21.06.2018 Views

Atlas dos músculos do cão

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

96 <strong>Atlas</strong> <strong><strong>do</strong>s</strong> Músculos <strong>do</strong> Cão Capítulo 2 - Músculos <strong>do</strong> Pescoço, Tronco e Cauda 97<br />

los (Figura 2.45). O teto é constituí<strong>do</strong> por<br />

<strong>músculos</strong> imediatamente ventrais às vértebras<br />

cervicais (longo <strong>do</strong> pescoço, longo<br />

da cabeça). Os Mm. clei<strong>do</strong>cefálico e<br />

esternocefálico formam a parede lateral<br />

<strong>do</strong> espaço. E o assoalho é forma<strong>do</strong> pelos<br />

Mm. esternohioideo e esternotireoideo.<br />

2.3 Músculos torácicos<br />

Os <strong>músculos</strong> que compõem as<br />

paredes torácicas estão relaciona<strong><strong>do</strong>s</strong><br />

ativamente com os mecanismos de expansão<br />

e compressão da cavidade torácica.<br />

De acor<strong>do</strong> com a sua função, os<br />

<strong>músculos</strong> torácicos (Figura 2.8) são inspiratórios<br />

ou expiratórios. Os primeiros,<br />

por sua origem, disposição e inserção,<br />

movimentam as costelas para a frente e<br />

lateralmente, aumentan<strong>do</strong> assim o tamanho<br />

da cavidade torácica. Os <strong>músculos</strong><br />

expiratórios, no entanto, movem as costelas<br />

caudal e medialmente, reduzin<strong>do</strong><br />

assim o tamanho da cavidade torácica. O<br />

aumento <strong>do</strong> volume torácico também é<br />

alcança<strong>do</strong> pela redução da convexidade<br />

da cúpula diafragmática. Nesse senti<strong>do</strong>,<br />

o músculo diafragma, que separa as cavidades<br />

torácica e ab<strong>do</strong>minal (Figura 2.46),<br />

é o músculo inspiratório mais eficaz. Entre<br />

os <strong>músculos</strong> inspiratórios, além <strong>do</strong><br />

diafragma, estão inclusos os <strong>músculos</strong><br />

serrátil <strong>do</strong>rsal cranial, intercostais externos,<br />

levanta<strong>do</strong>res das costelas e reto <strong>do</strong><br />

tórax. No grupo de expiratórios estão os<br />

intercostais internos, serrátil <strong>do</strong>rsal caudal<br />

e transverso <strong>do</strong> tórax.<br />

Além <strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>músculos</strong> próprios das<br />

paredes torácicas, outros <strong>músculos</strong> pertencentes<br />

a outros grupos também têm<br />

inserções nas costelas e podem, portanto,<br />

colaborar, em todas as direções, nas<br />

mudanças de tamanho da cavidade to-<br />

rácica. Entre os <strong>músculos</strong> que colaboram<br />

na inspiração se encontram o serrátil<br />

ventral torácico (Figura 2.6) ou os escalenos.<br />

Entre os que contribuem na expiração<br />

estão os <strong>músculos</strong> ab<strong>do</strong>minais ou<br />

o músculo íliocostal (Figura 2.15).<br />

M. serrátil <strong>do</strong>rsal cranial (Figuras 2.6, 2.18,<br />

2.47)<br />

Sua origem, aponeurose, ocorre<br />

na fáscia toracolombar e, por meio desta,<br />

no ligamento supraespinhal e nos<br />

processos espinhosos das primeiras vértebras<br />

torácicas. Suas fibras se orientam<br />

no senti<strong>do</strong> cau<strong>do</strong>ventral para se inserirem<br />

por meio de várias digitações na<br />

borda cranial e na superfície lateral da 2ª<br />

ou 3ª à 9ª ou 10ª costelas.<br />

Função: Mover as costelas cranialmente,<br />

o que auxilia na inspiração.<br />

Inervação: Ramos <strong><strong>do</strong>s</strong> nervos intercostais.<br />

M. serrátil <strong>do</strong>rsal caudal (Figura 2.47)<br />

Origina-se, por meio de aponeurose,<br />

na fáscia toracolombar. As suas fibras<br />

formam três ou quatro digitações,<br />

que se direcionam crânioventralmente<br />

para se inserirem na borda caudal da 11ª<br />

a 13ª costelas.<br />

Função: Mover as costelas caudalmente,<br />

o que auxilia na expiração.<br />

Figura 2.46 - Vista lateral esquerda <strong>do</strong> diafragma e das cavidades torácica e ab<strong>do</strong>minal de cadela. O diafragma<br />

é um músculo que separa as cavidades torácica e ab<strong>do</strong>minal. Tem forma de cúpula que se projeta<br />

para a cavidade torácica, ou seja, sua superfície cranial, ou torácica é convexa enquanto a superfície<br />

caudal, ou ab<strong>do</strong>minal, é côncava. A imagem permite identificar diferentes órgãos da cavidade torácica e<br />

ab<strong>do</strong>minal. 1. Diafragma; 2. M. reto <strong>do</strong> ab<strong>do</strong>me (<strong>do</strong> la<strong>do</strong> direito); 3. M. íliocostal; 4. M. longuíssimo; 5. M.<br />

espinhal e semiespinhal torácico e cervical; 6. M. íliopsoas; a. Esterno; b. 4ª costela; c. 8ª costela; c’. Cartilagem<br />

costal; d. 11ª costela; e. 13ª costela; f. Arco costal; g. Plexo braquial; h. Pulmão esquer<strong>do</strong>; i. Coração;<br />

j. Fíga<strong>do</strong>; k. Baço; l. Jejuno e omento maior; m. Rim esquer<strong>do</strong>; n. Corno uterino; o. Bexiga urinária; p. Ílio.<br />

Figura 2.47 - Músculos superficiais da parede torácica. Vista lateral esquerda, após remoção <strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>músculos</strong><br />

extrínsecos <strong>do</strong> membro torácico. Os <strong>músculos</strong> ab<strong>do</strong>minais são planos e extensos, e participam na<br />

conformação das paredes torácicas. Na dissecação podemos observar os <strong>músculos</strong> oblíquo externo e<br />

reto <strong>do</strong> ab<strong>do</strong>me. Por outro la<strong>do</strong>, o músculo escaleno <strong>do</strong>rsal, que se enquadra nos <strong>músculos</strong> <strong>do</strong> pescoço,<br />

também contribui na formação da parede torácica. 1. M. serrátil <strong>do</strong>rsal cranial; 2. M. serrátil <strong>do</strong>rsal<br />

caudal; 3. Fáscia toracolombar; 4. Mm. intercostais externos; 5. M. reto <strong>do</strong> tórax; 6. M. escaleno <strong>do</strong>rsal;<br />

7. M. oblíquo externo <strong>do</strong> ab<strong>do</strong>me; 8. M. reto <strong>do</strong> ab<strong>do</strong>me; 9. M. esplênio; 10. M. longuíssimo cervical; a.<br />

Manúbrio <strong>do</strong> esterno; b. 4ª costela; c. 7ª costela; d. Raízes <strong>do</strong> plexo braquial.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!