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178 <strong>Atlas</strong> <strong><strong>do</strong>s</strong> Músculos <strong>do</strong> Cão Capítulo 4 - Músculos <strong>do</strong> Membro Pélvico 179<br />
ticipam em atividades mais específicas<br />
(arranhar, escalar, cavar, afastar insetos<br />
etc.), embora, devi<strong>do</strong> o menor desenvolvimento<br />
<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>músculos</strong> <strong>do</strong> pé, a opção<br />
de movimentos é mais limitada que no<br />
membro torácico.<br />
Os <strong>músculos</strong> intrínsecos podem<br />
ser classifica<strong><strong>do</strong>s</strong>, de acor<strong>do</strong> com sua posição<br />
e sua função, em quatro grandes<br />
grupos: <strong>músculos</strong> da articulação <strong>do</strong> quadril,<br />
<strong>músculos</strong> da articulação <strong>do</strong> joelho,<br />
<strong>músculos</strong> que atuam sobre o tarso e os<br />
de<strong><strong>do</strong>s</strong> e <strong>músculos</strong> <strong>do</strong> pé.<br />
Músculos da articulação <strong>do</strong> quadril<br />
São numerosos e, geralmente, potentes.<br />
Organizam-se em quatro grupos<br />
bem diferencia<strong><strong>do</strong>s</strong>: Músculos externos<br />
<strong>do</strong> quadril, <strong>músculos</strong> caudais da coxa,<br />
<strong>músculos</strong> mediais da coxa e <strong>músculos</strong><br />
profun<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>do</strong> quadril.<br />
Grupo de <strong>músculos</strong> externos <strong>do</strong> quadril<br />
O grupo inclui os potentes <strong>músculos</strong><br />
extensores da articulação (<strong>músculos</strong><br />
glúteos e piriforme) que ocupam a<br />
região glútea. Localizam-se sobre o ílio,<br />
onde se originam, embora alguns também<br />
se originam no sacro e primeira<br />
vértebra caudal e no ligamento sacrotuberal,<br />
e se inserem na parte proximal <strong>do</strong><br />
fêmur. O músculo tensor da fáscia lata,<br />
que é bem mais superficial e está relaciona<strong>do</strong><br />
topograficamente aos glúteos, é<br />
flexor <strong>do</strong> quadril e também considera<strong>do</strong><br />
parte <strong>do</strong> grupo (Figura 4.4).<br />
M. glúteo superficial (Figuras 4.4, 4.5, 4.6,<br />
4.8)<br />
Origina-se na fáscia glútea, crista<br />
sacral lateral e processo transverso da<br />
primeira vértebra caudal, além da metade<br />
proximal <strong>do</strong> ligamento sacrotuberal.<br />
A inserção ocorre na tuberosidade glútea<br />
<strong>do</strong> fêmur, distalmente ao trocanter<br />
maior.<br />
Função: Estende o quadril.<br />
Inervação: Nervo glúteo caudal.<br />
M. glúteo médio (Figuras 4.4, 4.5, 4.6, 4.8,<br />
4.28)<br />
É o mais potente <strong>do</strong> grupo; está<br />
revesti<strong>do</strong> pela fáscia glútea e, parcialmente,<br />
pelo músculo glúteo superficial.<br />
Origina-se na face glútea da asa <strong>do</strong> ílio<br />
e se insere no trocanter maior <strong>do</strong> fêmur.<br />
Função: Estende o quadril, moven<strong>do</strong><br />
o membro pélvico para trás e para<br />
fora. Contribui grandemente na propulsão<br />
<strong>do</strong> tronco.<br />
Inervação: Nervo glúteo cranial.<br />
M. piriforme (Figuras 4.7, 4.12)<br />
Encontra-se revesti<strong>do</strong> pelos <strong>músculos</strong><br />
glúteos superficial e médio. Origina-se<br />
na crista sacral lateral e no ligamento<br />
sacrotuberal e se insere no troncanter<br />
maior <strong>do</strong> fêmur.<br />
Função: Estende o quadril e abduz<br />
o membro.<br />
Inervação: Nervo glúteo caudal.<br />
M. glúteo profun<strong>do</strong> (Figuras 4.7, 4.12)<br />
É revesti<strong>do</strong> pelo músculo glúteo<br />
médio. Origina-se na face lateral <strong>do</strong> corpo<br />
<strong>do</strong> ílio e na espinha isquiática e se insere<br />
no trocanter maior <strong>do</strong> fêmur.<br />
Função: Estende o quadril e abduz<br />
o membro.<br />
Inervação: Nervo glúteo cranial.<br />
Figura 4.4 - Músculos superficiais da região glútea e da parte proximal da coxa. Vista lateral esquerda.<br />
Houve a remoção <strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>músculos</strong> da parede ab<strong>do</strong>minal. Observa-se a origem <strong>do</strong> músculo bíceps femoral<br />
na tuberosidade isquiática e no ligamento sacrotuberal (visível nesta dissecação). 1. M. bíceps femoral;<br />
2. M. tensor da fáscia lata; 3. M. glúteo médio; 4. M. glúteo superficial; 5. M. sartório, parte cranial; 6. M.<br />
semitendinoso; 7. M. psoas maior; 8. M. coccígeo; 9. Fáscia lata; 10. Ligamento sacrotuberal; a. Tuberosidade<br />
isquiática; b. Trocanter maior <strong>do</strong> fêmur; c. Espinha ilíaca <strong>do</strong>rsocranial.<br />
Figura 4.5 - Músculos superficiais das regiões<br />
pélvicas e da coxa. Vista caudal. A borda caudal<br />
<strong>do</strong> ligamento sacrotuberal é palpável no animal<br />
vivo. Observa-se a fossa poplítea, situada caudalmente<br />
ao joelho entre as porções distais <strong><strong>do</strong>s</strong><br />
<strong>músculos</strong> bíceps femoral e semitendinoso. 1. M.<br />
glúteo superficial; 2. M. glúteo médio; 3. M. obtura<strong>do</strong>r<br />
interno; 4. M. coccígeo; 5. M. levanta<strong>do</strong>r<br />
<strong>do</strong> ânus; 6. Ligamento sacrotuberal; 7. M. bíceps<br />
femoral; 8. M. semitendinoso; 9. M. semimembranoso;<br />
10. M. grácil; 11. M. gastrocnêmio; a.<br />
Tuberosidade isquiática; b. Arco isquiático; c.<br />
Cavidade pélvica; d. Fossa poplítea.