You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
182 <strong>Atlas</strong> <strong><strong>do</strong>s</strong> Músculos <strong>do</strong> Cão Capítulo 4 - Músculos <strong>do</strong> Membro Pélvico 183<br />
M. tensor da fáscia lata (Figuras 4.4, 4.8,<br />
4.9, 4.11)<br />
De formato triangular, situa-se<br />
superficialmente preenchen<strong>do</strong> a cavidade<br />
existente entre a tuberosidade <strong>do</strong> coxal<br />
e joelho. Origina-se na tuberosidade<br />
<strong>do</strong> coxal e região adjacente e finaliza utilizan<strong>do</strong><br />
a fáscia lata como aponeurose de<br />
inserção, na região <strong>do</strong> joelho e na fáscia<br />
da perna.<br />
Função: Flexiona o quadril, tensiona<br />
a fáscia lata e contribui na extensão<br />
<strong>do</strong> joelho.<br />
Inervação: Nervo glúteo cranial.<br />
Grupo de <strong>músculos</strong> caudais da coxa<br />
Embora considera<strong><strong>do</strong>s</strong> pertencentes<br />
ao grupo <strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>músculos</strong> <strong>do</strong> quadril, os<br />
<strong>músculos</strong> caudais da coxa possuem longos<br />
ventres que formam o aspecto caudal<br />
da coxa e se inserem bem distalmente.<br />
Isso permite a ação simultânea tanto<br />
sobre o quadril como o joelho incluin<strong>do</strong><br />
o tarso. Esses <strong>músculos</strong> contribuem, portanto,<br />
de forma importante na propulsão<br />
<strong>do</strong> tronco, que é o resulta<strong>do</strong> da extensão<br />
<strong>do</strong> conjunto de articulação <strong>do</strong> membro<br />
pélvico.<br />
M. bíceps femoral (Figuras 4.5, 4.8, 4.10)<br />
Esse músculo, um <strong><strong>do</strong>s</strong> mais potentes<br />
e volumosos <strong>do</strong> organismo, está<br />
disposto superficialmente na região cau<strong>do</strong>lateral<br />
da coxa. É forma<strong>do</strong> por duas<br />
porções separadas incompletamente. A<br />
parte cranial, maior, se origina na parte<br />
distal <strong>do</strong> ligamento sacrotuberal. A parte<br />
caudal, menor e profunda, se origina na<br />
parte ventrolateral da tuberosidade isquiática.<br />
O ventre se amplia distalmente<br />
de forma que a inserção, que se origina<br />
em forma de aponeurose aproveitan<strong>do</strong><br />
a fáscia lata e na fáscia da perna, é bem<br />
ampla (Figura 4.10) e inclui a patela, o ligamento<br />
patelar e a tuberosidade tibial<br />
(parte cranial <strong>do</strong> músculo) e a borda cranial<br />
da tíbia (parte caudal <strong>do</strong> músculo).<br />
Um tendão se dirige até a tuberosidade<br />
<strong>do</strong> calcâneo e contribui, portanto, na formação<br />
<strong>do</strong> tendão calcâneo comum.<br />
Função: É extensor de to<strong>do</strong> o<br />
membro, pois estende o quadril, o joelho<br />
e o tarso, além de abduzir. A parte caudal<br />
<strong>do</strong> músculo atua, quan<strong>do</strong> o membro<br />
não apóia o solo, como flexor <strong>do</strong> joelho.<br />
Inervação: Nervos glúteo caudal e<br />
ciático.<br />
M. abdutor caudal da perna (Figuras 4.7,<br />
4.10, 4.11)<br />
É uma estreita e longa banda<br />
muscular que é revestida, exceto distalmente,<br />
pelo músculo bíceps femoral. Origina-se<br />
na parte distal <strong>do</strong> ligamento sacrotuberal<br />
e se insere, por meio da fáscia<br />
da perna, na borda cranial da tíbia.<br />
Função: Atua como abdutor, reforçan<strong>do</strong><br />
a ação <strong>do</strong> músculo bíceps femoral.<br />
Inervação: Nervo ciático.<br />
M. semitendinoso (Figuras 4.5, 4.8, 4.11,<br />
4.12, 4.13, 4.15)<br />
Situa<strong>do</strong> entre os <strong>músculos</strong> bíceps<br />
femoral e semimembranoso, o músculo<br />
semitendinoso forma o contorno caudal<br />
da coxa. Origina-se na face ventral da tuberosidade<br />
isquiática e se insere na borda<br />
cranial e no terço proximal da face medial<br />
da tíbia. Um tendão se dirige até a tuberosidade<br />
<strong>do</strong> calcâneo e contribui, portanto,<br />
como o músculo bíceps femoral, na formação<br />
<strong>do</strong> tendão calcâneo comum.<br />
Função: Estende o quadril, o joelho<br />
e o tarso, participan<strong>do</strong> na propulsão<br />
<strong>do</strong> tronco. Se o membro não está apoia<strong>do</strong><br />
no solo, atua como flexor <strong>do</strong> joelho.<br />
Inervação: Nervo ciático.<br />
Figura 4.8 - Músculos superficiais das regiões<br />
glútea e da coxa. Vista lateral esquerda. Houve<br />
a remoção <strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>músculos</strong> da parede ab<strong>do</strong>minal.<br />
Algumas superfícies ósseas são facilmente palpáveis,<br />
sen<strong>do</strong> utilizadas como referência para<br />
identificação ou exploração de estruturas anatômicas.<br />
Entre eles se destacam a crista ilíaca, a<br />
tuberosidade sacral (especificamente, a espinha<br />
ilíaca <strong>do</strong>rsocranial), a tuberosidade isquiática, o<br />
trocanter maior <strong>do</strong> fêmur, a patela ou o epicôndilo<br />
lateral <strong>do</strong> fêmur. O músculo bíceps femoral,<br />
bastante volumoso, se estende desde a região<br />
da tuberosidade isquiática até o terço médio da<br />
perna, conforman<strong>do</strong> a maior parte da face lateral<br />
da coxa. 1. M. glúteo médio; 2. M. glúteo<br />
superficial; 3. M. tensor da fáscia lata; 4. M. sartório<br />
(parte cranial); 5. M. bíceps femoral; 6. M.<br />
semitendinoso; 7. M. psoas maior; 8. Grupo de<br />
Mm. epaxiais; 9. Grupo de Mm. da cauda; 10.<br />
Fáscia lata (revestin<strong>do</strong> o m. vasto lateral); 11. M.<br />
coccígeo; a. Crista ilíaca; b. Espinha ilíaca <strong>do</strong>rsocranial;<br />
c. Tuberosidade isquiática; d. Trocanter<br />
maior <strong>do</strong> fêmur; e. Patela; f. Epicôndilo lateral<br />
<strong>do</strong> fêmur.<br />
Figura 4.9 - Vista medial <strong>do</strong> membro pélvico<br />
esquer<strong>do</strong>. Músculos profun<strong><strong>do</strong>s</strong> da coxa (houve<br />
a remoção <strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>músculos</strong> grácil e sartório). Embora<br />
o membro direito esteja removi<strong>do</strong>, o coxal<br />
desse la<strong>do</strong> foi manti<strong>do</strong> para conseguir melhor<br />
compreensão topográfica. Além <strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>músculos</strong><br />
mediais profun<strong><strong>do</strong>s</strong> (adutor e pectíneo), se identificam<br />
também <strong>músculos</strong> pertencentes a outros<br />
grupos. Observa-se a origem <strong>do</strong> músculo tensor<br />
da fáscia lata na tuberosidade <strong>do</strong> coxal, <strong>do</strong> m.<br />
reto femoral no corpo <strong>do</strong> ílio, <strong>do</strong> m. pectíneo na<br />
eminência iliopúbica e <strong>do</strong> m. adutor no tendão<br />
sinfisário e na sínfise pélvica. 1. M. tensor da fáscia<br />
lata; 2. M. reto femoral; 3. M. vasto medial; 4.<br />
M. pectíneo; 5. M. adutor; 6. M. semimembranoso;<br />
7. M. semitendinoso; 8. M. gastrocnêmio; 9.<br />
Ligamento sacrotuberal; 10. Fáscia lata; 11. Tendão<br />
sinfisário; a. Tuberosidade <strong>do</strong> coxal; b. Face<br />
glútea da asa <strong>do</strong> ílio; c. Crista ilíaca; d. Corpo<br />
<strong>do</strong> ílio; e. Eminência iliopúbica; f. Acetábulo; g.<br />
Ísquio; h. Tuberosidade isquiática; i. Promontório<br />
sacral; j. Vértebras lombares; k. Vértebras<br />
caudais.