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120 <strong>Atlas</strong> <strong><strong>do</strong>s</strong> Músculos <strong>do</strong> Cão Capítulo 2 - Músculos <strong>do</strong> Pescoço, Tronco e Cauda 121<br />
Bainha <strong>do</strong> músculo reto <strong>do</strong> ab<strong>do</strong>me<br />
A bainha <strong>do</strong> músculo reto, formada<br />
pelas aponeuroses <strong><strong>do</strong>s</strong> três <strong>músculos</strong><br />
da parede ab<strong>do</strong>minal lateral, envolve o<br />
músculo reto ab<strong>do</strong>minal. Possui uma<br />
lâmina externa e uma lâmina interna.<br />
A lâmina externa é formada pelas aponeuroses<br />
<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>músculos</strong> oblíquo externo<br />
e interno <strong>do</strong> ab<strong>do</strong>me (Figuras 2.8, 2.63),<br />
enquanto a lâmina interna da bainha é<br />
formada pela aponeurose <strong>do</strong> músculo<br />
transverso <strong>do</strong> ab<strong>do</strong>me (Figuras 2.64,<br />
2.65). Ambas as lâminas acabam juntan<strong>do</strong>-se<br />
na linha alba (Figura 2.65). Esta<br />
disposição, que aparece ao longo de<br />
grande parte <strong>do</strong> ventre <strong>do</strong> músculo reto<br />
<strong>do</strong> ab<strong>do</strong>me, apresenta mudanças em<br />
áreas específicas. Assim, cranialmente<br />
ao umbigo, a aponeurose <strong>do</strong> músculo<br />
oblíquo interno é dividida e sua folha<br />
interna também participa na formação<br />
da lâmina interna da bainha. Além disso,<br />
na região inguinal, a aponeurose <strong>do</strong><br />
músculo transverso <strong>do</strong> ab<strong>do</strong>me passa a<br />
formar parte da lâmina exterior da bainha,<br />
de mo<strong>do</strong> que a lâmina interna segue<br />
sem aponeurose (apenas a fáscia<br />
transversa e o peritônio cobrem internamente,<br />
nesse nível, o músculo reto <strong>do</strong><br />
ab<strong>do</strong>me) (Figura 2.64).<br />
2.5 Músculos da cauda<br />
A cauda é capaz de realizar diversos<br />
movimentos. No caso <strong><strong>do</strong>s</strong> carnívoros,<br />
onde os <strong>músculos</strong> da cauda e<br />
seus tendões são bem diferencia<strong><strong>do</strong>s</strong>, os<br />
movimentos podem atingir certa precisão.<br />
Isso acontece porque a cauda possui<br />
importantes funções biológicas. Seus<br />
movimentos geralmente expressam sentimentos<br />
e tornam a cauda como um<br />
indica<strong>do</strong>r da conduta social e sexual <strong>do</strong><br />
animal. A cauda contribui também para<br />
estabilizar a coluna vertebral e participa<br />
<strong>do</strong> equilíbrio <strong>do</strong> tronco. Dependen<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />
local de origem, os <strong>músculos</strong> da cauda<br />
se classificam em <strong>do</strong>is grupos, os que se<br />
originam da coluna vertebral e os que se<br />
originam <strong>do</strong> coxal (Figura 2.72).<br />
Músculos que se originam nas vértebras<br />
Esse grupo é forma<strong>do</strong> por <strong>músculos</strong><br />
longos que se estendem <strong>do</strong>rsal,<br />
lateral e ventralmente ao longo das vértebras<br />
caudais (Figura 2.73). Sua origem<br />
mais cranial ocorre nas vértebras lombares<br />
e no sacro. Muito deles são continuação<br />
direta <strong><strong>do</strong>s</strong> longos <strong>músculos</strong> associa<strong><strong>do</strong>s</strong><br />
com a coluna vertebral dispostos<br />
mais cranialmente.<br />
Figura 2.71 - Vista lateral esquerda da parte caudal <strong>do</strong> ab<strong>do</strong>me e da pelve na cadela. Realizou-se a ressecção<br />
<strong>do</strong> músculo oblíquo externo <strong>do</strong> ab<strong>do</strong>me, o que permite observar o canal inguinal e seu conteú<strong>do</strong>.<br />
Os <strong>músculos</strong> oblíquo interno e reto <strong>do</strong> ab<strong>do</strong>me formam a parede medial <strong>do</strong> canal inguinal. O anel inguinal<br />
profun<strong>do</strong> tem os limites menos precisos que o superficial; se dispõe entre a borda caudal <strong>do</strong> músculo<br />
obliquo interno, cranialmente, e o ligamento inguinal, caudalmente. 1. M. oblíquo interno <strong>do</strong> ab<strong>do</strong>me;<br />
1’. Aponeurose <strong>do</strong> m. oblíquo interno; 2. Anel inguinal profun<strong>do</strong>; 3. Ligamento inguinal; 4. M. íliopsoas<br />
(secciona<strong>do</strong>); 5. Fáscia toracolombar; 6. M. coccígeo; 7. M. levanta<strong>do</strong>r <strong>do</strong> ânus; 8. M. intertransverso <strong>do</strong>rsal<br />
caudal; 9. M. sacrocaudal ventral lateral; a. Processo vaginal <strong>do</strong> peritônio; b. N. genitofemoral; c. V.<br />
pudenda externa; d. A. pudenda externa; e. Asa <strong>do</strong> ílio; f. Tuberosidade coxal; g. Crista ilíaca; h. Corpo<br />
<strong>do</strong> ílio; i. Corpo <strong>do</strong> ísquio; j. Tuberosidade isquiática; k. Púbis; l. Acetábulo; m. Forame obtura<strong>do</strong>; n. A.<br />
e v. femorais.<br />
Figura 2.72 - Músculos da cauda. Vista lateral esquerda. A cauda é formada por <strong>músculos</strong> alonga<strong><strong>do</strong>s</strong><br />
que correm <strong>do</strong>rsal, lateral e ventralmente ao longo das vértebras caudais. Os <strong>músculos</strong> <strong>do</strong> diafragma<br />
pélvico, coccígeo e levanta<strong>do</strong>r <strong>do</strong> ânus, fecham lateral e caudalmente a cavidade pélvica, e também<br />
participam no movimento da cauda. 1. Mm. longíssimo e íliocostal; 2. M. sacrocaudal <strong>do</strong>rsal lateral; 3.<br />
M. intertransverso <strong>do</strong>rsal caudal; 4. M. intertransverso ventral caudal; 5. M. coccígeo; 6. M. levanta<strong>do</strong>r<br />
<strong>do</strong> ânus; 7. M. íliopsoas (secciona<strong>do</strong>); 8. Ligamento sacrotuberoso; a. Asa <strong>do</strong> ílio; b. Crista ilíaca; c. Tuberosidade<br />
coxal; d. Tuberosidade sacral; e. Corpo <strong>do</strong> ílio; f. Corpo <strong>do</strong> ísquio; g. Espinha isquiática; h.<br />
Tuberosidade isquiática; i. Acetábulo; j. Ligamentos sacroilíacos <strong>do</strong>rsais.