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REVISTA GALERIA POR MÁRCIA TRAVESSONI - EDIÇÃO #09

Zelma Madeira - A força inspiradora que defende a luta contra o racismo como causa urgente e coletiva A atuação renovadora de Fábio Zech + Cultura, Decoração, Estilo, Empreendedorismo e Gastronomia

Zelma Madeira - A força inspiradora que defende a luta contra o racismo como causa urgente e coletiva

A atuação renovadora de Fábio Zech

+ Cultura, Decoração, Estilo, Empreendedorismo e Gastronomia

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ZELMA MADEIRA<br />

A força inspiradora que defende a<br />

luta contra o racismo como causa<br />

urgente e coletiva<br />

A atuação renovadora de<br />

FÁBIO ZECH<br />

+ Cultura, Decoração, Estilo,<br />

Empreendedorismo e Gastronomia


Abra novas<br />

portas.<br />

MATRICULE-SE NO<br />

CURSO DE INGLÊS DO<br />

SISTEMA FIEC EDUCAÇÃO<br />

INTERNACIONAL.<br />

MÓDULO BÁSICO<br />

MÓDULO INTERMEDIÁRIO<br />

MÓDULO AVANÇADO<br />

CURSO VIP<br />

INFORMAÇÕES E MATRÍCULAS<br />

(85) 3421 5811<br />

edu.internacional@sfiec.org.br<br />

Sistema FIEC Educação Internacional<br />

Casa da Indústria - Mezanino<br />

Av. Barão de Studart,1980, Aldeota.<br />

Consulte<br />

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para empresas<br />

e sindicatos<br />

associados.<br />

PARCERIA<br />

/sistemafiec /sistemafiec www.sfiec.org.br (85) 4009.6300<br />

2 <strong>GALERIA</strong> 3


EXPEDIENTE<br />

<strong>GALERIA</strong> <strong>POR</strong> <strong>MÁRCIA</strong> <strong>TRAVESSONI</strong><br />

É UMA PUBLICAÇÃO TRIMESTRAL<br />

QUE ABORDA CULTURA,<br />

COM<strong>POR</strong>TAMENTO, NEGÓCIOS,<br />

MODA, GASTRONOMIA, VIAGENS,<br />

LUXO, GENTE E TUDO QUE<br />

ACONTECE EM FORTALEZA.<br />

CONTEÚDO <strong>#09</strong><br />

Ano II | Edição <strong>#09</strong> | JUL/AGO/SET<br />

DIRETORA-GERAL<br />

Márcia Travessoni<br />

<strong>EDIÇÃO</strong><br />

Jéssica Colaço<br />

TEXTOS<br />

Aline Conde<br />

Jéssica Colaço<br />

Lucas Magno<br />

FOTOGRAFIA<br />

Camila Lima<br />

Fernando Travessoni<br />

Roni Vasconcelos<br />

PRODUÇÃO<br />

Lucas Magno<br />

COLABORADORES<br />

Denilson Machado<br />

Anderson Ferreira<br />

Caio Ferreira<br />

Daniel Aragão<br />

Jacqui DePas<br />

Larah Nóbrega<br />

Neiva Terceiro<br />

Padre Domingos Cunha<br />

Sarah Gadelha<br />

Victor Gomes<br />

COORDENAÇÃO DE MARKETING<br />

Naiara Martins<br />

PROJETO GRÁFICO<br />

LaBarca.Design (Porto/Portugal)<br />

DIAGRAMAÇÃO<br />

Dartagnan Junior<br />

Hugo Martins<br />

REVISÃO<br />

Gerardo Martins<br />

IMPRESSÃO E ACABAMENTO<br />

Gráfica Santa Marta<br />

João Pessoa/PB<br />

5.000 exemplares<br />

→ WWW.<strong>GALERIA</strong>MT.COM.BR<br />

MARKETING E PUBLICIDADE<br />

Marcia Travessoni Comunicação e Eventos LTDA ME<br />

Direção: Fernando José Travessoni de Pinho<br />

ANUNCIE CONOSCO<br />

Telefone: (85) 99410.3025<br />

E-mail: comercial@galeriamt.com.br<br />

CNPJ: 20.416.683/0001-70<br />

(...)As pessoas<br />

acreditam que o<br />

racismo só está<br />

em uma relação<br />

interpessoal, e<br />

não é. É maior,<br />

porque ele é<br />

fruto de um<br />

projeto de nação,<br />

é um racismo<br />

institucional e até<br />

estrutural (...)”<br />

44<br />

Com um papel estratégico no<br />

Governo do Estado, Zelma Madeira<br />

vem somando forças para desconstruir<br />

a desigualdade social<br />

14<br />

<strong>GALERIA</strong> VISITA<br />

As memórias da família, objetos de<br />

design assinado e a inspiração no<br />

estilo clean dão ao apartamento do<br />

empresário Ravi Macedo, em São Paulo,<br />

uma identidade única e funcional.<br />

72<br />

ARTE<br />

Unidos pelo coletivo Oicos, artistas<br />

experimentam diferentes técnicas e<br />

processos criativos, transformando<br />

encontros de arte em calorosas<br />

reuniões de família.<br />

28<br />

EMPREENDEDORISMO<br />

Lívia Vidal e Beatriz<br />

Nogueira transformaram<br />

a paixão por decoração<br />

em negócio de sucesso,<br />

que migrou da plataforma<br />

online para a loja física.<br />

76<br />

DESIGN & DÉCOR<br />

A arquiteta Susana Clark<br />

Fiuza fala de duas grandes<br />

paixões na área em que atua:<br />

os projetos funcionais e a<br />

CASACOR Ceará.<br />

40<br />

PODER<br />

Na Superintendência Regional<br />

do Trabalho no Ceará,<br />

Fábio Zech busca otimizar<br />

o serviço público e abrir<br />

caminhos de diálogo.<br />

80 102<br />

ESPELHO<br />

Conforto e versatilidade são<br />

as palavras-chave do closet<br />

da empresária Sara Brasil,<br />

apaixonada pelos diversos<br />

significados da moda.<br />

64<br />

DEGUSTES<br />

Com diversas propriedades<br />

benéficas e normalmente associado<br />

aos costumes britânicos, o chá vem<br />

conquistando público na<br />

Capital.<br />

ACONTECE<br />

Empoderamento feminino e os<br />

desafios que a mulher enfrenta<br />

para ser cada vez mais protagonista<br />

da própria vida foram foco do<br />

primeiro Almoço Mulheres e Poder,<br />

idealizado pela nossa publisher.<br />

4 <strong>GALERIA</strong> 5


Conversa<br />

Seria redundante falar da importância que é, para nós, lançar<br />

cada nova edição da <strong>GALERIA</strong>. A cada novo número, é uma soma<br />

de aprendizados, conquistas e muito orgulho em difundir tantas boas<br />

histórias que têm a nossa terrinha como cenário. Mas, desta vez, a capa<br />

nos tocou de maneira singular, ao nos alertar - ainda mais - para o debate<br />

e a urgência das mudanças que vão em cima dessa ferida tão evidente em<br />

nossa sociedade: o racismo.<br />

Um encontro inspirador com a titular da Coordenadoria Especial de<br />

Políticas Públicas para a Promoção da Igualdade Racial do Estado do<br />

Ceará (Ceppir), Zelma Madeira, nos fez enxergar as diferentes dimensões<br />

em que esse problema se manifesta e perceber a força dessa mulher<br />

ativista, sem dúvida, um exemplo para todos.<br />

As páginas seguintes trazem mais histórias inspiradoras, como a das<br />

irmãs Lívia Vidal e Beatriz Nogueira, que vêm investindo em um estilo de<br />

décor super charmoso e que só se expande na Capital; ou dos sócios da rede<br />

de academias Greenlife, empenhados em transformar a atividade física em<br />

um estilo de vida; ambas contadas na seção Empreendedorismo.<br />

Em Poder, o superintendente regional do Trabalho, Fábio Zech, aborda<br />

as mudanças implantadas durante sua gestão no órgão que é um braço<br />

do Ministério do Trabalho no Ceará, e que vem mudando a relação da<br />

sociedade com o serviço público. Em Cultura, Ritelza Cabral abre as<br />

portas da Tapera da Artes, ONG fundada por ela e que está ajudando<br />

a transformar a vida de centenas de crianças e adolescentes por meio<br />

da educação musical.<br />

Em Moda, apresentamos as trajetórias de David Lee e Carolina<br />

Figueirêdo, nomes expoentes nesse cenário, enquanto Tássia Ferreira,<br />

Nathália Ponte, Sara Brasil e Jeritza Gurgel revelam seu estilo de vestir<br />

na seção Espelho. Tem ainda gastronomia, arte, os relatos das aventuras<br />

pelo exterior e, claro, os cliques dos melhores eventos da cidade.<br />

Boa leitura e have fun!<br />

@<strong>GALERIA</strong>MT<br />

6 <strong>GALERIA</strong> 7


VIVÊNCIAS<br />

MT<br />

ARTESANATO MARÍTIMO<br />

Mais do que um item usado por canoístas e por praticantes<br />

de stand up paddle, os remos de madeira têm adquirido<br />

uma nova função, dessa vez decorativa e bastante ousada.<br />

Fernando Travessoni, em uma de suas viagens, se inspirou<br />

no design de ambientes das casas californianas para inovar<br />

e lança agora uma linha handmade de remos decorativos. O mood<br />

dos itens é exclusivo, com detalhes únicos, que não se repetem e<br />

ganham a assinatura criativa de Fernando. O Rowing Decor pode<br />

ser adquirido por meio de encomendas, diretamente com o criador,<br />

através do telefone (85) 98553.3333.<br />

8 <strong>GALERIA</strong> 9


HIGHLIGHTS<br />

INSTRUMENTAL<br />

BRASILEIRO<br />

Terceiro trabalho solo do pianista, compositor<br />

e arranjador Ricardo Bacelar - que assina,<br />

ainda, como advogado -, o álbum Sebastiana<br />

foi lançado em fevereiro e já figura entre os<br />

50 mais tocados das rádios norte-americanas<br />

de jazz. O trabalho reúne 15 faixas, sendo<br />

quatro cantadas e as demais instrumentais,<br />

com uma espécie de releitura latino-americana<br />

de sucessos da música brasileira. Nomes<br />

como Luiz Gonzaga, Gilberto Gil, Lô Borges,<br />

Villa-Lobos e Milton Nascimento têm suas<br />

canções contempladas no disco, executadas<br />

por músicos de diversos países, orientados<br />

por Bacelar. Uma verdadeira homenagem à<br />

música brasileira, o trabalho faz ainda outras<br />

referências à cultura nacional: “Sebastiana”<br />

homenageia o sambista Jackson do Pandeiro,<br />

cuja partida completa 35 anos em 2018,<br />

e o álbum traz, no encarte, a reprodução da<br />

obra “Carnaval”, assinada por Di Cavalcanti.<br />

HARD ROCK INICIA<br />

PRÉ-VENDAS NO CEARÁ<br />

Com mais de 65% das obras concluídas, o Hard<br />

Rock Hotel Fortaleza - localizado na praia da<br />

Lagoinha, no município de Paraipaba - deve<br />

iniciar neste mês de junho a pré-venda de casas<br />

e apartamentos para compradores preferenciais<br />

da capital cearense. Em julho, começam as<br />

vendas efetivas e as unidades custarão a partir<br />

de R$ 80 mil, valor estipulado para os espaços<br />

compartilhados e com direito de uso de duas<br />

semanas por ano. No total, o empreendimento<br />

possui 47 tipos de habitação, que podem<br />

chegar ao preço de R$ 250 mil, dentro das<br />

condições de uso de duas semanas. Somando<br />

227 quartos e 174 unidades residenciais,<br />

o Hard Rock Hotel Fortaleza funcionará com<br />

um hotel convencional, com diárias oscilando<br />

entre R$800 e R$ 900, nos apartamentos mais<br />

simples. Já o Hard Rock Café, que funcionará<br />

no Shopping RioMar Fortaleza, iniciou em<br />

maio as obras de acabamento e deve ser<br />

inaugurado em agosto.<br />

COZINHA<br />

EXPERIMENTAL<br />

NA PRAIA<br />

Um dos idealizadores do movimento<br />

Cozinha DOC - Denominação de Origem<br />

Cearense e o responsável pela cozinha<br />

do surpreendente “O Mar Menino”, o chef<br />

Léo Gonçalves abriu, no fim de maio,<br />

o URU Restaurante, em Icaraizinho de<br />

Amontada, distrito que vem ganhando a<br />

atenção dos turistas cearenses e de todo<br />

o País. O espaço funciona na Pousada Café<br />

Zapata e é, para o chef, mais uma base<br />

de pesquisa e importante instrumento<br />

para o desenvolvimento da Cozinha<br />

DOC, valorizando os insumos, costumes,<br />

produtores e moradores da Costa do<br />

Sol Poente. Em 2017, Léo Gonçalves foi<br />

eleito Chef do Ano pela revista Veja, e seu<br />

restaurante, “O Mar Menino”, foi apontado<br />

como o Melhor da Cidade e como a Melhor<br />

Cozinha Brasileira/Regional.<br />

HAPVIDA ESTREIA NA BOLSA DE<br />

VALORES COM AÇÕES BEM-COTADAS<br />

Empresa fundada em Fortaleza, o Hapvida estreou na Bolsa de<br />

Valores de São Paulo, abrindo oferta pública de ações em abril.<br />

Segundo a Bolsa, a demanda pelas ações foi quase sete vezes<br />

maior do que a procura, consolidando um recorde de procura nos<br />

últimos cinco anos da instituição financeira. A valorização das<br />

ações da empresa, no primeiro dia na Bolsa, foi de 4,75%. A ação<br />

movimentou R$ 3,4 bilhões e faz parte do processo de crescimento<br />

da empresa, que pretende expandir sua atuação para outras regiões<br />

do País. O processo de abertura de capital iniciou em novembro<br />

do ano passado. O Sistema Hapvida atende 3,8 milhões de clientes<br />

em todo o território nacional. Possui 25 hospitais, 74 hapclínicas,<br />

17 prontos-atendimentos, 72 unidades de diagnóstico por imagem<br />

e 67 postos de coleta laboratorial distribuídos em 11 estados do<br />

Norte e Nordeste.<br />

CRIADORES CEARENSES<br />

LANÇAM ASSOCIAÇÃO OBJETO<br />

COMUM NO DFB FESTIVAL<br />

Motivados pelas interações coletivas, um grupo de designers cearenses<br />

fundou a Associação Objeto Comum, entidade que foi apresentada durante<br />

a última edição do DFB Festival. O foco do grupo, formado por designers de<br />

produto, é a criação de objetos autorais. “A ideia surgiu quando percebemos<br />

que juntos poderíamos ter mais força”, afirma a designer e membro do<br />

conselho curador da associação, Nathalia Canamary. As ações da “Objeto<br />

Comum” pretendem levar as peças dos associados para feiras autorais no<br />

Brasil e até no exterior. Os produtos são variados, desde móveis, luminárias,<br />

vasos até joias e objetos utilitários e de decoração. “Pensamos, também,<br />

que podemos conquistar espaço em lojas de referência e fazer parcerias<br />

com marcas que desenvolvem produtos. Durante o DFB, recebemos<br />

propostas e estamos bem animados”, destaca Nathalia. Formam o grupo<br />

12 associados: Amanda Câmara, Carolina Figueirêdo, Celina Hissa, Diego<br />

Pascual, Dora Coelho, Érica Martins, Érico Gondim, Nathalia Canamary,<br />

Rafael Studart, Rafaela Leite, Túlio Paracampos e Valter Costa Lima.<br />

CARIRI SERÁ NOVO PRODUTO TURÍSTICO DO ESTADO<br />

Em meio a grandes avanços nas áreas de aviação e no turismo local, com a expectativa do<br />

aumento do número de turistas por conta do hub aéreo instalado no Aeroporto Internacional<br />

Pinto Martins, a Secretaria Estadual do Turismo (Setur) se prepara para lançar, no segundo<br />

semestre, a região do Cariri como novo produto atrativo do Ceará. “Estamos esperando a<br />

reforma do aeroporto (de Juazeiro do Norte) para lançar uma promoção forte nesse destino.<br />

Já tem uma boa rede de hotelaria”, adianta o secretário estadual do Turismo, Arialdo Pinho.<br />

Nas regiões serranas do Estado, que também têm se destacado no segmento turístico,<br />

o secretário afirma que estão sendo feitas melhorias nas estradas de acesso e nas praças<br />

das cidades, além de fortalecer o calendário de eventos desses locais. “O fluxo nessas regiões<br />

de serra é muito puxado por eventos, como festivais de música”, detalha ele.<br />

DESIGNER DE JOIAS SUZANE<br />

FARIAS EXPÕE PEÇAS NA EUROPA<br />

A designer de joias Suzane Farias se prepara para embarcar rumo à Europa no segundo<br />

semestre, quando participará do Encontro Mundial 2018 do grupo Mulheres Brilhantes (Mubri),<br />

que acontece durante a Feira Madrid Joyas, entre os dias 11 e 16 de setembro, em Madrid,<br />

na Espanha. Suzane pretende, no evento, ampliar as relações com o mercado europeu,<br />

exibindo joias exclusivas, elaboradas artesanalmente e com design contemporâneo. “Estou<br />

bastante empolgada com o encontro e com a participação na Feira Madrid Joyas, que é<br />

umas das mais importantes da Europa. Acredito que tudo isso tem muito a acrescentar<br />

e enriquecer o meu trabalho como designer”, adianta. As peças de Suzane são feitas em<br />

ouro e prata com pedras predominantemente brasileiras e têm, como um dos diferenciais,<br />

o acabamento com texturas.<br />

10 <strong>GALERIA</strong> HIGHLIGHTS 11


<strong>GALERIA</strong> ONLINE<br />

O <strong>GALERIA</strong> por Márcia Travessoni está online 24h por<br />

dia, a gente não para. Diariamente, a redação turbina o<br />

site com matérias novas e notícias qualificadas, cheias<br />

de conteúdo interessante. Para clicar já.<br />

DOIS SÉCULOS<br />

DE DÉCOR<br />

Comemorando 20 anos desde<br />

a primeira edição da CASACOR<br />

Ceará, a diretora da feira,<br />

Neuma Figueiredo, reuniu em<br />

uma manhã os arquitetos que<br />

participam do evento desde<br />

o começo. Aproveitamos e<br />

entrevistamos todos eles para<br />

uma série especial de matérias<br />

no site. Confira!<br />

#CanalMT | Vídeo novo toda semana!<br />

/M<strong>TRAVESSONI</strong><br />

Tem novidade semanalmente no nosso #CanalMT, no Youtube. Quarta é dia de ficar atualizado com<br />

programas exclusivos sobre lifestyle, cultura, gastronomia, arte e, claro, as melhores festas e eventos<br />

da cidade. Para dar play e curtir cada momento.<br />

GASTRONOMIA<br />

NA TELONA<br />

Além de participar da edição 8<br />

da Revista <strong>GALERIA</strong>, o chef de<br />

cozinha Eneldo Peixoto compartilhou<br />

uma lista saborosa no<br />

nosso site: o top 5 dos filmes<br />

com tema gastronômico que ele<br />

mais amou nos últimos anos.<br />

As sugestões são imperdíveis<br />

(e de dar água na boca).<br />

DELICADEZA<br />

Falar sobre cerâmicas é lembra<br />

imediatamente de arte. E o mais<br />

interessante sobre a técnica<br />

é que ela aborda diversos<br />

segmentos e produtos, alguns,<br />

claro, chamaram bastante<br />

a atenção do <strong>GALERIA</strong> por<br />

tamanha beleza estética.<br />

Conheça os nomes que andam<br />

fazendo a diferença dentro e<br />

fora do Estado.<br />

PAIXÃO LITERÁRIA<br />

Todas as quartas-feiras um<br />

grupo de intelectuais cearenses<br />

se reúne na Livraria Cultura,<br />

em Fortaleza. A pauta não<br />

poderia ser outra: compartilhar<br />

conhecimento. Invadimos<br />

um desses encontros para<br />

conversar com esses amigos,<br />

que, em comum, têm o amor<br />

pela literatura.<br />

→ WWW.<strong>GALERIA</strong>MT.COM.BR<br />

@<strong>GALERIA</strong>MT<br />

/<strong>GALERIA</strong>MT<br />

/M<strong>TRAVESSONI</strong><br />

@<strong>GALERIA</strong>MT<br />

PAPO FRESH<br />

Conversar com Paula Villas-<br />

-Boas, cap da marca cearense<br />

de beachwear Bikiny Society,<br />

é sentir como se ela fosse<br />

amiga de muitos anos, tamanha<br />

a sua tranquilidade e a sua<br />

simpatia. Para o <strong>GALERIA</strong>,<br />

ela abre o jogo sobre processo<br />

criativo e inspirações de vida.<br />

CONVERSA NO PARQUE<br />

Carol Bezerra tem total consciência da sua importância social e, como primeira-dama de Fortaleza, tem colocado<br />

um olhar bastante sensível e relevante dentro da administração pública da Capital. Confira uma entrevista<br />

inédita, concedida à nossa Publisher Márcia Travessoni.<br />

EM ASCENSÃO<br />

Chanel, Céline e Burberry foram<br />

só algumas das grifes internacionais<br />

que Sarah Berger teve<br />

a chance de pisar na passarela.<br />

Modelo cearense em ascensão<br />

no mercado de moda global,<br />

ela esteve em Fortaleza para o<br />

DFB Festival 2018 e aproveitou<br />

para bater um papo revelador<br />

com o <strong>GALERIA</strong>.<br />

DESTINO: MILÃO<br />

Referência ao redor do mundo<br />

como influenciadora digital,<br />

Thassia Naves divide com<br />

seus mais de 3 milhões de<br />

seguidores no Instagram os<br />

bastidores de sua rotina agitada.<br />

Entre viagens para diversos<br />

lugares, a bela revelou quais<br />

são seus lugares preferidos em<br />

Milão. Tome nota.<br />

DIVA<br />

Di Ferreira é daquelas cantoras<br />

cheias de versatilidade musical.<br />

Por aqui, ela já mostrou<br />

seu estilo único e, agora,<br />

compartilha uma playlist repleta<br />

de personalidade. Direto no<br />

perfil do <strong>GALERIA</strong> no Spotify.<br />

Não dá para perder.<br />

EMOÇÃO FOTOGRÁFICA<br />

Uma África bem distante dos clichês. Se fôssemos definir a exposição<br />

“Luz e Sombra”, de Christian Cravo, essa primeira frase seria apenas<br />

uma pequena síntese. Em cartaz no Museu da Fotografia de Fortaleza,<br />

fizemos um tour, em vídeo, pela mostra, com direito a curiosidades sobre<br />

o processo criativo.<br />

VALORIZAÇÃO<br />

Momento de lucidez fashion durante o ano, o DFB Festival 2018 incita<br />

alguns questionamentos pertinentes em torno da indústria criativa,<br />

um deles (inclusive, importantíssimo) é a valorização do trabalho local.<br />

Como os profissionais avaliam o consumo e a produção de moda<br />

feitos dentro da terrinha? Play para conferir.<br />

12 <strong>GALERIA</strong> <strong>GALERIA</strong> ONLINE 13


<strong>GALERIA</strong><br />

VISITA<br />

HISTÓRIA<br />

EM DETALHES<br />

A INSPIRAÇÃO NO ESTILO CLEAN E AS MEMÓRIAS DA FAMÍLIA DÃO<br />

AO APARTAMENTO DE RAVI MACÊDO, EM SÃO PAULO, UMA PERSONALIDADE ÚNICA<br />

<strong>POR</strong> JÉSSICA COLAÇO FOTOS DENILSON MACHADO/MCA ESTÚDIO<br />

O<br />

empresário Ravi Macêdo, 27, foge à tradição dos jovens que<br />

tomam a decisão de morar sozinhos e deixam a estética da<br />

casa como preocupação de segundo plano. Residindo na<br />

capital paulista desde 2009, ele decidiu que queria chamar<br />

de lar um espaço que tivesse os ares dos lofts típicos de Nova<br />

York, com a estética clean, mas que deixasse evidente parte da<br />

história da família onde ele nasceu, em Fortaleza. Foi assim que, no ano<br />

passado, o apartamento de 134m², com dois pisos, localizado em Vila<br />

Nova Conceição, na zona sul de São Paulo, ganhou um projeto limpo,<br />

mas cheio de detalhes ricos em história, assinado pelo arquiteto Nildo José.<br />

“Sempre morei perto do Ibirapuera, e esse prédio, eu olhava desde<br />

a época em que ele estava sendo construído. Gosto muito dessa região<br />

porque dá pra fazer tudo a pé, o parque tá do lado”, reforça o empresário.<br />

Para orientar o arquiteto sobre o perfil de morada que buscava, Ravi<br />

fez diversas imagens da casa onde ele vivia com os pais, em Fortaleza.<br />

“É um imóvel que meu pai construiu nos anos 70, com muito cimento<br />

queimado, muita madeira, muito trabalho rústico, manual. E eu dei sorte<br />

porque o Nildo José é super jovem e conseguiu unir isso num ambiente<br />

clean”, detalha.<br />

14 <strong>GALERIA</strong> <strong>GALERIA</strong> VISITA 15


As surpresas começam no hall do apartamento, revestido<br />

por tacos de pau marfim e sucupira, que eram, na verdade,<br />

parte do piso da casa dos avós de Ravi, em Fortaleza, e foram<br />

salvos durante a demolição do imóvel. “Na época da construção,<br />

os tacos eram pregados com piche, mas ainda consegui salvar e<br />

levar para o arquiteto”, lembra. Dispostas em ziguezague, tal qual<br />

ficavam no antigo imóvel, as peças de madeira contrastam com o<br />

branco que predomina no restante do ambiente. As referências<br />

à história do dono da casa continuam na cozinha, onde uma<br />

estante de 5,4 metros de altura se inspira no conceito de<br />

prateleiras de mercearia, em que os potes são alcançados por<br />

meio de uma escada: a inspiração foi o negócio da família, que se<br />

transformou no Grupo J. Macêdo, um dos gigantes alimentícios<br />

do País.<br />

É ainda na cozinha onde Ravi recebe a família e os amigos,<br />

em jantares que se estendem pela longa mesa em mármore.<br />

A herança da família é contada, mais uma vez, com recursos<br />

da marcenaria na sala de estar, que tem uma prateleira feita de<br />

peroba-do-campo, árvore que pertencia a uma das casas dos<br />

avós do empresário; e ainda na varanda, onde um pé de siriguela<br />

remonta à flora típica do Nordeste brasileiro.<br />

O verde das plantas se mistura com o mood rústico/moderno<br />

16 <strong>GALERIA</strong> da madeira, coberta de maneira sofisticada<br />

<strong>GALERIA</strong> VISITA 17


PRIVACIDADE TRANSPARENTE<br />

No segundo piso do apartamento, acessado por uma<br />

escada caracol, o home office fica em um mezanino de vidro,<br />

reforçando a estética clean do projeto e permitindo que a<br />

luz natural acesse mesmo esse ambiente mais íntimo da casa.<br />

A cadeira Sherlock, de Etel Carmona, é um dos objetos de<br />

destaque do espaço, assim como o gaveteiro e a estante,<br />

projetados pelo próprio escritório que assina o projeto.<br />

Lá, também, fica o quarto, um dos ambientes favoritos de<br />

Ravi. “A parte de cima é muito aconchegante, para quando<br />

eu quero ficar sozinho. Na verdade, a minha parte preferida<br />

da casa é o quarto”, atesta ele. Nesse cômodo, a transparência<br />

é, também, o ponto forte, com destaque para o banheiro,<br />

cujo box foi substituído por vidros em molduras pretas. ¤<br />

C<br />

M<br />

Y<br />

CM<br />

MY<br />

CY<br />

CMY<br />

K<br />

18 <strong>GALERIA</strong> <strong>GALERIA</strong> VISITA 19


EM PAUTA<br />

NOVAS<br />

DEFINIÇÕES<br />

DE LUXO<br />

UM DOS DIRETORES DO GRUPO MEIA SOLA, ANDRÉ<br />

ALBUQUERQUE, FALA SOBRE OS DEBATES LEVANTADOS<br />

NO INTERNATIONAL LUXURY CONFERENCE,<br />

FOCADO NOS RUMOS DO MERCADO VIP<br />

<strong>POR</strong> JÉSSICA COLAÇO<br />

AFINAL, O QUE É LUXO?<br />

Muito além de discutir de que forma o segmento<br />

de luxo deve se posicionar, o seminário, disse André,<br />

levantou o debate sobre o próprio significado dos<br />

produtos desse segmento. “Até que ponto um trabalho<br />

manual vai ter mais ou menos valor do que o trabalho<br />

feito por uma máquina? Temos várias marcas que têm<br />

produção limitada, produtos caríssimos, todas são de<br />

luxo? O que diferencia é a relação que ela tem com<br />

o consumidor, de que modo ela preserva o próprio<br />

DNA e traz a sua história”, sugere ele, refletindo sobre<br />

um tópico debatido por Johnny Coca, diretor criativo<br />

da britânica Mulberry e que, mesmo sendo espanhol,<br />

conduziu as ações da marca de forma global, sem perder<br />

a essência de quem a fundou.<br />

Fundador e CEO da Not Just a Label, plataforma<br />

britânica focada na promoção do trabalho de designers<br />

de todo o mundo, Stefan Siegel exemplificou como<br />

a tecnologia pode ser aliada do mercado de luxo<br />

e respeitar os princípios da sustentabilidade e<br />

diversidade. “Ele tem um coletivo, um portal,<br />

com mais de 30 mil estilistas cadastrados, de 150<br />

países. As coleções são criadas de forma colaborativa<br />

e as peças, que forem produzidas e comercializadas,<br />

terão o valor repassado para quem criou. O produto<br />

remunera diretamente o criador”, detalha André.<br />

Segundo ele, esse modelo adianta ainda outra tendência<br />

nesse cenário de produtos e experiências exclusivas,<br />

que é a valorização cada vez maior do artista, do criador<br />

da peça. “Eu não preciso ter um Instagram com milhões<br />

de seguidores, mas fazer algo relevante, que tenha<br />

importância”, defende. ¤<br />

A<br />

nobreza e exclusividade de um produto não serão, muito em<br />

breve, as atribuições que definem aquele item como luxuoso,<br />

e sim, o propósito daquela marca, a causa que ela defende e a<br />

experiência que proporciona ao consumidor. Quem resume esses<br />

conceitos é André Albuquerque, um dos diretores do Grupo<br />

Meia Sola e que participou, em abril, do International Luxury<br />

Conference, em Lisboa. O evento é promovido pela Condé Nast, aberto a<br />

um número restrito de participantes - pouco mais de 400 - e reúne CEOs,<br />

diretores criativos e fundadores das maiores marcas de luxo do mundo.<br />

Único brasileiro na plateia, André revela que a experiência foi praticamente<br />

uma imersão filosófica no que deve ser o futuro do mercado de luxo.<br />

Em dois dias de seminário, entre palestras e debates, os temas de maior<br />

destaque e relevância, segundo aponta André, foram a sustentabilidade,<br />

a experiência do consumidor, o respeito à diversidade e a busca pela<br />

inovação. “O nosso cliente é global e a gente precisa ficar atento a todas<br />

essas mudanças, entender que o consumidor está mudando, ver o que se<br />

torna importante e trazer relevância nesse sentido”, argumenta André,<br />

reforçando a importância da discussão. O tema da sustentabilidade,<br />

pontua ele, foi bastante debatido pelo CEO da Bottega Veneta, Claus-<br />

Dietrich Lahrs, que abordou a questão para além das ações especificamente<br />

ambientais e introduziu questões como o uso de novos materiais,<br />

renováveis e recicláveis. “É uma coisa de pensar no produto que a gente<br />

está consumindo hoje, como vai ser o descarte dele. Até que ponto eu<br />

preciso consumir uma quantidade enorme de produtos, de fast fashion?”,<br />

questiona André.<br />

A diretora artística da Dior, Maria Grazia Chiuri, reforçou uma<br />

bandeira que ela defende abertamente desde que assumiu a maison francesa,<br />

o empoderamento feminino, e com ele, levantou-se a discussão acerca do<br />

respeito às diversidades dos consumidores. “Não só o respeito à raça, cor,<br />

mas idade, origem, formatos de corpo e os gostos da pessoa, a escolha<br />

do estilo de vida dela”, detalha André. Essa percepção, completa ele,<br />

interfere diretamente no modo como a marca se posiciona perante os<br />

consumidores, se moldando às necessidades deles, e não impondo regras<br />

e padrões. “É entender que as pessoas são diferentes, e os valores delas,<br />

mesmo que diferentes dos seus, são válidos, é preciso entender e respeitar<br />

isso”, acrescenta.<br />

ANDRÉ EM CLIQUE<br />

COM SUZY MENKES,<br />

editora internacional da Vogue<br />

e idealizadora da conferência<br />

A DIRETORA ARTÍSTICA<br />

da Maison Dior, Maria Grazia<br />

Chiuri, também esteve<br />

presente no evento<br />

TOQUE<br />

MT<br />

CASES BRASILEIROS EM ALTA<br />

O joalheiro Ara Vartanian, o CEO do Grupo Iguatemi, Carlos Jereissati<br />

Filho, e o CEO da Arezzo, Alexandre Birman, foram os brasileiros que<br />

participaram como palestrantes do Internacional Luxury Conference. Os três<br />

falaram sobre as ligações entre os países lusófonos dentro de suas respectivas<br />

áreas de atuação: joias, varejo e calçados.<br />

20 <strong>GALERIA</strong> EM PAUTA 21


MODA<br />

O<br />

peso e a repercussão da marca David Lee contrastam com<br />

a figura do estilista que dá nome à brand: aos 26 anos,<br />

o jovem de voz um pouco tímida é o responsável por<br />

criações que já venceram diversos concursos de novos<br />

talentos, têm um público consumidor considerável e o<br />

levaram a ser o único brasileiro aprovado para a edição<br />

2018 do International Fashion Showcase, um programa de fomento<br />

de talentos emergentes promovido pelo London College of Fashion<br />

e pelo British Fashion Council, na Inglaterra. A seleção levou em<br />

consideração os modelos criados por David com foco no público<br />

masculino, segmento ao qual ele se dedica na moda e onde já possui<br />

uma assinatura bem clara. “Eu tento encorajar o homem a sair<br />

desse papel que colocaram nele. Essa masculinidade criada não<br />

cabe no mundo de hoje, então, é um trabalho de desconstrução do<br />

masculino”, define.<br />

A ideia de um homem forte e sensível é expressa, nas peças<br />

de David, em comprimentos mais curtos, cores vivas e estamparias.<br />

“Quando eu fui me aprofundando na moda, eu vi que a roupa, para<br />

o homem, não era importante por conta de questões culturais.<br />

O homem tinha de ser forte, usar sempre roupa preta”, descreve<br />

ele, que hoje executa praticamente todas as etapas da produção das<br />

roupas. Mas o ateliê discreto, no Centro da Cidade, onde David<br />

divide espaço com uma artesã, abriga sonhos ambiciosos. “Pretendo<br />

focar no e-commerce e colocar essas peças com alcance nacional,<br />

em lojas multimarcas de São Paulo, por exemplo. Já fui procurado<br />

por algumas de Porto Alegre, mas ainda não tenho estrutura para<br />

atender essa demanda”, pondera.<br />

Em julho, ele embarca para uma temporada de três meses na<br />

capital britânica, onde receberá suporte para expansão do negócio,<br />

terá contato com compradores de todo o mundo e vai preparar, junto<br />

dos demais selecionados, uma instalação que será exibida na semana<br />

de moda de Londres do próximo ano. “Londres é muito especial<br />

porque a moda masculina começa lá, e acredito que é lá que ela se<br />

renova. Esse projeto nos posiciona globalmente e abre possibilidades<br />

de venda, pode surgir um comprador de Paris, por exemplo”, almeja.<br />

Em breve, serão comercializadas outras peças do estilista, as que<br />

ele desenhou para a marca Reserva por ter sido um dos vencedores<br />

de um concurso que a marca promoveu em parceria com a revista<br />

GQ. Os modelos estarão disponíveis em apenas dez lojas, mas as<br />

selecionadas ainda não foram divulgadas.<br />

FOTO CAIO FERREIRA<br />

FOTO DANIEL ARAGÃO<br />

FOTO CAIO FERREIRA<br />

FORTE E<br />

SENSÍVEL<br />

COM O TRABALHO VOLTADO PARA A DESCONSTRUÇÃO DO MASCULINO A PARTIR DA ROUPA,<br />

O ESTILISTA DAVID LEE SE PREPARA PARA UMA TEM<strong>POR</strong>ADA DE APRIMORAMENTO EM LONDRES<br />

<strong>POR</strong> JÉSSICA COLAÇO FOTOS RONI VASCONCELOS<br />

FOTO VICTOR GOMES<br />

DETALHES IMPECÁVEIS<br />

Exigente com a qualidade do produto que<br />

cria e entrega, David conta que construiu a<br />

experiência criativa e de produção de maneira<br />

autodidata, e por diversos caminhos. Em 2011,<br />

quando venceu o primeiro concurso de jovens<br />

talentos, ele teve de executar processos<br />

como modelagem e corte, e aprendeu esses<br />

conhecimentos pesquisando em livros de<br />

moda. “Cortei a peça e levei nas costureiras.<br />

Depois do concurso, passei a ir toda tarde<br />

no ateliê delas para aprender a costurar”,<br />

lembra. Em seguida, vieram mais concursos<br />

e a oportunidade de trabalhar em uma<br />

private label, onde ele teve acesso aos fluxos<br />

industriais da moda. Hoje, David se sente<br />

seguro para conduzir o próprio negócio e<br />

presta consultoria para outras marcas. ¤<br />

22 <strong>GALERIA</strong> MODA 23


24 <strong>GALERIA</strong> MODA 25


MODA<br />

JOIAS DE<br />

EXPRESSÃO<br />

PARA SE COMUNICAR COM O MUNDO, A DESIGNER<br />

DE JOIAS CAROLINA FIGUEIRÊDO PARTICIPA DE TODAS AS ETAPAS<br />

DE CRIAÇÃO DAS PEÇAS DA CAROLA<br />

<strong>POR</strong> JÉSSICA COLAÇO FOTOS RONI VASCONCELOS<br />

A<br />

familiaridade com que Carolina Figueirêdo lida com<br />

joias e o processo de fabricação dessas peças não parece<br />

ser de quem vem se dedicando há pouco tempo ao<br />

ofício de joalheira. O interesse pela área, na verdade,<br />

se manifestou desde cedo na jovem designer, mas foi<br />

apenas em 2016 que ela criou a Carola, marca que<br />

exprime a assinatura dela em peças de prata, ouro e cobre. “É tudo<br />

autoral e feito à mão. Todos os processos são feitos no ateliê,<br />

se não são feitos artesanalmente. É a minha forma de expressão”,<br />

define Carolina. Morando em São Paulo, onde fica o ateliê, desde<br />

o início da marca ela já desenvolveu três coleções e, no último<br />

DFB Festival, assinou as joias do desfile de Rebeca Sampaio.<br />

As folhas e linhas do cotidiano, os fios da rede elétrica das<br />

metrópoles e as texturas e formas da carnaúba já foram inspiração<br />

para as criações de Carolina, que revela, para o futuro, querer<br />

trabalhar sem fronteiras. “Quero crescer como profissão, mas o<br />

principal é que a Carola não tenha fronteiras, que consiga estar<br />

em várias partes do mundo, porque eu quero me comunicar<br />

com todos”, projeta a designer. O rompimento dessas fronteiras<br />

vai, também, para a área da criação, uma vez que Carolina está<br />

preparando uma coleção de objetos decorativos para serem<br />

lançados na CASACOR Ceará, em setembro deste ano. “Se vier a<br />

inspiração para fazer objetos de decoração, por que não? Se forem<br />

móveis, por que não?”, propõe ela, que está trabalhando, nesses<br />

objetos, utilizando latão e cobre.<br />

SEM MAIS PAUSAS<br />

A admiração pelo ofício dos joalheiros é de longa data em<br />

Carolina, mas a rotina imersa em trabalhos envolvendo mostras<br />

de decoração e produções editoriais a fizeram adiar por muito<br />

tempo um estudo aprofundado na área. Foi a cearense Nathália<br />

Canamary quem a inseriu na prática, com um curso básico,<br />

em Fortaleza. Em 2015, já morando em São Paulo, Carolina<br />

tomou a decisão de largar um emprego na Editora Abril para<br />

se dedicar integralmente ao curso ministrado pelas joalheiras<br />

Fernanda Spilborghs e Tais Francelli. “Vi o metal líquido se<br />

transformar em joia, foi uma autodescoberta”, lembra Carolina,<br />

ao falar do momento em que decidiu que a produção artesanal<br />

seria a prioridade. ¤<br />

26 <strong>GALERIA</strong> MODA 27


EMPREENDEDORISMO<br />

A CASA<br />

DA LAUREN<br />

INSPIRADA EM UMA MULHER MODERNA, A LAUREN HOME, LOJA<br />

DE DECORAÇÃO DAS IRMÃS LÍVIA VIDAL E BEATRIZ NOGUEIRA,<br />

VEM IMPLANTANDO UM NOVO ESTILO DE DÉCOR NA CAPITAL<br />

<strong>POR</strong> ALINE CONDE FOTO RONI VASCONCELOS<br />

Nome de origem italiana e que significa vitória,<br />

Lauren é uma mulher moderna e dinâmica<br />

que surgiu para ser a personagem símbolo da<br />

empreitada das irmãs Lívia Vidal e Beatriz<br />

Nogueira, que comercializam produtos de<br />

decoração, em Fortaleza. Apesar de ter a<br />

loja física na capital cearense, a Lauren Home surgiu<br />

primeiro online e vende até hoje, principalmente, para<br />

mercados do Nordeste e Sudeste.<br />

“A Lauren é uma pessoa, eu denominei assim desde<br />

o começo, é aquela mulher que acorda cedo, faz café,<br />

trabalha, sai de casa, cuida dos filhos, ou seja, que faz<br />

tudo. É uma mulher dinâmica, antenada, com a cabeça<br />

pra frente, como a maioria das mulheres”, explica a sócia<br />

e administradora da loja Lívia Vidal, comentando que<br />

o conceito definido por ela se alinha ao tom moderno<br />

dos itens vendidos na loja. O espaço está instalado em<br />

um antigo casarão, na Aldeota, e reúne produtos que<br />

vão de objetos decorativos para sala e quarto até itens de<br />

jardinagem, passando a acessórios de cozinha. A novidade<br />

mais recente é o investimento em produtos gourmet.<br />

28 <strong>GALERIA</strong> EMPREENDEDORISMO 29


INÍCIO<br />

Antes de ser empresária, Lívia era arquiteta e, toda vez<br />

que encabeçava um projeto, notava que faltavam lugares,<br />

em Fortaleza, que oferecessem objetos de decoração de<br />

qualidade. “Senti uma falta muito grande no mercado de<br />

algumas peças diferenciadas, mas com um valor mais acessível<br />

ao público. Até encontrava produtos, mas eram em lojas que<br />

tinham o preço muito alto. Por isso, tínhamos a dificuldade de<br />

finalizar um projeto, e geralmente ficava pelado, digamos assim,<br />

porque depois de fazer os móveis, não tinham muitas opções<br />

para adornar”, explica.<br />

Foi então que ela iniciou um trabalho de garimpo. “Comecei<br />

a pesquisar, viajar e vi realmente que em Fortaleza não tinha<br />

esse mercado e comecei a fazer uma curadoria de peças minhas,<br />

mais na parte de louças. Depois, a gente foi ampliando para a área<br />

de decoração, produtos de bebê, assim foi virando um bocado<br />

de coisa junto, e resolvi criar uma marca, depois de um tempo”,<br />

lembra Lívia. Inicialmente, os itens garimpados por meio dessa<br />

curadoria da então arquiteta eram utilizados nos projetos que ela<br />

desenvolvia, e só depois de um tempo ela criou o site para vender<br />

esses produtos.<br />

O passo seguinte foi dado em março de 2016,<br />

com a inauguração de uma loja no Eusébio, para que os clientes<br />

pudessem ver os produtos de perto. “A loja deu muito certo,<br />

mas a gente tinha dois problemas: o de deslocamento, porque<br />

ficava longe, e o de espaço, porque a loja era pequena e a<br />

empresa estava crescendo. Começamos a aumentar o número,<br />

a quantidade e o tipo de peças e a loja passou a não comportar<br />

mais o estoque”, acrescenta. Dessa forma, em outubro de 2017,<br />

a Lauren Home se mudou para Fortaleza. “A gente não queria<br />

que fosse dentro de galeria, porque achávamos que deixava<br />

tudo muito frio. Eu queria uma casa mesmo, que tivesse uma<br />

história, e que passasse pelo nosso conceito de aconchego”,<br />

define a empresária.<br />

A partir dessa mudança, o empreendimento recebeu a força<br />

de Beatriz Nogueira, que entrou como sócia de Lívia, largando<br />

o trabalho como advogada para se dedicar à Lauren. “A ideia<br />

inicial era dividir o tempo, ficar quatro horas no escritório e<br />

depois vir para a Lauren, mas os primeiros meses realmente<br />

não deram certo. Então, decidi entrar de cabeça no negócio”,<br />

destaca Beatriz, que é responsável pela parte de vendas online<br />

e marketing do negócio.<br />

NOVOS INVESTIMENTOS<br />

Em menos de dois anos de existência, a loja já tem<br />

uma clientela fixa e as sócias reconhecem os bons frutos<br />

que vêm colhendo em tão pouco tempo. Para Beatriz,<br />

isso é o resultado de um trabalho feito na Lauren de<br />

buscar “sempre trazer o lado mais de relacionamento<br />

com a cliente”. “De lá para cá, a gente tem tido um<br />

acolhimento muito bom do público, as clientes têm<br />

dado bons feedbacks e temos um relacionamento muito<br />

interessante com elas, como uma amizade mesmo.<br />

Queremos que todas tenham a sensação de que estão<br />

visitando uma amiga e que a Lauren faça parte da vida<br />

delas”, completa Lívia.<br />

Apesar de a maioria das pessoas que compra na loja<br />

ser mulher e ter entre 25 e 40 anos, as sócias garantem<br />

que há uma parcela masculina que também frequenta<br />

o local. “Não é o foco da loja, claro que a gente tenta<br />

atingir os homens também, mas a gente precisa focar em<br />

alguém e o foco é uma mulher adulta, até porque a nossa<br />

persona é uma mulher. Mas nosso público masculino<br />

fica em torno de 15%”, contabiliza Lívia.<br />

A consolidação da Lauren Home já permite novos<br />

projetos para o futuro: está em fase de produção a<br />

“Quitanda da Lauren”, um novo espaço de produtos<br />

gourmet na loja, que reflete principalmente a paixão<br />

de Beatriz por alimentação saudável e consciente. “Essa<br />

área está crescendo cada vez mais, então a gente quer<br />

entrar com produtos que não sejam apenas de larga<br />

escala. Por exemplo, são itens mais personalizados<br />

como um café com torra feita em Fortaleza, um chá<br />

feito das folhas, um azeite feito manualmente”, lista<br />

Beatriz, adiantando que haverá também condimentos<br />

e temperos. Alguns produtos já estão sendo<br />

comercializados na loja, mas o projeto pensado pelas<br />

sócias é de uma área especialmente feita para a quitanda,<br />

que será inaugurada em breve.<br />

Outro projeto em estudo é a ampliação da Lauren<br />

Home. “A gente está fazendo pesquisa de mercado,<br />

tanto em Fortaleza como também em outros estados.<br />

Já recebemos várias propostas de algumas pessoas<br />

interessadas, porque muita gente acha que aqui é uma<br />

franquia. Mas vamos começar um processo de estudo<br />

para ver a viabilidade de transformar em franquia e saber<br />

se vale a pena para a gente ou não”, pondera Lívia. ¤<br />

30 <strong>GALERIA</strong> EMPREENDEDORISMO 31


32 <strong>GALERIA</strong> EMPREENDEDORISMO 33


EMPREENDEDORISMO<br />

PRAZER EM<br />

SE EXERCITAR<br />

COM UMA NOVA UNIDADE INAUGURADA NA CIDADE, A GREENLIFE<br />

INVESTE EM TECNOLOGIA DE INTERAÇÃO E ESTRATÉGIAS<br />

DE GAMEFICAÇÃO PARA DEIXAR A ATIVIDADE FÍSICA ATRATIVA<br />

<strong>POR</strong> ALINE CONDE FOTO RONI VASCONCELOS<br />

Com seis mil metros quadrados e três andares, a nova unidade<br />

da Greenlife Family Club, inaugurada recentemente na<br />

Aldeota, tem como um dos focos principais a gameficação,<br />

estratégia que usa as dinâmicas e mecanismos de jogos<br />

para promover o engajamento das pessoas no momento<br />

da atividade física. O novo espaço tem capacidade para<br />

receber quatro mil clientes. “A gameficação entrou muito em<br />

vigor porque ajuda a engajar as pessoas. Quando você coloca um<br />

jogo, uma competição saudável e coloca atividade física de forma<br />

lúdica, isso faz com que elas se engajem mais. A nova tendência<br />

das academias é essa”, comenta o gestor de operações da Greenlife,<br />

Victor Erbereli, que também é sócio da rede de academias cearense.<br />

Além dele, há mais quatro sócios: José Jereissati, José Jereissati Filho,<br />

Fernando Cavalcante e José Aglair.<br />

Para o gestor de operações, as pessoas não gostam de se<br />

exercitar, apesar de saberem da importância da prática para suas<br />

vidas. “Um exemplo clássico é a musculação. O professor fazia um<br />

treinamento fantástico, só que o cliente não ia fazer o treinamento<br />

porque era monótono, chato”, enfatiza. A Pesquisa Nacional por<br />

Amostra de Domicílios (Pnad) de 2015, divulgada no ano passado,<br />

revelou que seis em cada dez pessoas, com 15 anos ou mais, no Brasil,<br />

não fazem exercício físico no País, Isso significa que cerca de 100,5<br />

milhões de brasileiros levam uma vida sedentária. A pesquisa também<br />

apontou que as pessoas justificaram a não prática de exercício por<br />

“não gostarem”, “não quererem” ou, ainda, por falta de tempo.<br />

“Como é que a gente faz, então, para que a atividade física<br />

seja mais atraente? É através da ludicidade, da gameficação,<br />

de minicompetições, de não deixar a atividade física ser sacal, de ter<br />

um propósito de acontecer. Por isso, estamos buscando cada vez<br />

mais deixar a atividade física prazerosa, lúdica, fazer com que as<br />

pessoas se divirtam”, comenta Victor. Para incentivar ainda mais<br />

a permanência das pessoas dentro das academias, a Greenlife tem<br />

investido, também, no relacionamento e nos espaços de convivência.<br />

“A gente criou espaços de vivências, com sofás, mesas de ping-pong,<br />

sinucas. Justamente, para que as pessoas possam fazer atividade e se<br />

divertir. É um ponto de encontro, digamos assim”, compara.<br />

34 <strong>GALERIA</strong> EMPREENDEDORISMO 35


TECNOLOGIA<br />

Outra estratégia da Greenlife é apostar na tecnologia,<br />

de modo a proporcionar a interação dos alunos na<br />

mesma unidade e também em outras redes, por meio<br />

de competições. “Temos máquinas de musculação da<br />

Technogym, a Selection Pro, onde o cliente faz o<br />

treinamento e tem um computador em cada máquina,<br />

que diz o tempo de movimento que a pessoa deve fazer.<br />

Então, desde a fase onde ele faz a força ou a fase onde<br />

ele segura o movimento, a máquina diz para fazer um<br />

pouquinho mais lento ou mais rápido. Ou seja, a máquina<br />

interage com o aluno”, detalha.<br />

O Green Zone é outra novidade tecnológica da unidade<br />

Aldeota. O sistema mapeia os resultados dos clientes, diária<br />

e mensalmente, e os disponibiliza por email. “O Green Zone é<br />

uma sala de treinamento onde as pessoas ficam monitoradas<br />

o tempo inteiro. Após o termino do exercício, a pessoa<br />

consegue ver através de escala quanto tempo ficou em cada<br />

zona e qual foi o resultado daquele treino. Então, ao fim<br />

do mês, é possível saber quantas calorias perdeu, quantas<br />

vezes foi na academia e a mensuração do treino”, detalha<br />

o sócio. Os clientes também vão encontrar o sistema de<br />

gameficação Reaxing, uma novidade no Brasil.<br />

TRÊS ANDARES<br />

Dividida em três pavimentos, a unidade da Aldeota<br />

concentra, no primeiro andar, a área de musculação,<br />

funcional com capacidade para até 80 pessoas e sistema<br />

de gameficação Reaxing, salas de aula coletivas, Green Zone,<br />

espaço gourmet, salão de beleza, spa e áreas de convivência.<br />

A academia separou o segundo pavimento para as crianças,<br />

também com salas coletivas, artes marciais, música e<br />

áreas de entretenimento. Há, também, sala de cinema<br />

infantil e cozinha kids, além do My Gym, metodologia de<br />

desenvolvimento infantil norte-americana.<br />

A grande novidade do espaço é o sistema semi-integral<br />

para crianças, que funciona como um complemento da<br />

rotina dos pequenos. Nesse tipo de acompanhamento,<br />

a Green Life oferece atividades físicas e lúdicas, momentos<br />

de integração e acompanhamento escolar. “As crianças<br />

poderão ficar conosco lá e serem acompanhadas pelas<br />

pedagogas, fazerem a lição de casa. É um acompanhamento<br />

do desenvolvimento infantil”, revela Victor, comentando<br />

que o espaço pode comportar até mil crianças. Já o terceiro<br />

pavimento tem três quadras (de areia e poliesportiva),<br />

espaços com tatames para artes marciais, box de crossfit e<br />

uma área de convivência com foodtruck. “É um novo modelo<br />

de academia. O que a gente quer é fugir do mais do mesmo<br />

e realmente sair na frente”, confessa Victor.<br />

Com o espaço da Aldeota, a Greenlife soma, agora,<br />

seis unidades (duas delas no modelo Family Club)<br />

no Ceará, sendo cinco em Fortaleza e uma no Eusébio.<br />

“Continuaremos crescendo em relação à rede, visando<br />

outros mercados. Quem sabe no futuro a gente consegue<br />

ampliar para a região Sudeste. O nosso plano é de expansão”,<br />

conclui o sócio. ¤<br />

36 <strong>GALERIA</strong> EMPREENDEDORISMO 37


38 <strong>GALERIA</strong> EMPREENDEDORISMO 39


PODER<br />

PRÁTICAS<br />

RENOVADORAS<br />

SUPERINTENDENTE REGIONAL DO TRABALHO NO CEARÁ, FÁBIO ZECH<br />

DEFINIU PARA SI A MISSÃO DE CRIAR PARCERIAS E ABRIR DIÁLOGOS<br />

<strong>POR</strong> JÉSSICA COLAÇO FOTO RONI VASCONCELOS<br />

A<br />

burocracia e a morosidade associadas ao serviço público<br />

não condizem com o ritmo de trabalho que o advogado<br />

Fábio Zech vem implantando na Superintendência<br />

Regional do Trabalho no Ceará (SRT-CE), órgão<br />

do qual é titular desde 2016. “Eu tive que fazer uma<br />

quebra de paradigmas, realmente não é fácil você<br />

entrar e querer apresentar o novo”, explica ele, lembrando das<br />

inovações que adotou no local de trabalho e de certa resistência<br />

que encontrou, em alguns servidores, em deixar antigos costumes.<br />

Inspirado pelas boas práticas da iniciativa privada, Fábio<br />

conseguiu motivar a equipe de trabalho em torno da ideia de<br />

oferecer um serviço de qualidade, e que acolha empregadores<br />

e empregados.<br />

Uma das primeiras mudanças implantadas pelo<br />

superintendente foi a criação de um conselho consultivo para<br />

auxiliar na gestão da SRT-CE, e um planejamento estratégico.<br />

“Depois, veio a ideia de levar os nossos serviços pro shopping,<br />

foi quando abrimos as agências do RioMar Fortaleza e RioMar<br />

Kennedy, agência a custo zero, onde o trabalhador tem<br />

atendimento de qualidade, dentro do shopping, com a Carteira<br />

de Trabalho saindo em 30 minutos”, completa Fábio, ressaltando o<br />

pioneirismo da capital cearense em levar esse tipo de serviço para<br />

um estabelecimento como os shoppings. O agendamento online do<br />

atendimento e a rápida emissão de documentos foi outra inovação<br />

trazida pelo advogado, além das pesquisas sobre a qualidade do<br />

atendimento ao cliente. “Quando eu cheguei aqui, você esperava<br />

40 dias pra ser atendido, ou tinha que chegar de madrugada para<br />

conseguir uma ficha. Hoje, o agendamento é feito pela internet”,<br />

compara, citando que o número de Carteiras de Trabalho emitidas<br />

diariamente, em Fortaleza, saltou de 150 para 450, no ano passado.<br />

40 <strong>GALERIA</strong> PODER 41


TRABALHANDO EM PARCERIA<br />

Defensor da ideia de que poder público e iniciativa privada fazem um<br />

trabalho muito melhor quando atuam em parceria, Fábio abriu, na SRT-CE,<br />

caminhos para dialogar com grandes empregadores e fazer com que a relação<br />

patrão-trabalhador, historicamente imersa em tensões, pudesse ser cada vez<br />

mais amigável e produtiva. “Buscamos escutar a iniciativa privada sobre quais<br />

são os gargalos e dificuldades que eles encontram, pra tentarmos superar<br />

isso, em prol da maior empregabilidade”, argumenta, citando, ainda, a maior<br />

abertura conquistada também com os sindicatos. “Sempre digo que essa<br />

é uma gestão diferente, porque a SRT-CE sempre foi tida como a casa do<br />

trabalhador. Não nego que seja essa casa, mas aqui é muito grande, cabe também<br />

o empregador, o empresário, e eu acho que isso foi a grande inovação, essa<br />

visão de um desenvolvimento econômico sustentável, com responsabilidades<br />

sociais”, define.<br />

Um bom fruto desse trabalho em parceria, cita o superintendente,<br />

foi a criação do Projeto Abrigar, que proporciona, para jovens em abrigos<br />

institucionais, aprendizagem de trabalho. “São jovens que estão em abrigos<br />

institucionais, sem afeto de família, e quando atingem a maioridade, eles<br />

têm que deixar esses locais e vão pra rua, e na rua, a gente sabe que o que<br />

abriga eles é a criminalidade e as drogas. Fizemos o projeto, com parceiros,<br />

e apresentamos a esses jovens a aprendizagem. Eles estão tendo qualificação,<br />

estão recebendo bolsa e já saem contratados pela empresa, já vão sair podendo<br />

fazer uma escolha diferente pra vida deles”, garante. Em 2017, o projeto atendeu<br />

60 jovens e, neste ano, deve dobrar o número de contemplados.<br />

“Acredito no trabalho como instrumento de resgate da dignidade<br />

do trabalhador, e quem resgata essa dignidade é quem proporciona a<br />

empregabilidade”, reforça o superintendente. Consciente do desafio que<br />

abraçou, ao assumir a SRT-CE no período em que as discussões sobre a reforma<br />

trabalhista levantavam debates acalorados, Fábio deixa claro quais os princípios<br />

que guiam seu papel. “É preciso reconhecer o seguinte: o momento que o País<br />

enfrenta, em que a gente tá deixando uma recessão, deixando um período de<br />

PIB (Produto Interno Bruto) negativo para começar um PIB positivo, exige<br />

certa paciência e habilidade para reproduzir e potencializar políticas públicas<br />

em prol do trabalhador e do empregador no Estado. E estamos conseguindo<br />

imprimir essa roupagem”, garante.<br />

FÁBIO FOI AGRACIADO,<br />

em 2018, com a Comenda<br />

José Leite Martins,<br />

entregue pelo Senac-CE<br />

CAMINHO PRÓPRIO<br />

Essa atuação renovadora de Fábio, além de trazer uma nova realidade para a<br />

SRT-CE, já repercute em reconhecimento pelo trabalho dele. Em maio, ele foi<br />

homenageado com a Comenda José Leite Martins, pelo Sistema Fecomércio-CE,<br />

além disso, foi convidado pelo ministro do Trabalho, Helton Yomura, para<br />

defender o Brasil, junto dele, na convenção da Organização Internacional do<br />

Trabalho (OIT), neste mês de junho, sobre as recentes mudanças na legislação<br />

trabalhista. “Além disso, o ministro já veio ao Ceará quatro vezes, só este ano,<br />

isso demonstra algum prestígio”, pontua Fábio.<br />

Apesar de reconhecer o caminho sólido que vem traçando na gestão pública,<br />

e que poderia ser uma preparação para cargos ainda mais significativos no<br />

futuro, Fábio revela não ter grandes aspirações. “A minha ideia é poder retomar<br />

a advocacia, continuar dando aulas na faculdalde e estar sempre pronto para<br />

ajudar a sociedade, assumindo os desafios que vierem”, diz ele, citando o escritor<br />

Antônio Machado ao dizer que o caminho se faz ao longo do próprio caminhar.<br />

“Nos desafios que a gente assume, poder é a possibilidade de transformar<br />

vidas. Se não for uma concepção de transformação coletiva, eu acho que não<br />

faz sentido”, estabelece. ¤<br />

42 <strong>GALERIA</strong> PODER 43


CAPA<br />

REVOLUÇÕES<br />

COTIDIANAS<br />

TITULAR DA COORDENADORIA DE POLÍTICAS PARA A IGUALDADE<br />

RACIAL NO CEARÁ, ZELMA MADEIRA AFIRMA QUE JÁ ESTÁ NO TEMPO<br />

DE A SOCIEDADE ENTENDER QUE A LUTA CONTRA O RACISMO NÃO<br />

É INDIVIDUAL E SEQUER APENAS DOS NEGROS<br />

<strong>POR</strong> ALINE CONDE FOTOS FERNANDO <strong>TRAVESSONI</strong>/RONI VASCONCELOS<br />

44 <strong>GALERIA</strong> CAPA 45


O<br />

combate ao racismo, no Brasil, deve existir de forma individual,<br />

mas também em dimensões coletivas, com alianças entre as<br />

pessoas, proporcionando revoluções cotidianas, com o objetivo<br />

de modificar as estruturas e as relações sociais brasileiras.<br />

Essa definição, bem direta, é da professora da Universidade<br />

Estadual do Ceará (Uece) e titular da Coordenadoria Especial<br />

de Políticas Públicas para a Promoção da Igualdade Racial do Estado<br />

Ceará (Ceppir), Zelma Madeira. “Eu penso que ainda vamos percorrer<br />

muitos anos, décadas. Porque o combate ao racismo não é só meu como<br />

mulher negra, é de todo mundo, é um problema planetário. Mas sou<br />

esperançosa”, diz Zelma, pontuando que as funções que ela desempenha,<br />

enquanto professora e gestora, a fazem acreditar que é possível alterar<br />

essas estruturas. “Nossa luta vem de longe, e precisa de solidariedade.<br />

Preciso de alianças para que eu possa me fazer forte. Acredito na<br />

construção de um outro mundo, mesmo com todas essas dificuldades,<br />

mas não é algo otimista no abstrato, preciso de muito esforço, de luta,<br />

de correlações de força”, garante ela.<br />

De acordo com Zelma, é preciso ultrapassar a ideia que define apenas<br />

a existência do racismo. “Enquanto a gente vai só detectando que tem<br />

racismo, está bom, o problema é a mudança de lugares, porque eles<br />

já estão estruturados política e economicamente. Se você mexe com<br />

essa realidade, incomoda, porque está tentando alterar esse lugar de<br />

privilégio que está há 500 e poucos anos. Falta essa solidariedade e<br />

reconhecimento de que, ao longo de todos esses anos, apenas alguns<br />

tiveram vantagem”, assegura. A disparidade gerada pela cultura racista<br />

vai muito além dessa definição de lugares e tem reflexos de grandes<br />

proporções: a coordenadora afirma que os negros convivem diariamente<br />

com violências, desde o preconceito, passando por xingamentos e até a<br />

morte. Nem mesmo o aumento da escolaridade e a mudança de vida para<br />

melhor de muitos negros os impedem de sofrer, o que reforça a questão<br />

do racismo. “Claro que meu posicionamento de classe mudou muito,<br />

mas isso não me retira, não me coloca em uma posição de destaque que<br />

faça com que eu não sofra o racismo. Eu sofro racismo todo os dias da<br />

minha vida”, reitera.<br />

Em março deste ano, Zelma teve atuação na sociedade cearense<br />

reconhecida ao ganhar o Prêmio RioMar Mulher 2018, na categoria de<br />

Justiça e Cidadania. “Representou muito para mim e eu fiquei feliz,<br />

porque é realmente isso que eu trabalho: com a justiça e a cidadania<br />

mesmo”, destaca a professora, que foi a escolhida para discursar na<br />

cerimônia, representando todas as mulheres homenageadas no evento.<br />

TEMPO DE AÇÃO<br />

Mas, para ela, não bastam apenas as congratulações e homenagens.<br />

“Que esse reconhecimento sirva como uma ponte para a gente poder<br />

não só constatar que tem racismo e que eu tenho uma trajetória de luta,<br />

mas que a gente possa transformar isso em ação. Porque não podemos<br />

mais só nos assustar diante do racismo, precisamos mudar essa realidade.<br />

Temos a necessidade de que as ações de promoção da igualdade racial<br />

aconteçam. Temos ações repressivas, que afirmam que o racismo é<br />

crime e tem legislação, temos as valorizativas, que são de orientar para<br />

uma educação não racista e, por fim, as ações afirmativas, que são as<br />

de afirmar aquele segmento enquanto ele precisa, porque é um tempo<br />

determinado. Caminhos nós temos, só não podemos mais ficar só na<br />

sensibilização. Estamos no momento de agir”, combate Zelma.<br />

46 <strong>GALERIA</strong> CAPA 47


“As pessoas acreditam<br />

que o racismo só<br />

está em uma relação<br />

interpessoal, e não<br />

é. É maior, porque<br />

ele é fruto de um<br />

projeto de nação, é um<br />

racismo institucional<br />

e até estrutural.”<br />

Um dos grandes problemas, para ela, é a falta de<br />

representatividade negra em várias esferas da sociedade.<br />

“Para nós, ficou sempre o lugar de inferioridade, estamos<br />

em lugares extremamente vulneráveis. Dominamos as<br />

estatísticas nos encarceramentos, nas prisões, nos centros<br />

educativos, na dimensão dos homicídios. É esse lugar de<br />

risco onde estamos. E esse outro lugar, como no parlamento,<br />

os deputados, senadores, presidente, prefeitos, temos<br />

pouca representatividade”, compara. Ela explica que essa<br />

desvantagem vem desde a época da escravidão e perdura até<br />

hoje, porque não foram garantidas as condições de igualdade.<br />

“Não nos foram dadas as oportunidades de inserção em<br />

duas grandes esferas que nos ajudam a mudar nossas vidas:<br />

o mercado de trabalho e os processos educacionais. Ficamos<br />

sempre em uma diferença abissal, em um fosso muito grande<br />

entre as populações brancas e as populações negras”, enfatiza.<br />

GÊNERO<br />

Quando parte para a questão de gênero, a situação<br />

da mulher negra ainda é pior do que a do homem negro,<br />

argumenta Zelma. “Porque nós, mulheres negras, temos<br />

um lugar bem mais complicado do que os homens negros,<br />

do que as mulheres brancas na sociedade. Cerca de 66%<br />

dos empregos domésticos é assumido por mulheres negras,<br />

existe sempre um tensionamento muito grande em relação<br />

a isso. Além disso, é cuidar da tua filha, cuidar da tua mãe,<br />

cuidar dos teus irmãos, cuidar da família. Para as mulheres<br />

negras, a questão das conquistas é bem difícil, porque todos<br />

os nossos empreendimentos são sempre pensando no outro,<br />

sempre cuidando do outro. Então resta pouco tempo para<br />

cuidar da gente”, revela Zelma.<br />

O excesso de erotização do corpo da mulher negra é outro<br />

problema, apontado pela titular da Ceppir, que deixa ainda<br />

mais sensível a situação desse grupo social. “Temos toda uma<br />

construção, um imaginário social de que toda mulher negra<br />

é quente e está sempre disposta para o ato sexual. Se você for<br />

perceber a questão da violência, do estupro ou da violência<br />

conjugal, ela vai estar muito mais em cima das mulheres<br />

negras. É toda uma construção de que a mulher negra vai<br />

estar sempre disposta e não vai dizer nada, só vai aceitar<br />

todas as violências”, denuncia. Quando não é vista dessa<br />

forma, Zelma comenta que a mulher negra é estereotipada<br />

como “barraqueira, complicada e confuseira”. Tudo isso<br />

contribui para o alto índice de assédio nos ambientes de<br />

trabalho, além da dificuldade de achar que a mulher e,<br />

sobretudo a mulher negra, é capaz de realizar trabalhos,<br />

de ter competência para ocupar cargos, segundo Zelma.<br />

48 <strong>GALERIA</strong> CAPA 49


ARTICULAÇÃO<br />

Desde que assumiu a Ceppir, em 2015, Zelma, que até então<br />

tinha uma extensa atuação na área acadêmica, passou a lidar com<br />

desafios diferentes. “A gestão é um outro mundo e trabalhar na<br />

articulação das políticas setoriais das demais secretarias exige<br />

um grau enorme de ser articuladora mesmo, de convencer que<br />

existe o racismo. Porque no Brasil não temos um convencimento,<br />

uma unanimidade sobre o racismo. A gente até acha que<br />

há racismo, mas que o racista é sempre o outro. As pessoas<br />

acreditam que o racismo só está em uma relação interpessoal,<br />

e não é. É maior, porque ele é fruto de um projeto de nação, é um<br />

racismo institucional e até estrutural. Ele define lugares política<br />

e economicamente. Essa não representatividade da população<br />

negra não vem do nada, ela vem se acumulando historicamente”,<br />

pontua a coordenadora.<br />

As primeiras ações à frente da Coordenadoria foram a<br />

criação do Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial<br />

(Coepir) e a reelaboração e implementação do Plano de Políticas<br />

Públicas para a Promoção a Igualdade Racial (Peppir). “Também<br />

elaboramos um projeto de interiorização, municipalização da<br />

política de promoção da igualdade racial. A gente visitou os<br />

municípios e estimulou a criação de um órgão de igualdade<br />

racial. O objetivo é que eles criassem o plano e fizessem uma<br />

sistematização de suas ações no campo das relações etnicorraciais”,<br />

salienta.<br />

A transversalidade da igualdade racial dentro dos órgãos<br />

governamentais também é um assunto que tem muito destaque<br />

nas ações da Ceppir, como garante Zelma. “A gente precisa<br />

dialogar com a Secretaria de Saúde, por exemplo, para dizer<br />

que tem doenças de incidência da população negra. Não é só a<br />

anemia falciforme, mas a miomatose, a hipertensão, a diabetes,<br />

são doenças que precisam ter um olhar mais diferenciado”, pontua<br />

a professora. A Coordenadoria também lida com comunidades<br />

tradicionais, como quilombolas, ciganos e povos de terreiros.<br />

Nas periferias da Capital, as ações que chegam para a população<br />

são cursos de formação, em conjunto com debates sobre a questão<br />

político-racial. “Precisamos entender que, na periferia, vamos<br />

ter as vulnerabilidades e os problemas, mas também temos as<br />

resistências. Os meninos negros lá estão resistindo pela via da<br />

arte, da música, do hip hop, do funk que é também criminalizado,<br />

mas nós estamos apoiando”, completa.<br />

“A nossa função aqui é discutir e dizer da importância e fazer<br />

o atravessamento da política. Por outro lado, dos movimentos<br />

sociais, é a gente fortalecê-los, dizer que eles precisam de<br />

reconhecimento, que eles precisam de acesso à Justiça. Ou seja,<br />

ir facilitando esses caminhos. A nossa grande função é articulação<br />

política mesmo. Tanto para um lado quanto para outro”, conclui<br />

Zelma. ¤<br />

ZELMA POSA<br />

para a Revista <strong>GALERIA</strong> nos<br />

corredores do Palácio da Abolição<br />

50 <strong>GALERIA</strong> CAPA 51


HOMENAGEADA<br />

por João Carlos e<br />

Auxiliadora Paes<br />

Mendonça com<br />

o Troféu RioMar<br />

Mulher 2018<br />

Conhecimento<br />

Formada em Serviço Social pela Universidade<br />

Federal do Piauí (UFPI), Zelma mudou-se para Fortaleza<br />

em 1992, onde especializou-se em Ciência Política na<br />

Universidade Federal do Ceará (UFC). “Sempre quis a<br />

carreira docente, queria ser professora e achava que aqui<br />

em Fortaleza eu teria mais acesso”, revela. A trajetória<br />

acadêmica seguiu com mestrado e doutorado, sempre nas<br />

áreas que discutiam o pensamento social. Um dos legados<br />

mais evidentes de Zelma na universidade é o Laboratório<br />

de Afro-brasilidade, Gênero e Família, fundado por ela<br />

em 2010, e que conta com a participação de alunos da<br />

Uece. O trabalho desenvolvido ultrapassou os portões da<br />

academia e tornou Zelma e o grupo as maiores referências<br />

em assuntos raciais no Estado.<br />

Identidade<br />

ZELMA FAZ UM TRABALHO<br />

importante na articulação entre<br />

as secretarias e a sociedade civil<br />

DURANTE APRESENTAÇÃO<br />

do edital para a eleição do novo conselho<br />

ELEITA UMA DAS MULHERES DO ANO,<br />

pela força e pela coragem à<br />

frente das lutas cotidianas<br />

Desde criança, Zelma se reconhece como negra,<br />

e a educação dada pelos pais reforçava a identidade da<br />

professora. “Dentro da minha casa, desde a infância, isso<br />

sempre ficou muito bem evidenciado, porque meus pais<br />

também são negros”, comenta. Filha de um trabalhador da<br />

construção civil, a professora relembra os ensinamentos<br />

dos pai. “Essa discussão de negritude era dada pelo meu<br />

pai, dentro dos limites que um homem simples, comum<br />

e trabalhador, podia dar. Eu lembro que ele me chamava<br />

e dizia: ‘Nós somos negros e, como negros, temos que ter<br />

cuidado, temos que ter responsabilidades, cumprir tudo<br />

que marcamos’. Então, ele dizia, dentro da simplicidade<br />

dele, o quanto nós já tínhamos condutas criminalizadas<br />

como negros na sociedade”, ressalta, comentando ainda que<br />

foi com os pais que ela aprendeu a “valorizar a negritude,<br />

os traços negroides e o cabelo”.<br />

52 <strong>GALERIA</strong> CAPA 53


Uma experiência inesquecível<br />

comeca com os ingredientes certos :<br />

seu toque pessoal eAdria rano Duro<br />

´<br />

.<br />

Adria Grano Duro é uma massa<br />

preparada com a parte mais nobre de<br />

um trigo especial, importado de regiões<br />

de clima frio, que traz uma experiência<br />

naturalmente al dente. Dê um toque<br />

sofisticado às suas receitas e garanta o<br />

prazer de reunir pessoas, preparar um<br />

prato especial e aproveitar o melhor de<br />

cada momento.<br />

Adria Grano Duro.<br />

Grãos importados, experiência<br />

inesquecível.<br />

www.adria.com.br<br />

54 <strong>GALERIA</strong> CAPA 55


TOQUE MT<br />

TOQUE<br />

MT<br />

FARFALLE CAPRESE<br />

Ideal para ser servida, no almoço de fim de semana, para toda a família, a receita “Farfalle Caprese”, compartilhada por Roberta Quaranta,<br />

é uma adaptação de um prato provado por ela no verão europeu, em 2017. “Eu comi em Capri, pela primeira vez, e eu me apaixonei.<br />

Ele é bem refrescante e um prato versátil”, comenta. Ela ressalta, também, que o prato pode ser servido com algum acompanhamento,<br />

para quem achar melhor. “Eu gosto da receita como prato principal, mas pode ser servida com um peixe, um camarão e até com uma<br />

carne. Além disso, como é um prato frio, pode ser servido como uma espécie de salada, porque leva o molho pesto, o tomate cereja e a<br />

muçarela de búfala”. A indicação de Roberta é harmonizar com um vinho branco, rosé ou espumante.<br />

Tempo de preparo: 20 minutos<br />

Rendimento: 6 pessoas<br />

Ingredientes:<br />

500g de massa italiana FARFALLE GRANO DURO ADRIA<br />

4 tomates cereja cortados em cubos<br />

1 xícara (chá) de ricota de pecora (feita com leite de ovelha)<br />

ou de muçarela de búfala. Se preferir usar a ricota,<br />

corte-a em cubinhos<br />

1/2 xícara (chá) de queijo parmesão ou grana padano ralado<br />

1 xícara (chá) de azeite de oliva<br />

1 xícara (chá) de folhas de manjericão<br />

Sal e pimenta do reino a gosto<br />

Modo de preparo:<br />

1 Enquanto a massa cozinha al dente, faça o “molho”.<br />

2 Em uma tigela, misture os tomates, a ricota, o parmigiano, o azeite e as folhas<br />

de manjericão.<br />

3 Tempere com um pouco de sal e passe para o recipiente onde será servida<br />

a massa.<br />

4 Quando a massa estiver no ponto, escorra e misture-a cuidadosamente ao<br />

molho.<br />

5 Caso não queira que o queijo derreta muito, deixe-a esfriar um pouco.<br />

6 Sirva a massa fria.<br />

Para ver o passo a passo dessa e outras receitas, se inscreva em nosso #CanalMT, do Youtube!<br />

/M<strong>TRAVESSONI</strong><br />

56 <strong>GALERIA</strong> TOQUE MT 57


DELÍCIAS<br />

Por: Neiva Terceiro<br />

FOTO RONI VASCONCELOS/ANDERSON FERREIRA<br />

orgulho de ser hoje, e passar esse amor através dos pães<br />

que fabrico atualmente. Sinto felicidade ao fazer com<br />

que muitas pessoas, ao provarem os meus pães, também<br />

remetam a doces lembranças de infância. A cada mordida,<br />

um afeto resgatado.<br />

Diante de todo esse histórico de afetos, nesses 25 anos<br />

de profissão, a minha procura sempre foi pelo resgate<br />

das memórias perdidas. Busco viajar, conhecer outras<br />

culturas, sentir a importância da panificação na vida<br />

das pessoas, e desse conteúdo tirar novas experiências<br />

para a criação dos meus pães. Trabalho com um produto<br />

diferenciado, de criação própria e artesanal, onde o<br />

importante é oferecer algo saudável, sem conservantes<br />

e que surpreenda os comensais no sabor, textura, aroma<br />

e apresentação, pois nossos pães aqui em Fortaleza são<br />

sinônimos de afeto. Há pessoas, por exemplo, que têm<br />

o costume de presentear os amigos com nossos pães,<br />

principalmente em datas festivas como Páscoa, Natal,<br />

Dia das Mães, e isso me enche de orgulho, pois é carinho<br />

e afeto chegando nos lares em forma de pão! ¤<br />

PÃES RECHEADOS<br />

DE AFETO<br />

É<br />

muito difícil descrever qualquer área da<br />

gastronomia sem falar do afeto, da memória<br />

gustativa, de lembranças da infância. Eu fui<br />

agraciada com muitas memórias, como escrevo no<br />

meu livro “Voltamos porque tem Pão”: “Aí vêm à<br />

cabeça as lembranças da infância, infância de pé no<br />

chão, de brincar de pega-pega, esconde-esconde, mocinho<br />

e bandido, pular corda, e, de repente, me vejo fazendo<br />

bolinhos de areia, pãezinhos de barro e tortinhas decoradas<br />

com flores do mato…”.<br />

Três pessoas eram responsáveis por essas minhas<br />

recordações: minha avó Rosa, tia Nena e minha mãe<br />

Yolanda. A cozinha delas era o local mágico onde nós,<br />

crianças, também interagíamos. Acredito que tudo de bom<br />

ou de ruim que você vive e presencia na sua infância, você<br />

traz consigo para a vida adulta e, muitas vezes, aqueles<br />

ensinamentos e exemplos podem ser colhidos no futuro,<br />

foi o que aconteceu quando fiz o meu primeiro pão. Foram<br />

todas essas lembranças que vieram à tona e fizeram brotar<br />

amor, e desse amor nasceu a padeira a qual tenho muito<br />

→ NEIVA TERCEIRO É PADEIRA<br />

E ORIENTADORA EM<br />

PANIFICAÇÃO ARTESANAL.<br />

TRABALHA NESSE OFÍCIO<br />

HÁ 25 ANOS E CONSIDERA<br />

A FABRICAÇÃO DO PÃO<br />

UMA MAGIA, POSSÍVEL DE<br />

SURPREENDER OS MAIS<br />

DIVERSOS PALADARES.<br />

É PROPRIETÁRIA DA NEIVA<br />

TERCEIRO PÃES ARTESANAIS.<br />

58 <strong>GALERIA</strong> DELÍCIAS 59


GASTRONOMIA<br />

GRELHADOS<br />

ESPECIAIS<br />

ESPECIALIZADO EM CARNES NOBRES, O RESTAURANTE SANTA<br />

GRELHA BUSCA DESCOBRIR NOVOS CORTES E ASSOCIÁ-LOS<br />

A RECEITAS REQUINTADAS E CONTEM<strong>POR</strong>ÂNEAS<br />

<strong>POR</strong> ALINE CONDE FOTOS RONI VASCONCELOS<br />

60 <strong>GALERIA</strong> GASTRONOMIA 61


Conhecido na Capital como um dos restaurantes que oferece<br />

as melhores opções de grelhados, o Santa Grelha vem se<br />

especializando, cada vez mais, em cortes nobres, associando,<br />

às carnes, pratos contemporâneos e diversificados,<br />

sob a assinatura do chef Ralfo Ifanger. “O que as pessoas mais<br />

procuram, com certeza, é carne grelhada, até porque elas sabem<br />

que aqui sempre temos algum corte diferente. Às vezes, é justamente isso<br />

que elas procuram, um corte novo, porque estão entendendo mais sobre<br />

carnes e estão mais curiosas sobre partes diferentes do boi, que vão além<br />

do filé mignon e da picanha”, comenta Ralfo, que veio de Campinas para<br />

assumir a cozinha do Santa Grelha.<br />

O flat iron, cita o chef, é um dos novos cortes que têm sido procurados.<br />

“É um corte dianteiro do boi que não era tão explorado antes”, pontua.<br />

Ainda no cardápio de carnes, o prato mais pedido da casa é o bife de<br />

tiras. “É um corte transversal da parte central da picanha. Acompanha o<br />

arroz biro biro, feito com bacon, batata palha, ovos e salsa, além da nossa<br />

tradicional farofa de ovos, que é bem cheia”, detalha o chef. Outras opções<br />

bem cotadas na cozinha da casa são o prime rib suíno e o bife chorizo.<br />

Desde 2012, quando o chef Ralfo chegou no Santa Grelha e fez uma<br />

reformulação no cardápio, o restaurante passou a incluir novos pratos<br />

mais elaborados e com um toque de requinte nas receitas. “A ideia é que<br />

as pessoas viessem ao Santa Grelha e não tivessem só opções de carnes<br />

grelhadas, mas pratos mais trabalhados, incluindo as montagens. Então,<br />

o cardápio aqui é muito extenso. Além dos cortes bovinos, tem muita<br />

opção de corte suíno, aves e peixes. Temos opções contemporâneas,<br />

com pratos individuais, para atender, geralmente, quem não quer chegar<br />

aqui e só comer uma picanha. É para quem quer algo criado pelo chef”,<br />

argumenta Ralfo.<br />

OUTROS CORTES<br />

A picanha de cordeiro, o prime rib suíno e o carré de cordeiro<br />

são alguns dos pratos do menu contemporâneo citado pelo chef.<br />

Já as opções clássicas do cardápio são o filé Wellington, o bacalhau<br />

e a lagosta thermidor. Entre os destaques, o arroz de pato, feito com<br />

arroz jasmin, pato desfiado, um toque de vinho tinto e vinagrete<br />

de agrião. Para quem aprecia uma vertente regional na refeição,<br />

o risoto com feijão e carne seca é uma ótima pedida, segundo o<br />

chef. “A gente tem também uma parte bem rica de peixes, lagosta,<br />

camarão, e um mix de frutos do mar que vai na brasa”, lista.<br />

Mas, mesmo antes do prato principal, o menu do Santa Grelha<br />

reserva diversas opções saborosas de entrada, com versões frias,<br />

grelhadas e fritas. O queijo coalho, a mussarela crocante e o chip<br />

mix - feito com macaxeira e batata doce - são algumas sugestões.<br />

“O mini burguer de picanha é um item que coloquei no primeiro<br />

cardápio e nunca mais saiu. Temos também o camarão crocante,<br />

empanado com sucrilhos sem açúcar. Ele fica muito crocante e o<br />

gosto de milho combina muito”, explica Ralfo, citando também<br />

opções de saladas que servem toda a família. “Nós mesmos<br />

preparamos os molhos e os pães, para controlar o sabor”, acrescenta<br />

o chef.<br />

A carta de sobremesas segue o mesmo padrão de qualidade<br />

do menu da casa, e de variedade também. O pudim de leite,<br />

por exemplo, é feito com fava de baunilha. “Ele é assado por mais de<br />

uma hora em baixa temperatura, fica cremoso e liso, sem furinhos”,<br />

garante Ralfo. Já o brownie da casa leva três tipos de chocolate<br />

(amargo, ao leite e branco), castanha e calda de frutas vermelhas<br />

e é servido com sorvete. Churros, cocadas e doces à base da massa<br />

mil folhas também integram as opções de sobremesa.<br />

REDE<br />

Com duas unidades em Fortaleza (uma no Meireles e outra no<br />

Shopping Iguatemi), o Santa Grelha pertence ao Grupo Social<br />

Clube, administrado pelos sócios Ciro e Rodrigo Moreira. A rede<br />

inclui ainda duas unidades do La Pasta Gialla, especializado na<br />

cozinha italiana, o restaurante Super Grill e o Ryori, de culinária<br />

oriental - que ganhará uma segunda unidade até o fim deste ano,<br />

na expansão do Iguatemi. ¤<br />

62 <strong>GALERIA</strong> GASTRONOMIA 63


DEGUSTES<br />

Por Larah Nóbrega e Sarah Gadelha<br />

FOTOS RONI VASCONCELOS<br />

Os Rooibos, arbustos sul-africanos, ainda pouco conhecidos, chegaram para<br />

ganhar o coração do nosso público. Por ser uma infusão que não possui nenhuma<br />

contraindicação, possibilita que até crianças, gestantes e idosos apreciem a<br />

bebida. São isotônicos naturais, com potente ação anti-inflamatória, além de<br />

não possuírem ação estimulante, podendo ser consumidos todos os dias e em<br />

qualquer horário.<br />

Uma mistura de sabores, aromas e funcionalidades associada a uma experiência<br />

multissensorial vem fazendo com que a cultura milenar do chá seja acolhida<br />

de forma tão calorosa e crescente em Fortaleza. A busca pelos chás e infusões<br />

representa não só a busca pelo equilíbrio do corpo, mas também da alma e das<br />

boas sensações que esses rituais nos proporcionam.<br />

É simplesmente experimentar para se apaixonar. Gelado, quente, puro,<br />

com leite, com iogurte, com limão, com frutas e até compondo um belo drink!<br />

A inspiração diária de trabalhar com a segunda bebida mais consumida do mundo<br />

foi fortalecida com a Tea Shop, marca líder do mercado de chás gourmet na Espanha<br />

e no Brasil, que nos proporcionou trazer todo esse universo para a Terra do Sol,<br />

com chás e infusões de altíssima qualidade de diversas partes do mundo e com<br />

um toque gourmet da Europa que o cearense ainda não conhecia. ¤<br />

AS FUNCIONALIDADES<br />

DO CHÁ<br />

Mundo do chá. Talvez seja essa a definição mais próxima das<br />

muitas variedades de chás e infusões. Uma única planta,<br />

chamada Camellia Sinensis, dá origem à segunda bebida mais<br />

conhecida e apreciada no mundo. Chá branco, chá verde,<br />

Pu Erh (chá vermelho), Oloong e chá preto são as famílias<br />

originadas a partir dela. Entender que uma única planta traz<br />

consigo inúmeras possibilidades, funcionalidades, aromas e diferentes<br />

experiências sensoriais é sinônimo de apaixonar-se por esse universo tão rico.<br />

Além dos chás com as suas variadas propriedades, não poderíamos deixar<br />

de falar das infusões, que são a extração do que há de mais funcional em<br />

qualquer planta, raiz, caule e flor. Versáteis e fáceis de agradar a todo paladar,<br />

as infusões calmantes, digestivas, imunoestimulantes, anti-inflamatórias e<br />

vitamínicas estão presentes na vida e no hábito dos cearenses mais até do<br />

que podíamos imaginar, através da medicina popular.<br />

→ LARAH NÓBREGA E SARAH GADELHA<br />

SÃO PROPRIETÁRIAS DA TEA<br />

SHOP FORTALEZA E TRABALHAM<br />

COM CHÁ HÁ QUASE UM ANO.<br />

SÃO APAIXONADAS PELO UNIVERSO<br />

DOS CHÁS E ACREDITAM QUE A BEBIDA<br />

PRO<strong>POR</strong>CIONA UMA EXPERIÊNCIA<br />

MULTISSENSORIAL, COM INÚMERAS<br />

POSSIBILIDADES DE SABOR.<br />

64 <strong>GALERIA</strong> DEGUSTES 65


66 <strong>GALERIA</strong> DEGUSTES 67


CULTURA<br />

OS SONS<br />

DA TAPERA<br />

IDEALIZADA <strong>POR</strong> RITELZA CABRAL, A TAPERA DAS ARTES,<br />

EM AQUIRAZ, OFERECE EDUCAÇÃO MUSICAL E TEM UMA REDE<br />

DE CONEXÕES EM PROL DA TROCA DE EXPERIÊNCIAS<br />

<strong>POR</strong> ALINE CONDE FOTOS RONI VASCONCELOS<br />

No Centro de Aquiraz, o fio condutor de<br />

várias crianças tocando os mais diversificados<br />

instrumentos possíveis é a música, que logo pode<br />

ser escutada por quem chega próximo ao local.<br />

Toda essa energia e vida vêm da Tapera das Artes,<br />

ONG comandada pela idealizadora do projeto,<br />

Ritelza Cabral, e que, há 35 anos, tem a arte como forma de<br />

sociabilização e desenvolvimento integral das 500 crianças e<br />

adolescentes, entre 5 e 17 anos, que participam dos projetos<br />

e ações da instituição.<br />

Com aulas de instrumentos de corda, sopros, percussão e<br />

canto, os alunos têm as habilidades realçadas e aprendem a<br />

desenvolver mais ainda, por exemplo, a memória, a imaginação,<br />

a concentração e a atenção. Tudo isso faz com que a Tapera<br />

das Artes acredite que aprender a fazer música proporciona o<br />

aumento da autoestima deles, impactando positivamente até<br />

no rendimento escolar. Um dos exemplos de desenvolvimento<br />

é o atual presidente executivo da Tapera das Artes, Magno<br />

Miranda, que chegou à instituição para ser aluno, quando tinha<br />

9 anos, e hoje administra a entidade. “Posso um dia não estar<br />

mais na Tapera, mas a Tapera sempre estará dentro de mim.<br />

Tudo que sou devo a este lugar”, ressalta Magno.<br />

Para a idealizadora Ritelza, a melhor parte de conviver<br />

com as crianças e os adolescentes envolvidos nos projetos<br />

da ONG é perceber a mudança de vida deles. “Transformar<br />

uma criança anônima em alguém que pode escolher, que é<br />

sujeito participante de sua reflexão, consciente de sua própria<br />

história, em alguém com responsabilidade dos seus atos, que é<br />

capaz de interagir, compartilhar, conviver harmonicamente<br />

com o outro... É como acender a luz, e se sentir iluminado<br />

também”, estabelece ela, que também é presidente do Conselho<br />

Consultivo da entidade.<br />

68 <strong>GALERIA</strong> CULTURA 69


DA BANDA À ESCOLA<br />

A paixão pela música de Ritelza reverberou na construção de uma<br />

entidade que atualmente transforma a vida de muitas crianças e adolescentes<br />

do município. Tudo começou quando ela comprou uma casa no distrito de<br />

Tapera, em Aquiraz, e os meninos da comunidade, oriundos de famílias<br />

de baixa renda, juntavam-se aos filhos dela para jogar futebol, mas logo<br />

passaram para a música. “Gostava muito de cantar, eu tenho piano, levava o<br />

meu teclado, então comecei a brincar com os meninos com negócio de som,<br />

e a dizer para montarmos uma bandinha. Começou brincando, mas depois<br />

cresceu”, conta a fundadora.<br />

O trabalho criou corpo e logo a casa de Ritelza e as mangueiras do sítio<br />

chegaram a acolher 60 crianças. “Começou muita gente a se voluntariar,<br />

amigos meus que tinham sítio perto ajudando nesse processo e foi<br />

crescendo, crescendo... Chegou ao ponto que não tinha mais condições de<br />

receber ninguém da minha família, porque a casa sempre estava lotada de<br />

menino”, relembra Ritelza. Quando a Tapera das Artes estava relativamente<br />

consolidada, a instituição recebeu uma doação de terrenos para que a sede<br />

se mudasse para o Centro de Aquiraz, onde está localizada atualmente.<br />

No antigo prédio, deverá ser construído uma residência artística em breve.<br />

PODER DA MÚSICA<br />

Encabeçados pelo maestro Ênio Antunes, diretor artístico pedagógico da<br />

entidade, a Tapera das Artes tem uma metodologia própria de ensino, que,<br />

para Ritelza, é extremamente enriquecedora. “Utilizamos, como ferramenta<br />

para o aprendizado, um processo solidário que estimula o fazer transversal,<br />

que abriga um foco de causa, o fazer música ao expressar o sentir”, define ela.<br />

Segundo a metodologia proposta pelo maestro, os estímulos para a percepção<br />

da escuta, das reflexões sobre si mesmo, a relação com o outro e com o espaço<br />

remetem a um novo entendimento sobre a vida, levando em consideração<br />

a espacialidade, potencializando o sentir com foco na escuta, o sensível do<br />

ser, o cuidado com o bem do outro, as emoções. “A música enquanto prática<br />

desenvolve positivamente o processo de escuta, que transforma, agrega e<br />

emociona pessoas”, acrescenta a fundadora da entidade.<br />

Ritelza conheceu o maestro Ênio Antunes em 2013, durante um Encontro<br />

da Fundação Bachiana, em São Paulo, e logo o convidou para conhecer o<br />

Ceará e a Tapera das Artes. “Estamos juntos, há quatro anos, compartilhando<br />

o desafio de um novo fazer artístico”.<br />

SINFONIA DO AMANHÃ<br />

Com todo esse aparato metodológico, a Tapera das Artes participa<br />

da plataforma “Sinfonia do Amanhã”, e troca experiências com outras 26<br />

entidades, que estão no Ceará, Rio Grande do Sul, Goiás e Bahia. Do mesmo<br />

modo que a Tapera das Artes, a plataforma investe em recursos artísticos<br />

e pedagógicos para crianças e jovens em situação de vulnerabilidade, como<br />

uma forma de ampliar as possibilidades de desenvolvimento social.<br />

A responsável pelas Relações Institucionais e Captações da Tapera das<br />

Artes, Adriana Patrício, comenta que a entidade tem recebido diversos<br />

parceiros para conhecer a metodologia desenvolvida. “Há um interesse por<br />

troca de experiência prática. Só que nem todos os projetos são da Zona<br />

Metropolitana. Então, a gente firmou uma proposta de receber 40 meninos<br />

de outros projetos que moram em Caucaia, Sobral e Crato, e que não têm<br />

como ir e voltar todo dia. Sendo assim, eles ficam hospedados aqui, temos<br />

quartos para isso”, explica Adriana, sobre a logística das parcerias para<br />

trocas musicais. ¤<br />

Encontro Mestre & Aprendiz<br />

Um dos programas mais renomados da Tapera das Artes é o “Encontro Mestre & Aprendiz”, que proporciona<br />

diálogos abertos de aprendizado entre os grandes mestres da música brasileira, e até internacionais, com educadores<br />

e jovens aprendizes da música. É um encontro que compartilha formação integral e contínua, por meio de oficinas e<br />

outras ações educativas, para chegar a um concerto, apresentado sempre gratuitamente no Teatro Tapera das Artes.<br />

Este ano, já se apresentaram o Grupo de Cordas aupaQUARTET, o músico gaúcho Renato Borghetti e uma<br />

das mais importante intérpretes e pesquisadora da música indígena do Brasil, Marlui Miranda. O projeto traz<br />

um novo nome todos os meses. Em novembro, será a vez do cantor e compositor brasileiro Toquinho. Em todas<br />

as apresentações, os alunos da Tapera das Artes participam.<br />

70 <strong>GALERIA</strong> CULTURA 71


ARTE<br />

EGO COLETIVO<br />

E AFETIVO<br />

COMPARTILHAR CONHECIMENTOS, HABILIDADES ARTÍSTICAS E UM CONVÍVIO<br />

QUASE FAMILIAR É A ESSÊNCIA DO COLETIVO ARTÍSTICO OICOS<br />

<strong>POR</strong> JÉSSICA COLAÇO FOTOS RONI VASCONCELOS<br />

Café, muffins, torta caseira, conversas sobre o que<br />

mudou desde a semana passada, um puxão de<br />

orelha pelo arquivo não enviado. As reuniões do<br />

coletivo artístico Oicos costumam ter esse clima<br />

de refeição em família, em que a convivência é<br />

o motivo dos encontros e também o melhor<br />

resultado deles - afinal, estar harmonicamente em grupo<br />

é também uma forma de arte, correto? “São pessoas<br />

diferentes, com faixas etárias diferentes, vidas diferentes,<br />

mas a gente preza pela nossa harmonia”, diz Ignêz Fiuza,<br />

a única componente não artista do grupo e que assume a<br />

função de articular exposições e a difusão do trabalho do<br />

coletivo. “A arte é para agregar, e nunca segregar”, estabelece ela.<br />

Unidos pelo que um deles define como “ego coletivo”,<br />

Cecília Bichucher, Túlio Paracampos, Wilson Neto, Nicia<br />

Bormann, Vera Dessart, Vera Sampaio Dessart e Cláudio<br />

Quinderé respondem, há pouco mais de quatro anos,<br />

como coletivo Oicos, um grupo criativo que fomenta as<br />

habilidades artísticas de cada um deles, ao mesmo tempo<br />

em que promove o compartilhamento de técnicas. É assim<br />

que, por exemplo, os bordados de Vera Sampaio Dessart<br />

aparecem em quadros de Wilson Neto, ou que o designer<br />

de joias e escultor Cláudio Quinderé se sente estimulado<br />

a experimentar telas e gravuras, técnicas com as quais a<br />

arquiteta e paisagista Nicia Bormann trabalhou durante<br />

muito tempo. “O grupo é muito generoso um com o outro.<br />

Apesar das diferenças e das mudanças, a gente se apoia<br />

muito, e de maneira positiva. A gente fica tentando puxar<br />

um ao outro para produzir, para dar o passo seguinte”,<br />

descreve a pintora Cecília Bichucher.<br />

A primeira exposição de artes plásticas do grupo,<br />

“SE7E <strong>POR</strong> SE7E”, aconteceu em 2016, no escritório de<br />

arquitetura de Nicia, o Oicos - que deu, portanto, nome<br />

ao coletivo. Em 2017 eles estrearam a exposição “Migrações”<br />

em Campinas, São Paulo, e, em abril deste ano, levaram<br />

a mostra para Sobral, no Interior do Ceará, e agora estão<br />

articulando para expôr em Fortaleza e Brasília. “A gente<br />

quer viajar e expôr pelo mundo, França, Itália…”, elenca<br />

Vera Dessart. A ideia de trabalhar o mote das migrações<br />

ainda por muito tempo, acrescenta Wilson Neto, tem a<br />

ver com a própria característica do grupo, de estar sempre<br />

em trânsito, mudando e se aprimorando. “Na Migrações<br />

existe a presença de cada um deles com sua expertise e<br />

os trabalhos que fazem juntos”, completa Ignês Fiuza,<br />

atestando a coletividade de tudo o que é pensado, executado<br />

e decidido no grupo.<br />

72 <strong>GALERIA</strong> ARTE 73


PROCESSOS INDIVIDUAIS<br />

Mesmo com a forte ligação criativa e afetiva para aquilo que é coletivo,<br />

o Oicos tem tido um importante papel na afirmação individual de cada<br />

um dos componentes, ajudando-os, inclusive, a se reconhecerem enquanto<br />

artistas. “A minha vida inteira, nesses 23 anos de joalheria, era um trabalho<br />

muito solitário. Eu sempre quis trabalhar com a arte e descobri, no Oicos,<br />

que na verdade eu sempre fiz isso, porque todas as minhas joias são feitas<br />

à mão. Eu sempre quis ser escultor e descobri, aqui, que fui isso sempre,<br />

mas minhas esculturas eram em escala menor”, argumenta Cláudio<br />

Quinderé.<br />

Com a restauradora Vera Dessart, o processo foi parecido. Natural de<br />

São Paulo, ela buscou, em Fortaleza, se aproximar de técnicas com as quais<br />

pudesse expressar a criatividade e começou a fazer trabalhos com cerâmica.<br />

“Inicialmente era cerâmica utilitária, mas tanto eles me cutucaram que eu<br />

comecei a experimentar mais e fui trabalhar com assemblage, que é quando a<br />

gente reúne vários materiais com cerâmica, e eu uso a técnica da restauração<br />

para fazer essa montagem”, descreve. Já a arquiteta Nicia Bormann revela<br />

ter encontrado, nessa reunião, um estímulo renovador para retomar os<br />

trabalhos em aquarela que ela havia iniciado em Brasília.<br />

“Quem tem um saber, compartilha com o outro e desmistifica a<br />

dificuldade”, diz Ignês Fiuza. Vez por outra, os integrantes testam atividades<br />

em que todos experimentam um mesmo mote ou habilidade artística, como<br />

gravura ou arte aplicada em objetos utilitários. “Cada um tem um interesse<br />

ou carreira, um foco solo, mas nos unimos e não queremos mais nos largar”,<br />

brinca Wilson Neto, encerrando que o grupo pode ser considerado, ainda,<br />

uma espécie de neo-sarau, em que cada integrante exibe e ensina as suas<br />

habilidades. “Temos até os quitutes”, gargalha. ¤<br />

Família<br />

em essência<br />

Livremente inspirado no nome do escritório<br />

de arquitetura de Nicia Bormann, o coletivo<br />

Oicos leva a afetividade e a ligação típicas de uma<br />

família até mesmo na origem da denominação.<br />

“Eu estava agora mesmo pesquisando e vi que<br />

oikos, do grego, significa família, sociedade,<br />

por isso que dá tão certo”, revelou Nicia, em um<br />

momento de descoberta durante a entrevista.<br />

As primeiras mostras do grupo, mesmo antes<br />

de se denominar coletivo artístico, foram<br />

no escritório dela, onde já ficavam à mostra<br />

trabalhos que a arquiteta havia desenvolvido,<br />

em cerâmica e gravura.<br />

74 <strong>GALERIA</strong> ARTE 75


DESIGN &<br />

DÉCOR<br />

ARQUITETURA<br />

PRÁTICA E OUSADA<br />

TENDO OS PROJETOS INTELIGENTES COMO PRINCIPAL MARCA, A ARQUITETA<br />

SUSANA CLARK FIUZA ADIANTA OS PLANOS PARA A CASACOR CEARÁ DESTE ANO<br />

<strong>POR</strong> JÉSSICA COLAÇO FOTOS RONI VASCONCELOS<br />

O<br />

movimento de trabalhadores virando cimento e erguendo<br />

paredes está entre as memórias mais empolgantes da<br />

infância da arquiteta Susana Clark Fiuza, 39. “Meu<br />

pai é engenheiro e a gente morava numa casa bacana,<br />

que ele foi construindo alguns espaços, como a piscina e<br />

o deck, depois que nos mudamos. Então era o tempo todo<br />

passando pedreiro, eu vendo o pessoal fazendo cimento e eu achava<br />

aquilo o máximo”, conta. Foi ali que começou a se desenvolver a<br />

personalidade da arquiteta resolutiva, ousada e que tem os projetos<br />

inteligentes e funcionais como uma de suas assinaturas. Em 17 anos<br />

de mercado, Susana conseguiu não apenas consolidar seu trabalho,<br />

mas também desenvolver uma relação especial com a CASACOR<br />

Ceará, mostra de decoração que ela considera um marco na própria<br />

carreira. “A minha forma de encarar a CASACOR é como um desfile<br />

de moda. Eu gosto de fazer o belo mas de forma inusitada, com um<br />

diferencial, uma surpresa”, define.<br />

Este ano será a oitava vez que a arquiteta participa da mostra,<br />

assinando um espaço conceitual, a convite da construtora Mota<br />

Machado, para celebrar os 50 anos da empresa. “Estou estudando,<br />

num processo criativo grande porque eu quero fazer o que sempre<br />

fiz na CASACOR, mostrar meu potencial e alcançar meu objetivo,<br />

que dessa vez é contar uma história”, adianta Susana, com a mesma<br />

empolgação da jovem arquiteta que estreou 2002 na versão cearense<br />

do evento, com o ambicioso projeto do quarto do bebê. Naquela<br />

época, havia apenas um ano que a arquiteta tinha concluído a<br />

graduação, e a escolha de um ambiente grande surpreendeu os<br />

profissionais da área. “Todo mundo começava de equipe, assinando<br />

um lavabo, um corredor. Eu não, peguei o quarto, com banheiro<br />

e closet”, recorda, listando detalhes do projeto como os móveis,<br />

que foram todos desenhados por ela; a inclusão de uma copa no<br />

quarto; uma casa de brinquedo em acrílico; e o uso de piso em<br />

resina, entre as especificações que chamaram a atenção.<br />

76 <strong>GALERIA</strong> DÉCOR 77


A repercussão do ambiente - o segundo mais votado pelos visitantes,<br />

segundo Susana - foi apenas o início de uma carreira intensa, bem ao estilo<br />

da arquiteta. Na CASACOR, ela seguiu sendo responsável por projetos<br />

grandiosos, como o quarto do casal, que incluía varanda, closet e banheiro,<br />

ou a varanda, da mostra do ano passado, que tinha um enorme painel de<br />

madeira com efeito em 3D. No próprio escritório, ela experimentava uma<br />

imersão no ofício, focando especialmente em desenhos de ambientação.<br />

Nas duas áreas, uma intenção em comum: “Eu gosto de mesclar beleza,<br />

conforto e sofisticação, é uma assinatura que costumo ter em todos os<br />

projetos, e que eles sejam inteligentes. Tem que ser prático, não adianta<br />

fazer um projeto lindo mas que não vai mais funcionar dentro de um<br />

ou dois anos”.<br />

A empreitada deste ano na CASACOR, quando ela deverá erguer um<br />

ambiente no meio do jardim do imóvel, marca também uma nova fase na<br />

trajetória de Susana, com mais atenção para os projetos de arquitetura.<br />

“A gente quer crescer, vislumbrar novas coisas, eu estou sempre buscando<br />

novas formas de atuação”, argumenta. ¤<br />

78 <strong>GALERIA</strong> DÉCOR 79


ESPELHO<br />

ENTRE<br />

GARIMPOS<br />

E INSPIRAÇÕES<br />

Proprietária da “Rio<br />

de Jas”, Sara Brasil<br />

valoriza as memórias<br />

e narrativas contidas<br />

nas peças que ela<br />

herda da família ou<br />

compra em viagens<br />

<strong>POR</strong> ALINE CONDE<br />

FOTOS RONI VASCONCELOS<br />

O<br />

trabalho com a moda não faz da empresária<br />

Sara Brasil, proprietária da beachwear Rio de Jas,<br />

uma seguidora rigorosa das últimas tendências da<br />

temporada. “Sou bem básica e voltada mais para<br />

o clássico. Não vou na onda de tudo que está na<br />

moda. Uso o que me valoriza e o que me cai bem.<br />

Por exemplo, amo peças confortáveis e de cores neutras”,<br />

resume Sara. Nesse contexto, as peças em linho estão entre<br />

as favoritas dela, por darem um ar mais requintado ao<br />

look. “Um pareô é uma peça super versátil, que posso usar<br />

da praia à noite, de diversas formas. Adoro também usar<br />

kimono, por ser uma peça diferente e versátil”, exemplifica.<br />

A paixão da empresária pela moda já faz parte da<br />

personalidade dela e serve como motivação em várias áreas.<br />

“Eu amo e vivo a moda, até porque ela faz parte do meu dia<br />

a dia. A moda me inspira em quase todos os momentos,<br />

em viagens, pesquisas, na minha aula de pintura”, lista Sara,<br />

que frequenta aulas de pintura em cerâmica desde 2016.<br />

Também faz parte da rotina dela buscar referências que a<br />

inspirem no momento do trabalho, na Rio de Jas. “Quando<br />

você lê, absorve muito e consegue trazer elementos pra<br />

rotina”, revela, citando o livro “Biquíni made in Brazil”<br />

como um de seus favoritos, que conta a história do biquíni.<br />

SIGNIFICADOS<br />

Quando uma peça, seja roupa ou acessório, carrega<br />

uma narrativa e uma memória, ela passa a ter ainda mais<br />

significado para Sara. “Tenho algumas peças antigas<br />

da minha mãe, como bolsas e joias. Eu amo garimpar,<br />

amo antiguidades e peças que carregam histórias. Sempre<br />

que estou viajando, faço questão de ir em feiras de<br />

antiguidades”, ressalta a empresária. Alguns exemplos<br />

compartilhados por Sara são dois colares, na cor coral,<br />

que já pertenceram à mãe dela e, por isso, tem um grande<br />

valor para ela. Outro item garimpado pela empresária é a<br />

bolsa em formato de concha. “É feita por osso machetado,<br />

que eu comprei na minha última viagem a Marrakesh,<br />

no Marrocos, em fevereiro”, detalha. ¤<br />

TOQUE<br />

MT<br />

Modelo que está entre os preferidos do closet de Sara<br />

Brasil, o pareô é, na verdade, uma peça com amarração,<br />

que pode ser uma saia, uma calça ou mesmo uma blusa.<br />

No guarda-roupa da empresária, as saias nesse estilo são<br />

destaques.<br />

80 <strong>GALERIA</strong> ESPELHO 81


ESPELHO<br />

ROTINA DE<br />

AUTOCUIDADO<br />

Antes de se dedicar às atividades<br />

do dia a dia, a arquiteta Tássia<br />

Ferreira coloca o próprio<br />

bem-estar como prioridade<br />

<strong>POR</strong> JÉSSICA COLAÇO FOTOS RONI VASCONCELOS<br />

A<br />

rotina de multitarefas tão característica da<br />

vida contemporânea é realidade também<br />

para a arquiteta Tássia Ferreira, 33. Os<br />

projetos no escritório de arquitetura, o dia<br />

a dia com os dois filhos, os cuidados com<br />

a casa e os momentos com o marido são<br />

tarefas diárias e que exigem muita energia, mas ela<br />

já tem bem definida receita para estar sempre por<br />

inteiro nessas atividades: ter o próprio bem-estar<br />

como prioridade “Eu acho importante, realmente,<br />

tirar um tempo pra mim e ter um momento com as<br />

amigas, esquecer um pouco os afazeres e me revigorar.<br />

Tira um pouco da pressão do dia a dia, de ser mulher,<br />

arquiteta, dona, de casa, mãe”, defende Tássia. Após<br />

pausas como essas, ela garante estar pronta para se<br />

doar completamente a todos os compromissos em<br />

que precisa estar.<br />

“Muitas mães se cobram muito e acabam ficando<br />

esgotadas por não terem tempo para elas, e isso nem<br />

é saudável para a criança. Eu acho que todo mundo<br />

deveria fazer isso, tirar um tempo para si”, sugere a<br />

arquiteta. Além desses momentos, curtir o fim de<br />

semana na praia, com o marido e os filhos, e não<br />

abrir mão dos exercícios físicos na semana são os<br />

pontos altos da rotina de Tássia. Super vaidosa,<br />

como ela mesma define, os cuidados com a pele,<br />

especialmente do rosto, são hábitos constantes. “Uso<br />

sempre protetor solar, para evitar aquelas manchas<br />

indesejadas”, pontua.<br />

O closet de Tássia reflete um estilo mais clássico,<br />

mas que tem experimentado momentos de mais<br />

conforto. “No fim de semana, para sair com as<br />

crianças, eu prefiro roupas mais confortáveis,<br />

uso tênis, mas para trabalhar, as produções são mais<br />

clássicas, mesmo. Mas no fim das contas, eu acho que<br />

sou bem eclética”, resume. O tempo reduzido levou<br />

Tássia a testar uma nova modalidade de compras:<br />

as plataformas online. “Tenho usado bastante isso,<br />

no último ano, e está dando super certo, porque<br />

não preciso ir na loja ou no shopping”, afirma ela,<br />

que costuma comprar de sites como Shop2gether.<br />

Quanto às etiquetas, Joiola e Animale são as mais<br />

presentes no guarda-roupa da arquiteta. ¤<br />

82 <strong>GALERIA</strong> ESPELHO 83


ESPELHO<br />

PEÇAS-CHAVE<br />

NA IDENTIDADE<br />

Na decoração de casa e no<br />

closet, a arquiteta e empresária<br />

Nathália Ponte valoriza itens<br />

únicos e com personalidade<br />

<strong>POR</strong> JÉSSICA COLAÇO FOTOS RONI VASCONCELOS<br />

Ao falar sobre a própria identidade, a arquiteta<br />

e empresária Nathália Ponte, 28, cita a casa<br />

em que mora com o marido como referência.<br />

“Quem entra aqui sabe exatamente que a casa<br />

é minha e do meu marido, porque diz muito<br />

do nosso estilo, moderno mas com um toque<br />

clássico”, define ela, que elaborou o projeto de interiores<br />

do apartamento e levou três anos até deixar do jeito<br />

que o casal queria. “Eu valorizo muito quadros, peças<br />

assinadas. Tenho, por exemplo, várias cadeiras, mesa e<br />

outras peças do Jáder Almeida, um designer brasileiro<br />

que é bem jovem e super premiado”, acrescenta Nathália,<br />

que exibe ainda itens como um quadro de Salvador<br />

Dalí e o convite do casamento dela, que ganhou uma<br />

intervenção do artista plástico Totonho Laprovítera -<br />

e um lugar especial em uma das estantes da sala.<br />

Esse cuidado na composição e a valorização de<br />

peças-chave se reflete no vestir de Nathália, adepta<br />

de roupas atemporais e versáteis, a exemplo de um<br />

quimono da Água de Coco, que ela usa como saída<br />

de banho, sobreposição em looks casuais ou mesmo<br />

para produções mais elaboradas. Calças de cintura<br />

alta e vestidos fluidos são outra paixão da empresária,<br />

mas se tem algo que já é quase parte da personalidade<br />

de Nathália é um conjunto de anel, brincos e pulseiras,<br />

em ouro amarelo e pérola arroz, assinados por Suzane<br />

Farias. “Ganhei da minha mãe e todo mundo fala que é<br />

minha marca registrada, uso de dia e de noite”, detalha.<br />

“Mas na semana, a minha roupa é blusa branca, calça<br />

jeans, sapatilha e um coque, porque estou sempre em<br />

produção”, assume ela, que administra uma estamparia,<br />

a Bossa a Bessa, junto de uma sócia.<br />

Prática quanto aos cuidados com a pele e com o<br />

corpo, a arquiteta confessa um hábito de viagem, que é<br />

também um segredo de beleza: comprar novidades e<br />

lançamentos da área de estética. Foi assim que ela<br />

adquiriu uma escovinha massageadora e esfoliante<br />

para o rosto, hoje a parte principal do ritual de beleza.<br />

“Uso também água termal e um creme para a região dos<br />

olhos, mas nada que tome muito o tempo”, finaliza. ¤<br />

84 <strong>GALERIA</strong> ESPELHO 85


ESPELHO<br />

LEVE E<br />

RESOLVIDA<br />

Na rotina corrida,<br />

a advogada Jeritza<br />

Gurgel encontra<br />

maneiras práticas de<br />

lidar com a moda<br />

<strong>POR</strong> ALINE CONDE<br />

FOTOS RONI VASCONCELOS<br />

A<br />

simpatia da advogada Jeritza Gurgel é uma marca forte de sua<br />

personalidade e da maneira leve com que ela encara a vida. “Eu sou<br />

muito pra frente, procuro manter todo o meu equilíbrio emocional e<br />

físico. Em situações extremas, busco respirar fundo e seguir. Não me<br />

deixo abater por qualquer coisa que aconteça na minha vida. Procuro<br />

olhar o que aquilo dali está tentando me ensinar e aproveitar o<br />

máximo, sendo bom ou ruim”, explica Jeritza.<br />

Mesmo com uma rotina intensa, a advogada encontrou maneiras de deixar<br />

o cotidiano leve. “Eu faço mil coisas ao mesmo tempo, já me organizo para não<br />

perder tempo, porque senão tudo pode me consumir. É uma forma interessante<br />

que não me sacrifica tanto”, ressalta. Como a personalidade reflete na maneira<br />

de se vestir, logo é perceptível o modo resolutivo como Jeritza lida com a<br />

moda. Definindo-se como clássica e moderna ao mesmo tempo, ela tem como<br />

prioridade peças que possam ser usadas em ocasiões e ambientes diferentes.<br />

“Prefiro não errar em relação à minha rotina. Então, procuro estar bem<br />

vestida com roupas leves, com peças que possam me levar da manhã até a<br />

noite, como conjuntos ou roupa de uma só peça. A maioria das minhas roupas<br />

é muito versátil e se comunica bem de dia e de noite”, define a advogada.<br />

Vestidos ao estilo chamise são peças do closet de Jeritza que são sinônimo de<br />

praticidade, também definidas por ela como “look já vou”, por serem rápidas<br />

de vestir e passar uma ideia de estar bem arrumada. ¤<br />

Marcas sutis<br />

O perfume Pleasures, da marca norte-americana Estée Lauder, é uma<br />

evidência da leveza de Jeritza. “Uso há 10 anos, fixa bem e eu gosto porque<br />

não é forte. Ele me representa e as pessoas já me identificam pelo cheiro dele”,<br />

afirma. Outro objeto de apreço da advogada é o tapa olho que ela usa na hora de<br />

dormir. “Eu associo ele a um grande relaxamento e um momento de descansar,<br />

é sagrado, momento de oração, de agradecimento e de encontros”, completa.<br />

86 <strong>GALERIA</strong> ESPELHO 87


Aline<br />

Vasques<br />

MulheresTallis<br />

Dulcejane<br />

Fujita<br />

Luíza<br />

Bezerra<br />

SARAH<br />

ARARIPE<br />

Kelly<br />

Nobre<br />

Danielle<br />

Diniz<br />

Christianny<br />

Diógenes<br />

Maryana<br />

Canamary<br />

Ginna<br />

Gonçalves<br />

Renata<br />

Viana<br />

Celina<br />

Aguiar<br />

Rachel<br />

Teixeira<br />

Bianca<br />

Bonorandi<br />

Sarah<br />

Ponte<br />

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A L D E OTA . I G U AT E M I . R I O M A R<br />

88 <strong>GALERIA</strong> ESPELHO 89


BELEZA E<br />

BEM-ESTAR<br />

FACE EM<br />

HARMONIA<br />

TÉCNICA DE PREENCHIMENTO FACIAL, O MD CODES<br />

GARANTE RESULTADO RÁPIDO, EFICAZ E NATURAL NO ROSTO,<br />

COM DURABILIDADE DE ATÉ DOIS ANOS<br />

<strong>POR</strong> ALINE CONDE FOTO RONI VASCONCELOS<br />

AVALIAÇÃO 3D DA FACE<br />

Sem procedimentos invasivos e evidenciando a beleza<br />

facial com naturalidade, a técnica de preenchimento<br />

do MD Codes, idealizada pelo cirurgião plástico<br />

Maurício de Maio, tem sido cada vez mais procurada,<br />

em Fortaleza, por pessoas que desejam realçar áreas<br />

específicas no rosto e buscam um resultado eficaz e<br />

rápido. Segundo a dermatologista Manoela Crisóstomo, da Clin<br />

- um dos locais onde o procedimento é realizado, na Capital -,<br />

a técnica mapeia pontos estratégicos no rosto do paciente, para<br />

aplicação do produto injetável, o ácido hialurônico. Com isso,<br />

é possível, por exemplo, afinar e levantar o rosto, preencher<br />

lábios, levantar a sobrancelha ou o nariz e realçar o ângulo da<br />

mandíbula ou do contorno.<br />

“A melhor notícia desta tendência é que conseguimos<br />

harmonizar a face sem cirurgias e sem afastamento das atividades<br />

diárias, da rotina. Atualmente temos usado muito esse<br />

conceito de embelezamento na clínica, de não apenas tratarmos<br />

as rugas, flacidez, manchas e cicatrizes, mas também proporcionarmos<br />

uma melhora na harmonia facial com a busca das<br />

proporções desejadas, e com resultados eficazes e animadores”,<br />

comenta a dermatologista.<br />

Antes da realização do procedimento, o paciente passa por<br />

uma avaliação, momento em que o especialista verifica os pontos<br />

de aplicação do MD Codes, com base nos direcionamentos dados<br />

pela técnica de Maurício de Maio. “A gente faz muito procedimento<br />

em pacientes jovens. Mesmo em pessoas que têm o rosto<br />

ótimo, a pele ótima, mas nos procuram porque querem realçar<br />

algum aspecto”, revela a médica. Uma vez aplicado, o preenchimento<br />

pode durar de um a dois anos, de acordo com Manoela.<br />

Logo após o procedimento, já é possível perceber a diferença,<br />

garante a dermatologista. “A pessoa já nota o resultado após o<br />

procedimento. É claro que ele continua melhorando até um mês,<br />

mas de imediato já tem uma melhora”, comenta.<br />

NATURALIDADE<br />

A médica explica ainda que, apesar de ser uma técnica pouco<br />

invasiva, exige bastante cuidado na hora da aplicação, uma vez<br />

que o manuseio incorreto do produto injetável pode acarretar<br />

danos faciais. Já existiram casos de pacientes que apresentaram<br />

parte do nariz necrosado em decorrência da aplicação da técnica<br />

de forma incorreta. “É uma área médica, nós vamos a congressos,<br />

estudamos, conhecemos a anatomia, precisamos conhecer a pele<br />

por dentro. Você tem que saber o que há por trás e tem que saber<br />

como colocar o produto injetável. Neste caso, o importante é<br />

a experiência do profissional e como o profissional vai fazer a<br />

aplicação”, ressalta.<br />

Outro aspecto importante, para Manoela, é a preservação da<br />

naturalidade dos traços do paciente. “Porque às vezes tem gente<br />

que muda o rosto e fica de uma maneira artificial. Você olha e<br />

parece rosto de boneca, meio estático e com pouca expressão e<br />

isso não é legal. O certo é fazer de uma maneira que, quem olhe,<br />

nem perceba que foi feito preenchimento, porque está natural.<br />

Só perceba que a pessoa está melhor e mais bonita”, conclui. ¤<br />

90 <strong>GALERIA</strong> BELEZA E BEM-ESTAR 91


BELEZA E<br />

BEM-ESTAR<br />

COSMÉTICOS<br />

COM CONSCIÊNCIA<br />

A MUDA MUNDO ACREDITA NA SIMPLICIDADE DO PROCESSO ARTESANAL<br />

E TEM COMO BENEFÍCIO PRODUTOS “FRESH”, SEM CONSERVANTES SINTÉTICOS<br />

<strong>POR</strong> ALINE CONDE FOTO RONI VASCONCELOS<br />

BENEFÍCIOS<br />

As vantagens de optar por produtos com técnicas<br />

naturais são muitas, segundo com Renata. “A proposta<br />

é estabelecer uma reconexão dos consumidores com o<br />

que a natureza nos oferece. Além disso, os produtos<br />

são artesanais e feitos em lotes pequenos, com zelo e<br />

carinho. A pessoa tem a segurança de saber o que está<br />

consumindo: os óleos e manteigas vegetais e demais<br />

ingredientes são descritos nos rótulos de forma clara,<br />

para que não fiquem dúvidas sobre a composição”,<br />

ressalta, citando, ainda, a valorização do trabalho<br />

manual e os produtos “fresh”, com validade inferior a<br />

um ano. “Não levam conservantes sintéticos como no<br />

caso de produtos de prateleiras, que são válidos por<br />

anos”, completa.<br />

Ela comenta ainda que esse tipo de alquimia tem<br />

sido cada vez mais aceito em Fortaleza. “Percebo um<br />

mercado crescente na cidade. Muitas pessoas que<br />

começaram sua transformação pela alimentação e<br />

atividade física, hoje se preocupam também com o<br />

que colocam sobre a pele e cabelos”, diz. ¤<br />

TOQUE<br />

MT<br />

Sem ingredientes sintéticos e apostando em alternativas naturais,<br />

os produtos artesanais têm sido, cada vez mais, uma opção forte<br />

para quem se preocupa com os itens utilizados na pele e nos<br />

cabelos. Uma marca que tem chamado atenção, em Fortaleza,<br />

é a Muda Mundo, da publicitária Renata Lima. Ela explica que<br />

transformou o seu hábito de consumo consciente em uma marca<br />

de cosméticos naturais a partir de junho de 2017.<br />

“Virei expert em ler os rótulos de condicionadores e cremes para o<br />

cabelo. Fiquei impressionada com a quantidade de produtos sintéticos<br />

e derivados de petróleo que colocamos em nosso corpo e cabelos<br />

diariamente, sem nem mesmo nos darmos conta. Teve início em mim<br />

um processo de reflexão sobre o que consumimos e a forma como<br />

o fazemos. Comecei a buscar alternativas mais naturais para cuidar<br />

da minha saúde, do meu corpo e claro do meu cabelo. Mudei minha<br />

alimentação, alguns hábitos e os produtos cosméticos que utilizava”,<br />

revela Renata.<br />

Ao passar a usar produtos mais naturais, a mudança da publicitária<br />

foi percebida e as amigas logo começaram a pedir ajuda sobre o estilo de<br />

vida. “Virei uma espécie de ‘consultora’ de produtos. Então, busquei cursos<br />

e workshops em São Paulo de saboaria, cosmética natural e aromaterapia<br />

e foi quando a Muda Mundo se materializou”, afirma ela, que produz<br />

todos os itens da marca.<br />

O shampoo sólido, feito em temperaturas elevadas, permite a inclusão de extratos<br />

e componentes botânicos de acordo com a necessidade de cada cabelo. Após a<br />

produção, o consumidor já pode utilizá-lo no dia seguinte. Outro produto da Muda<br />

Mundo é a barra de sabão feita com óleos e manteigas vegetais, ervas, sementes e óleos<br />

essenciais. Pode ser usada após 30 dias, já que o tempo é necessário para equilibrar<br />

o PH e “secar” a barra de sabão. “A natureza é bastante generosa e nos proporciona<br />

diversas possibilidades. Cada barra de sabão é única e cheia de surpresas”, afirma<br />

Renata. Há também sabonetes faciais, hidratantes corporais e faciais, bálsamos,<br />

óleos corporais e capilares.<br />

92 <strong>GALERIA</strong> BELEZA E BEM-ESTAR 93


VIAGEM<br />

Por Márcia Travessoni<br />

NYC: SEMPRE COSMOPOLITA<br />

FOTOS FERNANDO <strong>TRAVESSONI</strong><br />

Viajar é sempre uma experiência de enriquecimento cultural.<br />

Agora imagine visitar novos lugares e ainda adquirir<br />

conhecimentos para engrandecer as perspectivas profissionais?<br />

Esse foi o principal motivo da minha volta à New York, em uma<br />

tour que me fez perceber a transformação dos modelos de<br />

negócios dentro da comunicação e o neoperfil de quem trabalha<br />

na área. A cidade respira inovação e conhecer as redações de jornais que<br />

são referências para os outros países modificou meu modo de enxergar<br />

o presente e o futuro.<br />

NOVOS RUMOS<br />

Conhecemos a IESE Business School, e tivemos a primeira aula lá.<br />

Fizemos uma visita ao Quartz, que é uma grande plataforma digital de<br />

notícias. Fomos ao Wall Street Journal. Lá, conversamos com o editor-chefe<br />

do Dow Jones, Glenn Hall e com a editora-chefe do setor digital, Jennifer<br />

Hicks, que falou sobre o fluxo do jornalismo virtual dentro do WSJ.<br />

Conhecemos também a School of Journalism Pulitzer Hall, da Columbia<br />

University, onde tivemos palestra com a professora Ava Seave, sobre as<br />

mudanças do jornalismo para o meio digital, as habilidades que esse novo<br />

profissional precisa ter daqui para frente, os desafios das mídias em relação<br />

às notícias e os impactos financeiros nos grandes jornais dos EUA. Lá, ainda<br />

conversamos com Alexandre Gonçalves, doutorando em Comunicação e<br />

professor convidado da IESE Business School, sobre jornalismo de dados.<br />

Também visitamos a CBS, e conversamos com editores e com<br />

responsáveis pelo comercial. Conhecemos a redação da Bloomberg, onde<br />

fomos recebidos pela Media Distribution Christine Furtado Morgan.<br />

Ela apresentou os produtos Bloomberg, como trabalham e como distribuem<br />

para as plataformas. Ela falou sobre o Tic Toc, um programa de minidocs<br />

em parceria com o Twitter. Depois, fomos recepcionados por Hernesto<br />

Marinho, que nos apresentou o Terminal, uma plataforma que mostra<br />

todos os índices financeiros e econômicos do mundo inteiro. Os bancos<br />

e as corretoras assinam as plataformas para ficar por dentro dos índices,<br />

além de informações sobre personalidades relevantes da economia e da<br />

política. Ele apresentou, como exemplo, uma busca pelo nome de Ciro<br />

Gomes, com dados sobre a influência nos índices econômicos da CSN a<br />

partir de notícias que cogitaram a candidatura. Sem dúvidas, um momento<br />

marcante para minha carreira no ramo da comunicação.<br />

94 <strong>GALERIA</strong> VIAGEM 95


CHARME NO BROOKLYN<br />

Quem assistiu ao filme Sex and the City deve lembrar<br />

bem de uma frase da personagem Charlotte York, onde<br />

ela afirma que “o Brooklyn é a nova Manhattan”. De fato,<br />

a região tem se tornado um dos principais pontos de<br />

encontro de nativos e de turistas, principalmente o<br />

D.U.M.B.O.<br />

Até uns anos atrás, essa região era conhecida por ser<br />

uma área de fábricas e apenas habitada na sua maioria por<br />

artistas que buscavam um lugar mais barato e alternativo<br />

para morar. Hoje, o local está repleto de galerias de artes,<br />

empresas de tecnologia e apartamentos de luxo. Seus<br />

moradores são jovens que deixaram Manhattan para residir<br />

em uma região mais tranquila, próxima de downtown e com<br />

os mesmos benefícios de transporte público, acessibilidade,<br />

coisas para fazer e etc., tudo isso, há menos de 10 minutos<br />

de Manhattan.<br />

Dica: dá para visitar o bairro inteiro de bicicleta ou<br />

mesmo caminhando, deixando a experiência ainda mais<br />

encantadora.<br />

TOQUE<br />

MT<br />

Point<br />

Gourmet<br />

Inaugurado em 2017,<br />

o primeiro restaurante<br />

Cecconi’s de NY virou<br />

parada obrigatória para os<br />

amantes gourmet. Servindo<br />

uma comida clássica do<br />

norte da Itália com um toque<br />

moderno, o restaurante está<br />

aberto diariamente para o<br />

almoço e jantar, brunch de<br />

fim-de-semana, para ceia aos<br />

domingo e um menu aperitivo<br />

servido das 16h às 19h, de terça<br />

a sexta-feira. O menu é<br />

assinado pelo chefe italiano<br />

Riccardo Bilotta, bem como<br />

o Chef executivo do Soho<br />

House para América do Norte,<br />

Andrea Cavaliere. Os dois<br />

colaboraram no cardápio,<br />

que inclui os clássicos do<br />

Cecconi’s, como espaguete de<br />

lagosta, a burrata e as pizzas<br />

feitas no forno à lenha.<br />

#THELIST<br />

HIGH LINE ELEVATED PARK<br />

High Line é um parque urbano suspenso construído sobre uma<br />

antiga linha de trem de Nova York. A plataforma suspensa deixou<br />

de ser utilizada em 1980 e em 2003, 23 anos mais tarde, começaram<br />

a pensar em diversos usos para este espaço. O projeto foi terminado<br />

em 2014 e a vista é espetacular.<br />

CENTRAL PARK<br />

É impossível viajar à big apple e não ter momentos memoráveis<br />

no Central Park. São 3.41 km² de extensão de puro verde, que recebe<br />

cerca de 30 milhões de turistas por ano. Para os fãs de John Lennon<br />

e amantes de música, em geral, também é interessante conhecer<br />

o memorial construído em homenagem ao artista, chamado de<br />

Strawberry Fields.<br />

CHELSEA MARKET<br />

Toda cidade cosmopolita tem um lugar que oferece o melhor das<br />

opções gastronômicas. Em Nova York, esse lugar é o Chelsea Market,<br />

na 75 Ninth Avenue. O “mercadão” tem uma história especial<br />

porque foi elaborado no mesmo espaço onde foi a empresa Nabisco,<br />

que criou e produziu o famoso biscoito Oreo. Hoje, o prédio também<br />

serve de sede para empresas como Google, Youtube, EMI Music e<br />

MLB.com (site que cuida da liga de baseball profissional). ¤<br />

Menu imperdível<br />

TOQUE<br />

MT<br />

Quem gosta de frutos do mar, a sugestão é conhecer a Lobster Place, um dos destaques dentro do Chelsea<br />

Market. Você pode tanto comprar para preparar em casa, quanto saboreá-los por lá mesmo. Eles têm camarões<br />

e peixes de todos os tipos, escargot, ouriços, ostras, caranguejos e por ai vai. Apesar da infinidade de frutos do<br />

mar de todos os tipos e da melhor qualidade, a Lobster Place é famosa mesmo pelas lagostas que são preparadas<br />

na hora. E detalhe: são servidas para os visitantes comerem em pé. A experiência é diferente e super bacana.<br />

Quer mais conteúdo de NY? Confira no site uma matéria inédita sobre as vitrines mais incríveis da big apple.<br />

96 <strong>GALERIA</strong> VIAGEM 97


LUXO<br />

Comeback<br />

CONSUMO<br />

das logos<br />

Glamour<br />

universal<br />

1. TRAÇADO RICO<br />

Unindo duas linguagens do artesanato - a palha e o<br />

crochê -, a marca cearense Catarina Mina lançou nova<br />

coleção de bolsas, batizada de “Caroá”. Com três shapes<br />

distintos e se adequando a ambientes como praia, cidade<br />

e serra, as peças exibem o característico trabalho manual<br />

da label. O preço varia de R$ 399 a R$ 540, e as peças<br />

estão disponíveis nas cores nude, vermelho, azul e preto.<br />

2. TOCANTINS EM MILÃO<br />

Os cenários, cores e traços rupestres do Tocantins<br />

foram a inspiração para a principal linha de móveis<br />

apresentada pela A Lot of Brazil no Salão de Milão deste<br />

ano. A Tocantins Collection contempla, além das peças<br />

criadas em parceria com marcas e designers brasileiros,<br />

a linha Capim Dourado, desenhada pelo fundador da<br />

marca, Pedro Franco, cuja cor dos objetos remete à palha 3<br />

produzida exclusivamente no Jalapão.<br />

3. SERPENTE DOURADA<br />

Com a própria definição de luxo em seus produtos,<br />

a Bvlgari tem um relógio que é, sem dúvida, ícone da<br />

marca: o Serpenti Tubogas. A peça da joalheria italiana<br />

foi desenhada de modo que a pulseira dê uma volta no<br />

braço, tal qual uma serpente. Produzida com aço inoxidável,<br />

bezel e ouro rosa 18k, cravejado com diamantes e<br />

lapidação brilhante, a peça está disponível na Tallis Joias.<br />

4. LENTES ITALIANAS<br />

O tom rocker é a assinatura da Versace na coleção de<br />

óculos de sol e de grau que chegou recentemente ao<br />

Brasil. Modelos icônicos da marca e o tradicional óculos<br />

de gatinho ganharam repaginações com materiais nobres<br />

e aplicações de cristais Swarovski e das medusas que são<br />

símbolo da maison. Lentes em degradê e com diversas<br />

opções de cores e hastes bicolores ou em metal são<br />

alguns dos pontos altos das peças.<br />

4<br />

2<br />

1<br />

CLUTCH ESTAMPADA<br />

BURBERRY<br />

SAPATO DE COURO<br />

GIVENCHY<br />

Com a efervescência do retorno aos anos 2000 nas últimas<br />

temporadas, o universo fashion pegou carona na logomania e<br />

resgatou o gosto pela utilização dos símbolos icônicos das grifes.<br />

Encabeçada pela divertida Moschino, a tendência ultrapassa o limite<br />

das roupas e chega aos acessórios com força total. Esse é o momento<br />

de vasculhar o armário e reciclar algumas peças, transformando o<br />

look com bons truques de styling.<br />

CULTURA POP<br />

DIOR CLUB VISOR<br />

DIOR EYEWEAR<br />

CHAPÉU ‘VIRGINIE’<br />

MAISON MICHEL<br />

GUARDA CHUVA<br />

MOSCHINO<br />

TOQUE<br />

MT<br />

A grife francesa Kenzo pegou os fashionistas de<br />

surpresa com o lançamento da campanha Memento<br />

N° 2. Estrelando, ninguém menos que a princesa do<br />

pop Britney Spears, vestindo uma releitura da primeira<br />

linha da grife, apresentada em 1986. A logomania está<br />

lá, assim como as estampas que se tornaram referência<br />

criativa e claro, a volta ao passado. Detalhe: os itens da<br />

coleção esgotaram em menos de 24h após o anúncio<br />

oficial da marca.<br />

CAPA PARA IPHONE X<br />

DE COURO<br />

DOLCE & GABBANA<br />

BODY DECOTE U NAS<br />

COSTAS BALMAIN<br />

MEIA<br />

À LA GARÇONNE<br />

CALÇA LUREX<br />

FENDI<br />

CAMISETA COM ESTAMPA<br />

GRAFFITI VERSACE<br />

98 <strong>GALERIA</strong> CONSUMO 99


CARTAS PARA O CEARÁ<br />

Sonhos e<br />

saudades<br />

COMANDANDO O PRÓPRIO NEGÓCIO<br />

NA CAPITAL NORTE-AMERICANA,<br />

LAERTE BEZERRA AMENIZA A SAUDADE<br />

DA FAMÍLIA VINDO AO CEARÁ PELO<br />

MENOS SEIS VEZES DURANTE O ANO<br />

<strong>POR</strong> ALINE CONDE<br />

Há 25 anos, Laerte Bezerra saiu de<br />

Fortaleza, no Ceará, com o destino<br />

certo: Washington DC, nos Estados<br />

Unidos, tendo em mente um ideal<br />

de realizar seus sonhos. “Eu saí de<br />

Fortaleza com uma mala, a coragem<br />

e um objetivo: vencer. Eu, hoje, sou um<br />

americano, mas amo o meu Ceará”, comenta<br />

Laerte. Atualmente, ele é um empresário bem<br />

sucedido na capital norte-americana, dono da<br />

rede Unwind Wellness, que conta com dois<br />

spas, e tem a projeção de abrir o terceiro em<br />

breve, além da meta de ter 10 spas no país, a<br />

longo prazo.<br />

“Quando eu vim morar aqui, comecei a<br />

trabalhar com eventos, com flores. Sempre tive<br />

vontade de trabalhar com coisas relacionadas<br />

ao relaxamento, com lugares que você fosse<br />

e esquecesse de tudo, deixasse o telefone<br />

desligado. Estava começando a colocar em<br />

prática, mas, em 2008, quando teve a crise<br />

financeira nos Estados Unidos, deixei esse<br />

sonho de lado. Em 2012 , botei de novo pra<br />

frente. No início eram apenas dois quartos<br />

e hoje tenho 29 quartos e 47 funcionários”,<br />

contabiliza o empresário, comentando que<br />

o spa oferece serviços como acupuntura,<br />

massagens e limpeza de pele. Para chegar à<br />

vida confortável que tem hoje, ele batalhou<br />

muito. “Uma coisa que a minha vida não é<br />

aqui é monótona. Quem me conhece, sabe<br />

que trabalho sete dias na semana e enfrento<br />

os meus problemas de frente”, completa.<br />

O cearense comenta que, no início,<br />

foi difícil a adaptação, mas que com “fé e<br />

gratidão” conseguiu conquistar espaço no país.<br />

Hoje, ele afirma que morar em Washington<br />

o deixa totalmente feliz. “É uma verdadeira<br />

realização, principalmente, na parte<br />

profissional, a qual contribui para uma<br />

ótima qualidade de vida, juntamente com<br />

os encantos desse país. Adoro morar aqui”,<br />

garante. O empresário aponta, ainda, alguns<br />

pontos positivos da cidade: “Repleta de pontos<br />

turísticos, restaurantes extraordinários,<br />

com uma população extremamente prestativa<br />

e educada, a qual zela, diariamente, pelo<br />

bem-estar dos americanos”. A vida de<br />

Laerte está tão estruturada no país que ele<br />

adquiriu, recentemente, um apartamento em<br />

Miami, pensando, sobretudo, na facilidade<br />

dos voos diretos que saem da cidade em<br />

direção a Fortaleza.<br />

SAUDADES<br />

A falta da família e dos amigos é o que<br />

Laerte mais lamenta. No entanto, essa<br />

ausência é apenas física, porque ele sempre<br />

está presente. “Me comunico diariamente com<br />

meus pais e com todas as pessoas queridas que<br />

tenho em Fortaleza. Além disso, minha irmã,<br />

minhas afilhadas, meu cunhado e meus amigos<br />

procuram, frequentemente, me visitar em<br />

Washington D.C.”, acrescenta, comentando<br />

que, durante o ano, costuma vir ao Ceará<br />

entre seis e oito vezes.<br />

Das vezes em que está na capital<br />

alencarina, o empresário procura ficar o<br />

FOTOS JACQUI DEPAS<br />

máximo de tempo possível com os pais.<br />

“Costumo ficar hospedado na casa dos meus<br />

pais, com a tentativa de reduzir um pouco<br />

a saudade. Saio bastante com meus amigos<br />

mais próximos, os quais nunca perderam<br />

sua importância, mesmo com toda essa<br />

distância. Diante disso, ainda percebo o<br />

quão gratificante é ir para Fortaleza, pois não<br />

importa a frequência com que eu retorne,<br />

sempre sou recebido da mesma maneira,<br />

completamente amável”, afirma.<br />

Quando questionado sobre o que mais<br />

sente falta do Ceará, nos Estados Unidos,<br />

ele prontamente destaca: “Sem dúvidas,<br />

a praia e a forma com que as pessoas se<br />

relacionam, sempre com muito carinho e<br />

afeto”. Gastronomicamente, a tapioca era<br />

uma das iguarias que mais faziam falta<br />

nas refeições de Laerte, quando ele se<br />

mudou para as terras norte-americanas,<br />

mas mesmo esse prato já pode ser encontrado<br />

em Washington D.C. ¤<br />

Washington D.C.,<br />

por Laerte Bezerra<br />

COMER<br />

Café Milano<br />

APROVEITAR<br />

W Hotel Rooftop<br />

CONHECER<br />

White House, pois nos sentimos num<br />

filme. É um sonho poder conhecer esse<br />

lugar tão histórico e atrativo.<br />

VISITAR<br />

Seria ótimo inserir os museus no<br />

roteiro de viagem. Em Washington,<br />

são mais de 20 museus, por ser uma<br />

cidade muito histórica, a qual gera<br />

bastante curiosidade por grande<br />

parcela da população mundial.<br />

100 <strong>GALERIA</strong> CARTAS PARA O CEARÁ 101


ACONTECE<br />

Liliana Diniz,<br />

Niedja Bezerra,<br />

Luciana Colares<br />

e Raquel Machado<br />

Karla Pereira,<br />

Raquel Machado,<br />

Denise Cavalcante<br />

e Celina Hissa<br />

<strong>MÁRCIA</strong><br />

<strong>TRAVESSONI</strong><br />

COMANDA O<br />

1º ALMOÇO<br />

“MULHERES<br />

E PODER”<br />

Andréa Delfino, Suyane<br />

Dias Branco, Martinha<br />

Assunção, Michelle<br />

Aragão, Ana Virgínia<br />

Martins, Danielle<br />

Pinheiro e Morgana Dias<br />

Branco<br />

Raquel Machado,<br />

Ticiana Rolim Queiroz,<br />

Márcia Travessoni<br />

e Águeda Muniz<br />

Ticiana Barreira,<br />

Vanessa Queirós<br />

e Roberta Quaranta<br />

Foi refletindo sobre representatividade feminina<br />

na política que Márcia Travessoni idealizou<br />

o “Mulheres e Poder”, um projeto que reúne<br />

mulheres em posição de liderança no Ceará<br />

para compartilhar e colocar em ação estratégias<br />

que fortaleçam e empoderem. A 1ª edição do<br />

encontro aconteceu no Cabaña Del Primo, com<br />

a participação da professora Raquel Machado, a<br />

empresária da C. Rolim Engenharia Ticiana Rolim<br />

Queiroz e a secretária Municipal de Urbanismo e<br />

Meio Ambiente, Águeda Muniz. Além da conversa,<br />

as presenças desfrutaram de um almoço saboroso<br />

no restô e ainda ganharam docinhos da Briejer. O<br />

evento ainda contou com o apoio de Raí Meirelles,<br />

da Ideemov, que colocou em prática toda a ideia<br />

do encontro com perfeição. Excelentes, as equipes<br />

do RioMar Fortaleza e do Cabaña Del Primo<br />

prepararam com esmero o espaço para nos receber.<br />

Nicolle Barbosa<br />

e Natália Rios<br />

Ana Paula Daud<br />

e Kelviane Barros<br />

Maria Vital<br />

e Euwláudia Fontenele<br />

102 <strong>GALERIA</strong> ACONTECE 103


Ticiana Rolim Queiroz,<br />

Márcia Travessoni<br />

e Tane Albuquerque<br />

Raquel Machado<br />

e Camile Castro<br />

Márcia Travessoni<br />

e Brígida Frazão<br />

Michele Ribeiro,<br />

Márcia Travessoni<br />

e Juliana de Fátima<br />

Kelviane Barros<br />

e Raquel Machado<br />

Marcia Travessoni<br />

e Águeda Muniz<br />

104 <strong>GALERIA</strong> ACONTECE 105


ACONTECE<br />

Lenise Queiroz Rocha<br />

e Márcia Travessoni<br />

Manoela Queiroz Bacelar,<br />

Lenise Queiroz Rocha,<br />

Edson Queiroz Neto<br />

e Fátima Veras<br />

FUNDAÇÃO<br />

EDSON QUEIROZ<br />

ENTREGA<br />

ESPAÇO DE<br />

LAZER<br />

Beatriz, Edson Queiroz<br />

Neto, Marco e Ticiana<br />

Rolim Queiroz<br />

Vitor Frota<br />

e Dani Eloy<br />

Sílvio e Paula Frota<br />

Em 2018 Fortaleza completou 292 anos<br />

de história. A Cidade do Sol ganhou o<br />

seu primeiro presente de aniversário,<br />

com a inauguração do Passeio Edson Queiroz,<br />

um novo espaço de lazer e convívio projetado<br />

pela Fundação Edson Queiroz para comemorar<br />

o aniversário de 93 anos de nascimento<br />

do Chanceler Edson Queiroz, dentro da<br />

programação dos 45 anos da Universidade<br />

de Fortaleza. A família Queiroz marcou presença<br />

em peso no evento, após se emocionar com<br />

uma Missa em Ação de Graças em lembrança<br />

à vida do empresário cearense, no Altar Votivo<br />

da Unifor. Lenise Queiroz Rocha, presidente<br />

da Fundação Edson Queiroz; Chanceler<br />

Edson Queiroz Neto; Manoela Queiroz Bacelar,<br />

vice-presidente da Fundação; e Fátima Veras,<br />

reitora da Unifor; Roberto Cláudio, prefeito<br />

de Fortaleza, participaram da solenidade. A<br />

estrutura da estátua foi restaurada pelas mãos<br />

do cenógrafo e museógrafo André Scarlazzari.<br />

Ricardo<br />

e Manoela Bacelar<br />

Cláudio, Cláudio<br />

e Felipe Rocha<br />

Carmen Cinira,<br />

Elusa Laprovitera,<br />

Paula Frota,<br />

Cristiana Botelho<br />

e Lilia Quinderé<br />

106 <strong>GALERIA</strong> ACONTECE 107


Batista de Lima,<br />

Padre Sales<br />

e Edson Queiroz Neto<br />

Randal Pompeu<br />

e Rafael Rodrigues<br />

Denise Casselli<br />

e Tarcísio Pequeno<br />

Noemi Reginaldo<br />

e Prof. Costinha<br />

Sérgio e Jane Juaçaba<br />

Roberto Menescal<br />

e Paulo Mindêllo<br />

Katherine Mihaliuc<br />

e Juliana Mamede<br />

Batista de Lima,<br />

Carlos Batista<br />

e Henrique Sá<br />

Mônica Lopes,<br />

Norma Leite Barbosa<br />

e Neide Juaçaba<br />

Benjamin<br />

e Karla Oiliveira<br />

Liadina Camargo<br />

e Jackson Sávio<br />

Ivone<br />

e Cláudia Rebouças<br />

108 <strong>GALERIA</strong> ACONTECE 109


ACONTECE<br />

HUB da Air France-KLM<br />

e Gol inicia as operações<br />

Márcia Travessoni<br />

e Jean-Marc Pouchol<br />

HUB DA AIR<br />

FRANCE-KLM<br />

E GOL INICIA<br />

AS OPERAÇÕES<br />

Jean-Michel Mathieu,<br />

Pieter Elbers<br />

e Paulo Kakinoff<br />

Paulo Kakinoff<br />

e Roberto Cláudio<br />

HUB da Air France-KLM<br />

e Gol inicia as operações<br />

Vindos de São Paulo, Amsterdã<br />

e Paris, os voos da GOL, KLM e<br />

Joon pousaram ontem na capital<br />

cearense, inaugurando oficialmente o HUB<br />

da Air France-KLM e Gol no Aeroporto Pinto<br />

Martins. De Amsterdã, desembarcaram<br />

autoridades como a vice-governadora<br />

Izolda Cela e o presidente da Câmara<br />

Municipal, Salmito Filho; na aeronave<br />

de Paris, estava o governador Camilo<br />

Santana, além do secretário de Turismo<br />

Arialdo Pinho, o presidente da Assembleia<br />

Legislativa Zezinho Albuquerque e o titular<br />

da SDE, César Ribeiro. O grupo se uniu<br />

ao prefeito Roberto Cláudio, Jean-Marc<br />

Pouchol, diretor-geral da Air France-KLM<br />

para América do Sul, Seth van Straten,<br />

diretor comercial da companhia e Paulo<br />

Sérgio Kakinoff, CEO da Gol Linhas Áreas,<br />

para celebrar essa grande conquista.<br />

HUB da Air France-KLM<br />

e Gol inicia as operações<br />

HUB da Air France-KLM<br />

e Gol inicia as operações<br />

Onélia Santana<br />

e Márcia Travessoni<br />

110 <strong>GALERIA</strong> ACONTECE 111


Paulo Kakinoff<br />

e Jean-Marc Pouchol<br />

Roberto Cláudio<br />

e Patrícia Macêdo<br />

Marcos Azevedo,<br />

Nilza Kido<br />

e Antônio Assunção<br />

Seth van Straten<br />

e Jean-Marc Pouchol<br />

Só a educação pode<br />

abrir um futuro mais justo,<br />

seguro e igualitário.<br />

Régis Medeiros<br />

e Salmito Filho<br />

Regina Dunlop<br />

e Paulo Campos<br />

112 <strong>GALERIA</strong> ACONTECE 113


ACONTECE<br />

Leonardo<br />

e Auxiliadora Carvalho,<br />

Iana Holanda<br />

e Dodora Guimarães<br />

Andréa Josino,<br />

Maria Guimarães<br />

e Adriana Roberto<br />

MUSEU DA<br />

INDÚSTRIA<br />

RECEBE A EXPO<br />

“A INTENÇÃO<br />

E O GESTO”<br />

Camila Esmeraldo,<br />

Dodora Guimarães<br />

e Sabrina Esmeraldo<br />

Roberto Macêdo<br />

e Ricardo Cavalcante<br />

Abertura da exposição<br />

“A Intenção e o Gesto”<br />

A<br />

obra de Marcantônio Vilaça marcou história<br />

na arte contemporânea brasileira. Por<br />

isso, o artista plástico pernambucano foi<br />

escolhido para nomear o Prêmio CNI Sesi Senai,<br />

um dos mais importantes eventos divulgadores<br />

das artes visuais no Brasil. Além de homenagear<br />

artistas selecionados, o prêmio realiza mostras<br />

com os trabalhos vencedores. No Ceará, três<br />

exposições acontecem no Museu de Arte<br />

Contemporânea e no Museu da Indústria. O<br />

diretor administrativo do Sistema FIEC, Ricardo<br />

Cavalcante realizou a abertura de mostra que<br />

marca a terceira vertente da premiação, chamada<br />

“A Intenção e o Gesto”, no Museu da Indústria.<br />

As peças, que relacionam a arte à produção<br />

industrial, são assinadas por nomes como Sérvulo<br />

Esmeraldo, o grande homenageado desta edição,<br />

Almandrade, Ana Maria Tavares, Arthur Lescher,<br />

Delson Uchoa, Angelo Venosa, Guto Lacaz e<br />

Jaildo Marinho, Raul Córdula e Paulo Pereira.<br />

Osiel Gomes<br />

e Emidio Sanderson<br />

Veridiana Soares,<br />

Sônia Parente<br />

e Juliane Guimarães<br />

Maria Otis<br />

e Ivna Girão<br />

114 <strong>GALERIA</strong> ACONTECE 115


ACONTECE<br />

5 anos da clínica<br />

de Mariana Pimenta<br />

5 anos da clínica<br />

de Mariana Pimenta<br />

EMOÇÃO NA<br />

FESTA DE 5 ANOS<br />

DA CLÍNICA<br />

DE MARIANA<br />

PIMENTA<br />

Mariana Pimenta<br />

e Niedja Bezerra<br />

Ana e Raquel Macedo<br />

5 anos da clínica<br />

de Mariana Pimenta<br />

Para celebrar os 5 anos de sucesso de sua<br />

clínica, a Dra. Mariana Pimenta convidou<br />

amigos e pacientes para um almoço<br />

especial no Pipo Restaurante. Com o espaço<br />

lotado, Mariana fez questão de falar e abraçar<br />

a todos. Na hora dos parabéns, a emoção foi<br />

grande. “Quero agradecer à minha família por<br />

investir em mim, agradecer à minha equipe por<br />

me apoiar nesse projeto. Vocês são a minha<br />

segunda família”, ela declarou ao público, em meio<br />

a lágrimas. Nascida no Interior do Estado, Mariana<br />

contou que se mudou para a Capital ainda nova,<br />

incentivada pelos pais a sempre investir na<br />

educação. A escolha da profissão não foi difícil, já<br />

que a paixão pela medicina vem desde a infância.<br />

Raphael Joca foi o cerimonialista do encontro,<br />

que ganhou decoração dos balões da Petit Mix,<br />

com flores da marca Decorando Seu Natal. O<br />

lindo bolo foi obra da Analu Gourmet, doces da<br />

Docidée e mimos da Jorge Bischoff e Spetacollare.<br />

Bruna Braga, Manuel<br />

e Mariana Pimenta,<br />

Thina e Lara Cruz,<br />

Manoela, Cirilo<br />

e Neide Pimenta<br />

Thina e Lara Cruz<br />

Giuliana Botelho<br />

e Mariana Pimenta<br />

116 <strong>GALERIA</strong> ACONTECE 117


ACONTECE<br />

Patrícia Macêdo,<br />

Geraldo Júlio,<br />

Edilberto Pontes,<br />

Roberto Cláudio, Moroni<br />

Torgan, Salmito Filho<br />

e Queiroz Filho<br />

Fernanda Levy,<br />

Patrícia Macêdo<br />

e Clarissa Alencar<br />

PREFEITURA<br />

PROMOVE 2º<br />

SEMINÁRIO<br />

SOBRE<br />

INOVAÇÕES<br />

EM POLÍTICAS<br />

PÚBLICAS<br />

Elpídio Nogueira,<br />

Darlan Leite<br />

e Erick Vasconcelos<br />

Salmito Filho<br />

e Lia Ferreira Gomes<br />

Carol Bezerra<br />

e Izolda Cela<br />

Fortaleza está em constante<br />

desenvolvimento. A cidade cresce e se<br />

ramifica, acarretando mudanças. Em busca<br />

de sanar as novas demandas, a Prefeitura de<br />

Fortaleza promoveu a 2ª edição do Seminário<br />

Internacional de Políticas Públicas Inovadoras<br />

para Cidades, no Centro de Eventos. Encabeçado<br />

por Patrícia Macêdo, coordenadora especial<br />

de Relações Internacionais e Federativas,<br />

o evento existe, acima de tudo, para que<br />

gestores locais, nacionais e internacionais<br />

compartilhem experiências sobre o que há de<br />

inovador em políticas públicas, com o objetivo<br />

de melhorar a qualidade da vida da população<br />

em saúde, educação, segurança, mobilidade<br />

e diversas outras áreas. Na plateia e no palco,<br />

flagramos: Izolda Cela, Carol Bezerra, Geraldo<br />

Júlio, José Bolívar Castillo e Christiane Pelajo.<br />

Christiane Pelajo<br />

Lia Parente,<br />

Mário Fracalossi,<br />

Patrícia Macêdo<br />

e Eudoro Santana<br />

Darlan Leite<br />

e Patriolino Dias<br />

118 <strong>GALERIA</strong> ACONTECE 119


ACONTECE<br />

Hélio e Verônica Perdigão<br />

Helder e Thais Moreno<br />

A UNIÃO DE<br />

<strong>MÁRCIA</strong><br />

BERETTA E<br />

BRUNO DE<br />

ALENCAR<br />

MORENO<br />

Fernando Diógenes<br />

e Natália Recamonde<br />

Carlos e Carolina<br />

Pignatari<br />

e Bruno Puga<br />

Helder,<br />

Cristina e Bruno Moreno,<br />

Márcia e Fábio Beretta<br />

e Mirley Pignatari<br />

O<br />

“sim” de Márcia Beretta e Bruno de<br />

Alencar Moreno é uma prova de que o<br />

par perfeito existe. Os noivos selaram<br />

a união em cerimônia luxuosa ao pôr do sol<br />

no Terrasse La Maison. E para encantar mais<br />

ainda esse dia, foi a voz inconfundível de<br />

Paulo José que conduziu a marcha nupcial.<br />

Filhos de Fábio César Bolzan Beretta e<br />

Mirley Aparecida Pignatari e de Luiz Helder<br />

e Maria Cristina de Alencar Moreno, eles<br />

confiaram no trabalho de Raquel Mendonça<br />

para cuidar com carinho do cerimonial da<br />

festa, que recebeu décor chic e delicada<br />

de Willfridy Mendonça. Mais uma vez, a<br />

Cacau2You caprichou no bolo, recebendo<br />

muitos elogios. Os doces multicores foram<br />

obra da Antoinette Boutique. No final da<br />

noite, a pista de dança foi comandada<br />

pelas batidas de Amon Lima, que fez todo<br />

mundo sair do chão. Alguma dúvida que<br />

essa festa foi incrível? Não temos!<br />

Larissa Amorim,<br />

Bruno Moreno,<br />

Márcia Beretta<br />

e Fernando Diógenes<br />

Carlos Barros<br />

e Fabiana Hirata<br />

Flávio,<br />

Dora, Juliana<br />

e Bruno Nogueira<br />

Isadora Maia<br />

120 <strong>GALERIA</strong> ACONTECE 121


ACONTECE<br />

Luciana Colares,<br />

Nadja Parente,<br />

Márcia Travessoni<br />

e Niedja Bezerra<br />

Suyane Dias Branco,<br />

Graça da Escóssia,<br />

Lia Freire,<br />

Consuelo Dias Branco,<br />

Gisela Vieira<br />

e Morgana Dias Branco<br />

5.0 DE LIA<br />

FREIRE<br />

ANIMOU A<br />

TARDE NO<br />

BARBRA’S<br />

EDEN<br />

Regina Aragão<br />

e Gil Santos<br />

Silvinha Leal<br />

e Ana Vládia Sales<br />

Ana Carolina,<br />

Lia e Ana Paula Freire<br />

A<br />

festa de aniversário de 50 anos de<br />

Lia Freire marcou pela criatividade.<br />

A começar pela decoração de ares<br />

mediterrâneos, com aplicações de limão<br />

siciliano, cerâmica portuguesa, bromélias<br />

e suculentas – uma obra de arte assinada<br />

pela equipe de Gil Santos e Carine Moreira.<br />

Com cerimonial de Mafrense Sousa, os<br />

parabéns aconteceram na segunda casa da<br />

aniversariante, o Barbra’s Eden, reunindo<br />

amigos e a família para brindar a data ao<br />

som de Roberta Fiúza e o DJ Rômulo. Lia<br />

confiou no trabalho da Dolce Divino para<br />

preparar o bolo e os doces do encontro.<br />

“Alegria e encantamento! Muita gratidão a<br />

um time mais que especial que deram asas<br />

ao meu sonho que era acolher e receber<br />

meus amigos queridos com aconchego<br />

e energia do bem!”, comemorou Lia.<br />

Eymard, Lia<br />

e Bárbara Freire<br />

Lia Freire<br />

e Mafrense Sousa<br />

Branca Mourão,<br />

Tamara Azevedo,<br />

Karine Bezerra<br />

e Willfridy Mendonça<br />

Anne Alcântara<br />

122 <strong>GALERIA</strong> ACONTECE 123


ACONTECE<br />

Constanza Fernandez,<br />

Rebeka Guerra,<br />

Felipe Queiroz Rocha<br />

e Nicole Pinheiro<br />

Maurício Filizola,<br />

Ana Claúdia Martins<br />

e Rodrigo Leite<br />

OS<br />

HIGHLIGHTS<br />

DO DFB<br />

FESTIVAL 2018<br />

Onélia Santana<br />

Paula Villas-Boas,<br />

Levi Castelo Branco<br />

e Helena Silveira<br />

Fabiano Piúba,<br />

Cláudio Silveira<br />

e Élcio Batista<br />

“O DFB Festival representa o talento e<br />

a força do Ceará”. Foi com essa frase<br />

que Cláudio Silveira abriu oficialmente<br />

o evento, durante coletiva de imprensa.<br />

Considerada a maior semana de moda<br />

autoral da América Latina, essa edição<br />

ganhou status ainda maior, transformando<br />

o Terminal Marítimo de Passageiros em<br />

um festival de cultura, negócios, música,<br />

empreendedorismo e arte. Entre desfiles de<br />

nomes conhecidos da cidade e um concurso<br />

responsável por despontar novos talentos,<br />

o DFB Festival movimentou não só a<br />

economia criativa do Estado, como também<br />

gerou empregos e destacou o movimento<br />

ecofriendly, importante dentro do cenário<br />

fashion atual. Confira os destaques..<br />

Karol Conka<br />

A nova coleção<br />

de Rebeca Sampaio<br />

surpreendeu<br />

os convidados<br />

Mila Menezes<br />

Raissa Santana<br />

124 <strong>GALERIA</strong> ACONTECE 125


Dora Coelho<br />

e Valter Costa Lima<br />

Kelly Whitehurst<br />

e Renata Vale<br />

Lisieux Brasileiro,<br />

Beatriz Bezerra<br />

e Cláudia Romcy<br />

Krysten Keller<br />

e Luiz Victor Torres<br />

Gil Santos<br />

e Denise Bezerra<br />

Giovanna Gripp,<br />

Nathalia Petrone,<br />

Deborah Bandeira<br />

e Gisele Studart<br />

Fila Final do Desfile<br />

da Bikiny Society<br />

Michelle Aragão<br />

e Suyane Dias Branco<br />

Augusta Angélica<br />

e Joana de Paula<br />

Kika Bichucher<br />

Nicole e Sandra Pinheiro<br />

Fila Final do Desfile<br />

de Almerinda Maria<br />

Gabriela Fiuza<br />

126 <strong>GALERIA</strong> ACONTECE 127


ACONTECE<br />

Ana Cláudia Martins<br />

e Regina Pinho<br />

Eudoro Santana,<br />

Roberto Cláudio<br />

e Élcio Batista<br />

70 ANOS DA<br />

FECOMÉRCIO<br />

FOI MARCADO<br />

<strong>POR</strong><br />

HOMENAGENS<br />

Ferruccio Feitosa<br />

e Maurício Filizola<br />

Maria Vital,<br />

Márcia Travessoni<br />

e Águeda Muniz<br />

Carol Bezerra,<br />

Roberto Cláudio<br />

e Roberta Bezerra<br />

Há 70 anos, o Sistema Fecomércio<br />

começou a sua atuação no Ceará,<br />

através dos núcleos regionais do Sesc<br />

e Senac. Em 2018, a Federação comemorou a<br />

data com uma grande festa no Lulla’s Plazzá,<br />

onde aconteceram a posse da nova diretoria<br />

e a entrega da maior honraria do comércio<br />

cearense, a Medalha Clóvis Arrais Maia,<br />

ao prefeito Roberto Cláudio. Na ocasião, o<br />

mestre Espedito Seleiro e o superintendente<br />

Regional do Trabalho, Fábio Zech, também<br />

foram agraciados com as Comendas João<br />

Luiz Ramalho de Oliveira (Sesc) e José<br />

Leite Martins (Senac), respectivamente<br />

entregues pelas diretoras regionais do<br />

Sesc e Senac, Regina Pinho e Ana Cláudia<br />

Martins. A partir de agora, Maurício Filizola<br />

assume oficialmente a presidência da<br />

Fecomércio Ceará. Luiz Gastão Bitencourt<br />

se afasta do Sistema até 31 de dezembro<br />

de 2019, para continuar a intervenção na<br />

sede do Rio, iniciada em dezembro de 2017.<br />

Luiz Gastão Bittencourt,<br />

Nicolle Barbosa<br />

e Maurício Filizola<br />

Adalmir Santana,<br />

Marcelo Queirós,<br />

Manoel Linhares<br />

e Luiz Gastão Bittencourt<br />

Ricardo Cavalcante,<br />

Enid Câmara,<br />

Circe Jane<br />

e Régis Medeiros<br />

128 <strong>GALERIA</strong> ACONTECE 129


Alberto Farias,<br />

Ubiratan e Andrei Aguiar<br />

Helton Yomura<br />

e Roberto Cláudio<br />

Fernando Ximenes<br />

e Sofia Rocha<br />

Raimundo Gomes<br />

de Matos e Pedro Matos<br />

Luana Isola,<br />

Eliana, Luiz Gastão<br />

e Luiz Bittencourt<br />

Raquel e Rodrigo Leite<br />

Rodrigo Nogueira,<br />

Pedro Matos<br />

e Lucas Asfor<br />

Salmito Filho,<br />

Licínio e Helena Correia<br />

Marcelo Pinheiro<br />

e Patrícia Macêdo<br />

Helton Yomura,<br />

Maria Vital<br />

e Fábio Zech<br />

Regina Aragão<br />

e Luís Marques<br />

Fernando Novais<br />

e Ana Virgínia Furlani<br />

130 <strong>GALERIA</strong> ACONTECE 131


ACONTECE<br />

Alexandre Sampaio,<br />

Arialdo Pinho<br />

e Joaquim Cartaxo<br />

Alessandro Dantas,<br />

Guilherme Melo<br />

e Carlos Santos<br />

DETALHES DA<br />

ABERTURA<br />

DO CONOTEL<br />

2018, EM<br />

FORTALEZA<br />

Osmar José,<br />

Eliseu Barros<br />

e Henry Falbo<br />

Salmito Filho<br />

e Régis Medeiros<br />

Régis Medeiros,<br />

Alexandre Sampaio,<br />

Manoel Linhares<br />

e Arialdo Pinho<br />

<strong>GALERIA</strong> acompanhou a abertura<br />

oficial da 60ª edição do Congresso<br />

Nacional de Hotéis (Conotel).<br />

Realizado pela Associação Brasileira<br />

da Indústria de Hotéis (ABIH), o evento<br />

aconteceu no Centro de Eventos, em<br />

paralelo com a feira Equipotel Regional.<br />

Após a apresentação da mesa diretora,<br />

o presidente nacional da ABIH, Manoel<br />

Linhares declarou aberto o Conotel 2018.<br />

Além de autoridades da área hoteleira e<br />

política da cidade, a solenidade recebeu<br />

a presença do presidente da ABIH-CE,<br />

Eliseu Barros. Na ocasião, Salmito Filho,<br />

presidente da Câmara Municipal de<br />

Fortaleza, realizou uma homenagem<br />

a Manoel, entregando a ele o título de<br />

cidadão fortalezense. Logo em seguida, o<br />

presidente recebeu a comenda Benfeitor<br />

Humanitário da Cruz Vermelha. A ABIH<br />

conferiu ao presidente da Cruz Vermelha,<br />

Júlio Cals, um reconhecimento pelos<br />

serviços prestados. Autoridades como o<br />

secretário de turismo do Estado, Arialdo<br />

Pinho, também receberam homenagem.<br />

Nicolle Barbosa<br />

e Manoel Linhares<br />

Ivana Bezerra<br />

e Priscila Cavalcante<br />

Eduardo Fontes,<br />

Morgana Linhares<br />

e Alexandre Sampaio<br />

132 <strong>GALERIA</strong> ACONTECE 133


ACONTECE<br />

Beatriz Pontes,<br />

e Fernanda Levy<br />

Raissa Santana,<br />

Renata Ucha<br />

e Constanza Fernandes<br />

F*HITS<br />

PROMOVE<br />

JANTAR<br />

EXCLUSIVO<br />

NA CAVALIERI<br />

Tinesa Emerenciano<br />

e Marcela Cartaxo<br />

Camila Marieta<br />

e Rayane Fortes<br />

Van Duarte<br />

e Fernanda Britto<br />

Em Fortaleza para o<br />

#DFBFestival2018 com seu QG<br />

exclusivo, Alice Ferraz e as<br />

influencers da F*Hits foram anfitrionadas<br />

por Paulinha Sampaio e Nicole Pinheiro<br />

em um jantar privê na Cavalieri Confraria.<br />

O empresário Felipe Queiroz Rocha fez<br />

questão de criar um menu especial<br />

para as convidadas, que aproveitaram<br />

o encontro para compartilhar cliques,<br />

dicas fashion e conversas animadas,<br />

enquanto desfrutavam do melhor da<br />

culinária cearense. Alice Ferraz fez<br />

um pronunciamento para agradecer<br />

a Paulinha e a todas as F*Hits pela<br />

oportunidade. A trilha sonora do<br />

encontro foi assinada pela dupla<br />

Rayane Fortes e o pianista Felipe<br />

Adjafre, além do DJ Thiago Camargo.<br />

Rebeka Guerra,<br />

Felipe Queiroz Rocha<br />

e Paulinha Sampaio<br />

Rebeka Guerra<br />

e Alice Salazar<br />

Fernanda Levy<br />

e Fernanda Borges<br />

134 <strong>GALERIA</strong> ACONTECE 135


ACONTECE<br />

Eneldo Peixoto,<br />

Rodrigo Maia<br />

e Carlos Otávio<br />

Lia Freire,<br />

Adriana Carneiro<br />

e Maira Silva<br />

MUITA<br />

EMOÇÃO NO<br />

LANÇAMENTO<br />

DA <strong>REVISTA</strong><br />

<strong>GALERIA</strong> 8<br />

Van Régia<br />

Guirlanda<br />

e Nathália Ponte<br />

Bia Fiúza,<br />

Rodrigo Jereissati<br />

e Valter Costa Lima<br />

Quando Márcia Travessoni e a equipe<br />

da Revista Galeria sentaram para<br />

pensar a capa da 8ª edição, o nome<br />

de Bia Fiúza surgiu e de repente pareceu<br />

dar sentido a tudo o que a nossa publicação<br />

comunica. Bia era a voz social que tanto<br />

buscávamos, uma mulher que transforma<br />

e age, emocionando a todos nós durante o<br />

lançamento da #RevistaGaleria8, na Ouvidor<br />

Design. A noite começou com um welcome<br />

drinks preparado pela equipe de Lucas Farias,<br />

da 1,2 Drink, no espaço montado pela Valença<br />

Eventos, além do buffet servido pelo Barbra’s.<br />

Ao som de jazz, na voz agradável de Nara Hope<br />

e o violão de Pedro Victor, nossa publisher<br />

recepcionou os convidados com sua alegria<br />

característica e muitos sorrisos. Raí Meirelles,<br />

da Ideemov, assinou o cerimonial da festa com<br />

decoração minimalista de Gil Santos – bonitos<br />

arranjos de orquídeas lilás. Veja os cliques.<br />

Lançamento<br />

da Revista Galeria 8<br />

Veri Bessa, Suzane<br />

Farias, Letícia Studart,<br />

Martinha Assunção, Ana<br />

Virgínia Martins, Fred<br />

Carioca e Elisa Oliveira<br />

Márcia Travessoni<br />

e Bia Fiúza<br />

136 <strong>GALERIA</strong> ACONTECE 137


Andréa<br />

e Dante Bonorandi<br />

Carlota Fiúza,<br />

Priscila Ximenes,<br />

Rafaella Asfor,<br />

Bia e Marina Fiúza<br />

Raí Meirelles<br />

e Márcia Travessoni<br />

Paulo José,<br />

Norma Zélia,<br />

Márcia e Fernando<br />

Travessoni<br />

Aderaldo e Maira Silva,<br />

Daniela e Afrânio Barreira<br />

Maurício Filizola,<br />

Artur Bruno<br />

e Natércia Rios<br />

Beto e Lina Mendonça<br />

Lançamento<br />

da Revista Galeria 8<br />

Raquel Machado<br />

Valter Costa Lima, Rafael<br />

Studart, Dora Coelho,<br />

Márcia Travessoni,<br />

Anderson Bruno, Hiago<br />

Teixeira e Jéssica Colaço<br />

Luiziane Cavalcante,<br />

Léo Souza,<br />

Suzana Farias<br />

e Manoela Crisóstomo<br />

Gorete Cavalcante,<br />

Luciana e Beatriz Fiúza<br />

138 <strong>GALERIA</strong> ACONTECE 139


Perspectiva artística gazebo relax<br />

SERVIÇO<br />

Serviço<br />

Cor, aroma, delicadeza e beleza.<br />

Carola Design<br />

instagram.com/carola.design<br />

Tel.: (11) 9 7052 1233<br />

Clin<br />

Av. Dom Luís, 1233, 21º andar - Meireles, Fortaleza<br />

Tel: (85) 3242 0405<br />

David Lee<br />

instagram.com/davidleeoficial<br />

Tel.: (85) 9 9955 4552<br />

Green Life Academias<br />

Unidade Guararapes<br />

Avenida Cel. Miguel Dias, 200 - Guararapes<br />

Tel.: (85) 3241 0185<br />

Unidade Aldeota<br />

Avenida Santos Dumont, 3601, esquina<br />

com Professor Dias da Rocha - Aldeota<br />

Unidade Passaré<br />

Av. Heróis do Acre, 459 - Passaré<br />

Tel.: (85) 3289 3777<br />

Unidade Maraponga<br />

Av. Godofredo Maciel, 597 - Maraponga<br />

Tel.: (85) 3495 0150<br />

Unidade Fátima<br />

Rua Napoleão Laureano, 137 - Bairro de Fátima<br />

Tel.: (85) 3032 5005<br />

Unidade Eusébio<br />

Av Eusébio de Queiroz S/N, dentro do Shopping<br />

Eusébio Open Mall - Eusébio CE<br />

Tel.: (85) 3260 5523<br />

Muda Mundo<br />

instagram.com/muda.mundo<br />

Tel. (85) 9 9823 7818<br />

Neiva Terceiro Pães Artesanais<br />

Rua Bárbara de Alencar, 2056 - Centro<br />

Tel.: (85) 3268 2915/ 3261 9789/ 3268 3565<br />

Restaurante Santa Grelha<br />

Rua Tibúrcio Cavalcante, 790 - Meireles<br />

Tel.: (85) 3224 0249<br />

Shopping Iguatemi<br />

Tel.:(85) 3241 5541<br />

Susana Clark Fiuza Arquitetura e Ambientação<br />

Rua Dr. Gilberto Studart, 55, sala 308, Torre Sul<br />

- Cocó<br />

Tel.: (85) 3265 3215/ 9 8733 1473<br />

Tapera das Artes<br />

Centro Cultural / Teatro / Escola de Audiovisual /<br />

Luthieria<br />

Rua Antônio Gomes dos Santos, S/N - Aquiraz/CE<br />

Tel.: (85) 3361 2704<br />

Tapera das Artes e Escola de Música<br />

Rua Raimundo Lopes de Queiroz, S/N - Aquiraz/CE<br />

Tea Shop Fortaleza<br />

Shopping RioMar Fortaleza, piso L2<br />

Apartamentos de 152m² e 189m² privativos.<br />

Rua Gontran Giffoni, 880, Guararapes.<br />

Vencedor do Prêmio Imóveis, promovido<br />

pelo Diário do Nordeste.<br />

Informações:<br />

4042-1554<br />

colmeia.com.br<br />

Lauren Home<br />

Rua José Vilar, 1520 - Meireles<br />

Tel.: (85) 9 9904 0640<br />

www.laurenhome.com.br<br />

140 <strong>GALERIA</strong> SERVIÇO 141


PODEROSA<br />

ESSÊNCIA<br />

Por Padre Domingos Cunha<br />

AS RESPOSTAS ADVINDAS<br />

DO ENEAGRAMA<br />

Eneagrama é uma espécie de GPS que leva a pessoa até<br />

ela mesma e além de si mesma. A tradição bebeu, ao longo<br />

da História, em diversas fontes de espiritualidade e, a partir<br />

da observação profunda do comportamento humano,<br />

da busca do sentido e da felicidade autêntica, chega até<br />

nós como um Mapa PsicoEspiritual, muito completo e<br />

profundo, acessível e prático, com grande potencial de<br />

libertação e transformação. Como Mapa da Personalidade,<br />

o Eneagrama permite uma compreensão profunda daquilo<br />

que somos e por que somos assim.<br />

Mas sua excelência se revela especialmente como<br />

Mapa da Essência, ajudando a descobrir itinerários para<br />

o melhor de nós mesmos, recordando o sentido e a missão<br />

de vida. De onde vimos, onde estamos, como estamos e<br />

para onde vamos: o Eneagrama é a bússola que nos ajuda a<br />

encontrar essas respostas dentro de nós mesmos.<br />

Onde houver pessoas querendo se entender no seu<br />

melhor e desenvolver suas potencialidades, bem como<br />

trabalhar as suas sombras, o Eneagrama se revela com<br />

grande potencial de ajuda. O Instituto Eneagrama Shalom<br />

propõe a vivência deste caminho como um processo pessoal<br />

e grupal em várias etapas. No ciclo Introdutório, facilitamos<br />

três etapas. A Primeira Etapa propõe o estudo dos Nove<br />

Tipos de Personalidade e proporciona elementos para<br />

que cada pessoa identifique o seu Tipo. A partir dessa<br />

descoberta, ela tem uma chave de leitura para compreender<br />

seus dinamismos internos, suas tendências e reações, suas<br />

potencialidades e o porquê de seus comportamentos,<br />

habilidades e dificuldades, na dimensão pessoal e no<br />

relacionamento interpessoal.<br />

A Segunda Etapa propõe a descoberta de caminhos de<br />

crescimento específicos para cada Tipo de Personalidade,<br />

a partir dos Instintos e Subtipos, Asas e Flechas. A pessoa<br />

vivencia experiências para elaborar seu próprio itinerário<br />

de crescimento. Esse caminho proporciona a aceitação de si<br />

mesmo e a libertação dos condicionamentos inconscientes,<br />

saindo da estagnação da personalidade. A Terceira<br />

Etapa propõe uma ponte entre o autoconhecimento e a<br />

espiritualidade através de vivências que ajudam a saborear<br />

a essência, reconciliando-a com a personalidade, a partir<br />

da consciência.<br />

Na continuidade deste ciclo introdutório,<br />

proporcionamos vivências e módulos avançados, onde a<br />

pessoa pode mergulhar na sua essência e fazer aplicações<br />

desta sabedoria em diversas áreas da sua vida, como<br />

relacionamentos afetivos, padrões respiratórios, liderança,<br />

desenvolvimento de equipes, orientação vocacional e outros.<br />

→ DOMINGOS CUNHA É PROFESSOR DE ENEAGRAMA HÁ 23 ANOS, AUTOR DE OITO VOLUMES SOBRE O<br />

ASSUNTO E MEMBRO FUNDADOR DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENEAGRAMA - ONDE EXERCEU A<br />

FUNÇÃO DE PRESIDENTE. É PADRE DESDE 1988 E FAZ PARTE DA COMUNIDADE SHALOM.<br />

142 <strong>GALERIA</strong> ESSÊNCIA 143


144 <strong>GALERIA</strong>

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