Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
110 <strong>Atlas</strong> <strong><strong>do</strong>s</strong> Músculos <strong>do</strong> Cão Capítulo 2 - Músculos <strong>do</strong> Pescoço, Tronco e Cauda 111<br />
Além de contribuir para a formação<br />
da parede ab<strong>do</strong>minal lateral,<br />
participam também de maneira significativa,<br />
na constituição da parede<br />
torácica (Figura 2.60). Suas fibras se<br />
direcionam cau<strong>do</strong>ventralmente e continuam<br />
em aponeurose que se divide<br />
parcialmente pouco antes de sua inserção.<br />
A parte ab<strong>do</strong>minal da aponeurose<br />
se insere na linha alba e no tendão pré-<br />
-púbico, enquanto a parte pélvica da<br />
aponeurose se insere no arco inguinal<br />
(ou ligamento inguinal) (Figura 2.61).<br />
A pequena fenda que permanece entre<br />
as duas partes da aponeurose <strong>do</strong> músculo<br />
oblíquo externo é o anel inguinal<br />
superficial, que é a abertura externa <strong>do</strong><br />
canal inguinal.<br />
Função: As funções desse músculo<br />
são específicas de to<strong>do</strong> o grupo de<br />
<strong>músculos</strong> ab<strong>do</strong>minais.<br />
Inervação: Últimos 8 ou 9 nervos<br />
intercostais, nervo costoab<strong>do</strong>minal, nervos<br />
iliohipogástricos cranial e caudal e<br />
nervo ilioinguinal.<br />
M. oblíquo interno <strong>do</strong> ab<strong>do</strong>me (Figuras<br />
2.62, 2.63)<br />
Origina-se na tuberosidade <strong>do</strong><br />
coxal, no ligamento inguinal e na fáscia<br />
toracolombar. Suas fibras se direcionam<br />
crânioventralmente, forman<strong>do</strong><br />
um ângulo reto com as fibras <strong>do</strong> músculo<br />
oblíquo externo <strong>do</strong> ab<strong>do</strong>me (Figura<br />
2.61). No ventre muscular continua em<br />
aponeurose que termina inserin<strong>do</strong>-se na<br />
linha alba; o músculo também apresenta<br />
inserções na última costela e no arco<br />
costal. O músculo cremáster, específico<br />
<strong><strong>do</strong>s</strong> machos, é um pequeno fascículo<br />
muscular que se segue da borda caudal<br />
<strong>do</strong> músculo oblíquo interno <strong>do</strong> ab<strong>do</strong>me<br />
para atravessar pelo canal inguinal e se<br />
dispor estreitamente associa<strong>do</strong> à túnica<br />
vaginal e ao cordão espermático para<br />
finalizar nos envoltórios testiculares (Figuras<br />
2.69, 2.70). Sua ação contribui para<br />
trazer o testículo para a parede ab<strong>do</strong>minal<br />
quan<strong>do</strong> a temperatura ambiental<br />
está baixa.<br />
Função: As funções desse músculo<br />
são específicas de to<strong>do</strong> o grupo de<br />
<strong>músculos</strong> ab<strong>do</strong>minais.<br />
Inervação: Últimos nervos intercostais,<br />
nervo costoab<strong>do</strong>minal, nervos<br />
Iliohipogástricos cranial e caudal e nervo<br />
ilioinguinal.<br />
M. transverso <strong>do</strong> ab<strong>do</strong>me (Figuras 2.14,<br />
2.64, 2.65)<br />
É o mais interno <strong><strong>do</strong>s</strong> três <strong>músculos</strong><br />
que constituem a parede ab<strong>do</strong>minal lateral.<br />
Origina-se na tuberosidade <strong>do</strong> coxal,<br />
nos processos transversos das vértebras<br />
lombares e na superfície interna das últimas<br />
costelas e das cartilagens costais.<br />
Suas fibras seguin<strong>do</strong> a direção vertical,<br />
continuam por meio de aponeurose que<br />
finaliza se inserin<strong>do</strong> na linha alba.<br />
Função: As funções desse músculo<br />
são específicas de to<strong>do</strong> o grupo de<br />
<strong>músculos</strong> ab<strong>do</strong>minais.<br />
Inervação: Últimos nervos intercostais,<br />
nervo costoab<strong>do</strong>minal, nervos<br />
íliohipogástricos cranial e caudal e nervo<br />
ílioinguinal.<br />
M. reto <strong>do</strong> ab<strong>do</strong>me (Figuras 2.8, 2.14, 2.64,<br />
2.65)<br />
O músculo reto <strong>do</strong> ab<strong>do</strong>me está<br />
Figura 2.60 - Músculos superficiais <strong>do</strong> tronco da cadela. Vista lateral esquerda. Embora retira<strong><strong>do</strong>s</strong> os<br />
membros, é possível observar alguns <strong>músculos</strong> extrínsecos <strong>do</strong> membro torácico (m. serrátil ventral) e<br />
<strong>do</strong> membro pélvico (m. íliopsoas) contribuin<strong>do</strong> na formação das paredes torácicas e ab<strong>do</strong>minais. 1. M.<br />
oblíquo externo <strong>do</strong> ab<strong>do</strong>me; 1’. Aponeurose <strong>do</strong> m. oblíquo externo; 2. Fáscia toracolombar; 3. M. oblíquo<br />
interno <strong>do</strong> ab<strong>do</strong>me; 4. M. reto <strong>do</strong> ab<strong>do</strong>me; 5. M. serrátil ventral torácico; 6. M. romboide (secciona<strong>do</strong>);<br />
7. M. serrátil <strong>do</strong>rsal cranial; 8. M. serrátil <strong>do</strong>rsal caudal; 9. M. intercostal externo; 10. M. escaleno<br />
<strong>do</strong>rsal; 11. M. reto <strong>do</strong> tórax; 12. M. íliopsoas; 13. Mm. da cauda; a. 13ª costela; b. Ílio; c. Tuberosidade<br />
isquiática; d. Fêmur (secciona<strong>do</strong>); e. Processo vaginal.<br />
Figura 2.61 - Músculos superficiais <strong>do</strong> tronco. Vista lateral esquerda. Realizou-se a ressecção <strong>do</strong> membro<br />
pélvico (o músculo íliopsoas foi secciona<strong>do</strong>). O músculo oblíquo externo <strong>do</strong> ab<strong>do</strong>me se origina<br />
na face lateral das costelas e na fáscia toracolombar. Suas fibras se dirigem cau<strong>do</strong>ventralmente e se<br />
continuam mediante aponeurose que se insere na linha alba e no ligamento inguinal. 1. M. oblíquo<br />
externo <strong>do</strong> ab<strong>do</strong>me; 1’. Aponeurose <strong>do</strong> m. oblíquo externo (parte ab<strong>do</strong>minal); 1’’. Aponeurose <strong>do</strong> m.<br />
oblíquo externo (parte pélvica); 2. Anel inguinal superficial; 3. Arco inguinal; 4. Fáscia toracolombar; 5.<br />
M. oblíquo interno <strong>do</strong> ab<strong>do</strong>me; 6. M. serrátil <strong>do</strong>rsal caudal; 7. M. íliopsoas; 8. M. coccígeo; 9. Ligamento<br />
sacrotuberal; a. 13ª costela; b. Ílio; c. Tuberosidade isquiática.