Atlas dos músculos do cão
202 Atlas dos Músculos do Cão Capítulo 4 - Músculos do Membro Pélvico 203 Figura 4.32 - Vista medial do músculo quadríceps femoral do lado esquerdo. Observa-se os músculos reto femoral, vasto medial e vasto lateral. A quarta cabeça, o músculo vasto intermédio, está envolvido pelas outras três e não pode ser visualizado na dissecação. Observa-se também os músculos obturador interno e poplíteo. O músculo reto femoral é a única cabeça do quadríceps que se origina no corpo do ílio, cranialmente ao acetábulo. Por isso, além de estender a patela, atua como flexor da articulação do quadril. As três cabeças restantes se originam na parte proximal do fêmur: o vasto medial na face medial, o vasto lateral na face lateral e o vasto intermédio nas faces lateral e cranial. 1. M. reto femoral; 2. M. vasto medial; 3. M. vasto lateral; 4. Ligamento patelar; 5. M. obturador interno; 6. M. poplíteo; 7. Ligamento sacrotuberal; 8. Ligamento colateral medial da articulação femorotibial; a. Face ilíaca da asa do ílio; b. Tuberosidade sacral; c. Tuberosidade coxal; d. Corpo do ílio; e. Sínfise pélvica; f. Sacro (seccionado); g. 1ª vértebra caudal (seccionada); h. Epicôndilo medial do fêmur; i. Área da face cranial da patela; j. Tuberosidade da tíbia; k. Face medial da tíbia; l. Fíbula. Grupo crâniolateral Os músculos do grupo crâniolateral revestem as faces cranial e lateral da tíbia e a fíbula. Atuam flexionando o tarso (a face de flexão do tarso é a cranial, diferente do que ocorre na articulação do carpo, onde a face de flexão é caudal). Além disso, os músculos do grupo que se inserem nas falanges atuam também estendendo os dedos. Todos são inervados por ramos do nervo fibular. M. tibial craneal (Figuras 4.34, 4.35, 4.36, 4.42, 4.44, 4.45) É o músculo mais forte e também mais cranial do grupo. Disposto superficialmente tem sua origem na parte Figura 4.33 - Vista lateral esquerda da articulação do joelho. Houve a remoção da cápsula articular. A dissecação permite visualizar como o tendão do músculo quadríceps femoral, após incluir a patela no seu interior, continua distalmente formando o ligamento patelar; este finaliza se inserindo na tuberosidade da tíbia. Observa-se como o tendão do músculo extensor digital longo, que se origina na fossa extensora do fêmur, se localiza no sulco extensor da tíbia. É possível identificar também outras importantes estruturas do joelho, como o menisco lateral, o ligamento colateral lateral e o tendão de origem do músculo poplíteo. 1. M. quadríceps femoral (vasto lateral); 2. Ligamento patelar; 3. Tendão do m. extensor digital longo (seccionado); 4. Tendão do m. poplíteo; 4’. Ventre do m. poplíteo; 5. Corpo adiposo infrapatelar; 6. Ligamento colateral lateral da articulação femorotibial; 7. Menisco lateral; a. Área da face cranial da patela; b. Tuberosidade da tíbia; c. Sulco extensor; d. Epicôndilo lateral do fêmur; e. Face lateral da tíbia; f. Cabeça da fíbula; g. Corpo da fíbula. Figura 4.34 - Vista lateral esquerda da perna e do pé. Músculos superficiais (houve a remoção das cápsulas articulares do joelho e do tarso e também os músculos da coxa). Os ventres dos músculos flexores do tarso e extensores dos dedos se localizam crâniolateralmente na perna. Inversamente, os ventres dos músculos extensores do tarso e flexores dos dedos se localizam caudalmente a perna. Observa-se como os tendões do primeiro grupo percorrem o tarso crâniolateralmente, enquanto o segundo caudomedialmente. 1. M. tibial cranial; 2. M. extensor digital longo; 3. M. fibular longo; 4. M. flexor digital lateral; 5. M. gastrocnêmio (cabeça lateral); 6. M. flexor digital superficial; 7. Tendão calcâneo comum; 8. Ligamento patelar (seccionado); a. Fêmur; b. Tuberosidade do calcâneo.
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Figura 4.32 - Vista medial <strong>do</strong> músculo quadríceps<br />
femoral <strong>do</strong> la<strong>do</strong> esquer<strong>do</strong>. Observa-se os<br />
<strong>músculos</strong> reto femoral, vasto medial e vasto<br />
lateral. A quarta cabeça, o músculo vasto intermédio,<br />
está envolvi<strong>do</strong> pelas outras três e não<br />
pode ser visualiza<strong>do</strong> na dissecação. Observa-se<br />
também os <strong>músculos</strong> obtura<strong>do</strong>r interno e poplíteo.<br />
O músculo reto femoral é a única cabeça <strong>do</strong><br />
quadríceps que se origina no corpo <strong>do</strong> ílio, cranialmente<br />
ao acetábulo. Por isso, além de estender<br />
a patela, atua como flexor da articulação <strong>do</strong><br />
quadril. As três cabeças restantes se originam na<br />
parte proximal <strong>do</strong> fêmur: o vasto medial na face<br />
medial, o vasto lateral na face lateral e o vasto<br />
intermédio nas faces lateral e cranial. 1. M. reto<br />
femoral; 2. M. vasto medial; 3. M. vasto lateral;<br />
4. Ligamento patelar; 5. M. obtura<strong>do</strong>r interno; 6.<br />
M. poplíteo; 7. Ligamento sacrotuberal; 8. Ligamento<br />
colateral medial da articulação femorotibial;<br />
a. Face ilíaca da asa <strong>do</strong> ílio; b. Tuberosidade<br />
sacral; c. Tuberosidade coxal; d. Corpo <strong>do</strong><br />
ílio; e. Sínfise pélvica; f. Sacro (secciona<strong>do</strong>); g. 1ª<br />
vértebra caudal (seccionada); h. Epicôndilo medial<br />
<strong>do</strong> fêmur; i. Área da face cranial da patela;<br />
j. Tuberosidade da tíbia; k. Face medial da tíbia;<br />
l. Fíbula.<br />
Grupo crâniolateral<br />
Os <strong>músculos</strong> <strong>do</strong> grupo crâniolateral<br />
revestem as faces cranial e lateral da<br />
tíbia e a fíbula. Atuam flexionan<strong>do</strong> o tarso<br />
(a face de flexão <strong>do</strong> tarso é a cranial,<br />
diferente <strong>do</strong> que ocorre na articulação<br />
<strong>do</strong> carpo, onde a face de flexão é caudal).<br />
Além disso, os <strong>músculos</strong> <strong>do</strong> grupo que<br />
se inserem nas falanges atuam também<br />
estenden<strong>do</strong> os de<strong><strong>do</strong>s</strong>. To<strong><strong>do</strong>s</strong> são inerva<strong><strong>do</strong>s</strong><br />
por ramos <strong>do</strong> nervo fibular.<br />
M. tibial craneal (Figuras 4.34, 4.35, 4.36,<br />
4.42, 4.44, 4.45)<br />
É o músculo mais forte e também<br />
mais cranial <strong>do</strong> grupo. Disposto superficialmente<br />
tem sua origem na parte<br />
Figura 4.33 - Vista lateral esquerda da articulação<br />
<strong>do</strong> joelho. Houve a remoção da cápsula articular.<br />
A dissecação permite visualizar como o tendão<br />
<strong>do</strong> músculo quadríceps femoral, após incluir a<br />
patela no seu interior, continua distalmente forman<strong>do</strong><br />
o ligamento patelar; este finaliza se inserin<strong>do</strong><br />
na tuberosidade da tíbia. Observa-se como<br />
o tendão <strong>do</strong> músculo extensor digital longo, que<br />
se origina na fossa extensora <strong>do</strong> fêmur, se localiza<br />
no sulco extensor da tíbia. É possível identificar<br />
também outras importantes estruturas <strong>do</strong><br />
joelho, como o menisco lateral, o ligamento colateral<br />
lateral e o tendão de origem <strong>do</strong> músculo<br />
poplíteo. 1. M. quadríceps femoral (vasto lateral);<br />
2. Ligamento patelar; 3. Tendão <strong>do</strong> m. extensor<br />
digital longo (secciona<strong>do</strong>); 4. Tendão <strong>do</strong> m.<br />
poplíteo; 4’. Ventre <strong>do</strong> m. poplíteo; 5. Corpo adiposo<br />
infrapatelar; 6. Ligamento colateral lateral<br />
da articulação femorotibial; 7. Menisco lateral; a.<br />
Área da face cranial da patela; b. Tuberosidade<br />
da tíbia; c. Sulco extensor; d. Epicôndilo lateral<br />
<strong>do</strong> fêmur; e. Face lateral da tíbia; f. Cabeça da<br />
fíbula; g. Corpo da fíbula.<br />
Figura 4.34 - Vista lateral esquerda da perna e <strong>do</strong><br />
pé. Músculos superficiais (houve a remoção das<br />
cápsulas articulares <strong>do</strong> joelho e <strong>do</strong> tarso e também<br />
os <strong>músculos</strong> da coxa). Os ventres <strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>músculos</strong><br />
flexores <strong>do</strong> tarso e extensores <strong><strong>do</strong>s</strong> de<strong><strong>do</strong>s</strong><br />
se localizam crâniolateralmente na perna. Inversamente,<br />
os ventres <strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>músculos</strong> extensores <strong>do</strong><br />
tarso e flexores <strong><strong>do</strong>s</strong> de<strong><strong>do</strong>s</strong> se localizam caudalmente<br />
a perna. Observa-se como os tendões <strong>do</strong><br />
primeiro grupo percorrem o tarso crâniolateralmente,<br />
enquanto o segun<strong>do</strong> cau<strong>do</strong>medialmente.<br />
1. M. tibial cranial; 2. M. extensor digital longo;<br />
3. M. fibular longo; 4. M. flexor digital lateral; 5.<br />
M. gastrocnêmio (cabeça lateral); 6. M. flexor digital<br />
superficial; 7. Tendão calcâneo comum; 8.<br />
Ligamento patelar (secciona<strong>do</strong>); a. Fêmur; b. Tuberosidade<br />
<strong>do</strong> calcâneo.