holanda<br />
e Dodora Guimarães<br />
Andréa Josino,<br />
Maria Guimarães<br />
e Adriana Roberto<br />
MUSEU DA<br />
INDÚSTRIA<br />
RECEBE A EXPO<br />
“A INTENÇÃO<br />
E O GESTO”<br />
Camila Esmeraldo,<br />
Dodora Guimarães<br />
e Sabrina Esmeraldo<br />
Roberto Macêdo<br />
e Ricardo Cavalcante<br />
Abertura da exposição<br />
“A Intenção e o Gesto”<br />
A<br />
obra de Marcantônio Vilaça marcou história<br />
na arte contemporânea brasileira. Por<br />
isso, o artista plástico pernambucano foi<br />
escolhido para nomear o Prêmio CNI Sesi Senai,<br />
um dos mais importantes eventos divulgadores<br />
das artes visuais no Brasil. Além de homenagear<br />
artistas selecionados, o prêmio realiza mostras<br />
com os trabalhos vencedores. No Ceará, três<br />
exposições acontecem no Museu de Arte<br />
Contemporânea e no Museu da Indústria. O<br />
diretor administrativo do Sistema FIEC, Ricardo<br />
Cavalcante realizou a abertura de mostra que<br />
marca a terceira vertente da premiação, chamada<br />
“A Intenção e o Gesto”, no Museu da Indústria.<br />
As peças, que relacionam a arte à produção<br />
industrial, são assinadas por nomes como Sérvulo<br />
Esmeraldo, o grande homenageado desta edição,<br />
Almandrade, Ana Maria Tavares, Arthur Lescher,<br />
Delson Uchoa, Angelo Venosa, Guto Lacaz e<br />
Jaildo Marinho, Raul Córdula e Paulo Pereira.<br />
Osiel Gomes<br />
e Emidio Sanderson<br />
Veridiana Soares,<br />
Sônia Parente<br />
e Juliane Guimarães<br />
Maria Otis<br />
e Ivna Girão<br />
114 <strong>GALERIA</strong> ACONTECE 115
ACONTECE<br />
5 anos da clínica<br />
de Mariana Pimenta<br />
5 anos da clínica<br />
de Mariana Pimenta<br />
EMOÇÃO NA<br />
FESTA DE 5 ANOS<br />
DA CLÍNICA<br />
DE MARIANA<br />
PIMENTA<br />
Mariana Pimenta<br />
e Niedja Bezerra<br />
Ana e Raquel Macedo<br />
5 anos da clínica<br />
de Mariana Pimenta<br />
Para celebrar os 5 anos de sucesso de sua<br />
clínica, a Dra. Mariana Pimenta convidou<br />
amigos e pacientes para um almoço<br />
especial no Pipo Restaurante. Com o espaço<br />
lotado, Mariana fez questão de falar e abraçar<br />
a todos. Na hora dos parabéns, a emoção foi<br />
grande. “Quero agradecer à minha família por<br />
investir em mim, agradecer à minha equipe por<br />
me apoiar nesse projeto. Vocês são a minha<br />
segunda família”, ela declarou ao público, em meio<br />
a lágrimas. Nascida no Interior do Estado, Mariana<br />
contou que se mudou para a Capital ainda nova,<br />
incentivada pelos pais a sempre investir na<br />
educação. A escolha da profissão não foi difícil, já<br />
que a paixão pela medicina vem desde a infância.<br />
Raphael Joca foi o cerimonialista do encontro,<br />
que ganhou decoração dos balões da Petit Mix,<br />
com flores da marca Decorando Seu Natal. O<br />
lindo bolo foi obra da Analu Gourmet, doces da<br />
Docidée e mimos da Jorge Bischoff e Spetacollare.<br />
Bruna Braga, Manuel<br />
e Mariana Pimenta,<br />
Thina e Lara Cruz,<br />
Manoela, Cirilo<br />
e Neide Pimenta<br />
Thina e Lara Cruz<br />
Giuliana Botelho<br />
e Mariana Pimenta<br />
116 <strong>GALERIA</strong> ACONTECE 117
ACONTECE<br />
Patrícia Macêdo,<br />
Geraldo Júlio,<br />
Edilberto Pontes,<br />
Roberto Cláudio, Moroni<br />
Torgan, Salmito Filho<br />
e Queiroz Filho<br />
Fernanda Levy,<br />
Patrícia Macêdo<br />
e Clarissa Alencar<br />
PREFEITURA<br />
PROMOVE 2º<br />
SEMINÁRIO<br />
SOBRE<br />
INOVAÇÕES<br />
EM POLÍTICAS<br />
PÚBLICAS<br />
Elpídio Nogueira,<br />
Darlan Leite<br />
e Erick Vasconcelos<br />
Salmito Filho<br />
e Lia Ferreira Gomes<br />
Carol Bezerra<br />
e Izolda Cela<br />
Fortaleza está em constante<br />
desenvolvimento. A cidade cresce e se<br />
ramifica, acarretando mudanças. Em busca<br />
de sanar as novas demandas, a Prefeitura de<br />
Fortaleza promoveu a 2ª edição do Seminário<br />
Internacional de Políticas Públicas Inovadoras<br />
para Cidades, no Centro de Eventos. Encabeçado<br />
por Patrícia Macêdo, coordenadora especial<br />
de Relações Internacionais e Federativas,<br />
o evento existe, acima de tudo, para que<br />
gestores locais, nacionais e internacionais<br />
compartilhem experiências sobre o que há de<br />
inovador em políticas públicas, com o objetivo<br />
de melhorar a qualidade da vida da população<br />
em saúde, educação, segurança, mobilidade<br />
e diversas outras áreas. Na plateia e no palco,<br />
flagramos: Izolda Cela, Carol Bezerra, Geraldo<br />
Júlio, José Bolívar Castillo e Christiane Pelajo.<br />
Christiane Pelajo<br />
Lia Parente,<br />
Mário Fracalossi,<br />
Patrícia Macêdo<br />
e Eudoro Santana<br />
Darlan Leite<br />
e Patriolino Dias<br />
118 <strong>GALERIA</strong> ACONTECE 119
ACONTECE<br />
Hélio e Verônica Perdigão<br />
Helder e Thais Moreno<br />
A UNIÃO DE<br />
<strong>MÁRCIA</strong><br />
BERETTA E<br />
BRUNO DE<br />
ALENCAR<br />
MORENO<br />
Fernando Diógenes<br />
e Natália Recamonde<br />
Carlos e Carolina<br />
Pignatari<br />
e Bruno Puga<br />
Helder,<br />
Cristina e Bruno Moreno,<br />
Márcia e Fábio Beretta<br />
e Mirley Pignatari<br />
O<br />
“sim” de Márcia Beretta e Bruno de<br />
Alencar Moreno é uma prova de que o<br />
par perfeito existe. Os noivos selaram<br />
a união em cerimônia luxuosa ao pôr do sol<br />
no Terrasse La Maison. E para encantar mais<br />
ainda esse dia, foi a voz inconfundível de<br />
Paulo José que conduziu a marcha nupcial.<br />
Filhos de Fábio César Bolzan Beretta e<br />
Mirley Aparecida Pignatari e de Luiz Helder<br />
e Maria Cristina de Alencar Moreno, eles<br />
confiaram no trabalho de Raquel Mendonça<br />
para cuidar com carinho do cerimonial da<br />
festa, que recebeu décor chic e delicada<br />
de Willfridy Mendonça. Mais uma vez, a<br />
Cacau2You caprichou no bolo, recebendo<br />
muitos elogios. Os doces multicores foram<br />
obra da Antoinette Boutique. No final da<br />
noite, a pista de dança foi comandada<br />
pelas batidas de Amon Lima, que fez todo<br />
mundo sair do chão. Alguma dúvida que<br />
essa festa foi incrível? Não temos!<br />
Larissa Amorim,<br />
Bruno Moreno,<br />
Márcia Beretta<br />
e Fernando Diógenes<br />
Carlos Barros<br />
e Fabiana Hirata<br />
Flávio,<br />
Dora, Juliana<br />
e Bruno Nogueira<br />
Isadora Maia<br />
120 <strong>GALERIA</strong> ACONTECE 121
ACONTECE<br />
Luciana Colares,<br />
Nadja Parente,<br />
Márcia Travessoni<br />
e Niedja Bezerra<br />
Suyane Dias Branco,<br />
Graça da Escóssia,<br />
Lia Freire,<br />
Consuelo Dias Branco,<br />
Gisela Vieira<br />
e Morgana Dias Branco<br />
5.0 DE LIA<br />
FREIRE<br />
ANIMOU A<br />
TARDE NO<br />
BARBRA’S<br />
EDEN<br />
Regina Aragão<br />
e Gil Santos<br />
Silvinha Leal<br />
e Ana Vládia Sales<br />
Ana Carolina,<br />
Lia e Ana Paula Freire<br />
A<br />
festa de aniversário de 50 anos de<br />
Lia Freire marcou pela criatividade.<br />
A começar pela decoração de ares<br />
mediterrâneos, com aplicações de limão<br />
siciliano, cerâmica portuguesa, bromélias<br />
e suculentas – uma obra de arte assinada<br />
pela equipe de Gil Santos e Carine Moreira.<br />
Com cerimonial de Mafrense Sousa, os<br />
parabéns aconteceram na segunda casa da<br />
aniversariante, o Barbra’s Eden, reunindo<br />
amigos e a família para brindar a data ao<br />
som de Roberta Fiúza e o DJ Rômulo. Lia<br />
confiou no trabalho da Dolce Divino para<br />
preparar o bolo e os doces do encontro.<br />
“Alegria e encantamento! Muita gratidão a<br />
um time mais que especial que deram asas<br />
ao meu sonho que era acolher e receber<br />
meus amigos queridos com aconchego<br />
e energia do bem!”, comemorou Lia.<br />
Eymard, Lia<br />
e Bárbara Freire<br />
Lia Freire<br />
e Mafrense Sousa<br />
Branca Mourão,<br />
Tamara Azevedo,<br />
Karine Bezerra<br />
e Willfridy Mendonça<br />
Anne Alcântara<br />
122 <strong>GALERIA</strong> ACONTECE 123
ACONTECE<br />
Constanza Fernandez,<br />
Rebeka Guerra,<br />
Felipe Queiroz Rocha<br />
e Nicole Pinheiro<br />
Maurício Filizola,<br />
Ana Claúdia Martins<br />
e Rodrigo Leite<br />
OS<br />
HIGHLIGHTS<br />
DO DFB<br />
FESTIVAL 2018<br />
Onélia Santana<br />
Paula Villas-Boas,<br />
Levi Castelo Branco<br />
e Helena Silveira<br />
Fabiano Piúba,<br />
Cláudio Silveira<br />
e Élcio Batista<br />
“O DFB Festival representa o talento e<br />
a força do Ceará”. Foi com essa frase<br />
que Cláudio Silveira abriu oficialmente<br />
o evento, durante coletiva de imprensa.<br />
Considerada a maior semana de moda<br />
autoral da América Latina, essa edição<br />
ganhou status ainda maior, transformando<br />
o Terminal Marítimo de Passageiros em<br />
um festival de cultura, negócios, música,<br />
empreendedorismo e arte. Entre desfiles de<br />
nomes conhecidos da cidade e um concurso<br />
responsável por despontar novos talentos,<br />
o DFB Festival movimentou não só a<br />
economia criativa do Estado, como também<br />
gerou empregos e destacou o movimento<br />
ecofriendly, importante dentro do cenário<br />
fashion atual. Confira os destaques..<br />
Karol Conka<br />
A nova coleção<br />
de Rebeca Sampaio<br />
surpreendeu<br />
os convidados<br />
Mila Menezes<br />
Raissa Santana<br />
124 <strong>GALERIA</strong> ACONTECE 125
Dora Coelho<br />
e Valter Costa Lima<br />
Kelly Whitehurst<br />
e Renata Vale<br />
Lisieux Brasileiro,<br />
Beatriz Bezerra<br />
e Cláudia Romcy<br />
Krysten Keller<br />
e Luiz Victor Torres<br />
Gil Santos<br />
e Denise Bezerra<br />
Giovanna Gripp,<br />
Nathalia Petrone,<br />
Deborah Bandeira<br />
e Gisele Studart<br />
Fila Final do Desfile<br />
da Bikiny Society<br />
Michelle Aragão<br />
e Suyane Dias Branco<br />
Augusta Angélica<br />
e Joana de Paula<br />
Kika Bichucher<br />
Nicole e Sandra Pinheiro<br />
Fila Final do Desfile<br />
de Almerinda Maria<br />
Gabriela Fiuza<br />
126 <strong>GALERIA</strong> ACONTECE 127
ACONTECE<br />
Ana Cláudia Martins<br />
e Regina Pinho<br />
Eudoro Santana,<br />
Roberto Cláudio<br />
e Élcio Batista<br />
70 ANOS DA<br />
FECOMÉRCIO<br />
FOI MARCADO<br />
<strong>POR</strong><br />
HOMENAGENS<br />
Ferruccio Feitosa<br />
e Maurício Filizola<br />
Maria Vital,<br />
Márcia Travessoni<br />
e Águeda Muniz<br />
Carol Bezerra,<br />
Roberto Cláudio<br />
e Roberta Bezerra<br />
Há 70 anos, o Sistema Fecomércio<br />
começou a sua atuação no Ceará,<br />
através dos núcleos regionais do Sesc<br />
e Senac. Em 2018, a Federação comemorou a<br />
data com uma grande festa no Lulla’s Plazzá,<br />
onde aconteceram a posse da nova diretoria<br />
e a entrega da maior honraria do comércio<br />
cearense, a Medalha Clóvis Arrais Maia,<br />
ao prefeito Roberto Cláudio. Na ocasião, o<br />
mestre Espedito Seleiro e o superintendente<br />
Regional do Trabalho, Fábio Zech, também<br />
foram agraciados com as Comendas João<br />
Luiz Ramalho de Oliveira (Sesc) e José<br />
Leite Martins (Senac), respectivamente<br />
entregues pelas diretoras regionais do<br />
Sesc e Senac, Regina Pinho e Ana Cláudia<br />
Martins. A partir de agora, Maurício Filizola<br />
assume oficialmente a presidência da<br />
Fecomércio Ceará. Luiz Gastão Bitencourt<br />
se afasta do Sistema até 31 de dezembro<br />
de 2019, para continuar a intervenção na<br />
sede do Rio, iniciada em dezembro de 2017.<br />
Luiz Gastão Bittencourt,<br />
Nicolle Barbosa<br />
e Maurício Filizola<br />
Adalmir Santana,<br />
Marcelo Queirós,<br />
Manoel Linhares<br />
e Luiz Gastão Bittencourt<br />
Ricardo Cavalcante,<br />
Enid Câmara,<br />
Circe Jane<br />
e Régis Medeiros<br />
128 <strong>GALERIA</strong> ACONTECE 129
Alberto Farias,<br />
Ubiratan e Andrei Aguiar<br />
Helton Yomura<br />
e Roberto Cláudio<br />
Fernando Ximenes<br />
e Sofia Rocha<br />
Raimundo Gomes<br />
de Matos e Pedro Matos<br />
Luana Isola,<br />
Eliana, Luiz Gastão<br />
e Luiz Bittencourt<br />
Raquel e Rodrigo Leite<br />
Rodrigo Nogueira,<br />
Pedro Matos<br />
e Lucas Asfor<br />
Salmito Filho,<br />
Licínio e Helena Correia<br />
Marcelo Pinheiro<br />
e Patrícia Macêdo<br />
Helton Yomura,<br />
Maria Vital<br />
e Fábio Zech<br />
Regina Aragão<br />
e Luís Marques<br />
Fernando Novais<br />
e Ana Virgínia Furlani<br />
130 <strong>GALERIA</strong> ACONTECE 131
ACONTECE<br />
Alexandre Sampaio,<br />
Arialdo Pinho<br />
e Joaquim Cartaxo<br />
Alessandro Dantas,<br />
Guilherme Melo<br />
e Carlos Santos<br />
DETALHES DA<br />
ABERTURA<br />
DO CONOTEL<br />
2018, EM<br />
FORTALEZA<br />
Osmar José,<br />
Eliseu Barros<br />
e Henry Falbo<br />
Salmito Filho<br />
e Régis Medeiros<br />
Régis Medeiros,<br />
Alexandre Sampaio,<br />
Manoel Linhares<br />
e Arialdo Pinho<br />
<strong>GALERIA</strong> acompanhou a abertura<br />
oficial da 60ª edição do Congresso<br />
Nacional de Hotéis (Conotel).<br />
Realizado pela Associação Brasileira<br />
da Indústria de Hotéis (ABIH), o evento<br />
aconteceu no Centro de Eventos, em<br />
paralelo com a feira Equipotel Regional.<br />
Após a apresentação da mesa diretora,<br />
o presidente nacional da ABIH, Manoel<br />
Linhares declarou aberto o Conotel 2018.<br />
Além de autoridades da área hoteleira e<br />
política da cidade, a solenidade recebeu<br />
a presença do presidente da ABIH-CE,<br />
Eliseu Barros. Na ocasião, Salmito Filho,<br />
presidente da Câmara Municipal de<br />
Fortaleza, realizou uma homenagem<br />
a Manoel, entregando a ele o título de<br />
cidadão fortalezense. Logo em seguida, o<br />
presidente recebeu a comenda Benfeitor<br />
Humanitário da Cruz Vermelha. A ABIH<br />
conferiu ao presidente da Cruz Vermelha,<br />
Júlio Cals, um reconhecimento pelos<br />
serviços prestados. Autoridades como o<br />
secretário de turismo do Estado, Arialdo<br />
Pinho, também receberam homenagem.<br />
Nicolle Barbosa<br />
e Manoel Linhares<br />
Ivana Bezerra<br />
e Priscila Cavalcante<br />
Eduardo Fontes,<br />
Morgana Linhares<br />
e Alexandre Sampaio<br />
132 <strong>GALERIA</strong> ACONTECE 133
ACONTECE<br />
Beatriz Pontes,<br />
e Fernanda Levy<br />
Raissa Santana,<br />
Renata Ucha<br />
e Constanza Fernandes<br />
F*HITS<br />
PROMOVE<br />
JANTAR<br />
EXCLUSIVO<br />
NA CAVALIERI<br />
Tinesa Emerenciano<br />
e Marcela Cartaxo<br />
Camila Marieta<br />
e Rayane Fortes<br />
Van Duarte<br />
e Fernanda Britto<br />
Em Fortaleza para o<br />
#DFBFestival2018 com seu QG<br />
exclusivo, Alice Ferraz e as<br />
influencers da F*Hits foram anfitrionadas<br />
por Paulinha Sampaio e Nicole Pinheiro<br />
em um jantar privê na Cavalieri Confraria.<br />
O empresário Felipe Queiroz Rocha fez<br />
questão de criar um menu especial<br />
para as convidadas, que aproveitaram<br />
o encontro para compartilhar cliques,<br />
dicas fashion e conversas animadas,<br />
enquanto desfrutavam do melhor da<br />
culinária cearense. Alice Ferraz fez<br />
um pronunciamento para agradecer<br />
a Paulinha e a todas as F*Hits pela<br />
oportunidade. A trilha sonora do<br />
encontro foi assinada pela dupla<br />
Rayane Fortes e o pianista Felipe<br />
Adjafre, além do DJ Thiago Camargo.<br />
Rebeka Guerra,<br />
Felipe Queiroz Rocha<br />
e Paulinha Sampaio<br />
Rebeka Guerra<br />
e Alice Salazar<br />
Fernanda Levy<br />
e Fernanda Borges<br />
134 <strong>GALERIA</strong> ACONTECE 135
ACONTECE<br />
Eneldo Peixoto,<br />
Rodrigo Maia<br />
e Carlos Otávio<br />
Lia Freire,<br />
Adriana Carneiro<br />
e Maira Silva<br />
MUITA<br />
EMOÇÃO NO<br />
LANÇAMENTO<br />
DA <strong>REVISTA</strong><br />
<strong>GALERIA</strong> 8<br />
Van Régia<br />
Guirlanda<br />
e Nathália Ponte<br />
Bia Fiúza,<br />
Rodrigo Jereissati<br />
e Valter Costa Lima<br />
Quando Márcia Travessoni e a equipe<br />
da Revista Galeria sentaram para<br />
pensar a capa da 8ª edição, o nome<br />
de Bia Fiúza surgiu e de repente pareceu<br />
dar sentido a tudo o que a nossa publicação<br />
comunica. Bia era a voz social que tanto<br />
buscávamos, uma mulher que transforma<br />
e age, emocionando a todos nós durante o<br />
lançamento da #RevistaGaleria8, na Ouvidor<br />
Design. A noite começou com um welcome<br />
drinks preparado pela equipe de Lucas Farias,<br />
da 1,2 Drink, no espaço montado pela Valença<br />
Eventos, além do buffet servido pelo Barbra’s.<br />
Ao som de jazz, na voz agradável de Nara Hope<br />
e o violão de Pedro Victor, nossa publisher<br />
recepcionou os convidados com sua alegria<br />
característica e muitos sorrisos. Raí Meirelles,<br />
da Ideemov, assinou o cerimonial da festa com<br />
decoração minimalista de Gil Santos – bonitos<br />
arranjos de orquídeas lilás. Veja os cliques.<br />
Lançamento<br />
da Revista Galeria 8<br />
Veri Bessa, Suzane<br />
Farias, Letícia Studart,<br />
Martinha Assunção, Ana<br />
Virgínia Martins, Fred<br />
Carioca e Elisa Oliveira<br />
Márcia Travessoni<br />
e Bia Fiúza<br />
136 <strong>GALERIA</strong> ACONTECE 137
Andréa<br />
e Dante Bonorandi<br />
Carlota Fiúza,<br />
Priscila Ximenes,<br />
Rafaella Asfor,<br />
Bia e Marina Fiúza<br />
Raí Meirelles<br />
e Márcia Travessoni<br />
Paulo José,<br />
Norma Zélia,<br />
Márcia e Fernando<br />
Travessoni<br />
Aderaldo e Maira Silva,<br />
Daniela e Afrânio Barreira<br />
Maurício Filizola,<br />
Artur Bruno<br />
e Natércia Rios<br />
Beto e Lina Mendonça<br />
Lançamento<br />
da Revista Galeria 8<br />
Raquel Machado<br />
Valter Costa Lima, Rafael<br />
Studart, Dora Coelho,<br />
Márcia Travessoni,<br />
Anderson Bruno, Hiago<br />
Teixeira e Jéssica Colaço<br />
Luiziane Cavalcante,<br />
Léo Souza,<br />
Suzana Farias<br />
e Manoela Crisóstomo<br />
Gorete Cavalcante,<br />
Luciana e Beatriz Fiúza<br />
138 <strong>GALERIA</strong> ACONTECE 139
Perspectiva artística gazebo relax<br />
SERVIÇO<br />
Serviço<br />
Cor, aroma, delicadeza e beleza.<br />
Carola Design<br />
instagram.com/carola.design<br />
Tel.: (11) 9 7052 1233<br />
Clin<br />
Av. Dom Luís, 1233, 21º andar - Meireles, Fortaleza<br />
Tel: (85) 3242 0405<br />
David Lee<br />
instagram.com/davidleeoficial<br />
Tel.: (85) 9 9955 4552<br />
Green Life Academias<br />
Unidade Guararapes<br />
Avenida Cel. Miguel Dias, 200 - Guararapes<br />
Tel.: (85) 3241 0185<br />
Unidade Aldeota<br />
Avenida Santos Dumont, 3601, esquina<br />
com Professor Dias da Rocha - Aldeota<br />
Unidade Passaré<br />
Av. Heróis do Acre, 459 - Passaré<br />
Tel.: (85) 3289 3777<br />
Unidade Maraponga<br />
Av. Godofredo Maciel, 597 - Maraponga<br />
Tel.: (85) 3495 0150<br />
Unidade Fátima<br />
Rua Napoleão Laureano, 137 - Bairro de Fátima<br />
Tel.: (85) 3032 5005<br />
Unidade Eusébio<br />
Av Eusébio de Queiroz S/N, dentro do Shopping<br />
Eusébio Open Mall - Eusébio CE<br />
Tel.: (85) 3260 5523<br />
Muda Mundo<br />
instagram.com/muda.mundo<br />
Tel. (85) 9 9823 7818<br />
Neiva Terceiro Pães Artesanais<br />
Rua Bárbara de Alencar, 2056 - Centro<br />
Tel.: (85) 3268 2915/ 3261 9789/ 3268 3565<br />
Restaurante Santa Grelha<br />
Rua Tibúrcio Cavalcante, 790 - Meireles<br />
Tel.: (85) 3224 0249<br />
Shopping Iguatemi<br />
Tel.:(85) 3241 5541<br />
Susana Clark Fiuza Arquitetura e Ambientação<br />
Rua Dr. Gilberto Studart, 55, sala 308, Torre Sul<br />
- Cocó<br />
Tel.: (85) 3265 3215/ 9 8733 1473<br />
Tapera das Artes<br />
Centro Cultural / Teatro / Escola de Audiovisual /<br />
Luthieria<br />
Rua Antônio Gomes dos Santos, S/N - Aquiraz/CE<br />
Tel.: (85) 3361 2704<br />
Tapera das Artes e Escola de Música<br />
Rua Raimundo Lopes de Queiroz, S/N - Aquiraz/CE<br />
Tea Shop Fortaleza<br />
Shopping RioMar Fortaleza, piso L2<br />
Apartamentos de 152m² e 189m² privativos.<br />
Rua Gontran Giffoni, 880, Guararapes.<br />
Vencedor do Prêmio Imóveis, promovido<br />
pelo Diário do Nordeste.<br />
Informações:<br />
4042-1554<br />
colmeia.com.br<br />
Lauren Home<br />
Rua José Vilar, 1520 - Meireles<br />
Tel.: (85) 9 9904 0640<br />
www.laurenhome.com.br<br />
140 <strong>GALERIA</strong> SERVIÇO 141
PODEROSA<br />
ESSÊNCIA<br />
Por Padre Domingos Cunha<br />
AS RESPOSTAS ADVINDAS<br />
DO ENEAGRAMA<br />
Eneagrama é uma espécie de GPS que leva a pessoa até<br />
ela mesma e além de si mesma. A tradição bebeu, ao longo<br />
da História, em diversas fontes de espiritualidade e, a partir<br />
da observação profunda do comportamento humano,<br />
da busca do sentido e da felicidade autêntica, chega até<br />
nós como um Mapa PsicoEspiritual, muito completo e<br />
profundo, acessível e prático, com grande potencial de<br />
libertação e transformação. Como Mapa da Personalidade,<br />
o Eneagrama permite uma compreensão profunda daquilo<br />
que somos e por que somos assim.<br />
Mas sua excelência se revela especialmente como<br />
Mapa da Essência, ajudando a descobrir itinerários para<br />
o melhor de nós mesmos, recordando o sentido e a missão<br />
de vida. De onde vimos, onde estamos, como estamos e<br />
para onde vamos: o Eneagrama é a bússola que nos ajuda a<br />
encontrar essas respostas dentro de nós mesmos.<br />
Onde houver pessoas querendo se entender no seu<br />
melhor e desenvolver suas potencialidades, bem como<br />
trabalhar as suas sombras, o Eneagrama se revela com<br />
grande potencial de ajuda. O Instituto Eneagrama Shalom<br />
propõe a vivência deste caminho como um processo pessoal<br />
e grupal em várias etapas. No ciclo Introdutório, facilitamos<br />
três etapas. A Primeira Etapa propõe o estudo dos Nove<br />
Tipos de Personalidade e proporciona elementos para<br />
que cada pessoa identifique o seu Tipo. A partir dessa<br />
descoberta, ela tem uma chave de leitura para compreender<br />
seus dinamismos internos, suas tendências e reações, suas<br />
potencialidades e o porquê de seus comportamentos,<br />
habilidades e dificuldades, na dimensão pessoal e no<br />
relacionamento interpessoal.<br />
A Segunda Etapa propõe a descoberta de caminhos de<br />
crescimento específicos para cada Tipo de Personalidade,<br />
a partir dos Instintos e Subtipos, Asas e Flechas. A pessoa<br />
vivencia experiências para elaborar seu próprio itinerário<br />
de crescimento. Esse caminho proporciona a aceitação de si<br />
mesmo e a libertação dos condicionamentos inconscientes,<br />
saindo da estagnação da personalidade. A Terceira<br />
Etapa propõe uma ponte entre o autoconhecimento e a<br />
espiritualidade através de vivências que ajudam a saborear<br />
a essência, reconciliando-a com a personalidade, a partir<br />
da consciência.<br />
Na continuidade deste ciclo introdutório,<br />
proporcionamos vivências e módulos avançados, onde a<br />
pessoa pode mergulhar na sua essência e fazer aplicações<br />
desta sabedoria em diversas áreas da sua vida, como<br />
relacionamentos afetivos, padrões respiratórios, liderança,<br />
desenvolvimento de equipes, orientação vocacional e outros.<br />
→ DOMINGOS CUNHA É PROFESSOR DE ENEAGRAMA HÁ 23 ANOS, AUTOR DE OITO VOLUMES SOBRE O<br />
ASSUNTO E MEMBRO FUNDADOR DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENEAGRAMA - ONDE EXERCEU A<br />
FUNÇÃO DE PRESIDENTE. É PADRE DESDE 1988 E FAZ PARTE DA COMUNIDADE SHALOM.<br />
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