Atlas dos músculos do cão

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186 Atlas dos Músculos do Cão Capítulo 4 - Músculos do Membro Pélvico 187 M. semimembranoso (Figuras 4.5, 4.12, 4.13, 4.14, 4.15, 4.17) É o mais medial do grupo de músculos caudais da coxa. Após se originar na superfície ventral da tuberosidade isquiática, divide-se em dois ventres que se inserem, respectivamente, ao côndilo medial do fêmur (ventre cranial) e abaixo do côndilo medial da tíbia (ventre caudal). Função: Estende o quadril e o joelho, participando da propulsão do tronco. Atua como flexor do joelho e adutor do membro, caso o membro não esteja apoiado no solo. Inervação: Nervo ciático. Grupo de músculos mediais da coxa Os músculos mediais da coxa constituem um potente grupo muscular, dispostos entre a superfície ventral da pélvis e a parte distal do fêmur. Atuam sobre a articulação do quadril provocando a adução, ou impedindo a abdução não desejada do membro. Além disso, alguns deles, ao se inserirem na fáscia da perna e na tíbia, atuam também sobre o joelho. Existem dois músculos superficiais (sartório e grácil) e dois profundos (pectíneo e adutor). M. sartório (Figuras 4.16, 4.18, 4.19) É um músculo longo e plano formado por duas partes (cranial e caudal) que se originam na região da tuberosidade coxal do ílio. A parte cranial, que forma o contorno cranial da coxa (Figuras 4.8, 4.11), insere-se na fáscia do joelho e na patela. A parte caudal se insere mais distalmente, na fáscia da perna e na borda cranial da tíbia. Função: Flexiona o quadril e adianta e abduz o membro. Flexiona o joelho (com o membro levantado) ou o estende (com o membro apoiado). Figura 4.15 - Vista medial da região do joelho e do terço proximal na perna esquerda. Houve a remoção dos músculos mais superficiais (m. sartório e grácil). A remoção dos músculos mais superficiais permite observar a inserção do músculo vasto medial na patela e a dupla terminação do semimembranoso na região dos côndilos mediais do fêmur e da tíbia. Observa-se também a inserção do músculo semitendinoso na parte proximal da face medial da tíbia, assim como sua participação na formação do tendão calcâneo comum. 1. M. vasto medial (m. quadríceps femoral); 2. M. semimembranoso; 3. M. semitendinoso; 3’. Participação do m. semitendinoso na formação do tendão calcâneo comum; 4. M. adutor; 5. M. gastrocnêmio (cabeça medial); 6. M. flexor digital superficial; 7. M. tibial cranial; 8. Mm. flexores digitais profundos; 9. Ligamento patelar; 10. Fáscia medial e cápsula articular do joelho; 11. Ligamento colateral medial; 12. M. poplíteo; a. Área de face cranial da patela; b. Tuberosidade da tíbia; c. Face medial da tíbia; d. Epicôndilo medial do fêmur. Figura 4.14 - Músculos profundos das regiões glútea e da coxa. Vista lateral esquerda. A remoção do músculo vasto lateral permite observar a disposição das outras duas cabeças do músculo quadríceps: vasto intermédio e reto femoral. A quarta cabeça, o vasto medial, se localiza medialmente ao fêmur e não se observa nessa dissecação. Houve a remoção também do músculo semitendinoso e dos músculos da perna para observar as inserções do semimembranoso e do grácil. A remoção dos músculos quadrado femoral e gêmeos facilita a visualização dos músculos obturadores externo e interno. 1. M. reto femoral; 2. M. vasto intermédio; 3. M. obturador interno; 4. M. obturador externo; 5. M. adutor; 6. M. semimembranoso; 7. M. grácil; 8. M. íliopsoas; 9. M. articular do quadril; 10. M. coccígeo; 11. Ligamento sacrotuberal; 12. Grupo de Mm. epaxiais; 13. Grupo de Mm. da cauda; a. Tuberosidade sacral; b. Tuberosidade coxal; c. Crista ilíaca; d. Face glútea da asa do ílio; e. Corpo do ílio; f. Corpo do ísquio; g. Tuberosidade isquiática; h. Trocanter maior do fêmur; i. Côndilo lateral do fêmur. Figura 4.16 - Músculos profundos das regiões glútea e da coxa. Vista lateral esquerda. A remoção dos músculos glúteos e do tensor da fáscia lata (inclusive a própria fáscia lata) permite visualizar a disposição de duas cabeças do músculo quadríceps femoral: músculo vasto lateral e reto femoral. Houve remoção também do músculo bíceps femoral. Observa-se a origem das duas porções do músculo sartório (cranial e caudal) na região da tuberosidade coxal do ílio. O músculo sartório forma a borda cranial da coxa. 1. M. vasto lateral; 2. M. reto femoral; 3. M. sartório (parte cranial); 4. M. sartório (parte caudal); 5. M. psoas maior; 6. M. articular do quadril; 7. M. quadrado femoral; 8. M. gêmeo caudal; 9. M. coccígeo; 10. M. adutor; 11. M. semimembranoso; 12. M. semitendinoso; 13. Ligamento sacrotuberal; 14. Grupo de Mm. da perna; a. Tuberosidade do coxal; b. Face glútea da asa do ílio; c. Corpo do ílio; d. Tuberosidade sacral; e. Tuberosidade isquiática; f. Trocanter maior do fêmur; g. Epicôndilo lateral do fêmur; h. Área de face cranial da patela.

186 <strong>Atlas</strong> <strong><strong>do</strong>s</strong> Músculos <strong>do</strong> Cão Capítulo 4 - Músculos <strong>do</strong> Membro Pélvico 187<br />

M. semimembranoso (Figuras 4.5, 4.12,<br />

4.13, 4.14, 4.15, 4.17)<br />

É o mais medial <strong>do</strong> grupo de<br />

<strong>músculos</strong> caudais da coxa. Após se originar<br />

na superfície ventral da tuberosidade<br />

isquiática, divide-se em <strong>do</strong>is ventres<br />

que se inserem, respectivamente, ao<br />

côndilo medial <strong>do</strong> fêmur (ventre cranial)<br />

e abaixo <strong>do</strong> côndilo medial da tíbia (ventre<br />

caudal).<br />

Função: Estende o quadril e o joelho,<br />

participan<strong>do</strong> da propulsão <strong>do</strong> tronco.<br />

Atua como flexor <strong>do</strong> joelho e adutor<br />

<strong>do</strong> membro, caso o membro não esteja<br />

apoia<strong>do</strong> no solo.<br />

Inervação: Nervo ciático.<br />

Grupo de <strong>músculos</strong> mediais da coxa<br />

Os <strong>músculos</strong> mediais da coxa<br />

constituem um potente grupo muscular,<br />

dispostos entre a superfície ventral da<br />

pélvis e a parte distal <strong>do</strong> fêmur. Atuam<br />

sobre a articulação <strong>do</strong> quadril provocan<strong>do</strong><br />

a adução, ou impedin<strong>do</strong> a abdução<br />

não desejada <strong>do</strong> membro. Além disso,<br />

alguns deles, ao se inserirem na fáscia<br />

da perna e na tíbia, atuam também sobre<br />

o joelho. Existem <strong>do</strong>is <strong>músculos</strong> superficiais<br />

(sartório e grácil) e <strong>do</strong>is profun<strong><strong>do</strong>s</strong><br />

(pectíneo e adutor).<br />

M. sartório (Figuras 4.16, 4.18, 4.19)<br />

É um músculo longo e plano forma<strong>do</strong><br />

por duas partes (cranial e caudal)<br />

que se originam na região da tuberosidade<br />

coxal <strong>do</strong> ílio. A parte cranial, que forma<br />

o contorno cranial da coxa (Figuras<br />

4.8, 4.11), insere-se na fáscia <strong>do</strong> joelho e<br />

na patela. A parte caudal se insere mais<br />

distalmente, na fáscia da perna e na borda<br />

cranial da tíbia.<br />

Função: Flexiona o quadril e<br />

adianta e abduz o membro. Flexiona o<br />

joelho (com o membro levanta<strong>do</strong>) ou o<br />

estende (com o membro apoia<strong>do</strong>).<br />

Figura 4.15 - Vista medial da região <strong>do</strong> joelho<br />

e <strong>do</strong> terço proximal na perna esquerda. Houve<br />

a remoção <strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>músculos</strong> mais superficiais (m.<br />

sartório e grácil). A remoção <strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>músculos</strong> mais<br />

superficiais permite observar a inserção <strong>do</strong> músculo<br />

vasto medial na patela e a dupla terminação<br />

<strong>do</strong> semimembranoso na região <strong><strong>do</strong>s</strong> côndilos<br />

mediais <strong>do</strong> fêmur e da tíbia. Observa-se também<br />

a inserção <strong>do</strong> músculo semitendinoso na parte<br />

proximal da face medial da tíbia, assim como<br />

sua participação na formação <strong>do</strong> tendão calcâneo<br />

comum. 1. M. vasto medial (m. quadríceps<br />

femoral); 2. M. semimembranoso; 3. M. semitendinoso;<br />

3’. Participação <strong>do</strong> m. semitendinoso<br />

na formação <strong>do</strong> tendão calcâneo comum; 4. M.<br />

adutor; 5. M. gastrocnêmio (cabeça medial); 6.<br />

M. flexor digital superficial; 7. M. tibial cranial;<br />

8. Mm. flexores digitais profun<strong><strong>do</strong>s</strong>; 9. Ligamento<br />

patelar; 10. Fáscia medial e cápsula articular<br />

<strong>do</strong> joelho; 11. Ligamento colateral medial; 12. M.<br />

poplíteo; a. Área de face cranial da patela; b. Tuberosidade<br />

da tíbia; c. Face medial da tíbia; d.<br />

Epicôndilo medial <strong>do</strong> fêmur.<br />

Figura 4.14 - Músculos profun<strong><strong>do</strong>s</strong> das regiões<br />

glútea e da coxa. Vista lateral esquerda. A remoção<br />

<strong>do</strong> músculo vasto lateral permite observar a<br />

disposição das outras duas cabeças <strong>do</strong> músculo<br />

quadríceps: vasto intermédio e reto femoral. A<br />

quarta cabeça, o vasto medial, se localiza medialmente<br />

ao fêmur e não se observa nessa dissecação.<br />

Houve a remoção também <strong>do</strong> músculo<br />

semitendinoso e <strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>músculos</strong> da perna para<br />

observar as inserções <strong>do</strong> semimembranoso e <strong>do</strong><br />

grácil. A remoção <strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>músculos</strong> quadra<strong>do</strong> femoral<br />

e gêmeos facilita a visualização <strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>músculos</strong><br />

obtura<strong>do</strong>res externo e interno. 1. M. reto<br />

femoral; 2. M. vasto intermédio; 3. M. obtura<strong>do</strong>r<br />

interno; 4. M. obtura<strong>do</strong>r externo; 5. M. adutor;<br />

6. M. semimembranoso; 7. M. grácil; 8. M. íliopsoas;<br />

9. M. articular <strong>do</strong> quadril; 10. M. coccígeo;<br />

11. Ligamento sacrotuberal; 12. Grupo de Mm.<br />

epaxiais; 13. Grupo de Mm. da cauda; a. Tuberosidade<br />

sacral; b. Tuberosidade coxal; c. Crista ilíaca;<br />

d. Face glútea da asa <strong>do</strong> ílio; e. Corpo <strong>do</strong> ílio;<br />

f. Corpo <strong>do</strong> ísquio; g. Tuberosidade isquiática; h.<br />

Trocanter maior <strong>do</strong> fêmur; i. Côndilo lateral <strong>do</strong><br />

fêmur.<br />

Figura 4.16 - Músculos profun<strong><strong>do</strong>s</strong> das regiões<br />

glútea e da coxa. Vista lateral esquerda. A remoção<br />

<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>músculos</strong> glúteos e <strong>do</strong> tensor da<br />

fáscia lata (inclusive a própria fáscia lata) permite<br />

visualizar a disposição de duas cabeças <strong>do</strong><br />

músculo quadríceps femoral: músculo vasto lateral<br />

e reto femoral. Houve remoção também <strong>do</strong><br />

músculo bíceps femoral. Observa-se a origem<br />

das duas porções <strong>do</strong> músculo sartório (cranial<br />

e caudal) na região da tuberosidade coxal <strong>do</strong><br />

ílio. O músculo sartório forma a borda cranial<br />

da coxa. 1. M. vasto lateral; 2. M. reto femoral; 3.<br />

M. sartório (parte cranial); 4. M. sartório (parte<br />

caudal); 5. M. psoas maior; 6. M. articular <strong>do</strong><br />

quadril; 7. M. quadra<strong>do</strong> femoral; 8. M. gêmeo<br />

caudal; 9. M. coccígeo; 10. M. adutor; 11. M.<br />

semimembranoso; 12. M. semitendinoso; 13.<br />

Ligamento sacrotuberal; 14. Grupo de Mm. da<br />

perna; a. Tuberosidade <strong>do</strong> coxal; b. Face glútea<br />

da asa <strong>do</strong> ílio; c. Corpo <strong>do</strong> ílio; d. Tuberosidade<br />

sacral; e. Tuberosidade isquiática; f. Trocanter<br />

maior <strong>do</strong> fêmur; g. Epicôndilo lateral <strong>do</strong> fêmur;<br />

h. Área de face cranial da patela.

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